Lily Evans

– Sabe o que estava pensando, Sirius? – James Potter interrompeu meus devaneios, sentando na cama ao lado da minha (ou da de Sirius, mas, bem, tanto fazia – realmente, depois de tanto tempo dormindo naquele quarto tudo aquilo se tornara bastante familiar [isto para não comentar no quanto me sentia injustiçada pelo fato de o dormitório masculino ter travesseiros melhores que os nossos]) enquanto passava as mãos pelos cabelos em um gesto característico.

Parecia pensativo. Seus olhos castanho-esverdeados estavam distantes e sua boca contraída. Percebi, pela primeira vez em anos, o quanto os lábios de James eram bonitos. E que os olhos dele eram um pouco amendoados, mais puxados nos cantos.

E então percebi que tinha pensado JAMES e não POTTER como a minha maldita mente deveria pensar. Desde quando aquela familiaridade toda estava acontecendo?

Acho que quando você tem um “siriustick” (como o meu tão querido invertido tinha nomeado um dia desses, constrangendo-me COMPLETAMENTE, aliás) no meio das pernas, acaba por se acostumar com coisas que outrora não se acostumaria.

Como, por exemplo, o maldito do Potter. E sua voz. E suas manias. E a forma realmente sexy com que mexia nos cabelos.

Merlin, eu realmente tinha pensado aquilo?

PRECISANDO DE TERAPIA: URGENTEMENTE!

Então, dando-me conta de que o estava encarando por muito tempo, baixei os olhos e tentei me forçar a dizer qualquer coisa, enquanto sentia minhas bochechas arderem (provavelmente mais vermelhas do que um pimentão):

– Não sabia que era capaz de pensar, Prongs – rolei os olhos tentando parecer casual (algo que saiu muito facilmente, aliás. Fácil demais para uma conversa com James Potter). – Mas, conte-me mais sobre este seu suposto pensamento.

Potter, ignorando meu comentário depreciativo, continuou:

– Eu estava pensando que esse seu namoro com a Dorcas é muito fajuto – ele disse então, direto enquanto encarava-me muito profundamente, fazendo-me corar ainda mais.

Merlin, que merda estava acontecendo comigo? E por que, pelas cuecas de Merlin, eu não conseguia parar de pensar na droga daquele beijo que Potter tinha dado em Sirius (no caso eu) em Hogsmead?

E, POR QUE, MEU MERLIN, POR QUÊ? POR QUE EU FICAVA TODA A MERDA DE TEMPO IMAGINANDO O QUE SENTIRIA SE FOSSE EU NO LUGAR DO IMBECIL/ESTÚPIDO/FILHO DE UMA ÉGUA DO SIRIUS BLACK?

COM TODA A CERTEZA DO UNIVERSO eu precisaria muito de terapia assim que voltasse para meu corpo.

Por que, além de ter virado um homem, obviamente aquela troca me fizera ver coisas onde não tinham. Por exemplo: o fato de começar a achar que James Potter era legal.

E ele não passara os últimos anos da minha vida apenas comprovando o contrário? Então como era possível que ele tivesse se tornado alguém legal da noite para o dia?

Aquele tipo de coisa não acontecia, mas então, havia uma parte de mim (bem idiota por sinal) que acreditava que ele realmente estava diferente.

E, bem, até que estava.

Não parecia assim tão irritante quando olhado de perto.

E, bem, eu o estava olhando de perto por umas quantas malditas semanas. Acho que, talvez, realmente estivesse me acostumando.

E aquilo não deveria ser considerado algo legal, porque, meu bem, quando você – que passou quase metade da vida ODIANDO um cara pelo fato de ele ser estupidamente estúpido, idiota, energúmeno e portador de piadinhas realmente sem graça – começa a se acostumar com JAMES CHARLUS POTTER alguma coisa com certeza não está NADA legal.

Mas, enfim, prestando atenção no que ele dissera (e tentando desesperadamente conter meus olhos para não encará-lo) engoli em seco.

– Huh – foi a coisa mais inteligente que saiu de minha boca.

POTTER arqueou uma sobrancelha em minha direção, obviamente esperando por mais explicações.

Merlin, porque, droga, eu tinha de explicar alguma coisa para ele? MINHA VIDA NÃO ERA DA CONTA DO JAMES POTTER!

Mas, então, era. Afinal de contas eu trocara de corpo com a droga de seu melhor amigo que – tardiamente – me avisara estar morando com o energúmeno há mais de um ano. O que significava que se James POTTER não tinha nada a ver com a vida de Sirius, então eu não era Lily Evans (e isso fora totalmente irônico, aliás).

– Huh – comecei novamente, sentando-me na cama e ajeitando os travesseiros (que eu com certeza roubaria antes de sair do corpo do Black) apenas para ganhar tempo. Finalmente suspirei e encarei o tal do Potter. – Bem, talvez você tenha um pouquinho de razão – e logo quis me bater.

Que merda eu estava pensando? Por que as palavras simplesmente escaparam da minha boca sem qualquer aviso?

Então eu pensei que pudesse confiar na minha própria boca, mas – MAS! – depois do último incidente, onde eu – EU, LILY ODIADORA DO POTTER EVANS! – fui consolar o maldito Potter e acabei deixando escapar – por favor, boca maldita – que EU, LILY EVANS, gostava do Potter apenas – APENAS! – para ajuda-lo como o amigo que precisava fingir ser, deveria saber que não mais podia contar com aquela parte de minha anatomia sem causar grandes estragos para eu mesma.

Quero dizer EU FALEI PARA O POTTER – O MALDITO POTTER! – QUE GOSTAVA DELE!

Depois daquela situação totalmente desastrosa e de falar com Sirius sobre o – MALDITO – quadribol (outra coisa totalmente desastrosa), caminhei até o dormitório masculino e me enterrei na cama de Sirius (MINHA CAMA, MEUS TRAVESSEIROS, MEUS COBERTORES A PARTIR DE ENTÃO) tentando pensar em alguma forma de reverter a merda toda que tinha feito. Como não conseguira acabara por ficar vegetando em cima das cobertas, pensando em coisas terrivelmente horríveis – como o beijo de Sirius/Potter – e (O QUE ERA AINDA PIOR) em como deveria ser a sensação dos lábios se fosse eu no lugar de Sirius.

Potter chegara e me interrompera enquanto ainda me xingava mentalmente por sequer cogitar uma coisa daquelas.

PELO AMOR DE MERLIN, PRECISAVA URGENTEMENTE DE TERAPIA!

De qualquer forma, E FINALMENTE VOLTANDO PARA O ASSUNTO PRINCIPAL que no caso era James Potter AFIRMANDO (que audácia) que meu relacionamento com Dorcas (isso soou gay, mas tudo bem estava relevando bastantes coisas naqueles dias) era fajuto.

FAJUTA era a cara do energúmeno. E eu ainda concordara!

Que audácia de minha boca trair a mim mesma naquele momento crucial de meu disfarce. Por Merlin, eu estava divagando demais. Talvez se devesse ao fato de sentia-me estranha e totalmente nervosa com esses meus novos sentimentos e comportamentos quando se tratava de James Potter.

Maldito!

Potter me encarou em confusão por alguns segundos e então estreitou os olhos.

– Você concordou? – ele perguntou desconfiado.

NÃO POTTER, na verdade fora apenas minha maldita boca traidora que falara antes que meu cérebro pudesse reagir a essa sua arrumação de cabelos idiota.

Por que alguém iria gostar de ter os cabelos como se tivesse acabado de descer de uma vassoura? Não que não ficasse realmente bem em Potter, por que, Merlin... MERLIN!

MERLIN!

Pausei alguns segundos antes de respondê-lo diante daqueles pensamentos impróprios para meu momento “Conversa com Merlin”:

Querido Merlin, sei que não tenho sido uma discípula muito sagaz nem interessada – e muito menos exemplar – MAS, Merlinzinho, por quê? POR QUE O SENHOR ESTÁ FAZENDO ISTO COMIGO? Por que é que esses pensamentos pró-Potter invadem minha mente de uma forma doentia? Por que é que eu troquei de corpo com Sirius Black, afinal de contas? Sei que não fui sua melhor discípula, Merlin, meu amor, mas, sério. Tem gente bem pior por aí, então por quê? É um espécime de castigo pelas vidas passadas? É um castigo por ESTA VIDA? É apenas uma zoação divina com a minha cara, por pura diversão? Por que se for a última opção, acho que o senhor já pode parar, pois estou prestes a tirar minha própria vida se continuar pensando em ELOGIOS para o MALDITO do POTTER! O senhor entendeu meu desespero?

Eu, sinceramente, espero que sim.

Atenciosamente, Lily QUE QUER CONTINUAR SENDO ODIADORA DO POTTER Evans.

Suspirei.

– É... – confirmei de forma AINDA inteligente.

– O quê? – a expressão de Potter era ainda mais confusa.

Boa Lily, agora que começou, termine!

– Caso não tenha notado, James – rolei os olhos sabendo que Sirius faria aquilo devido à inconsciência do amigo com relação aos sentimentos do OUTRO amigo. – Remus gosta de Dorcas – indiquei o óbvio.

Potter me encarou e suas mudanças de expressões teriam sido bastante engraçadas se a) ele não estivesse parecendo prestes a explodir; b) ele não parecesse ficar mais irritado a cada segundo e c) ele não estivesse direcionando aquele olhar mortal na minha direção.

Meça seus olhares parceiro!

– O QUÊ? – berrou, erguendo-se de onde estava sentado e se aproximando de minha cama. De forma totalmente corajosa – só que não, obviamente – afastei-me e pulei para o outro lado da cama. – COMO É QUE VOCÊ TEM CORAGEM DE ME DIZER ISTO? SIRIUS! VOCÊ FICOU COM A GAROTA DE REMUS?

Senti-me corar. Só que de raiva.

Quem aquele maldito Potter pensava que era para falar daquele jeito comigo?

Senti meus hormônios ruivos entrarem em ação (ou, para falar a verdade, a testosterona morena de Sirius [e aquilo não ficava nem perto de tão legal quando “hormônios ruivos”]) e eu fiz a volta na cama para encarar Potter de perto.

– Não use esse tom comigo! – apontei o dedo para ele, fazendo-o estreitar os olhos. – E eu não estou com a garota de Remus, porque para ela ser de Remus ele deveria ter ido lá falar com ela primeiro! – Potter abriu a boca para retrucar, provavelmente com xingamentos, mas eu o impedi. – E cale essa boca que ainda não terminei! – berrei. – Quando EU decidi sair com ela por que, como já te disse, queria fazer algo legal por ela (e não, não estou falando de beijos e amassos e tirar a virgindade [NÃO NEGUE JAMES, VI ISSO NOS SEUS OLHOS!]), e quando conversei com você e vi a reação de Remus, imediatamente me dei conta de que ele gostava dela. Mas aí a merda estava feita. Agora estou tentando pensar em uma forma de juntá-los, mas não estou tendo muito sucesso – suspirei.

Potter, que alguns minutos atrás parecia querer me matar, então me encarava de forma incrédula.

– Desde quando você se importa com os sentimentos de alguém? – ele perguntou e voltou a sentar em sua cama.

Estreitei meus olhos para ele.

NUNCA MAIS NA MINHA VIDA IRIA CONSOLAR JAMES POTTER. QUE INGRATO. PESSOA INGRATA! ODIAVA PESSOA S INGRATAS.

E Potter, como se não bastasse todos os outros adjetivos que me faziam odiá-lo, me fizera perceber que era ingrato.

E MERLIN AINDA ME FAZIA TER PENSAMENTOS BONS SOBRE AQUELE SER! ONDE ESTAVA A JUSTIÇA DO MUNDO? ONDE ESTAVA?

– E desde quando você acha que meu relacionamento com Dorcas é fajuto? – retruquei.

Potter rolou os olhos.

– Merlin, Sirius, você não percebeu? – me encarou e eu neguei sem entender. – Você sempre chama as garotas com que sai e tem um mínimo de interesse por apelidos. Era Emme, J., Annie, e vários outros. E Dorcas, que é sua namorada, continuava sendo Dorcas – e arqueou uma sobrancelha. – Sem falar que hoje mais cedo, quando me falou aquelas coisas sobre a Lily, chamou a McKinnon de Lene.

Tentei não me espantar com aquilo, por que era algo que amigos faziam. Mas o pensamento de uma das “peguetes” de Sirius com nome de Jaoney me veio à mente e tentei imaginar como é que ele chamava a moça na época em que estavam “juntos”. Jaó? Ney? Merlin, que ridículo. Imaginei que deveria perguntar para ele sobre aquilo quando estivéssemos juntos novamente.

Oh, droga.

Estava divagando, de novo.

PS: Merlin, o senhor está percebendo o quanto tudo isto está afetando minha mente? Estou, potencialmente, ficando louca. E perdendo as estribeiras. Onde é que foi parar meu foco, aliás? Juntou-se com a foca e teve filhinhos? OH, merda, estou fugindo do assunto novamente.

Merlin, por favor, pare com isso!

Mais atenciosamente ainda, Lily QUE NÃO QUER MAIS FUGIR DO ASSUNTO Evans.

– Huh – se continuasse tendo aqueles acessos de respostas inteligentes, talvez Sirius perdesse a voz e começasse a falar apenas por grunhidos, por que não era possível. Tentei novamente. – Isso foi inteligente da sua parte, Prongs.

Elogiei o Potter. DE NOVO. Meeeeeeeeeeeeeerlin!

Potter sorriu para mim, mostrando aquele seu sorriso tenho-trinta-e-dois-dentes-lindos-e-que-ficariam-muito-bem-em-seu-pescoço (se Sirius soubesse que tinha pensado aquilo me mataria por conta da gayzisse) que eu tinha certeza de que colocaria várias idiotas beijando seus pés.

E eu não era uma daquelas idiotas. Não mesmo.

CADÊ AQUELA LILY EVANS QUE GRITAVA PELOS CORREDORES? Era o que me perguntava, mas, enfim...

– Eu sempre sou inteligente – Potter disse de forma convencida e eu revirei meus olhos. Por favor. – Mas, de qualquer forma, você não estava sendo muito convincente. E, por falar nisto, Lene?– arqueou as sobrancelhas e forma maliciosa.

E então ele se achava no direito de colocar defeitos nas minhas atuações? E "Lene"? ECA, ECA, ECA! Já tínhamos tido o suficiente de beijos gay pela vida. Não mais, obrigada.

Ignorando deliberadamente a parte sobre Lene, fiquei-me na parte sobre Dorcas:

Mesmo que eu não estivesse realmente me esforçando muito para parecer um namorado realmente, aquilo estava acontecendo porque tinha coisas mais importantes para pensar, como, por exemplo, no fato de eu ter trocado de corpo com Sirius Black.

Se Potter soubesse entenderia. Mas se ele soubesse provavelmente estaria pedindo-me para sair naquele momento. Ou talvez não.

Bem, eu não duvidaria de seu lado gay depois de vê-lo beijando Sirius.

Mesmo que ele não soubesse que se tratava de Sirius.

Merlin, mais uma vez, divagando.

TERAPIA!

Provavelmente cansado de esperar uma resposta minha enquanto eu divagava, Potter continuou:

– Quanto à ideias para juntar Remus e Dorcas, bem, talvez você devesse terminar com ela primeiro – ele disse de forma sucinta.

Estava prestes a retrucar e falar que ele estava errado e tudo o mais quando percebi que, bem, okay, estava sentindo dor no peito naquele momento enquanto tentava admitir: James Potter estava certo.

MERLIN!

X—X

– Okay, Lily, escute – Sirius chamou minha atenção, encarando-me de forma determinada enquanto prostrava-se à minha frente.

Era mais de meia-noite e Sirius tinha me feito roubar a capa de James – POTTER! – (não exatamente um roubo, sendo que pedi à ele falando qualquer coisa sobre “marotagens” que Sirius dissera-me para falar e então Potter assentiu e deu-me a capa sem nenhuma pergunta), e então encontra-lo na sala comunal depois de esta estar vazia para que pudéssemos sair da escola e ir até a quadra de quadribol para o que eu chamava de “Assassinato de Lily Evans”, mas que Sirius preferia chamar de treino.

– Estou escutando, Sirius – rolei meus olhos para ele.

– Ótimo – ele disse. – Só queria confirmar que estava. Este é um assunto sério! – falou.

– Pare de tratar o Quadribol como se fosse algo divino, porque não é! – resmunguei. – Merlin, o que é que há com esses garotos? – olhei para o céu.

Merlin não respondeu, obviamente. Ultimamente ele parecia estar ficando craque em ignorar meus chamados.

D-I-V-A-G-A-N-D-O.

– Cale essa maldita boca, Evans! Não ouse falar mal de quadribol na minha frente! – Sirius ficou extremamente vermelho sob as sardas e eu anotei mentalmente que quando voltasse para meu corpo deveria, urgentemente, fazer um tratamento para sanar aquilo, pois eu ficava realmente ridícula vermelha feito um tomate. – Agora pegue essa vassoura... Assim – e mostrou como é que eu deveria segurar a vassoura (como se eu não soubesse, pff [e não, eu não sabia, realmente {Merlin, porque até mesmo pegar a vassoura parecia ser tão difícil?}]). – Agora você vai se impulsionar com os calcanhares e logo com as pontas dos pés... Assim – e mostrou o movimento dos pés que eu deveria imitar.

Tentei. Mas, no momento em que meus calcanhares desencostaram do chão, senti-me irregularmente voar para o alto de forma totalmente desgovernada. E então, caí.

Por que eu estava tipo, me tornando a deusa das caídas de vassoura.

Quando bati minha cabeça no gramado e soltei uma exclamação de dor, a cabeça de Sirius (ou minha cabeça) pairou sobre mim, encarando-me com incredulidade.

– Você só pode estar brincando – disse.

– Eu pareço estar brincando, Black? – resmunguei enquanto me levantava com dificuldade.

– Merlin, Lily. Se você não melhorar eu te mato – e a expressão em seus olhos verdes (meus!) era tão assassina que assenti.

– Tudo bem – resmunguei, voltando a pegar a vassoura do chão e imaginando quanto tempo demoraria até morrer.

PS²: Querido Merlin, aqui é a Lily novamente. Sei que provavelmente estou enchendo o seu saco divino, mas, sinceramente, o senhor já ENCHEU O MEU! Portanto, realmente, NÃO ME IMPORTO. HA! Estou mais uma vez por aqui apenas para informar que quanto mais tempo demora até me ajudar a sair desta grande bosta em que me meteu, mais perto eu fico de visitar o senhor aí no andar de cima (por que se o quadribol não me matar, Sirius o fará) e já lhe aviso que isto não será NADA BOM PARA O SENHOR E SUA MAGNIFICA DIVINDADE! Você não vai querer ter uma ruiva cheia de testosterona como inimiga. Não mesmo. PORTANTO ANDE LOGO COM ISSO!

Nem um pouco atenciosa, Lily QUASE NO ANDAR SUPERIOR Evans.