Amor De Pai escrita por Little Flower


Capítulo 21
Eu te amo.


Notas iniciais do capítulo

Olá minhas leitoras, estou muito feliz. Nunca mais a fic tinha recebido tantos review. Agradeço também as duas recomendações que a fic ganhou da camilacullen e da angeles cullen.
Boa leitura.

Capítulo atualizado em 06/03/21



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[Bella]


     — Aqui...
Edward me entregou o copo descartável com canudo listrado. Acariciou meu cabelo e sorriu levemente. Correspondi e suguei o líquido que continha ali.
  — Baixinha, volta aqui! — Emmett apareceu na sala de estar com um sorriso enorme seguindo Renesmee numa brincadeira de pega-pega. Eu não fazia ideia se vampiros poderiam adquirir doenças como depressão ou ansiedade, pois Emmett parecia acometido por uma delas. E apenas Renesmee foi capaz de ajudá-lo a se reerguer.
Como Esme costumava dizer: ela era o sol daquela casa.
Ri quando ela passou correndo por nós.
— Anjinho, não corra por aqui, pode se machucar... — Edward sempre tão preocupado com sua princesinha. Nossa princesinha.
Renesmee revirou os olhos, mas parou e sentou-se no colo de Edward próximo a mim.
— É tão bom ver que está melhor, Emm. — eu disse sorrindo levemente.
Ele retribuiu com o olhar descontraído de sempre e sentou-se ao meu lado. Realmente era muito bom ver calor em seus olhos de novo.
— Eu me sinto bem melhor.
Deu de ombros.
Mas sabia que no fundo ainda sofria, pelo menos ele não estava se isolando como antes. Era um começo.
— Mamãe? — perguntou Renesmee.
— Hum? — encarei seu rostinho e Edward pegou o copo vazio das minhas mãos deixando-o em cima da mesa ao lado do sofá.
— O bebê vai nascer e não escolhemos o nome ainda. — informou ela com certa indignação. — Já tem algo em mente?
— Na verdade... Não.
— O nome do meio do papai é Anthony e particularmente acho lindo. Que tal? — sugeriu.
Sim, esse era perfeito. Encarei Edward e este me olhava de volta um tanto estático. Perdi algo?
— Edward? — indaguei confusa.
— É apenas... emoção. Eu jamais pensei ser capaz de ter um filho com o meu nome em homenagem. — disse com uma expressão adorável. Seu sorriso quase que infantil. Pousou as mãos sobre minha barriga que abrigava nosso bebê.
— Oh amor! Seu nome é perfeito para o nosso bebê... — respondi sorrindo e afagando sua bochecha. Seu sorriso ampliou-se.
— Mas... — disse Renesmee antes que Edward e eu pudéssemos nos beijar — E se for uma menina? — perguntou com as sobrancelhas arqueadas. Pensei um pouco e uma vaga lembrança de repente surgiu.
— Elizabeth? — propus. — O nome de sua mãe era Elizabeth, poderíamos homenageá-la também.
— Nossa, obrigado, meu amor. Isso é incrível! — disse ele radiante. Era nítida sua felicidade.
— Ai que lindo! Podemos chama-la de Betty ou Liz, ou Lizzie. E se for menino de Thony, ou Tom, Tomy... – Renesmee dizia initerruptamente. Edward e eu rimos disso. Emmett também.
— Nessie, meu anjo, respire um pouco.
— Se for um menino espero que seja lindo como o tio Emmett! — Emmett estufou o peitoral e virou o rosto fazendo pose de bonitão. Gargalhamos dele. Era tão bom ter nosso grandalhão feliz de volta.


[Edward]

De fato eu estava temeroso em perder minha Bella mais uma vez. Embora o receio estivesse sempre presente, algo me levava a acreditar que ocorreria tudo bem. E era nisso que eu devia me agarrar. Ter outra criança seria incrível, quando Renesmee chegou foi despertado em mim sentimentos que sempre desconheci. O altruísmo em fazer tudo pela felicidade de minha pequena hibrida. Era impossível não amar ou até mesmo imaginar como seria minha outra criança.
Talvez, apenas talvez eu tivesse feito algo de extrema bondade para ser recompensado dessa forma.
— Quando a tia Rose volta? — Renesmee quis saber mais uma vez, ela escovava o cabelo de sua boneca Barbie em meu colo.
— Não sei, pequena. — Emmett respondeu de forma neutra, mas por dentro ele se agitou com a menção no nome de sua amada.
— Espero que ela chegue antes do natal.
“Não me importo por ela ter escolhido ir porque sei que vai voltar, e quem sabe curada de toda essa raiva?”.
Eu assenti minimamente para ele.
Era o que eu esperava também. Embora Rosalie tivesse o desejo de ser mãe, nada justificava todo aquele ressentimento de Bella. Ela não tinha culpa pelo fato de Rosalie não conseguir realizar seu sonho. Nenhuma das duas tinha, na verdade.

Emmett aguardava ansiosamente o retorno de Rosalie, porém mesmo perguntando a Alice uma decisão da parte dela, suas esperanças ruíam.
— Quando é o natal mesmo? — indagou Nessie.
— Daqui a quatro semanas.
— Vamos comemorar com uma árvore grande e muitos, muitos enfeites coloridos e pisca-piscas! É meu primeiro natal com você papai e com nossa família! — Renesmee lembrou-me e me abraçou dando um gritinho entusiasmado.
Rimos.
— Sim, amor! — respondi na mesma empolgação e Bella sorriu.
“Gostu da sua voz” ouvi de repente e franzi o cenho.
— Alguém disse alguma coisa?
Emmett, Bella e Renesmee olharam-me interrogativamente.
— Não, Edward. Por quê?
— Espere um minuto.
Aproximei-me um pouco mais de Bella e repousei minhas mãos sobre sua barriga protuberante. Seria possível? Eu estava escutando os pensamentos do bebê? Inacreditável. Quando captou minha voz, seu pensamento foi o mesmo.
Não havia percebido o sorriso encantado que tinha no rosto.
— O que está acontecendo? — pediu Bella, ansiosa.
— Ele... — indiquei para sua barriga — Eu posso ouvi-lo... Ele disse que gosta da sua voz e da minha.
Bella arregalou os olhos.
— Oh!
Só então quando uma imagem impressionante preencheu meus pensamentos pude notar o que ele queria deixar claro. Havia uma mulher de costas, usando um vestido de algodão azul, segurando algo nos braços murmurava uma canção suave. Mesmo quando ela se virou seu rosto estava desfocado e envolto numa manta amarela continha um bebê. Também não consegui ver a face da criança... Não era necessário demorar para chegar a uma conclusão. Como ditado dizia: uma imagem valia mais do que mil palavras.

A cena de dissipou.

Encarei Bella, que alisava delicadamente sua barriga.
— O que ele está falando agora? — perguntou ela em expectativa, a emoção estampando seu rosto.
 — Ele ama você. — eu revelei, impressionado.

Ela sussurrou um “Ah meu Deus!”.
— Eu também amo você! — disse ela com os olhos brilhantes e não demorou para que as lágrimas saltassem. Sorri. Segurei firme Renesmee para que eu pudesse me inclinar e beijar o lar de nosso bebê.
— Legal! — Renesmee exclamou, estava radiante — Psiu, bebezinho! Você também gosta de mim não é? — ela se inclinou um pouco mais para frente e pousou suas pequeninas mãos sobre a barriga da mãe — Sim?
Ri de sua impaciência.
— Então papai? Ele não disse nada? — perguntou um tanto chateada.
Sacudi a cabeça.
— Que pena! — ela deu de ombros, mas com uma expressão arrasada. — Por que não gosta de mim, bebê?!
— Calma, querida... — Esme surgiu com Alice e Jasper atrás de si — É claro que o seu irmão gosta de você.

— Mas por que então ele não diz?

— Vocês terão muito tempo quando ele nascer. Não o cobre muito...

Ela soltou um longo suspiro, chateada.

— Bella, que incrível! Será que ele terá um dom?

E assim se iniciou uma conversa sobre o novo membro da família Cullen. Depois de certo tempo Renesmee desceu do meu colo e caminhou para fora do sofá. Totalmente apreensivo fui em seu encalço. Ela se sentou no balanço de madeira que Emmett construiu no dia anterior.
— Nessie?

Ela se limitou a me olhar quando parei a sua frente.
— O há de errado, meu anjo? — perguntei suavemente.
— Nada.
— Anjinho, pode me contar, nós dois não temos segredos.

Renesmee de alguma forma conseguia filtrar seus pensamentos algumas vezes, uma esperteza aprendida com a nanica, certamente. Alice achava totalmente injusto a falta de privacidade quando se tratava de sua mente. Nessie seguia em seu ritmo e por isso não estava a par de suas preocupações, minha filha nem mesmo deveria ter com o que se atormentar.

Se ela me dissesse, eu faria qualquer coisa para livrá-la de suas aflições.
— Não é? — inqueri quando não tive resposta e me agachei para ficar em sua altura.
Ela me encarou e depois de algum tempo negou com a cabeça.
— Não precisamos esconder nada um do outro.
— Tem razão, mas promete que não conta? — sussurrou e olhou de soslaio para a visão que tínhamos através do vidro da casa onde o resto da família rodeava Bella, acariciando sua barriga. Fingindo que não estavam prestando atenção em nossa conversa.
Assenti.
— Eu tenho medo de não gostarem mais de mim.

Nesse momento seus olhos marejaram.
— Não, de forma alguma, meu amor. Você e o seu irmãozinho são muito amados por todos nós. — eu declarei e segurei sua mão pequenina. “E se você e a mamãe gostarem mais dele?” — Isso não vai acontecer, os dois são preciosos demais.
— É mesmo?
— Mesmo, mesmo. Não há motivo nenhum para você pensar sobre isso. Não se aflija mais, promete?

Ela esboçou um lindo sorriso assentindo.
— Então, nenhum abraço? — perguntei e imediatamente ela pulou em meu colo, lançando os bracinhos em meu pescoço e deitou a cabeça em meu ombro. “Eu amo o meu irmãozinho papai, e fico feliz em tê-lo!”. Fiquei aliviado por aquelas palavras e realmente grato por Nessie compreender perfeitamente que os amaria incondicionalmente. 
— Certo. Agora vamos voltar para dentro, o tempo está esfriando...  — informei e ela concordou.

Antes que pudéssemos dar qualquer passo. Escutei um crack e rapidamente girei o corpo algumas vezes para tentar avistar alguma coisa. Um movimento imperceptível, mas que meus olhos biônicos captaram perto dali.
— Papai? O que foi?

Renesmee franziu o cenho e olhou para as mesmas direções que eu. 

— Tem alguém ali?

— Acredito que sim. Aconteça o que acontecer segure firme.
Meu instinto protetor instruiu para que eu a colocasse em minhas costas, assim meus braços estariam livres para combater qualquer coisa. Era um vampiro. O cheiro doce foi ficando cada vez mais intenso a medida que a criatura de aproximava. Rosnei baixo com os dentes a mostra ameaçadoramente. Estava prestes a atacar quando se pôs a minha frente, mas um grito impediu que eu prosseguisse.
         — Não!


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Notas finais do capítulo

Mais uma vez não consegui arrumar a formatação :(
Espero que tenham gostado haha
Beijoss