Herdeiros Dos Elementais - A Descoberta escrita por JessyFerr


Capítulo 17
Capítulo 17 Os Planos Mudam


Notas iniciais do capítulo

Quase o fim da temporada, já estou me dedicando para a segunda.♥♥♥♥♥



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Na vingança e no amor a mulher é mais bárbara do que o homem.

Friedrich Nietzsche

– Capítulo Dezessete –

Os Planos Mudam

Agatha estava novamente deitada na cama de Draco totalmente entediada e ansiosa pra saber o que estava acontecendo lá embaixo. Draco entrou no quarto e tirou o sobretudo ficando apenas de calça e camiseta.

- Aquele comensal trouxe a sua bebida. – disse Agatha apontando pra mesinha – É isso que você chama de começo de um bom plano? Ficar bêbado?

- Me ajuda a refletir. – disse Draco abrindo a garrafa de firewhisk – Quer?

- Não obrigada. O que aconteceu lá?

- Ele acreditou, e você pode vê-los quando quiser. – disse Draco bebendo do copo. – Fui até lá e deixei Potter ciente do horário que deve sair, dei a minha chave a ele. A propósito o casamento é amanhã de manhã.

- Que triste. – disse Agatha fitando o teto – Eu nem tive oportunidade de ficar noiva direito, na verdade nós nem nos beijamos Draco, que começo de noivado é esse?

- Não leve isso na brincadeira. – disse Draco lançando a Agatha um olhar de desgosto.

- Só achei que se o cara que sempre faz as piadas está mal-humorado, alguém deveria tomar o posto. – disse Agatha girando os olhos.

  Draco foi até a gaveta da escrivaninha e tirou o mesmo punhal que usou no pacto de sangue e fez um corte na mão, em seguida pegou um vidrinho com menos de três centímetros e colocou o sangue dentro, tampou o vidro e colocou um cordão. Andou em direção a Agatha e deu a ela.

- Ok. – disse Agatha se levantando da cama e colocando o cordão que Draco deu em volta do pescoço – Vou vê-los.

- Vou pedir que tragam algo pra gente comer. – disse Draco enchendo mais um copo – Voldemort está no escritório. Seja superior com os comensais.

- Draco eu to morrendo de medo de ser atacada. – disse Agatha perto da porta do quarto – Você acha que eu vou conseguir ser arrogante com alguém?

- Eles têm em mente que você será a futura senhora deles. – disse Draco irritado – Você tem que se portar como tal.

- Não to falando deles. – disse Agatha – Estou falando de Você-Sabe-Quem, eu disse que não tinha medo dele, mas, estava errada, aquela cara de cobra... quase morri de pânico.

- Quanto menos você demonstrar medo, menos ele consegue entrar na sua mente. – explicou Draco virando o resto da bebida – Distraia ele com conversas, vai ser fácil pra você, quando você fica nervosa fala sem parar.

- Obrigada pela parte que me toca.

- Ah! – disse Draco enchendo o copo novamente – Chame-o pelo nome, mostra que você é mais corajosa que os comensais.

Agatha saiu do quarto de Draco, desceu e seguiu em direção ao escritório, onde ainda estavam os dois comensais de cada lado da porta.

- Preciso ver Voc...Voldemort – disse Agatha observando os dois se mexerem desconfortavelmente ao ouvir o nome do seu mestre. Um deles bateu na porta e entrou, saiu imediatamente, dando espaço pra Agatha entrar.

- Fico satisfeito que tenha vindo herdeira de Ravenclaw. – disse Voldemort com sua voz sibilante.

- Meu nome é Agatha Ridgeway. – disse Agatha resolvida, observando a cobra que se alinhava nos braços de Voldemort, todos sabiam que ela morria de medo de cobra, ela não conseguia entender até hoje como se atreveu a ir na câmara secreta com Harry e Rony, mas se Rony enfrentou o medo de aranha e quase foram mortos por várias ararambóias, por que ela também não enfrentaria seu medo? Apesar dela nem chegar a ter visto o basilisco, mas, aquela pele gigante de cobra que ele havia deixado pra trás já foi mais que suficiente – Vim avisar que vou visitar os meus amigos.

- Não fale assim com o seu mestre sua insolente – disse a voz de Lúcio, Agatha não havia reparado que ele estava no escritório.

- Nossa nem te vi ai. – disse Agatha sarcástica, então seu olhar caiu para um anel com pedra verde no dedo da mão de Lúcio – Achei que fosse algo insignificante que não merecia a minha atenção.

Voldemort deu uma gargalhada sinistra.

- Gosto da sua sinceridade Agatha Ridgeway. – disse Voldemort dando ênfase ao nome de Agatha – Draco tem bom gosto, você é inteligente além de você ser muito bonita.

- Pena que eu não posso dizer o mesmo não é? – disse Agatha ríspida. Cala a boca Agatha pensou pra ela mesma – Por que você não tenta reaver o seu rosto antigo? Ouvi dizer que você era bonito. – Ouve a sua conciência garota e cala a boca.

Lúcio fez menção de falar algo, mas, Voldemort o fez ficar calado com um sinal com a mão.

- Bom. – disse Agatha indiferente – Eu não vim agradecer por ser escolhida para me unir a você. Vim apenas dizer que vou ver meus amigos.

- Faça o que desejar futura Sra. Malfoy. – disse Voldemort – Lúcio irá acompanhá-la por causa das proteções.

- Não precisa – disse Agatha rapidamente – Draco me deu o sangue dele – disse mostrando o cordão.

- Então pode ir – disse Voldemort naturalmente.

Agatha saiu do escritório e foi à sala de estar completamente aliviada por sair de lá e se amaldiçoando por não conseguir calar a boca quando fica nervosa, Agatha sempre pensou que Voldemort fosse bem cruel, mas, se ele estava sendo tão calminho é por que está aprontando alguma coisa. Logo ela identificou um comensal na porta de entrada da masmorra.

- Quero ver meus amigos – disse Agatha cansada.

- Precisa de um Malfoy pra acompanhar – disse o comensal.

- Estou com o sangue do Draco. – disse ela impaciente.

- Ok. – disse o comensal abrindo a porta – Vou acompanhá-la.

Agatha desceu as escadarias, acompanhada pelo comensal, a masmorra não era um lugar bom pra se viver, na opinião de Agatha, era escuro, frio e úmido. Ela logo pôde ver seus amigos em uma cela.

- Harry – disse Agatha sorrindo – Rony, Mione, Gina, que bom que vocês estão bem.

- Agatha – disseram em uníssono.

- Vocês estão machucados? – perguntou Agatha preocupada.

- Não. – respondeu Gina chateada – Mas pena que a cela é enfeitiçada, ou eu já teria colocado isso abaixo.

- Vocês ficarão bem, não se preocupem. – disse Agatha observando o local – Esse lugar é horrível. Como que Voldemort me promete soltá-los com vida, se nem ao menos são tratados devidamente. Jinck! – chamou Agatha e um elfo doméstico com o nariz adunco apareceu imediatamente.

- Chamou futura Sra. Malfoy? – perguntou o elfo fazendo uma reverência exagerada.

- Sim. – disse Agatha impaciente – Eu preciso de uns favores. Por favor, traga uns colchões e roupas de cama pra essa cela, roupas descentes para os meus amigos e também toalhas de banho, sabonete, escova e pasta de dente. Tem um banheiro ali não tem?

- A senhorita não pode fazer isso! – disse o comensal de repente.

- Quem é você pra dizer o que eu posso ou não fazer? – disse Agatha irritada.

- O Lorde não vai gostar – disse ele nervoso.

- Você realmente vai questionar as ordens da sua futura senhora? – perguntou Agatha séria.

- Não mas...

- Você quer que Draco saiba que você desrespeitou a sua noiva? – disse Agatha alto – Quer que Voldemort saiba que desobedeceu a herdeira de Ravenclaw?

- Não Srta. Ridgeway. – disse o comensal tossindo.

- Perfeito. – disse Agatha voltando-se para o elfo, que já havia trazido as coisas que ela pedira. – Jinck, por favor, quando você acabar, traga algo pra eles comerem.

- Com prazer futura senhora Malfoy – disse Jinck desaparatando. – E enquanto a você. – disse Agatha para o comensal – Não se preocupe eu digo ao Voldemort o que eu fiz.

- Agatha. – disse Harry colocando a mão pra fora da cela – Toma cuidado, ele é muito perigoso.

- Eu posso ser mais – disse Agatha fazendo menção de pegar na mão de Harry, porém, o comensal entrou na frente.

- A senhorita não pode chegar perto dos prisioneiros.

- Você acha que eu vou fazer o que? – perguntou Agatha cansada – Que eu vou tirar uma chave de dentro do decote do vestido? Você quer revistar? Mas avisa antes para o meu noivo, não sei se ele vai gostar da ideia.

O Comensal balançou a cabeça e se afastou.

- Realmente Agatha você tem que tomar cuidado. – disse Rony baixinho quando se aproximou na grade – Mas é com o Malfoy.

- Draco? – disse Agatha pasma no mesmo tom de voz, para que o comensal não ouvisse – Ele está se arriscando muito, eu confio nele.

- Você não sabe o que se passa na cabeça dele. – disse Rony aborrecido.

- Já conversamos sobre isso Rony. – disse Hermione se aproximando também.

- Não se preocupem. – disse Agatha um pouco nervosa – Eu vou ficar bem, é com vocês que eu me preocupo.

- Quando sairmos daqui. – disse Harry somente pra que Agatha ouvisse – Podemos conversar?

- Depois pensaremos nisso Harry. – disse Agatha deprimida – A prioridade não é essa no momento.

- Ok.

- Gente eu acho melhor eu ir agora, enquanto vocês comem. – disse Agatha alto o suficiente para o comensal ouvir – Eu volto outra hora antes que esse aqui me deixe louca.

“E eu que achei que o problema maior seria com o Draco, essa garota é terrível” – pensou o comensal quando saiam da masmorra. Agatha subiu a escadaria principal, era realmente um alívio saber que seus amigos estavam bem, agora só teria de se preocupar com o anel. Como ela iria pegá-lo? Quando ia virar no corredor que dava para o quarto de Draco uma mão a puxou pra outro corredor, quando Agatha se deu conta já estava dentro de outro quarto e quem a levara foi Lúcio Malfoy.

- O que você pensa que está fazendo? – perguntou Agatha irritada.

- Você é muito atrevida garota. – disse Lúcio prensando a garota contra a parede – Como se atreve a falar com o seu Lord daquele jeito? Eu vou te ensinar uma lição.

- Que lição seria essa? – perguntou Agatha irônica.

- A tratar os seus superiores com educação. – disse Lúcio com os olhos faiscando. – Eu sei que você quer a mesma coisa que eu.

- Do que você ta falando?

- Você me quer tanto quanto eu quero você... – disse Lúcio impulsivo.

Agatha piscou duas vezes, ela não entendia do que ele falava isso era loucura.

- Sr. Malfoy, o senhor está descontrolado. – disse Agatha lentamente – Não sabe o que está falando.

- Pena que Severo tenha tido uma apaixonite pela sua mãe e ter ensinado oclumência a ela e tê-la ajudado a resistir à maldição Império. – disse Lúcio sussurrando – Nunca consegui dominá-la.

- Severo? Severo Snape? Apaixonou-se pela minha mãe? – perguntou Agatha atônita.

- Não falemos disso agora. – disse Lúcio aproximando perigosamente seus lábios dos de Agatha. – Temos coisas mais interessantes pra fazer.

- Senhor Malfoy, eu sou a noiva do seu filho! – disse Agatha espantada.

- Como eu vou saber se você vai ser uma boa esposa pra ele se eu não experimentar antes? – perguntou Lúcio sarcástico. – Se eu não consegui a mãe, consigo a filha. Ta certo que você não tem o charme que ela tem, mas, talvez você consiga com os anos – Agatha tinha que pensar rápido, ela estava totalmente desorientada com a situação, ela nunca teve uma mente brilhante como à da Hermione pra pensar em algo inteligente ou a mente de Draco pra pensar em algo prático. Então ao visualizar o anel no dedo de Lúcio, ela resolveu entrar no jogo dele.

- Você tem razão Lúcio. – disse Agatha sussurrando. Ele sorriu satisfeito ao ouvir seu primeiro nome ser dito por ela – Mas vamos fazer as coisas do meu jeito.

- O que quer dizer? – perguntou desconfiado.

- Eu gosto de manusear a situação. – disse Agatha tirando lentamente as mãos de Lúcio dela mesma – Então, por que você não deita na cama e deixa que eu começo?

Lúcio hesitou mais obedeceu, se afastou dela e deitou na cama. Agatha precisava pegar o anel, mas, ele não podia perceber ou desconfiar dela. Então ela fingiu que desabotoava o vestido enquanto se aproximava da cama. Os olhos de Lúcio brilhavam observando Agatha se aproximar. Que homem mais nojento ela pensou. De repente sem que ele percebesse, ela fez um movimento com a mão, Lúcio se mexeu violentamente com a força do vento e bateu a cabeça na quina da cama e desmaiou. Ela respirou aliviada e pegou o anel no dedo dele em seguida ela pegou a varinha que estava no bolso das vestes dele, fez uma cópia do anel e colocou no mesmo dedo, depois ela pegou o anel verdadeiro e amarrou no cordão junto ao vidro que possuía o sangue de Draco, fez mais um gesto com a varinha e deixou o anel invisível, depois disso, ela devolveu a varinha cuidadosamente no bolso de Lúcio.

- O ministério não pode me culpar por fazer magia fora da escola. – disse Agatha se aproximando da porta de saída. Mas ela virou de volta pra Lúcio – No mundo dos trouxas isso é abuso sexual ao menor de idade. – Agatha abriu a porta e saiu. Ela seguiu rapidamente em direção ao corredor que levava para o quarto de Draco, não podia acreditar que havia conseguido pegar o anel contendo a alma de Draco, agora o plano tinha que mudar, ela já tinha o que prende a Sra. Malfoy naquela mansão. Ao virar outra esquina, ela quase bateu o nariz em uma porta que acabara de ser aberta, quando Agatha ia reclamar, ela viu que era novamente aquele rosto pálido e ofídio a encarando. Era de se esperar que Voldemort não ficasse hospedado em um escritório, ele tinha o quarto dele na mansão. 

- Agatha. – disse Voldemort sibilante – Por que a pressa?

- Eu me perdi. – disse ela tentando pensar em outra coisa. – A propósito, eu pedi que levassem algumas coisas aos meus amigos, eles estavam com fome.

- Esqueci completamente deles – disse sarcástico.

- Eu queria também te pedir uma coisa. – disse Agatha tentando a todo custo manter Voldemort longe da sua mente.

- Peça.

- Já que você estragou a minha vida será que eu posso ao menos escolher meus padrinhos de casamento? – perguntou hesitante.

- E em quem você pensou em chamar? – perguntou Voldemort com um ar de riso.

- Harry e Gina. – disse vacilante.

- Eu já havia comentado que você é muito inteligente Agatha Ridgeway. – disse Voldemort sério – Mas não se compara a minha mente. Você acredita realmente que eu vou deixar que os quatro herdeiros dos fundadores, fiquem juntos?

- Você não pode me condenar por tentar. – disse Agatha aborrecida.

- Eu não condeno, eu realmente aprecio a sua audácia. – disse Voldemort ainda sério – Posso permitir que os seus padrinhos, sejam a sangue-ruim e o traidor do sangue, só para deixá-la feliz, eu sou bondoso para com os que merecem.

- Ok. – disse Agatha cabisbaixa – Eu sei que já estou me atrevendo demais com você, mas, posso fazer outra pergunta?

- Sim.

- Eu sou menor de idade, pra eu me casar, eu preciso de uma autorização do meu responsável. – disse Agatha temerosa, ela evitava olhar pra ele – Como vão conseguir?

- Essa eu respondo lindinha. – Agatha ouviu uma voz estridente se aproximar deles, era de Belatriz Lestrange. – Eu fui disfarçada até o ministério e lancei a maldição Império do seu pai, depois que ele assinou a autorização, eu apaguei a memória dele.

- Se você machucou o meu pai, sua bandida eu mato você. – disse Agatha entre os dentes.

- Mata mesmo? – perguntou Belatriz debochada.

Agatha ergueu uma das mãos que soprou um vento forte e lançou Belatriz para o final do corredor, fazendo esta bater as costas na parede.

- Com licença. Eu vou para o quarto. – disse Agatha para Voldemort e em seguida ela saiu correndo e entrou no quarto de Draco.

- Deixe-a em paz Bella. – disse Voldemort sério, andando em direção à escadaria.

- Milorde, ela é uma traidora do sangue, amiga de Harry Potter. – disse Belatriz irritada quando se levantou – Não pode confiar nela.

- Você não é ninguém pra dizer em quem posso ou não confiar. – disse Voldemort com um olhar mortal – E eu ainda não confio nela. “Mas tenho a impressão de que ela será a minha serva mais fiel. Será que ela realmente é capaz de matar?” – pensou.


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Notas finais do capítulo

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