Herdeiros Dos Elementais - A Descoberta escrita por JessyFerr


Capítulo 16
Capítulo 16 Alica Virtus


Notas iniciais do capítulo

Mais um.



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Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal.

Friedrich Nietzsche

Capítulo Dezesseis

Alica Virtus


Agatha respirou fundo e sentou novamente na cama, que loucura, um pouco mais de duas semanas ela faria dezesseis anos e antes disso já estaria casada se os planos de Voldemort desse certo. “Meu pai teria um surto psicótico”. Pensou Agatha rindo da situação. Ela poderia chamar sua elfa Dana e aparatar todos, mas, teria que descobrir antes, por que a Sra. Malfoy não pode sair. Quando esse pensamento lhe passou pela cabeça, ela ouvia alguém bater na porta e entrar em seguida, Agatha achou que fosse o comensal voltando com as bebidas de Draco, mas, era a Sra. Malfoy mais abatida do que nunca.

- Sra. Malfoy – disse Agatha surpresa – eu não a esperava.

Narcisa não respondeu, mas, andou em direção a Agatha levando consigo uma taça.

- Fiz uma poção revigorante pra você. – disse Narcisa entregando pra Agatha – Depois daquela tortura horrível achei que precisaria.

- Obrigada – disse Agatha olhando a bebida desconfiada.

- Eu não coloquei nada nele. – disse Narcisa com um sorriso sincero – Nem me atreveria se eu quisesse te fazer mal, Draco me disse que poções é a sua matéria favorita, então você reconheceria logo.

- É apenas reflexo desconfiar de tudo. – disse Agatha bebendo a poção em seguida – Depois de tudo que eu passei.

- Sinto muito Agatha. – disse Narcisa voltando a ficar com o olhar triste – Eu queria tanto evitar que isso acontecesse.

- Talvez a senhora possa. – disse Agatha colocando a taça no criado mudo. – Se a senhora aceitar fugir daqui, Draco também iria.

- Não posso você não entenderia – disse Narcisa com a voz embargada.

- Por que não tenta me explicar?

- Não. Isso não é assunto pra você. – disse Narcisa levantando e indo em direção à janela. Agatha foi atrás dela já se sentindo melhor depois de ter tomado a poção revigorante.

- Sra. Malfoy, eu sei que a senhora se casou obrigada, pelo menos eu desconfio, – disse Agatha delicadamente – mas, eu não entendo por que ainda permanece com ele. Eu preciso saber, só assim posso ajudar.

- Você é uma criança Agatha. – disse Narcisa – Como acha que pode ajudar?

- Ora. – disse Agatha ofendida – Eu posso evocar um tufão se eu quiser.

- E você já fez isso antes? – perguntou Narcisa firmemente.

- Não. – disse Agatha deprimida – O máximo que eu fiz foi ondinhas no lago negro. Mas Hermione me disse que eu voei quando descobri que tinha esses poderes.

- E sair voando por ai ajudaria como?

- Eu to me sentindo tão inútil. – disse Agatha aborrecida.

- Não queria que você se sentisse assim. – explicou Narcisa – Mas você é uma criança como o Draco e os outros... Por favor, não diga ao Draco que eu disse que ele é uma criança.

- Harry tinha um ano quando derrotou o maior bruxo das trevas de todos os tempos. – disse Agatha – Nós quatro juntos podemos fazer isso. A senhora acha que temos esses poderes a toa? Eu não quero fazer ondinhas no lago negro à vida toda.

Narcisa virou e observou Agatha por um minuto. Como se parecia com Angeline, sempre preocupada e disposta a ajudar os outros, por um momento acreditou que fosse a sua amiga que estava ali diante dela esperando ansiosa para lhe contar um segredo.

- Agatha, o que eu vou te contar não deve sair daqui, se contar pra alguém, Draco corre perigo. – começou Narcisa séria – Quando sua mãe e eu estávamos no colégio, Lúcio nos incomodava bastante, eu não o suportava, eu neguei vários pedidos de namoro dele, mas, quando nos formamos e saímos do colégio, ele me obrigou aceitá-lo em casamento, através da maldição Império. – Agatha estava atenta a cada palavra – E então nos casamos, depois de uns anos eu comecei a conseguir resistir à maldição, o Draco já havia nascido, pedi pra Angel me ensinar oclumência eu tinha que fechar a minha mente pra ele não descobrir que eu já estava resistindo. Quando eu decidi me rebelar, ele já tinha outro plano.

- O que ele fez? – perguntou Agatha ansiosa.

- Usou Artes das Trevas. – explicou Narcisa com lagrimas nos olhos – Uma magia chamada Alica Virtus, esse feitiço serve para guardar a virtude de uma pessoa em um objeto. Foi o que ele fez quando Draco nasceu, a virtude do Draco está guardada naquele anel de pedra verde que ele não tira do dedo. Ele me disse que se eu fugisse dele, o anel seria destruído e então...

- Draco morre. – disse Agatha baixinho com uma cara horrível.

- Não imediatamente. – explicou Narcisa – Ele iria envelhecer muito rápido e em questão de dias...

- A senhora nunca tentou pegar esse anel?

- A noite ele guarda em uma caixa com proteção, então eu não posso pegar – explicou ela – e de dia ele usa, é impossível chegar perto. Já pensei em estuporá-lo, mas o anel pode ser danificado, então não ousei fazer isso.

- Não tem um contra-feitiço?

- Eu procurei na biblioteca – disse Narcisa – quase fui pega lendo o livro, acabei colocando de qualquer jeito na prateleira, mas, o feitiço não pode ser desfeito.

- É mais sério do que eu pensava – disse Agatha aborrecida.

- Agora que sabe, por favor, não conte a ninguém. – pediu Narcisa – Eu temo muito pelo Draco.

- Não se preocupe. – disse Agatha – Eu não vou dizer a ninguém a não ser que o anel esteja seguro.

- Você está pretendendo fazer alguma coisa? – perguntou Narcisa temerosa – Por que se vai querer fazer eu preciso saber.

- Na verdade eu não tenho nada em mente. – disse Agatha aborrecida – É sempre a Hermione que tem os planos eu só ajudo a executar.

- Ok. – disse Narcisa mais aliviada – Deixei o elfo Jink a sua disposição se precisar. Eu tenho que ir agora, eu preciso ver Madame Malkin.

- Vai encomendar um vestido novo? – perguntou Agatha.

- Sim. – disse Narcisa já na porta do quarto – O seu vestido de noiva – saiu.

***

         Draco desceu a escada principal da mansão e foi em direção ao escritório, na porta encontravam-se dois comensais um de cada lado da porta. Draco se aproximou deles e disse:

- Quero falar com o Voldemort. – disse Draco arrogante, os comensais estremeceram ao ouvir o nome dele. Um deles bateu na porta e entrou, em menos de segundos este saiu e disse:

- Pode entrar Sr. Malfoy.

Draco entrou no escritório e encontrou Voldemort sentado atrás da escrivaninha acariciando Nagine. Voldemort o encarou por um momento.

- E então? – perguntou Voldemort com a sua voz fria e sibilante.

- Ela aceitou. – disse Draco imponente – Eu disse a ela que você soltaria os amigos se ela se unisse a você, então ela aceitou sem questionar.

Voldemort observou Draco por um momento, Draco sabia o que ele estava fazendo, tentando penetrar em sua mente, Draco não iria bloquear a sua mente, ele ia permitir que Voldemort a invadisse, Draco aprendeu a alterar as suas lembranças e era isso que Voldemort veria a conversa com Agatha completamente alterada.

- Perfeito. – disse Voldemort satisfeito – Eu sabia que ela aceitaria, se você colocasse em jogo os amigos. Amanhã antes do almoço vocês já estarão casados e vocês devem dormir no mesmo quarto eu não confio nela.

- Ela quer visitar os amigos – disse Draco indiferente – pra ter certeza que eles estão bem.

- Ela é muito inteligente Draco. – disse Voldemort sombrio – Perfeita para os nossos planos, porém pode ser muito perigosa, então fique de olho nela. Diga a ela que pode visitar os prisioneiros quando quiser.

- Eu vou descer e vê-los primeiro. – disse Draco com um sorriso irônico – O que adianta vencer se você não pode se gabar.

- Você ainda não venceu Draco, ela ainda não é sua esposa – disse Voldemort com um olhar distante.

- Sim, eu venci, a não ser que você tenha um comensal traidor que os tire de lá, eu venci – disse Draco se fingindo de irritado e saindo do escritório. Ele foi até a sala de estar em direção a porta que dava para as masmorras na entrada havia outro comensal de guarda.

- Vou ver os prisioneiros – disse Draco indiferente.

- Tenho que ir com o senhor – disse o comensal.

- Então por que está ai parado? Vamos logo.

Draco entrou na masmorra e o comensal o seguiu, eles desceram alguns lances de escadas, e Draco pode visualizar quatro figuras dentro de uma prisão. Hermione e Gina estavam com seus rostos inchados e seus olhos estavam vermelhos.

- Malfoy – disse Harry quando o viu, Harry não conseguia distinguir o olhar de Draco. O que havia acontecido lá encima? – Onde está Agatha?

- No meu quarto. – disse Draco com um sorriso zombeteiro, o comensal ao lado dele. “Potter presta atenção, eu só vou falar uma vez” pensou Draco para Harry – Sabe Potter, eu apenas vou te dizer que eu venci, te derrotei debaixo do teu nariz. “Voldemort acredita que eu estou do lado dele, ele quer unir forças com a Agatha e comigo” Sabe, Agatha aceitou ficar comigo em troca da pobre vida de vocês. “Ele quer que nós nos casemos amanhã pra concretizar a união seguida de um voto perpetuo. Potter quando eu disser já finja que me ataque”. Tem uma coisa que eu penso a todo o momento Potter, sabe o que é? Enquanto Voldemort mata você, Agatha estará na minha cama. “Já”

Harry voou para cima de Draco colocando as suas mãos na grade. Draco pegou Harry pela gola da blusa.

- Você perdeu Potter, aceita isso – disse Draco escorregando uma chave pra dentro do bolso de Harry. “Só fuja quando você ouvir a marcha nupcial amanhã de manhã”. Draco soltou Harry abruptamente e seguiu em direção à saída com o comensal aos seus calcanhares.

Eles ficaram quietos por um momento, mas, Rony quebrou esse silêncio.

- O Malfoy é um tremendo de um...

- Formidável – completou Harry tirando a chave do bolso.

- O que? – disse Rony indignado.

Harry contou aos três, o que Draco disse por pensamento.

- Mas por que amanhã, quando a marcha nupcial tocar? – perguntou Gina.

- Malfoy pensou em tudo. – disse Hermione admirada – Provavelmente será o momento com menos vigilância.

- Por um momento achei que Malfoy havia traído a minha confiança – disse Harry aliviado.

Hermione e Rony se entreolharam.

- Mas ele ainda pode trair. – disse Rony sério.

- Do que você tá falando? – perguntou Harry se irritando. “Por que Rony não pode ficar um momento sem falar mal do Malfoy?”

- Ele agiu tão naturalmente. Qual é? Você realmente acredita que ele está do nosso lado? – Rony estava vermelho – Ele nem teve expressão quando Agatha estava sendo torturada.

- Ele não queria que Harry fosse encontrado. – disse Gina chocada – Ele queria proteger ao Harry.

- Então ele prefere proteger o Harry e deixar Agatha ser torturada? – disse Rony irônico.

- Ele não tinha escolha Rony. – disse Hermione atônita – Harry poderia ter sido morto. Malfoy sabe que Você-Sabe-Quem quer matá-lo.

- Depois vocês não digam que eu não avisei – disse Rony sério.

- Chega Rony! – Harry esbravejou – Eu confio no Malfoy e não vamos mais falar nisso.

Rony encarou Harry como se ele não acreditasse, eles estavam discutindo por causa do Malfoy, por causa da pessoa que eles mais detestavam. O que estaria acontecendo com o seu amigo?

- Ok. Harry – disse Rony virando e se dirigindo ao ponto mais afastado da cela.

- Tudo bem Harry. – disse Hermione baixinho – Rony só está com ciúmes.

- Ciúmes? – disse Harry irritado – Isso não tem nada a ver com ciúmes Hermione. Rony nunca gostou do Malfoy e simplesmente não aceita o fato dele ter mudado.

- Tenta entendê-lo Harry. – disse Hermione compreensiva – Vocês sempre foram melhores amigos, e o Malfoy aparece de repente e muda tudo isso.

- Malfoy não mudou nada. – disse Harry definitivo – Rony ainda é meu melhor amigo.

- Tem certeza? – perguntou Hermione sincera – Ultimamente você tem conversado bem mais com o Malfoy, suas notas também melhoraram por causa dele, você até está mais seguro de si. Você não pode negar que Malfoy fez grandes mudanças em você.

- Eu não tinha percebido. – disse Harry aborrecido.

- Não que as mudanças não tenham sido boas. – acrescentou Hermione. – Mas acho que Rony sente a sua falta e das aventuras que vocês viviam juntos. Malfoy é realmente muito cativante, eu tenho que admitir, mas, pensa nisso. – Hermione seguiu em direção onde estava Gina. E Harry lançou um olhar a Rony e ficou pensativo.


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Notas finais do capítulo

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