Corpus Inversion escrita por Miller


Capítulo 13
Sirius e os dois maridos - Capítulo Doze.


Notas iniciais do capítulo

Quem está vivo sempre aparece! Okaaaay, eu sei que estou bem relapsa com relação à postagem de capítulos, mas eu realmente, realmente, não tenho tempo gente. Com a faculdade, trabalho, casa para cuidar, eu fico sem ter tempo de colocar em prática meu lado criativo.
Eu amo demais escrever, por isso peço paciência de vocês, porque mesmo que eu demore, JURO que vou concluir todas as fanfics que estão em aberto no meu perfil, certo?
Espero que gostem do capítulo e que me perdoem por algum erro.
Enjoy!



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Sirius Black

— Okay, agora é só virar essa… Essa… Isso aqui pra baixo, sabe-se lá o nome disso, e tirar o papel… Hmm, okay. Então eu grudo o adesivo no tecido… Assim… Faço o mesmo com o outro lado e… Tchãrãaaam! — sorri comigo mesmo enquanto observava o trabalho manual bem-feito. — É isso ai, Sirius, muito bem! — virei os olhos para o teto, evitando olhar para as partes íntimas de Evans (no banho eu tinha um cuidado ainda maior: James me mataria se soubesse que vi algo a mais), enquanto subia as malditas calcinhas e sentia-me desconfortável com o novo volume no meio das minhas pernas.

Merlin! Aquilo ali era coisa do demônio! Como as mulheres podiam conviver com aquele… Aquele monte de sangue escorrendo pelas partes baixas? Era só a coisa mais absurdamente asquerosa da face da terra. Sem falar naquele tal de absorvente! 50 mil abas e adesivos pra colar não sei a onde. Tudo uma meleca nojenta.

Pelo menos quando eu voltasse para o meu corpo, se nada desse certo, poderia oferecer cursos intensivos de “como-colar-seu-absorvente”. Pensando melhor, talvez eu devesse dar uma passada na biblioteca depois, poderia usar algum tipo de feitiço para inventar um dispositivo que não fosse tão nojento e mais confortável para as pobres mulheres que sofriam todos os meses…

Okay, isso soou muito gay. Aquele corpo deveria estar me afetando.

Joguei os papéis que sobraram na lixeira, ajeitei as roupas, ainda sem olhar para baixo, e sai do banheiro.

Até que não era tao desconfortável assim, se fosse levar em conta. Era até familiar aquele volume no meio das pernas.

Ah, siriustick! Papai estava com saudades!

Fui até o meio do quarto, onde havia um espelho, e me observei. Ou melhor, observei Lily.

Os cabelos ruivos dela estavam um caos – sim, isso soou ainda mais gay – e eu achava que precisava fazer alguma coisa ali, porque o meu estilo habitual de acabei-de-acordar-e-nem-me-penteei não ficaria muito bonito naquele momento.

Eu estava prestes a pegar o pente de cima da mesinha de cabeceira quando ouvi o som de gargalhadas e pessoas falando alto. Não entendi o que estavam dizendo, então me aproximei da porta tentando ouvir melhor.

Me contaram que desmaiou no treino hoje Black – Black? Como assim Black? Treino?

– AAAAH MEU MERLIN! — coloquei as duas mãos na cabeça e fechei os olhos em desespero. — O treino de Quadribol! — Eu havia me esquecido completamente.

As coisas não podiam ficar piores!

Bem, eu achava que não.

Agora só não sabemos se foi por causa da goles ou porque você viu o tanquinho do Max – e então o energúmeno voltou a rir.

Senti meu corpo inteiro ferver. Aquele idiota estava RINDO DE MIM? E ainda por cima estava tirando uma com a minha MASCULINIDADE?

Ah, ele não sabia com quem estava mexendo.

Abri a porta em um rompante e desci as escadas do dormitório feminino correndo. Ninguém prestou atenção em mim, o que foi bom, porque poderia observar melhor meu alvo.

A gargalhada era de um quintanista asqueroso que estava – olha que legal – bem perto de onde eu me encontrava. A minha vontade inicial era ir até onde ele estava e esfolá-lo vivo, mas então eu lembrei do meu tamanho e sabia que enquanto estivesse naquele corpo, nenhuma vingança poderia exigir força física.

Saquei a varinha do bolso do pijama e com um feitiço não-verbal, o garoto caiu no chão estupefato, sem saber quem o havia atingido.

Não era realmente o que eu queria – para falar a verdade eu gostaria de capá-lo —, mas foi o melhor que pude fazer sem ninguém perceber que Lily Evans estava defendendo Sirius Black.

Então meus olhos percorreram a sala, enquanto todas as atenções viravam para o garoto caído ali perto, e encontrei Lily/Sirius sentada em um canto com Dorcas e Lene.

Lene”. Desde quando eu havia ficado intimo daquele jeito?

Acho que quando uma pessoa ensina a outra a colocar um absorvente, elas tendem a ter um maior nível de intimidade.

Revirei os olhos internamente enquanto caminhava a passos largos até elas.

– Que merda está acontecendo aqui, Evans? — sussurrei de forma mortal.

Ela – lembrando o quão estranho era pensar que era ela, olhando para o meu corpo – ergueu os olhos para mim e suspirou fortemente.

– Ninguém me falou sobre Quadribol! — ela disse defensivamente. — Aquele esporte deveria ser proibido! Um monte de machos esbanjando testosterona voando em vassouras a uma velocidade alucinante no ar! É quase um convite para a morte!

– Que merda você fez? – perguntei sentindo meu corpo voltar a tremer.

De todas as coisas, de TODAS AS COISAS, o Quadribol era uma das que mais amava. Eu mataria Evans antes que ela estragasse aquilo.

Mesmo ela estando no MEU CORPO!

– Eu só… - ela corou e eu ignorei o quão gay aquela tonalidade ficava na minha pele. — Meio que… Desmaiei…

Senti todo o ar escapar de meus pulmões.

– Você… o quê? — minha voz saiu fraca devido a raiva.

– Calma Black – Lene colocou uma mão em meu ombro na tentativa de me acalmar. Eu até que gostei do seu toque, mas eu realmente não estava prestando atenção nela naquele momento.

– Não me olhe assim! — Lily disse encolhendo-se. — Eu devia ter feito bem pior, Black, depois da merda que você fez convidando o Potter para sair! — falou raivosamente.

– Nós não estamos falando de você agora, Evans, estamos falando da MINHA VIDA, da MINHA REPUTAÇÃO (a qual você está fazendo o favor de destruir) e da SUA POSSÍVEL MORTE se você não ajeitar as coisas AGORA! —e então soquei a mesa tentando descontar um pouco da raiva que me possuía.

– É o que estou tentando fazer Black, neste exato momento – ela disse e então apontou para um ponto atrás de mim. – E que bosta você fez com meu cabelo?

Ignorei sua pergunta e virei para onde ela estava apontando.

Não vi nada demais, apenas Remus sentado ali perto conversando com James. Ambos olhavam para o garoto caído do outro lado da sala.

– Que é que tem? – perguntei ainda sem entender a conexão dos garotos com a resolução do nosso problema.

– Olhe para a mão do Remus – Lene disse como se fosse algo óbvio. Revirei os olhos e fiz o que ela disse.

Remus – NOSSA, QUE MILAGRE! — estava segurando um livro.

Que é que tem? — perguntei novamente, sentindo-me impaciente.

– O que tem é que aquele é o MEU livro, o mesmo que estava lendo naquela festa quando você decidiu encher o saco e estragar a nossa vida! – ela resmungou e eu senti uma grande excitação me percorrer.

– Você está brincando! - eu sorri de orelha a orelha. – Vá pegá-lo!

Mas ela não sorria e eu franzi a testa.

– O que houve? - perguntei.

– Ela pediu o livro emprestado para Remus, mas ele perguntou porque ela queria, e ela falou que achava que era seu, porque na festa ela tinha visto você com ele – Dorcas falou de forma timida.

– E...? - perguntei.

E que o seu melhor amigo tem uma confiança incrível em você – Lily então falou sarcasticamente – e disse que não ia me dar o livro porque, por favor, ele seria muito perigoso nas minhas mãos e que ele sabia que eu deveria estar planejando alguma brincadeira ridícula com o Snape e que ele não queria fazer parte disso. Então ele deu meia volta, deu tchau pra Dorcas e foi até onde o asqueroso do Potter estava sentado e têm me ignorado desde então.

Remus era muito chato.

– Ótimo, eu vou lá pegar aquele livro, afinal ele é realmente seu e EU estou no seu corpo – revirei os olhos.

Será que eu teria de resolver tudo sozinho? Parecia que sim.

Caminhei até onde eles estavam sentados e James virou os olhos para mim, sorrindo logo em seguida. Senti meu rosto corar imediatamente. Aquele olharzinho dele era muito gay.

– Lily! - ele disse todo entusiasmado. Eu estava começando a entender o porquê de Lily se negar a sair com ele todo esse tempo. Ele estava praticamente babando! Quando eu voltasse para o meu corpo iria dar umas dicas de como não se comportar se ele queria conquistar alguém, porque, sério, daquele jeito não dava!

– Oi – falei tentando ser simpático e sorri. James parecia que iria ter um infarte. Meu Merlin! Porque não foi ele quem trocou de corpo com a Evans? Com certeza seria mais proveitoso para ele. - Remus – chamei o outro maroto que me encarou com a sobrancelha arqueada.

– Sim, Lily? - perguntou.

– Bem, ahn... - eu ia começar a falar, quando senti alguém me puxar.

– Lily – Amus Diggory praticamente me arrastava para longe da mesa de Remus e James.

– Me solta! - falei estupidamente tentando soltar o aperto de suas mãos em meu braço.

– Precisamos conversar – ele disse e me encarou seriamente. - Longe daqui – falou e eu vi quando seus olhos encararam James.

– Eu não quero conversar com você! - falei olhando desesperadamente para Lily/Sirius que estava levantando-se do seu lugar com uma expressão bastante irritada.

– Lógico que quer – Amus disse e estava quase na porta do Salão Comunal quando outra mão me puxou.

– Solta ela Diggory – era James.

Ah, droga. Droga, droga, droga. Aquele não era o momento de James decidir agir como machão.

– Não se meta, Potter – Amus parou de caminhar e encarava James de forma irritada. - A conversa ainda não chegou no chiqueiro.

James estreitou os olhos, o que nunca era um bom sinal.

– Jura? Então porque você está falando?

O aperto de Diggory aumentou em meu braço e eu gemi.

Nenhum dos dois pareceu me notar.

– Eu se fosse você soltava o braço da minha namorada – Diggory falou e eu senti vontade de socá-lo. O que eu teria feito se eu não estivesse com os dois braços presos.

– EX namorada! — e aquela era a minha voz. Lily estava ao lado de James e parecia prestes a pular no pescoço de Diggory.

– E o que você tem a ver com isso? - Diggory perguntou e sua mão livre foi em direção ao bolso interno de suas vestes.

Ah meu Deus, eles iam acabar brigando.

Não que eu não adorasse uma briga, mas aquele não era, DEFINITIVAMENTE, o momento certo.

– É, o que você tem a ver com isso Sirius? - foi a vez de James perguntar.

Lily encarou os dois, como se não pudesse acreditar no que estava vendo.

– Vocês estão machucando a garota, estúpidos – ele disse de forma grossa.

James e Diggory finalmente pareceram prestar atenção em mim e soltaram meus braços imediatamente.

– Desculpe Lily – James disse. - Eu te machuquei?

– Lily, ele te machucou? - Diggory perguntou, voltando a se aproximar.

– Não ouse chegar perto! - falei e empurrei os dois. – Que merda vocês tem na cabeça? - eu estava prestes a xingá-los de todos os adjetivos sujos que haviam em minha mente, quando percebi algo que me fez querer chorar.

Remus não estava mais ali.

E se ele não estava mais ali, quer dizer que o livro também não estava perto de onde eu poderia pegá-lo.

– Onde está o Remus? - perguntei, fazendo com que os três virassem em direção à mesa onde ele estava sentado.

– Eu não... - Lily começou a falar, parecendo tão desesperada quanto eu, quando James agarrou ela (ou me agarrou, tanto faz) pelo braço. Ele estava pálido.

– Sirius! - ele disse com a voz desesperada e apontou para a janela.

Eu e Lily olhamos imediatamente para fora.

Havia anoitecido.

– Que é que tem? - Lily perguntou parecendo não entender.

Infelizmente, eu havia entendido:

Era Lua Cheia.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Odiaram? Querem me bater com a panela pela demora?
Sintam-se à vontade para se expressarem nos comentários ;)
Beijos amores e até o próximo que até pode demorar, mas VAI SAIR, certo gente bonita?
Beijoooooooooooos