Ponto de Vista: 3ª Pessoa.

Já se passava de meia-noite, Percy e Thomas tinham ficado até tarde no escritório resolvendo alguns problemas, para que não ficassem pendentes para a próxima semana. O carro de Thomas tinha dado problemas durante a tarde então ele pegara uma carona com Percy, o caminho para casa estava deserto já que essas ruas eram sempre movimentadas.

– Então, você conversou com seu pai? – perguntou Thomas

– Ainda não, meu pai não é do tipo que eu consiga falar fácil com ele.

– É verdade sua família mora em USA né?

– É. E você o que tem feito, além de se agarrar com a Clara no escritório? – perguntou Percy risonho

– Estou apaixonado por ela. – falou Thomas suspirando.

–Você apaixonado? – perguntou Percy entre risos. – Nossa! Nunca imaginei isso de você.

– Eu estou apaixonado mesmo e muito feliz. Você devia se apaixonar sabe deixar de ser esse idiota insensível. – falou Thomas meio na brincadeira, só que percebeu logo depois que Percy tinha fechado a cara.

– Eu estou muito bem do jeito que sou. Não sei pra que se apaixonar você fica igual um idiota atrás dela, dar seu coração, sua vida por elas e elas o jogam fora como se fosse nada. - falou Percy rudemente, não gostava de lembrar-se dessas épocas.

– Nossa Percy! O que aconteceu com você? Por que acha isso tudo?- perguntou Thomas assustado com o jeito que Percy falou.

– É ... – começou Percy meio em dúvida se deveria ou não contar sobre isso para Thomas, mas notou que ele era confiável e resolveu começar. – Alguns anos atrás eu conheci uma garota, o nome dela era Annabeth, começamos com uma amizade só que o que eu sentia por ela aumentava cada vez mais e eu me vi completamente apaixonado por ela, bastante tempo depois nos declaramos e... – Percy contava toda história de sua vida, tirando algumas partes, como ele ser filho do deus dos mares, ela ser filha de Athena, coisas básicas assim.

– Eu sabia que você não era desse jeito normalmente, mas nunca pensei que fosse por causa disso. Ela é uma p@&*(¢ isso sim.

– É verdade, mas...

– CUIDADO!!!! – gritou Thomas assim que viu algo realmente estranho em direção ao carro. Thomas não podia acreditar depois de tantos anos, o acharam, ele tinha fugido há muito tempo, mas agora não adiantava nada, eles estavam ali e Percy saberia tudo sobre seu passado que ele tentará esconder nesses anos.- Ah não eles de novo, VOCÊS NUNCA ME DEIXAM EM PAZ, EU SÓ QUERO UMA VIDA NORMAL, COMO TODO MUNDO. – gritou Thomas para o pequeno exército de a sua frente. Mesmo depois de tanto tempo ele nunca andará desarmado, pegou sua espada que era um anel que ele usava sempre e correu em direção ao exército, transformando vários monstros em pó no caminho. Mas o que realmente o assustou foi Percy tirando uma espada de sei lá onde e lutando juntamente com ele e destruindo sozinho maior parte do exército, ele era o melhor espadachim que Thomas já virá. Mas como ele os virá? A névoa deveria enganar ele, como a qualquer outro simples mortal. – Como você fez isso? – perguntou Thomas assustado, ele nunca imaginará Percy lutando desse jeito.

–Me diz você como fez isso? – perguntou Percy tentando fugir da pergunta.

– Ta, mas não aqui – falou Thomas, olhando nervoso para os lados, com medo de novos monstros aparecerem.

Eles entraram novamente no carro, e foram em direção a uma lanchonete que ainda estava aberta, com bastante gente dentro, sentaram em uma mesa, e ficaram em silêncio, um esperando o outro falar, eles não sabiam mais compartilhavam do mesmo segredo.

– Então, como você consegue vê-los? – falou primeiro Thomas encerrando o silêncio.

– Acho que do mesmo jeito que você – falou Percy, um mortal não lutaria daquele jeito, muito menos iria carregar uma espada de bronze celestial. – Você é filho de quem?

– Apolo e você? – perguntou Thomas. – Como não percebi antes, é você Perseu filho de Poseidon, herói do Olimpo. – falou baixinho, com medo das outras pessoas ouvirem e o acharem louco.

– Como você sabe disso? Pelo que percebi você não vai ao Acampamento Meio-Sangue há muito tempo.

– É faz um tempo sim, desde que começou essa história de guerra minha mãe me trouxe pra cá, eu queria ter participado. Mas os meus irmãos me mandam notícias sempre.

– Entendi.

– Me responde uma pergunta, aquela sua namorada é de que deus? – perguntou Thomas.

– Athena. Então vamos embora, já está tarde e tem trabalho amanhã. – falou Percy com pressa, não gostava de falar desse assunto, não o fazia bem, lembranças ruins, nunca nos fazem bem.

Percy deixou Thomas em casa, e foi em direção a sua, antes de dormir ainda arrumou a pasta com algumas coisas para uma audiência que teria logo pela manhã, seria sua primeira e ele esperava que se saísse bem, depois tomou um banho e foi dormir. Acordou um pouco tarde, já passava de um pouco mais das 08h45min quando Percy saiu de casa, teria que chegar até o local da audiência as 09h em ponto e já estava bem atrasado, pois seria em Londres e o trânsito não ajuda.

A audiência correu tudo bem, a mãe, cliente de Percy, ganhará a guarda de sua filha de 3 anos. Essa criança tinha chamado um pouco atenção de Percy, talvez por ser loirinha e a idade dela, ele lembro-se que a menina daqueles dois já teria aproximadamente a mesma idade. Deixando esses pensamentos de lado, foi em direção ao escritório, Thomas pedirá uma ajuda com alguns problemas, e ele estava indo lá pra ajudar a resolvê-los.

– Então o que houve? – perguntou Percy, entrando no escritório de Thomas, que dessa vez estava sozinho.

– Consegui resolver as coisas, mas tenho um problema um pouco maior pela frente. – falou Thomas preocupado, como diria que precisava ir embora do país assim depois do escritório começar a dar certo, finalmente.

– O que houve Thomas? – perguntou Percy preocupado, alguma coisa não estava certo, Thomas não ficava assim por causa de um problema qualquer tinha que ser muito sério para deixá-lo desse jeito.

– Minha mãe está doente, só que eu morei aqui minha vida quase toda, eu acho que ela não melhorará eu preciso ir para USA passar esses últimos dias da vida dela ao seu lado.

– Mas e o escritório? – perguntou Percy nervoso.

– Eu não sei, não sei mesmo. – falou Thomas colocando o rosto entre as mãos.