Herdeiros Dos Elementais - A Descoberta escrita por JessyFerr
Notas iniciais do capítulo
Não resisti e postei.
Você pode descobrir mais sobre uma pessoa em uma hora de brincadeira do que em um ano de conversa.
– Capítulo Treze –
Reecontro
Harry estava deitado na sua cama de barriga pra cima, ele olhou em seu relógio era três e vinte da madrugada, ele não conseguira dormir pensando no que ele e seus amigos iriam fazer daqui a algumas horas. Seu estomago roncava, os Dursley não haviam dado o jantar a ele, pois, Duda alegara que Harry havia apontado a varinha pra ele, o que era uma grande mentira, Harry pegara um galho no chão do jardim e começou a brincar com algumas formigas que passavam distraidamente, e Duda dissera que era a varinha dele. Harry olhou no relógio outra vez, três e meia, era melhor levantar e pegar suas coisas, o taxi que Hermione lhe chamara já devia estar chegando e Harry não ia querer que ele buzinasse e acordasse metade da vizinhança. Harry enviou Edwiges para a mansão de Agatha ontem de manhã, assim alguém cuidaria dela enquanto estivessem fora. Ele pegou sua mochila e desceu as escadas silenciosamente, abriu e fechou a porta cuidadosamente dos fundos. Colocou sua capa da invisibilidade, ele teria que andar até o próximo bairro, provavelmente algum auror da Ordem o estaria vigiando na Rua dos Alfeneiros então ele teria que andar pra longe, ele caminhou até o bairro seguinte e sentou em um banco. Agora era só esperar o taxi, tomara que tenha dado tudo certo com os outros também.
***
Agatha pegou a sua capa e a sua varinha e desceu a escadaria principal da mansão, quando ia em direção à lareira, uma voz esganiçada a chamou.
- Menina Ridgeway! Onde a menina pensa que vai?
- Dana! – exclamou Agatha, era a elfa dos Ridgeway – O que faz acordada há essa hora?
- Eu é que pergunto – disse a elfa assustada.
- Ok. Por favor, não conta nada para os meus pais. – disse Agatha apressada – Eu preciso fazer uma coisa, e você não pode saber, mas, é muito importante que eu vá.
- Mais, menina é muito perigoso sair sozinha – disse a elfa ainda assustada – pra onde a senhorita vai?
- De imediato eu vou para a Toca, – explicou Agatha – mas, depois eu não posso contar. E eu preciso de um favor.
- Qual menina? – perguntou Dana prontamente.
- Eu preciso que você fique atenta ao meu chamado. – disse Agatha com tom de pânico na voz – Se eu precisar eu irei chamá-la tudo bem?
- Faço tudo que me pedir. – disse Dana assustada – Mas se o Sr. e a Sra. Ridgeway descobrir eles vão me dar roupas.
- Não se preocupe com isso. – disse Agatha sorrindo – Agora, por favor, me ajude.
- Tudo bem, mas, tome muito cuidado – disse Dana – quando a senhorita chamar eu vou logo.
Agatha sorriu, pegou um pouco de pó de Flú e entrou na lareira, Dana a ouviu dizer a Toca e desaparecer por entre as chamas verdes. Agatha rodopiou e pôde ver outras lareiras passar rapidamente por ela, até que tudo parou, e ela viu dois vultos ruivos entrando em foco.
- Você demorou – disse Rony ajudando a garota – pensamos que havia esquecido.
- Dana me encontrou tentando fugir – explicou Agatha saindo da lareira.
- E agora? – perguntou Gina baixinho, todos na Toca estavam dormindo.
- Não se preocupe, ela sabe que eu vim pra cá, mas, não sabe pra onde eu vou. – disse Agatha no mesmo tom de voz que Gina – Não tem como ela dizer nada.
- É melhor nós irmos logo – disse Rony abrindo a porta da Toca – Malfoy já dever chegar a qualquer momento.
Eles saíram em silencio pela noite quente de verão, andaram durante uns dez minutos até o local que Draco disse que os encontrariam. Faltavam cinco minutos para as quatro quando chegaram ao local marcado.
- Que bom que chegamos antes dele. – comentou Rony vitorioso – Ou íamos ouvir outro sermão sobre chegar no horário.
Quando faltava um minuto para as quatro eles puderam ver se aproximar rapidamente deles, um carro prateado.
- Um Lamborghini! Draco Malfoy tem um Lamborghini! – exclamou Rony quando o carro parou em frente a eles.
- Bom dia – disse Draco mal humorado, ele detestava acordar cedo – que bom que não se atrasaram dessa vez.
- Você tem um Lamborghini! – exclamou Rony mais uma vez.
- É eu percebi. – disse Draco irritado – Vamos.
Eles entraram no carro que era incrivelmente confortável, eles puderam perceber que por dentro foi alterado por magia, pois, cabiam bem umas dez pessoas.
- Um de vocês senta na frente. – disse Draco entrando e batendo a porta – Não vou ficar parecendo um motorista.
Gina e Agatha instintivamente empurraram Rony pra se sentar na frente ao lado de Draco. Draco não muito feliz com a situação, ligou a maquina e saiu em disparada.
- Como foi que você conseguiu a carteira? – perguntou Rony esquecendo brevemente da rixa entre os dois.
- Simplesmente fiz o teste – disse Draco com um quê de irritação.
- Então você se infiltrou no meio dos trouxas, fez a prova escrita e a do volante? – perguntou Rony debochado – Como se sentiu com um bando de trouxas mandando em você?
- Rony – disse Agatha baixinho no ouvido do amigo – Draco fica mal humorado quando acorda cedo, eu te aconselho a não irritá-lo.
- Só estou fazendo algumas perguntas – explicou Rony alegre – não é todo dia que a gente vê um bruxo com um Lamborghini. O que é isso? – perguntou Rony apontando para um objeto escuro em forma de bengala com uma serpente prata enrolada que se encontrava no apoio do carro.
- *O objeto pelo qual serei preso pelo seu assassinato? – disse Draco irônico.
Rony o olhou furioso, mas, suavizou em seguida.
- Você me deixaria dirigi-lo? – perguntou Rony de repente.
Agatha e Gina prenderam a respiração. “Por que meu irmão não cala a boca uma vez na vida?”
- Hoje não. – disse Draco calmamente – Outro dia com prazer.
“Será que Draco ainda está dormindo?” – pensou Agatha.
- Sabe. – continuou Rony normalmente como se fossem amigos há anos – Não são muitas as coisas em que eu sou bom, aprendi a dirigir com doze anos, mas, eu sou muito bom no xadrez. Você joga?
- Sim, mas, não sou bom. – disse Draco com sua voz arrastada.
- Como assim não é bom? Você... – começou Agatha.
- Eu não sou bom, Agatha – disse Draco em tom definitivo.
- Você é bom em tanta coisa. – disse Rony desconfiado – Quer jogar qualquer dia?
- Que seja. – disse Draco calmo.
Eram quatro e quinze, quando o carro prata estacionou em frente à estação de trem, que estava deserto a não ser por dois adolescentes parados na entrada da estação.
- Mione que saudade! – disse Agatha saindo do carro correndo em direção a amiga.
- Também senti Agatha – disse Hermione alegre.
- Harry – disse Agatha agora abraçando Harry o que foi correspondido por um abraço forte e demorado do garoto.
- Você não sabe o quanto eu senti a sua falta – disse Harry sorrindo. “Como ela está linda, eu vou reconquistá-la, é só esperar”
“Eu espero que você esteja falando dela e não de mim” – disse Draco em pensamento para Harry. Harry pôde perceber que Draco usava vestes escuras e pareciam muito caras, ele desejou não ter colocado o seu jeans mais surrado.
- Como vai Malfoy? – disse Harry apertando a mão do loiro.
Draco sorriu e agora via Harry e Rony dando um abraço, ele de certa forma sentia inveja da forma como os dois se portavam, não sentiam vergonha de demonstrar o carinho que um tinha pelo outro.
- O que fazemos agora? – disse Gina ansiosa. – Já iremos pra mansão?
- Ainda é cedo. – disse Draco calmamente – Vamos parar em algum lugar para tomar café da manhã.
- Café da manhã? – disse Hermione atônita – Estamos a ponto de invadir a sua mansão e você quer tomar café da manhã?
- Potter precisa se alimentar e nós vamos acompanhá-lo – disse Draco entrando no carro novamente.
Hermione olhou calada para Harry.
- Eu não jantei. – disse Harry entrando para se sentar ao lado de Draco no carro. – Como você sabia? – perguntou Harry a Draco quando entrou no automóvel.
- Como eu sabia o que? – perguntou Draco indiferente.
- Que eu estava com fome.
- Foi só intuição e você não parava de pensar em bolo de carne – disse Draco ligando o carro. Eles pararam em um café trouxa, Draco pediu um cappuccino para cada e alguns croissants.
- Você me encanta cada dia mais, sabia Malfoy? – disse Gina sonhadora – Quem diria que você conhecesse os trouxas tão bem.
- Eu causo encantamento nas pessoas. – disse Draco malicioso. – Não que eu queira, mas, é um charme natural.
- É eu vi a cara da garçonete – disse Agatha bebericando o seu cappuccino.
- Ela me deu isso. – disse Draco entregando para Agatha um papel com um numero – O que ela quer que eu faça com isso?
- Ela quer que você ligue pra ela – disse Hermione olhando o papel nas mãos de Agatha.
- Ligar como assim? – perguntou Draco confuso.
- Lembra daquele aparelho que tem na minha casa trouxa? – perguntou Agatha – Que se pode falar com outras pessoas?
- Aquele com um monte de número? Telefone não é? – disse ele pegando o papel de volta.
- Que tal nós resolvermos o que vamos fazer ao chegar à mansão – disse Harry satisfeito com o seu estomago cheio.
- Agatha deve se sentar ao meu lado no banco da frente já que vocês estarão com a capa. – disse Draco ainda observando o papel com o número de telefone da garçonete – Depois entraremos na mansão, e provavelmente meu pai já estará acordado, então façam o mínimo de barulho possível.
- E em relação ao que vamos procurar? – perguntou Agatha observando com desdém o papel nas mãos de Draco.
- Minha mãe dorme até tarde e meu pai vai para Ministério – explicou Draco – Então vocês podem procurar o que querem nesse meio tempo.
- Quatro pessoas debaixo de uma capa da invisibilidade procurando alguma coisa que não sabemos, impossível não fazer barulho – disse Gina.
- Dois podem ficar no meu quarto e dois saem pra procurar. – disse Draco resoluto – E Agatha e eu fingimos nos divertir por ai enquanto também procuramos seja lá o que for.
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* Fala de Sheldon da série The Big Bang Theory
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O que acharam?