Corpus Inversion escrita por Miller


Capítulo 25
Troca Troca - Capítulo Vinte e Três.


Notas iniciais do capítulo

APENAS UM MOMENTO DA ATENÇÃO DE VOCÊS:

1007 REVIEWS EM CORPUS INVERSION! MIL E SETE REVIEWS! MIL E SETE COMENTÁRIOS MARAVILHOSAMENTE MARAVILHOSOS QUE VOCÊS MANDARAM NA FANFIC, TORNANDO-A UM SUCESSO!

Gente, sério, não tenho nem como agradecer tudo o que vocês merecem. Obrigada, mesmo, de coração por todo o carinho, todo o apoio, tudo, tudo! Se chegamos tão longe é, principalmente, por culpa de vocês!

Não existe no mundo inteiro LEITORES MAIS MARAVILHOSOS, PERFEITOS, DIVOS, TUDO DE BOM, do que os meus, sério!
Vocês não são dez, vocês são MIL! HA! Trocadilho idiota, eu sei, mas não resisti rsrs'

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Hey, amores, tudo bem?

Novo capítulo na área pessoal e, agradeçam à linda Brendoca (do twitter) que me fez postar antes.

Como tinha dito anteriormente, este capítulo estava ficando realmente grande (mais de seis mil palavras até agora) e, por conta disto, estava demorando a postar por que ainda não estava concluído.
Mas, como a moça insistiu, eu decidi dividir o capítulo na metade e postar o resto mais para o final de semana.
Assim vocês tem capítulo novo e eu mais tempo para escrever o que falta rs

Espero que gostem, amores!
Nos vemos lá embaixo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/183438/chapter/25

Sirius Black

Se houvesse em qualquer lugar algum tipo de escala de azar, tinha certeza de que Lily e eu estaríamos no nível mais elevado. Afinal de contas, de todas as pessoas que poderiam ter entrado na droga daquela sala, entrou, justamente, aquele que JAMAIS poderia saber do que estava acontecendo.

Lily estava mais branca que Nick-Quase-Sem-Cabeça e eu tinha certeza de que deveria estar da mesma forma. Marlene parecia querer falar alguma coisa, pois abria e fechava a boca como se estivesse procurando palavras. Mas nada saiu.

A expressão no rosto de James era de decepção, incredulidade. Traição.

Senti um peso em meu estômago ao encará-lo. O que ele pensaria de mim?

Ele gostava de Lily desde o quinto ano e, desde então, não parava de correr atrás dela por todos os lados. Como era possível que EU, Sirius Black, o melhor amigo dele, tivesse feito uma coisa daquelas para ele?

Tudo bem que tinha motivos bastante plausíveis – dentre eles a recuperação de meu queridíssimo siriustick -, mas, bem, James não fazia ideia de nenhum deles.

Vendo que ninguém se pronunciaria e que a expressão de James apenas piorava a cada segundo, enchi-me de coragem e falei:

– James, se acalma, não é nada disso que você está pensando...

James, porém, não parecia acreditar. Estava desvairado. Seus olhos tão arregalados que pareciam prestes a saltar das órbitas. E eu estava com medo.

Não de apanhar, obviamente. Mas sim de, por conta de uma história mal contada, perder o meu melhor amigo.

Como eu pude ter sido tão idiota? Perguntava-me.

James deu dois passos para dentro da sala, as mãos fechadas em punhos. Lily se encolheu um pouco, tão estarrecida quanto ele. E eu queria, mais que tudo, que aquilo fosse um sonho e que eu estivesse prestes a acordar. Mas, claro, não era um sonho.

Estava mais para pesadelo, obviamente.

– Como você pôde beijá-la mesmo sabendo que eu gosto dela? – ele praticamente cuspiu as palavras. Lily ofegou. Lene gemeu. Eu tremi.

Que grande, grande, grande merda.

O que eu diria? Merlin, que merda eu diria? Se eu contasse para ele o que estava, de fato, acontecendo, inevitavelmente ele saberia sobre o beijo. E tinha certeza de que sua reação seria ainda pior.

– Era só para fins científicos... – comecei a falar, rezando para que, pelo menos, ele me deixasse tentar explicar a situação. Inventar qualquer desculpa...

Mas James não parecia muito propenso a me deixar falar muita coisa. Mais alguns passos para frente e ele estava bem perto de mim. Perto o suficiente para eu ver a veia em sua testa pulsar de forma ameaçadora.

– Científico é o soco que vou te dar! – ele disse e parecia mesmo prestes a desferir um golpe em minha direção quando Lily interferiu:

– PAREM! – berrou fazendo com que James e eu voltássemos nossa atenção para ela. – Parem com isso – ela continuou e voltou-se para James, seus grandes olhos verdes suplicantes. – Não é nada do que está pensando, James. Se deixar que expliquemos e...

– Apenas cale a boca – James então falou de supetão, encarando-a com tanto asco em sua expressão que até mesmo eu senti pena. Lily encolheu-se. – Não quero ouvir nada...

– James...

Não me chame de James! – ele interrompeu-a de forma cansada, como se não aguentasse mais nenhum minuto encarando-a e logo se voltou para mim. – Temos jogo agora, Black. É melhor você se apressar – e deu as costas, saindo pela porta e batendo-a logo em seguida. O som de passos furiosos ecoando pelo corredor.

Sentindo-me tremer coloquei as duas mãos na cabeça.

– Sirius – Marlene finalmente parecia ter recuperado a voz, aproximando-se e colocando a mão em meu ombro, tão pálida quanto Lily. – Ah, meu Merlin. O que vocês vão fazer? – perguntou.

Sacudi a cabeça. Não fazia a menor ideia do que fazer, afinal.

Como é que se recuperava uma amizade depois de uma traição tão grande como aquela que havia acabado de fazer? Como poderia fazer com que James entendesse que nada daquilo era verdade? Ah, Merlin, eu morava com ele! E tinha feito a pior coisa que ele poderia imaginar... Ou, melhor, a pior coisa que ele jamais teria imaginado.

Deveria contar e deixa-lo saber que havia me beijado ou seria melhor o deixar acreditar que eu tinha mesmo traído sua confiança e beijado Lily pelas suas costas?

Eu só estava tão absolutamente ferrado.

– O Sirius tem jogo agora – Lily por fim se pronunciou. Ergui meus olhos para ela: parecia extremamente séria, mas havia um brilho em seus olhos. Quase como... – É melhor se apressar. – E deu as costas rapidamente, saindo pela porta também, deixando-me sozinho com uma Marlene incrédula.

– Ela não parece muito bem – Marlene comentou de forma preocupada, soltando um longo suspiro logo em seguida.

– Quem é que pareceria bem depois disso? – perguntei de forma retórica, sentindo-me cansado, estressado, irritado e potencialmente deprimido. – Eu e a garota por quem James nutre sentimentos fortíssimos fomos pegos pelo próprio fazendo algo imperdoável. Por que deveríamos ficar mal, não é mesmo? E para melhorar: o feitiço NÃO FUNCIONOU, gênia! – rolei os olhos.

Lene corou.

– Não fale assim comigo, Black! – ela disse de forma irritada. – Se essa droga toda aconteceu é por que vocês não tiveram coragem de contar para ele! E eu só estava querendo ajudar! – e então, no que parecia ser a mais nova moda de Hogwarts, Lene também saiu da sala, deixando-me sozinho e completamente desesperado.

– Sirius, que merda você fez? – perguntei a mim mesmo.

X—X

– E SE INICIA A PARTIDA! – Frank Longbottom bradou no megafone no exato momento em que me impulsionava para o ar. – CORVINAL PRECISA VENCER DE 60 PONTOS À FRENTE DA GRIFINÓRIA SE QUISER FICAR EM PRIMEIRO NA COPA DAS CASAS, MAS, PELA EXPRESSÃO DO CAPITÃO DA GRIFINÓRIA, ELES TERÃO MUITOS OBSTÁCULOS NO CAMINHO. JAMES POTTER SABE MESMO INTIMIDAR QUANDO QUER – e ovações de todos os lados da arquibancada. Não era preciso acrescentar que a expressão de fúria no rosto de James nada tinha a ver com a partida. Ah, não. Ninguém precisava saber.

No momento em que senti o vento fustigante em meu rosto, senti-me mais leve. As preocupações momentaneamente varridas de minha mente, concentrei-me na goles que estava em jogo. Talvez, se vencêssemos a partida com uma boa vantagem, James ficaria mais amigável e me deixaria explicar... O que quer que fosse dizer para ele que ainda não tinha me decidido.

Contar ou não contar? Eis a questão.

– JONES COM A POSSE DE BOLA, PASSA PARA MCDOUGALL QUE PASSA PARA BLACK QUE... OLHA O BALAÇO! BLACK CONSEGUE DESVIAR COM MAESTRIA ANTES DE VOAR NA DIREÇÃO DOS AROS... E PONTO DA GRIFINÓRIA! – bradou no que foi recebido por uma ovação espalhafatosa da arquibancada vermelha e dourado. Dei um soco no ar em comemoração antes de voltar a me posicionar. Mais ao alto pude ver James, vasculhando com os olhos o campo, sem se dar ao trabalho de fazer um sinal positivo ou comemorar... – POTTER PARECE BASTANTE CONCENTRADO HOJE, NÃO ACHAM? TÃO SÉRIO... E CHANG COM A POSSE DE BOLAS PARA CORVINAL... DESVIA DE JONES, DE PREWT, DE BLACK... AH, NÃO, FENWICK LANÇOU UM BALAÇO EM CHANG... BOA BOLA, FEN! BLACK COM A POSSE DE BOLA!

Mais uma vez meus olhos percorreram o campo enquanto voava a toda velocidade pelo perímetro. James parecia realmente concentrado na procura do pomo, olhando de um lado para o outro, voando mais baixo, sendo seguido de perto por Podmore, apanhador da Corvinal. Senti um frio no estômago. Se ele encontrasse o pomo logo, o jogo terminaria... O que significaria que eu teria de conversar com ele. Mas se eu não fazia ideia do que falar, como é que poderia me explicar?

Nunca havia escondido nada de James, mas, sinceramente, de que modo poderia lhe dizer que me fizera passar por uma Lily interessada, convidando-o para sair e, logo em seguida, ter sido beijado por ele?

Não tinha certeza de que nossa amizade sobreviveria. Por Merlin, me colocando no lugar do garoto, tinha certeza de que não conseguiria olhar para minha cara se tivesse feito uma coisa daquelas.

– BLACK PASSA A GOLES PARA MCDOUGALL QUE DEVOLVE PARA BLACK QUE ESTÁ FRENTE AO ARO E... JAMES POTTER CAPTURA O POMO! VITÓRIA PARA GRIFINÓRIA, 160 A 0, NO QUE PARECE TER SIDO A PARTIDA MAIS RÁPIDA DE TODOS OS TEMPOS! GRIFINÓRIA CONTINUA NO TOPO DA COPA DAS CASAS!

Gritos de felicidade, brados de vitória e uma sensação de completo pânico alastrando-se por minha corrente sanguínea. O que eu iria dizer?

Lily Evans

Sentia-me péssima enquanto sentava-me em uma classe qualquer de uma sala de aula vazia. Parecia como se tivesse levado uma surra. E eu nem sabia o porquê de estar chorando daquele jeito!

Que droga estava acontecendo comigo, afinal de contas?

Qual era o problema? Afinal de contas nem era tão importante assim aquilo tudo. James Potter me vira beijando Sirius Black. E daí?

Tudo bem que eu estava realmente preocupada por Sirius, levando em consideração que eles eram melhores amigos e tudo o mais. Mas, bem, James nem gostava tanto assim de mim, não é? Eles não precisavam brigar por conta daquilo.

E, bem, nem fora nada muito sério. Apenas um beijinho de nada.

Que mal poderia haver?

A não ser que... Bem, não. James Potter não gostava de mim. Pelo menos não de verdade. Ele apenas queria sair comigo por que fora a única que, por muito tempo, negara suas investidas. Nada, além disto, certo?

Mas então por que é que eu estava me sentindo tão péssima por tudo aquilo? Por que a expressão de decepção no rosto de James Potter não parava de aparecer em minha mente, torturando-me e me deixando cada vez mais culpada?

Eu não deveria me importar tanto!

E, o que era pior: a expressão de nojo com que me olhou. Como se eu fosse algo realmente repugnante que ele estava sendo obrigado a observar.

Embora me doesse admitir: aquilo me magoara. Muito.

As lágrimas contínuas que caiam por meu rosto era uma grande prova de que eu, infelizmente, não era tão indiferente a ele como gostaria de ser.

Seria, por Morgana, possível que, finalmente, ele tinha conseguido o que queria? Eu me tornara mais uma garota que gostava de James Potter?

Gostar não é a palavra certa, Lily.

E qual era a palavra certa?

Quero dizer, eu tinha passado as últimas três semanas no mesmo quarto que ele. Aturando toda aquela parcela de masculinidade que emanava daquele lugar. Vendo-o vestir-se e desvestir-se o tempo todo – e, Morgana, que bunda -, observando-o cair no sono. Assistindo-o transformar-se em animago apenas para proteger o seu melhor amigo dele mesmo. Rindo dele, com ele, por ele. Ouvindo suas reclamações e dissertações sobre os mais variados assuntos. Ajudando-o a fazer um ou outro tema de feitiços. Conversando normalmente. Vendo-o tão paciente, tão amigo... Tão ele.

James Potter não era tão ruim assim, afinal. Parecia, realmente, ter amadurecido.

Ofegando ainda mais, tapei minha boca com as mãos quando a realidade da coisa finalmente caiu sobre mim: eu não apenas estava gostando de James Potter. Ah, não. Eu estava...

– Ah, Morgana – coloquei a cabeça entre os joelhos, afundando-me na realidade dos meus sentimentos...

Eu estava apaixonada. Apaixonada por James Potter.

Solucei novamente, sentindo-me completamente desesperada.

Descobrira que estava apaixonada pelo cara que jurara odiar justo no dia em que ele parecera ter começado a me odiar. E o pior: o feitiço de reversão nem funcionara!

Por que as coisas não podiam ser fáceis para mim? Por que não podia, simplesmente voltar tudo ao normal, meu corpo, meu dormitório, minha amiga. Minha vida. Meus sentimentos.

A gritaria do lado de fora me despertou de meus devaneios, fazendo-me franzir a testa.

Apalpei meu bolso interno, sentindo as duas ampolas restantes ali. Olhei para o relógio: era apenas sete e trinta e cinco, o que significava que ainda possuía alguns minutos ainda antes de precisar tomar à próxima.

Ergui-me da classe em que estava sentada, enxugando as lágrimas de meu rosto.

Som de passos do lado de fora da sala chamou minha atenção e, quando abri a porta, percebi que alguns alunos excitados estavam voltando para o castelo.

O jogo já terminara? Parecera ser tão rápido.

Saindo para o corredor, suspirando enquanto me encaminhava na direção contrária a da multidão, tentei imaginar onde estaria Sirius e quem teria ganhado a partida.

Queria falar com ele antes que Potter tivesse oportunidade e imaginei que, na saída do jogo, quando todos estavam esfuziantes e comentando sobre a partida, seria um bom momento de interceptar o Black sem que alguém se desse conta.

Afinal, tudo o que precisava era de mais algum motivo para Potter me encarar com aquela expressão de repugnância.

Senti um soluço subir por minha garganta e o contive.

– Pare de ser idiota, Lily – murmurei para mim mesma.

Quando estava quase na porta de saída da escola, eu o vi.

Não Black. Ah, não. James Potter. Parecendo extremamente furioso enquanto segurava firmemente um pomo de ouro na mão.

Grifinória deveria ter ganhado, mas, pela expressão no rosto do garoto, ele não estava muito feliz.

Sirius não estava por perto, então, antes que Potter pudesse me ver, dei as costas e caminhei apressadamente na direção contrária, querendo mais do que qualquer coisa me esconder antes que ele tentasse me matar ou qualquer coisa relativa.

Ou, bem, foi o que tentei.

Infelizmente, como meu maldito carma parecia sempre conspirar contra mim – e Merlin e Morgana também (francamente!) -, antes que pudesse ir muito longe, um primeiranista alegre cruzou em meu caminho e não consegui me desviar.

Tropeçando sobre a criança, acabei perdendo o equilíbrio e, para minha felicidade – só que não – caí.

Claro que cair não teria sido tão ruim. Exceto por um único detalhe: o som de vidro quebrando, seguido por algo frio e molhado se espalhando próximo a minha barriga indicava que as ampolas de poção Polissuco estavam quebradas.

Por que, claro, era tudo o que precisava.

Como se não bastasse, todas as pessoas a minha volta começaram a rir de meu tombo, atraindo atenção indesejada para minha posição.

– Evans! – sim, por que, é claro, James Potter precisava querer falar comigo justamente naquele momento.

Erguendo-me o mais rápido que podia, lancei um olhar de relance para trás, vendo o garoto cada vez mais próximo.

Agindo da forma mais inteligente que pude naquele momento, fiz a coisa mais óbvia para alguém que já estava totalmente ferrada na vida: corri.

E, é claro, ele precisava franzir a testa para meu comportamento e, logo em seguida, correr atrás de mim.

Morgana, por que ele apenas não ia embora? Eu tinha certeza de que aquele descompasse em meu coração nada tinha a ver com o fato de estar correndo.

– Lily?! – a voz de Sirius ecoou um pouco mais a frente e, quando ergui os olhos, encontrei-o me encarando de forma espantada, ainda vestindo as vestes de quadribol, saindo do meio de uma tapeçaria, que era uma passagem, de forma ofegante. – O que...? – mas então, como se tudo o que já havia acontecido até o momento não fosse o suficiente, Sirius começou a borbulhar.

Quero dizer, literalmente.

Encarando-o horrorizada, joguei-me sobre ele, empurrando-o de volta para a tapeçaria, rolando no chão. Encarei minhas mãos: elas borbulhavam também.

– Cadê sua poção? – perguntei encarando-o com urgência.

Sirius, tão horrorizado quanto eu, olhava para suas mãos com incredulidade estampada no rosto.

– No meu bolso, aqui...

– Evans! – James Potter estava, é claro, atrás de nós dois. – Black! Mas o que...

Voltamo-nos para ele e sua expressão era de completo espanto ao nos observar.

O som rascante de costura estourando me assustou e, olhando para minhas vestes, percebi o porquê: estava me transformando em Sirius novamente.

– Ah, meu Merlin, Lily – Sirius falou e eu olhei para ele. E então, como se tivéssemos combinado, voltamos a correr de forma desenfreada.

Coisa muito idiota precisava admitir. Mas que mais poderíamos fazer naquele momento? Estávamos desesperados, amedrontados e próximos demais de sermos descobertos.

– SIRIUS! – James berrou, sua voz um pouco mais longe do que antes, mas não o suficiente. – EVANS!

Dobrei o corredor, Sirius, parecendo perder o fôlego, diminuiu a velocidade da corrida e eu puxei-o pelo braço.

Mais som de costuras – minhas vestes irreversivelmente estragadas – e, olhando para o lado, percebi que já era tarde demais: Sirius já era Lily novamente e eu já era Sirius.

Olhei para trás, para o corredor e não vi sinal de Potter.

– Lily... Não... Dá... – Sirius gemeu, parando totalmente de correr. – Sem... Fôlego... Quadribol... Suas pernas curtas... – rolei os olhos para ele, voltando minha atenção para o corredor, imaginando onde poderíamos no esconder até termos uma ideia do que fazer.

E lá estava, um armário de vassouras. Deixando Sirius no meio do corredor, corri até o armário, puxando a maçaneta e encontrando-a trancada. Vasculhei meus bolsos a procura da varinha.

– Alohomora – murmurei e a porta se abriu com um estrondo.

Soltando uma exclamação de surpresa, deparei-me com uma Dorcas e um Remus muitíssimo assustados.

Morgana, tinha esquecido completamente daqueles dois.

– O que é que...? – Dorcas começara a perguntar, mas então:

– SIRIUS! – a voz de James Potter retumbou pelo corredor e parecia mais furioso ainda.

– JAMES, ESPERA... – voltei meus olhos para o corredor, Sirius completamente ofegante corria atrás de seu melhor amigo que vinha mais a frente, obviamente saído de qualquer outra passagem que tivesse por ali querendo nos encurralar.

E tinha, obviamente, conseguido.

– A poção... – Dorcas começou a falar novamente enquanto o sentimento de desespero me tomava por completo.

Deixando-me zonza, tonta, enjoada, tudo parecia estar girando e... Ei! Aquilo não era somente desespero.

Senti-me cambalear.

– O que...? – a voz de Remus soou distante em meus ouvidos.

Ergui meus olhos e encontrei com os do Sirius (ou meus, tanto fazia) e então, como se um gancho estivesse pendurado em meu umbigo, puxando-me para a frente, mergulhei na completa escuridão.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ah, finalmente de volta ao corpo... Mas isso não significa, definitivamente, que as confusões acabaram. Ah, não. Estão apenas começando. HAHAHAHAHAH

Well, espero que tenham gostado do capítulo, seus lindos.

Acredito que faltem mais ou menos uns 5 ou 6 capítulos até o final da fanfic. Tentarei não demorar muito nas atualizações, certo?

Enquanto isto, que tal serem pessoas boazinhas e abrirem o coração na caixinha ali embaixo, heim?


Comentem! Recomendem! Mandem bolos! Nada de leitores fantasmas, gente!
Faz mal para a saúde da fic e pro coração da autora *carinha do gato de botas*
Juro que não mordo!

Responderei a todos vocês neste final de semana, com todo o carinho do mundo ♥

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Ah, gente, como sempre a tia aqui, doida de pedra, postou mais algumas onezinhas *sorriso amarelo*

Well, uma delas é - que milagre - James/Lily!

Lily está grávida e vai descobrir isto de uma maneira bem inusitada... PoV James!
Link: http://fanfiction.com.br/historia/606423/Voce_esta_gravida_Lily/

E, a segunda - juro que a culpa foi toda de vocês nos comentários do último capítulo antes do bônus, clamando para um beijo mais fogoso de Sirius/Lily - É SILLY!
Isso mesmo, a tia aqui endoidou e postou algo que parece completamente irreal, até para mim.

Mas foi mais forte que eu, infelizmente (ou felizmente rs)

O nome da fic é NÃO CONTE PARA O JAMES (opa, por que será?)
E o link é esse: http://fanfiction.com.br/historia/607488/Nao_conte_para_o_James/

Se vocês quiserem aparecer por lá, juro que não vou me ofender, viram? Rs'

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

AAAAAAAH, outra coisa, lindos (sim, sei que estou enchendo o saco).

Para os amantes de Jilly, uma amiga minha postou uma fic aqui no site, o nome é "República Evans" e ela já havia postado no ff.net muito tempo atrás, mas agora ela está repostando a fanfic, e decidiu (depois de encher muito ela hahah) postar aqui no Nyah! também!

É MARAVILHOSA! Sério, gente! Uma das MELHORES FANFICS Jilly que já li, sério.

Link: http://fanfiction.com.br/historia/607838/Republica_Evans

Tenho certeza de que vão gostar :DD

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Bem, acho que chega né dona Miller? Já encheu o saco pelo ano inteiro, não acha? Rs'

Bom, amores, vou deixá-los.

Dúvidas, sugestões, xingamentos, para apressar a autora, estou sempre no twitter @millwinchester ou no ask.fm/millwinchester

Responderei a todos com todo amor do mundo!

Beijinhos e até breve