Corpus Inversion escrita por Miller


Capítulo 12
Luz no fim do túnel - Capítulo Onze


Notas iniciais do capítulo

Oioi gente! Como estão amores de mi vida?
Olha eu aqui de novo :D
Well, capítulo totalmente PoV Lily. Os próximos terão mais Jamie e Dorcas, prometo.
Chegamos a metade da fanfic e eu espero que vocês estejam gostando tanto dela quanto eu de escrevê-la!
Muuuuuuuuuuito obrigado à todos que comentaram no capítulo anterior, vocês são DIVOS ♥
Enjoy!



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Lily Evans

Assim que voltei à consciência e abri os olhos encontrei com os 6 jogadores do time me encarando como se eu fosse a coisa mais estranha que já tivessem visto na vida.

– Sirius? – Potter chamou com a preocupação tingindo sua voz. – Você está bem?

– Se você classifica “bem” como “acabei de cair de 15 metros de altura e bati a cabeça”, então sim, James, estou ótimo – resmunguei enquanto sentava na grama e sentia minhas costas gemerem em protesto. Tudo parecia triturado dentro de mim.

Alguns caras do time soltaram risinhos enquanto um ruivo se aproximava e franzia a testa.

– O que houve com você? Porque caiu cara? – ele perguntou encarando-me indagativamente.

– Ah... – comecei, mas não sabia o que dizer. Afinal de contas Black era só o melhor artilheiro da Grifinória (Lene que havia me dito) e, sendo assim, eu tinha quase certeza de que ele não cairia da vassoura tão facilmente.

– É cara, o passe nem era tão difícil – outro cara, desta vez Max, que eu conhecia por tê-lo mandado diversas vezes em detenção, também me encarou estranhamente.

Olhei para os lados e percebi que todo o time parecia estar espantado com o fato de eu, ou melhor, do suposto Sirius ter caído da vassoura.

Droga, Black iria me matar quando soubesse o que aconteceu e eu não precisava que ele ficasse ainda mais irritado comigo. E se ele tentasse agradar demais o Potter no encontro só por vingança? Era melhor evitar.

Sem falar que o fato de ele estar de TPM – e era completamente estranho pensar naquele cachorro sofrendo com isso – contribuía muito para que ele ficasse irritado.

Malditos hormônios.

– Acho que baixou minha pressão – falei a primeira coisa que veio em minha mente, sentindo-me extremamente imbecil.

Potter me encarou, como se avaliasse o que eu havia dito.

– Consegue levantar? – perguntou rispidamente.

Arqueei as sobrancelhas pelo tom de voz, mas ergui-me, com um pouco de dificuldade, mas consegui ficar de pé.

– Ótimo – Potter então sorriu e deu um tapa em meu ombro. – VOLTEM PARA AS VASSOURAS – gritou para o time que imediatamente colocou-se em posição e voaram campo acima.

– Quê? – perguntei certa de que havia ouvido errado.

Potter voltou os olhos para mim e sorriu desta vez maroto.

– Como você mesmo diz Sirius, você não é de manteiga. E você sabe que nós precisamos vencer a Corvinal.

Então ele deu as costas para mim e subiu na vassoura, dando impulso e subindo em direção ao céu.

Merlin, o que eu havia feito para merecer aquilo? Eu só havia acabado de cair de 15 metros de altura, e, como se não bastasse os caras do time ficarem me encarando como se eu fosse um marica por desmaiar, ainda tinha Potter me mandando voltar a treinar como se nada houvesse acontecido.

O que diabos esses garotos tinham na cabeça? Perguntei-me enquanto subia novamente na vassoura e rezava aos céus para que eu não voltasse a cair.

X-----X

Eu, definitivamente, ODIAVA Quadribol.

Quero dizer, qual a graça em voar extremamente longe do chão, tentando enfiar bolas em arcos gigantescos?

As pessoas precisavam encontrar coisas melhores para se ocuparem.

Eu me sentia como um saco de pancadas e não entendia como eu não estava todo roxo. A quantidade de goles que me acertaram era infinita e, Potter, parecendo se compadecer por meu péssimo desempenho decidiu terminar o treino mais cedo.

Eu sentia meu rosto (rosto do Sirius) quente, não apenas por causa do treino, mas também por vergonha.

Era humilhante receber olhares reprovadores daquele bando de garotos, como se eu fosse a pior coisa que havia acontecido na vida deles.

RIDÍCULOS!

Que culpa eu tinha se não gostava de quadribol? Que eu soubesse não havia nenhuma lei que proibisse não gostar do maldito esporte. Sem falar que AQUELE CORPO NÃO ERA MEU! Então se Black tinha a infelicidade de fazer parte do time de quadribol da escola, o problema era todo dele por ter me interrompido no meio da festa e me feito enfeitiça-lo.

– Pads – ouvi a voz de Potter atrás de mim e senti um arrepio completamente estranho perpassar por minha coluna. Balancei minha cabeça mentalmente enquanto virava para encará-lo.

Ele estava falando comigo? Bem, ele me olhava então concluí que “Pads” deveria ser o apelido carinhoso do cachorro. Só não entendia o porquê, mas tudo ok.

– Sim? – perguntei, desviando meus olhos dos dele e sentindo meu rosto corar.

Que merda era aquela?

– Aconteceu alguma coisa? – Potter perguntou e sua voz estava tão amigável e preocupada que ergui meus olhos novamente para encará-lo.

Ele realmente se importava com Sirius. E, por um momento, fiquei maravilhada em como seus olhos pareciam gentis e confortantes.

Até que percebi que estava pensando aquilo de Potter. Então parei.

– Bem... Er... – comecei, enquanto pensava em uma forma de fugir daquela conversa. – Eu só estou passando por uma fase ruim.

– Sua mãe? – ele perguntou enquanto tirava sua roupa de treino e ficava apenas de cueca em minha frente.

MER-LIN. MERLIN, MERLIN, MERLIN.

Meus pulmões pareciam estar com algum problema muito sério, porque nenhuma gota de oxigênio parecia passear por ali.

Deus, como podia ele ser tão... Bonito? Tipo olhe aquelas pernas! E, meu Merlin, aquela cueca branca realmente não era de Deus.

Meus pensamentos estavam completamente descontrolados e eu sentia um calor descomunal. Que diabos estava acontecendo comigo? Aquele era o Potter, pelo amor de Merlin.

Era só o estúpido e energúmeno do Potter.

E aquela era a bunda do Potter. A bunda perfeita do Potter.

Senti meu rosto corar ainda mais com o pensamento. Eu precisava respirar.

Respire Lily, respire.

– Sirius? – a voz de Potter me arrancou dos devaneios e consegui, com muita dificuldade devo acrescentar desviar meus olhos e encará-lo.

– Ãhn? – perguntei me sentindo um pouco tonta.

– Será que dá para parar de olhar para minha bunda? – ele perguntou enquanto subia as calças jeans e eu sentia meu rosto esquentar ainda mais.

Eu devia estar parecendo um pimentão.

– Ah, desculpe – murmurei constrangida, tentando parecer séria. – É que tinha uma... Uma sujeira – comentei e ele ergueu uma sobrancelha. – Qual é cara, eu sou o Sirius! – disse tentando parecer macho. – Eu gosto é de mulher!

Potter ainda me encarava estranhamente, então decidi que era melhor eu me afastar antes que cometesse outro mico daqueles.

– Falando nisso eu, bem... Preciso encontrar com a Dorcas – disse e puxei a mochila de Sirius de cima do banco em que havia deixado. – Sabe, minha namorada. – Sorri amarelo e sai quase correndo do vestiário. Deus, o que havia acontecido afinal de contas?

Era só o Potter.

Nada demais.

– Meu Deus Lily, essa troca de corpos está te deixando louca – murmurei para mim mesma antes de falar a senha e entrar no salão comunal da Grifinória.

Meus olhos correram pela sala que estava lotada. Todos ficaram em silêncio ao me verem, até que alguns garotos começaram a rir.

E então todos estavam gargalhando, como se algo muito engraçado houvesse acontecido.

Fiquei sem entender, até que uma piadinha chegou aos meus ouvidos.

– Me contaram que desmaiou no treino hoje Black – um quintanista gritou do outro lado da sala. Encarei-o. – Agora só não sabemos se foi por causa da goles ou porque você viu o tanquinho do Max – e voltou a rir.

Uma raiva descomunal cresceu em meu interior.

Então era por aquilo que eles estavam rindo?

A vontade que eu tinha era de correr até aquele idiota e arrancar seus membros. Mesmo que a piada não fosse exatamente sobre mim, ELE NÃO TINHA AQUELE DIREITO!

Eu estava prestes a ir até lá e cometer assassinato quando alguém me puxou.

– Deixe para lá – então virei e encontrei Dorcas puxando-me até um canto mais reservado da sala.

Ainda podia ouvir as gargalhadas atrás de mim.

– Deixar para lá? – resmunguei enquanto ela me empurrava até que estivesse sentada numa poltrona.

– Eles são um bando de idiotas, não dê bola para eles – e então revirou os olhos.

Eu estava prestes a responder quando Remus apareceu atrás de Dorcas.

– Sirius, o que houve? – perguntou preocupadamente.

Meus olhos imediatamente caíram em um livro que estava em suas mãos.

O livro falava sobre inversões. E era exatamente igual ao meu.

Ou melhor, ERA o meu livro perdido.

Talvez Merlin não fosse assim tão ruim.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam?
Podem ter certeza de que muita confusão vem por ai, incluindo o nosso amigo lobo queeee terá um papel fundamental no futuro da fanfic :3
Bem, ainda não tive tempo de responder todos os reviews, mas estou fazendo isso aos poucos, portanto não pensem que não vou respondê-los okay?

Well, que tal deixarem seus comentários aqui e dizerem o que estão achando? E, quem sabe, recomendações? ~le pisca
UEHUEHEU, okay, espero que tenham gostado!
Beijinhos e até mais ♥