Herdeiros Dos Elementais - A Descoberta escrita por JessyFerr


Capítulo 18
Capítulo 18 Como os Fundadores se Separaram


Notas iniciais do capítulo

Outro capítulo escrito com muito carinho, espero que gostem.



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Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio - e eis que a verdade se me revela.

Albert Einstein

Capítulo Dezoito

Como os Fundadores se Separaram

- O que foi? – perguntou Draco ao ver Agatha entrar no quarto ofegante.

- Eu me perdi. – disse ela rapidamente.

- Você conhece essa mansão desde que nasceu. – disse Draco sorrindo de lado.

- Ok. – disse Agatha por vencida – Tive um desentendimento com a sua tia Lestrange, e ela acabou voando em direção a parede e eu sai correndo feito louca. Feliz agora?

- Por que não se senta aqui comigo e come alguma coisa? – disse Draco oferecendo um lugar pra garota – Eu pedi que fizessem o seu favorito. O seu favorito ainda é Bouillabaisse?

- Que bom que ainda se lembra. – disse Agatha sorridente se servindo do Bouillabaisse, que era um tipo de ensopado de frutos do mar.

- Como foi lá embaixo?

- Uma mistura de sentimentos. – explicou ela se fazendo de desinteressada – Medo, alegria e tristeza. Você sabe o mesmo de sempre.

- Acho que você ta andando muito comigo. – disse Draco sorrindo de lado.

- Muita gente ta falando como você. – disse Agatha inocente – Talvez por que você seja tão viciante.

Draco não perguntou por que ela disse aquilo, mas, tinha a impressão que ele descobriria logo. Eles ficaram a tarde toda no quarto, passando e repassando o plano.

- Mas Draco. – disse Agatha deitada na cama – Eles vão escapar das masmorras e fugir, mas e você?

- Eu não posso ir com vocês. – disse Draco pela décima vez – Tenho que ficar.

- E se a sua mãe fosse junto?

- Se ela aceitasse ir junto, eu iria. – disse Draco cansado.

Agatha não contou ao Draco o que descobriu sobre o Alica Virtus, pois, Narcisa pedira a ela. Mas Agatha estava com outros planos em mente, e se desse certo, Narcisa sairia da mansão segura e eles lutariam contra Voldemort.

- O que deve estar acontecendo lá embaixo? – perguntou Agatha se levantando da cama, já era noite.

- Provavelmente, elfos e mais elfos decorando o grande salão para o nosso casamento minha querida. – disse Draco sarcástico.

- Engraçadinho. – disse Agatha se olhando no espelho – Por que essas roupas?

- Talvez ele queira nos transformar em Rowena e Salazar. – disse Draco indiferente. – Sei lá ele maluco. Quer jantar?

- Sim. – disse Agatha pensativa, mas realmente não estava com fome – Vou tomar banho.

 Draco pediu a um dos elfos para levar o jantar no quarto. Os dois tomaram banho e já colocaram seus pijamas. Agatha usava um baby doll azul turquesa e Draco usava um pijama de seda verde escuro e por algum motivo Draco ficou na janela observando muito interessado o jardim até que trouxessem o jantar.

- Sr. Malfoy. – disse um dos elfos que aparatara no quarto – Trouxe o jantar dos senhores.

- Deixe na mesa. – disse Draco sem desviar o olhar do jardim – Pode sair. – o elfo fez uma reverência e aparatou.

- O que você tanto olha lá fora? – perguntou Agatha sentando-se a mesa.

- Na verdade nada. – explicou Draco respirando fundo e virando para encarar Agatha. – Estava me lembrando da época que você usava pijama com desenhos de abóboras e varinhas de alcaçuz.

- Entendi. – disse Agatha sorrindo vermelha – Você está atento ao jardim pra não olhar pra mim. Eu não tenho culpa Draco, eles deixaram esse pijama separado pra eu vestir.

- Ok. – disse Draco se aproximando – Vamos jantar.

Eles comeram silenciosamente e Draco evitava olhar pra garota. Não podia ver sua amiga com outros olhos, primeiro, que ela sempre fora como a sua irmã e segundo, Harry a amava. Quando terminaram Draco voltou à janela e continuou observando o jardim.

- Draco. – chamou Agatha – Eu vou para o quarto de hóspedes que eu sempre ficava. Boa noite.

- Você não pode. – disse Draco sério.

- Por que não? – perguntou Agatha atenta.

- Por que nos dois temos que dormir juntos. – disse Draco o mais natural possível encarando a garota.

- O que! – disse a garota estupefata.

- Agatha quando eu digo dormir, eu realmente quero dizer dormir. – disse Draco sorrindo irônico – No mesmo quarto.

- O que ele espera que nós façamos?

- Só quer que eu fique de olho em você.

- Ok. – disse Agatha aliviada andando até a cama. – Você não vem?

- Não estou com sono. – disse Draco se sentando na poltrona.

- Espero que não tente dormir ai na poltrona. – disse Agatha com um sorriso zombeteiro. – Draco eu não vou nem encostar em você se está preocupado com isso. Será como nos velhos tempos, quando dormíamos na mesma cama.

- Eu não estou preocupado se você vai encostar em mim. – disse Draco se aproximando da cama – Estou preocupado se eu vou encostar em você.

- Eu corro o risco Draco. – disse Agatha cansada – Vamos tentar dormir, por favor, eu tenho um casamento amanhã.

Draco se deu por vencido, tirou a parte de cima do pijama ficando apenas com a calça e deitou na cama ao lado de Agatha.

- Boa noite Draco. – disse Agatha docemente deitando de lado.

- Boa noite. – respondeu Draco ficando de barriga pra cima e cobrindo os olhos com um dos braços.

A noite estava calma e quente, não se ouvia um único barulho a não ser pelos grilos lá fora. Como quando dormimos não conseguimos controlar a nós mesmos, Draco e Agatha já estavam próximos, com os braços se tocando, esse ato gerou um sonho ou seria uma visão?

Os quatro fundadores estavam reunidos em volta de uma mesa redonda em uma sala muito confortável com poltronas macias e almofadas fofas, atrás deles o fogo da lareira crepitava alegremente. Salazar, sério, observava os outros três, fora ele que convocara a reunião.

- Estamos ansiosos para saber o porquê da reunião Salazar? – disse Helga docemente.

Salazar encarou Helga por um momento e disse:

- Tenho algo a compartilhar com vocês. – disse ainda sério, e ele olhou ligeiramente para Rowena e Godric que estavam atentos a ele.

- E o que seria meu grande amigo? – perguntou Godric, nesse momento Rowena sorrira docemente para Salazar.

- Há algum tempo nós tivemos várias discussões, referente aos nascidos trouxas. – disse Salazar ainda sério – Eu não queria aceitá-los, sempre acreditei que eram inferiores. Rowena, minha noiva, conversou muito comigo, e ela me fez pensar muito sobre o assunto, eu estava disposto a reconsiderar, e aceitá-los de bom grado na escola, mas, eu desisti da idéia.

O sorriso no rosto de Rowena desapareceu, e triste, ela encarou Salazar.

- O que fez você mudar de idéia Salazar? – perguntou Rowena chateada – Eu pensei...

- Você pensou? – disse Salazar com desdém – Você pensou o que? Que me enganaria com o meu melhor amigo e eu não descobriria?

- Do que você está falando Salazar? – perguntou Helga atônita. Rowena estava boquiaberta e Godric já levantara da mesa, irritado.

- Simplesmente querida Helga. – disse Salazar com o seu ar arrogante, também ficando de pé para encarar Godric – Que a sua amiga, que se diz minha noiva e meu melhor amigo, estão me traindo.

- Salazar da onde você tirou isso? – Rowena se manifestou – Eu nunca trairia você, eu te amo.

- Talvez vocês devam achar que eu esteja alienado a tal fato. – disse Salazar andando elegantemente pela sala – Mas ninguém me contou, eu mesmo vi.

- O que você viu? – perguntou Helga aborrecida.

- Exatamente o que imagina Helga. – disse Salazar decepcionado – Os dois juntos.

- Eu posso explicar Salazar. – disse Godric desanimado. – A culpa foi minha, eu... eu sempre fui apaixonado pela Rowena, e então quando a encontrei sozinha, eu não pude evitar, eu realmente queria beijá-la, mas, ela não me permitiu ela me empurrou, ela queria contar pra você, mas, eu pedi que não fizesse isso, sua amizade é importante...

- Mentira. – disse Salazar calmamente – Não foi isso que eu vi.

- Você deve ter saído antes. – disse Rowena se levantando e andando em direção a Salazar que a olhou com desprezo – Eu nunca trairia você.

- Você realmente acha que eu ficaria olhando vocês dois juntos? – perguntou Salazar com um sorriso cínico – Lógico que eu iria embora antes que algo mais acontecece.

- Por favor, acredita em mim Salazar. – gritou Rowena se jogando aos pés de Salazar. – Eu te amo. Diga a ele Godric, por favor, diga a ele que foi você que tentou me beijar.

- Não a menospreze por minha culpa Salazar. – disse Godric ressentido – Eu sinto muito, eu não pude evitar, sei que fui um amigo infiel...

- Você nunca foi meu amigo, eu nunca deveria ter oferecido a minha amizade. – disse Salazar com desprezo – Agora eu tenho planos maiores e melhores. A minha luta contra os nascidos trouxas vai começar. – disse Salazar caminhando em direção a porta.

- Por favor, por favor, aonde você vai? – perguntou Rowena em meio às lágrimas.

- Eu deixei uma surpresinha para os sangues sujos em uma câmara na escola. – disse Salazar satisfeito – Não tentem procurar, não vão encontrar. Eu deixarei a escola hoje, te convidaria para ir comigo Helga, mas, eu sei que os seus sentimentos, mesmo agora feridos, não te permitiriam ir.

- Não me deixa Salazar. – gritou Rowena.

- Não dirija mais a palavra a mim sua hipócrita. – disse Salazar indo em direção a porta, porem voltou e disse para Godric – Aproveite a aliança de noivado, não gaste seu dinheiro com outra. – Saiu.

Rowena ficou no chão soluçando de tanto chorar, o seu coração foi destroçado, ela acabara de perder o seu grande amor para sempre.

- Rowena. – disse Godric colocando a sua mão no ombro dela.

- Não me toque Gryffindor. – disse ela levantando a sua mão fazendo um vento soprar e afastar Godric dela. 

Agatha sentiu um solavanco e acordou ofegante e assustada, Draco a acalmou segurando os seus braços.

- Calma. – disse Draco calmo – Foi só outra visão.

- O que significa isso Draco? – perguntou Agatha ainda ofegante – Eu pensei que Salazar havia se afastado por causa do desentendimento referente aos nascidos trouxas na escola, não por que...

- Aconteceu como na visão. – disse Draco de repente – À visão que tivemos de nós mesmos.

- O que isso quer dizer? – perguntou Agatha ansiosa – Então deveria ter acontecido dessa forma com a gente? Eu não entendo o que essas visões querem nos dizer.

- Parece que a situação está toda ao contrário. – disse Draco pensativo – Nas duas visões Rowena, ou seja, você, estão primeiro com o Salazar nesse caso eu. Mas no final eles não ficam juntos, atualmente você estava com o Potter e não estão mais juntos entendeu?

- Você quer insinuar que Gina está apaixonada por você? – perguntou Agatha – Pois nas visões ela era apaixonada pelo Harry e deu-se a entender que Helga pelo Godric, se está mesmo ao contrário ela estaria apaixonada por você.

- Eu não me surpreenderia se ela estivesse. – disse Draco presunçoso.

- Nossa você é tão humilde. – disse Agatha girando os olhos.

- Mas talvez eu esteja calculando errado. – disse Draco e se deu conta que ainda segurava os braços de Agatha, contato físico, era tudo que ele não queria, então soltou lentamente e encarou a garota.

- Por que me soltou? – perguntou Agatha baixinho.

- Você não está mais com medo. – disse Draco no mesmo tom, mas, não pôde evitar de se aproximar mais dela. Era estranho, mas, Draco não podia negar que a sua amiga mexia com ele, foi meio por impulso, mas, quando percebeu já estava beijando os lábios de Agatha, o beijo estava meio diferente, antes Draco beijara Agatha com luxúria e desejo agora seu beijo estava carinhoso e suave. Aos poucos Draco foi deitando Agatha na cama e seu corpo pesando sobre o dela, Agatha acariciava as costas de Draco enquanto esse já descia pelo pescoço da garota, mas, num ímpeto de lucidez, Draco simplesmente parou e encarou os olhos dela.

- Não posso droga eu não posso. – disse saindo de cima da garota. – Potter te ama, sinto muito.

- Ele pode me amar. – disse Agatha aborrecida – Mas eu não vou voltar com ele. Você realmente é muito viciante.

- Você também o ama. – disse Draco voltando a se deitar ao lado da garota, Agatha virou de lado e Draco a abraçou por trás, como faziam quando eram crianças.

- Isso não importa. – disse ela chateada.

- Orgulhosa. – disse Draco apoiando a sua cabeça na dela.

- Sabe. – começou Agatha e esta agora sorria – Eu fico imaginando se todos em Hogwarts soubessem que você tinha Agatha Ridgeway na sua cama totalmente entregue a você, e então você parou tudo, pois, pensou em Harry Potter.

- Você não faria isso. – disse Draco também sorrindo e dando um beijo na cabeça de Agatha.

- Tem razão. – disse Agatha se ajeitando – Eu não faria.

Então os dois adormeceram.


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Notas finais do capítulo

Eu queria realmente que todas as pessoas que estão lendo a fic, postem seus comentários, além de me incentivar a continuar escrevendo, eu gostaria muito de saber a opinião de vocês.
Bjos.