All You Need Is Love - Draco E Astoria escrita por Bee


Capítulo 30
All I need.


Notas iniciais do capítulo

Olá amadinhas, eu acreditei que me matariam porque demorei a escrever esse capítulo, mas vou aproveitar e dar um recado, como sabem, eu to escrevendo algumas ones-shots, se quiserem ler tem umas bonitinhas, até agora escrevi: Jily, Dorem, Franlice, e Blackinnon. A próxima, se a capa ficar pronta, será uma Scorose e então uma Lucisa. Espero que procurem elas no meu perfil, e se gostarem leiam, eu ficaria feliz. Bom, eu escrevi esse capitulo, e reescrevi, porque a ideia surgiu do nada, então desculpem a demora, e como sabem, eu estou escrevendo a próxima fanfic que se seguirá após essa. Bom, lá embaixo conversarei mais um pouco. Boa leitura.



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Fazia seis meses que o casal havia voltado à Inglaterra. A barriga de Astória havia crescido muito desde então, e Draco estava adorando a ideia de ser pai, de criar uma família e já via um futuro com um menininho, quem sabe eles não tivessem uma menina depois, correndo pela mansão enquanto o loiro sentava ao lado de Astória, ouvindo aqueles discos que ela adorava, apenas sorrindo ao ver que a vida, ao contrário do que parecia, poderia ser perfeita.

Aos oito meses de gravidez, eles já tinham escolhido os nomes, e sabiam o sexo do bebê, como era um menininho, ele iria se chamar – pela tradição da família de Draco – Scorpius Hyperion Malfoy. Já haviam comprado as roupinhas para o bebê, o loiro insistia em comprar vestes pretas por ser mais “elegante”, mas a morena logo pôs por chão essa ideia, dizendo que seu filho não iria andar parecendo a Wednesday Adams.

_ Por Merlin, acho que em poucos dias minha barriga vai explodir e voar pedaços de bebê por todo lado. – Astoria disse ao tentar se levantar da cama –

_ Esse é um exemplo de coisa que não se fala ao acordar, não é nada sexy. – Draco reclamou arrumando a gravata –

_ É, porque eu não sou mais sexy. – ela falou com falsa voz de tristeza, mesmo que tenha gargalhado logo em seguida – Não acredito que você me deixou tão gorda assim, Scorp.

_ Você está ainda mais linda ultimamente. – Draco brincou abraçando a esposa – Sabe, esse rosto rechonchudo recém descoberto destaca seus olhos azuis.

_ Você é um canalha, sai logo desse quarto ou eu vou te devorar. – Astoria gargalhou –

_ Já estava indo, mesmo. Sabe o número do meu celular? – ele disse descendo as escadas –

_ Sim, senhor. – ela gritou –

_ Lembre-se em hipótese alguma faça esforços desnecessários. – ele gritou ao fechar a porta e ela correu até a janela para gritar –

_ Droga, Draco, só porque eu queria sair e montar em um dragão e invadir uma festa perigosa, mas tudo bem, deixarei para depois do parto. – ela gritou da janela e ele riu antes de aparatar –

A realidade é: Astória não aguenta mais “não fazer esforço”, não do estilo desnecessários, mas ela malmente podia ir ao banheiro sem se sentir extremamente cansada, e esse era um esforço mínimo necessário, e constante, já que desde o começo da gravidez sua bexiga tinha descido um bom tanto, e ela precisava ir ao banheiro de pouco em pouco.

É claro que os elfos estavam lhe ajudando com tudo que era possível, eles faziam sua comida, eles lhe ajudavam sempre que ela precisava, mas existem coisas que ninguém pode fazer por você, certo? Mesmo que Draco obrigasse ao menos um deles ficar sempre atrás dela, para o caso de algo acontecer.

_ Mily, Tuci. – ela chamou pelos dois elfos que a ajudavam diariamente e lhes distribuiu tarefas que normalmente ela cuidaria – Eu preciso que um de vocês vá fazer compras, e preciso que o outro vá até o ministério levar esses papeis. Eu estava revisando no tempo livre, e agora preciso entregar.

_ Mas o senhor Malfoy disse para não sairmos...

_ O senhor Malfoy não vai saber, eu estou mandando saírem e fazerem o que eu mandei. – ela disse com voz autoritária, talvez tivesse algo envolvido com a gravidez e os hormônios –

Eles a obedeceram de imediato, quem eram eles para discordarem de uma ordem da dona? Ela logo após ouvir o estralo da aparatação dos pequenos empregados se sentou na cadeira confortável que eles colocaram no quarto do menininho.

Estava todo decorado, eles haviam pintado as paredes de ‘cheese-cake’, e decorado com pequenos desenhos em toda a parede. Um berço, uma poltrona para quando ela tivesse de amamentá-lo, um pequeno guarda-roupa com roupas que eles haviam ganhado, ou que ela simplesmente comprou no impulso.

Astória acariciou sua barriga que estava incrivelmente grande, e sentiu um chute forte onde a mão havia passado. – Mamãe tá aqui, Scor. Mamãe tá aqui. E com saudade do papai.

Sentiu novamente sua bexiga cheia, e com grande dificuldade levantou da cadeira, se dirigindo até o banheiro. Infelizmente o banheiro ficava no fim do corredor, e o quarto do pequeno ficava no começo. Segurando a barriga, e andando com dificuldade e dor nas costas, ela se arrastou até lá.

Depois de sair do banheiro, ela sentiu um arrombo no estomago, era a fome que lhe batia, desceu as longas escadas, percebeu também que Scorpius estava mais agitado. Preparou um sanduiche, e olhou para o relógio, Draco só chegaria em quatro horas, e ela estava odiando ficar sozinha em casa.

Astória sentiu novamente vontade de ir ao banheiro, não estava mais aguentando isso, e disse que se isso voltasse a acontecer ela usaria fraudas. Então ela correu, ou tentou correr, escada à cima. Uma péssima ideia, considerando que no segundo degrau, ela pisou em falso, e caiu o resto da escada, batendo as costas e a cabeça contra a parede.

[...]

Draco chegou em casa cansado, os turnos no Saint Mungus estavam uma loucura, ele corria de andar a andar, e não aguentava mais o mal que lhe dava por deixa a mulher grávida em casa apenas com elfos.

_ Asty! – ele gritou como fazia todos os dias, mas não ouviu o chamado de resposta que ela sempre lhe dava – Tori? – tentou novamente enquanto tirava o casaco – Astoria? – ele se adiantou entrando na casa, e quando foi subir as escadas notou o pequeno corpo ali, desfalecido – Astoria! – ele gritou e correndo até ela, checou sua pulsação, sua pressão estava mais alta que o indicado para uma grávida, e ela poderia estar machucada, Draco então fez a única coisa que poderia, segurou sua menina nos braços e aparatou em frente ao St. Mungus. –

_ Dr. Malfoy, pensei que o senhor só voltaria amanhã. – a recepcionista loira e baixinha, com cara de rata, chamada Trina lhe atendeu antes de notar Astória nos braços dele – Ai Merlin, vamos rápido.

_ É, estou tentando ir rápido, mas se não notou eu estou com minha mulher grávida desmaiada nos meus braços. – ele disse grossamente correndo até um quarto onde pudessem atender ela –

O médico que lidava com casos parecidos, um senhor que aparentava uns 100 anos, atendeu-a, mas não deixou que Draco participasse da consulta. – Malfoy?

_ Dr. Dorian. – Draco disse se virando, ele estava andando de um lado para o outro na frente do quarto – Como ela está?

_ Continua desmaiada, e pelo que contou, ela estava desmaiada, e caída. – ele disse olhando uma ficha amarela – Notei que a pressão dela aumentou muito, e como sabe, isso é prejudicial para o bebê, e pode chegar a matá-lo. Mas fazer uma cesariana nela neste momento poderia matá-la.

Draco processou aquelas palavras com calma, encarou o velho e sua barba incrivelmente branca e de tamanho mediano, daqui a algum tempo ele pareceria com Dumbledore. Ele finalmente compreendeu o sentido daquela frase, mas mesmo assim queria se certificar.

_ O que exatamente isso quer dizer? – ele rezou pela primeira vez para que não fosse o que ele pensou –

_ Você terá de escolher qual dos dois vai viver. – o mundo de Draco parou, não teria como ele escolher entre sua esposa e seu filho, eles eram as pessoas que mais importavam em toda uma vida, eles eram a escolha certa que ele nunca pode fazer –

_ Eu escolho os dois, não vou deixar nenhum dos dois partir. – o loiro disse decidido – E você não os deixará morrer também.

_ É muito perigoso. – o velhote afirmou com voz temerosa – Ela pode morrer na cirurgia.

_ Astoria é muito forte, ela aguentará para ver nosso filho viver. – Draco afirmou fortemente e o médico concordou – E cada minuto que você passa aqui eu perco mais um pouco as pessoas que dão sentido a uma vida de merda que eu vivi. Vá salvar os dois.

[...]

Draco ficou ao lado de Astória, agora dopada pela poção anestésica, durante todo o parto, ele viu os médicos e medi-bruxos se esforçando para fazer com que ambos ali sobrevivessem.

Ele acariciou delicadamente com a mão suada o rosto delicado de sua amada. Asty estava desacordada, respirava pesadamente e com dificuldade, e seu corpo estava empalidecendo a cada segundo. Draco apertou aquela pequena mão da garota nas suas, ela não dava resposta, seu corpo estava frio como um lago em pleno inverno.

“Você vai sobreviver, você vai ver nosso filho crescer ao meu lado, e você será a mulher mais forte que o mundo já viu.” – ele pensava ao acaricia-la –

E então ele ouviu o som mais calmante de toda a sua existência, o choro de uma criança recém nascida. Scorpius Hyperion Malfoy havia nascido, e estava gritando a todo pulmões, e aquele som fez Draco acreditar que havia esperança para sua vida. Olhou naquela direção, ainda segurando a mão de sua amada, uma enfermeira segurava um bebê ensanguentado e careca que olhava na direção de Draco.

Aquele garoto, pequeno e manhoso, fez o coração de Draco, antes entorpecido de tristeza, voltar a bater acelerado, sua pele esquentou, e ele jurou poder sentir Astória consigo, olhando na direção do menino.

Foi quando seus pensamentos foram interrompidos por um doutor falando rapidamente e em voz alta – A pressão voltou a subir, e ela está sangrando muito doutor.

O coração de Draco parou, ou pelo menos era o que ele sentia, sua pele voltou a se tornar fria, ele suou frio, assim como muitos dos doutores ali, ele apenas encarava a garota, desejando que ela abrisse os olhos e dissesse que aquilo não passava de uma brincadeira e ela estava bem até de mais. Mas nada daquilo aconteceu. O loiro juntou seus lábios à testa da morena, e sentiu falta daqueles olhos azuis enormes o encarando com curiosidade.

_ Você me deu tudo que eu sempre precisei, eu só precisava de amor, o amor me salvaria, o amor me salvou. Não me deixe, Astória. – ele suplicou – Não me deixe, ou eu morrerei de tristeza.

E então ele ouviu o barulho que faria seus pés perderem o chão. Era pior que a batalha de Hogwarts explodindo ao seu redor, era pior que ouvir que ele não tinha escolha para nada em sua vida. Ele ouviu o longo bip, voltando o olhar rapidamente para a máquina ligada ao pulso de Astória. Seu coração havia parado, e ele não sabia o que fazer.

_ Asty, por favor, não me deixe. – o loiro voltou a implorar apertando a mão dela – Astória, acorde, pela vida do nosso filho, acorde.

_ Tirem ele da sala. – um dos médicos trouxas ordenou – E me tragam o desfibrilador.

Draco foi arrastado contra sua vontade para fora da sala, ele viu seu mundo se acabar enquanto se afastava daquela mão gelada, ele viu seu futuro se explodir ao deixa-la lá. Então ele se lembrou das pessoas que viu morrer em sua frente, não queria adicionar sua mulher a essa lista.

[...]

Um ano e meio havia se passado. E Draco cuidava do pequeno de cabelos loiros, olhos azuis metálicos, e feições como as dele. Mas o garoto tinha uma qualidade que sempre admirou na esposa. Scorpius era autentico, tinha vontade própria, e mesmo com aquela idade já demonstrava isso. Draco havia chegado cansado do longo dia de trabalho no hospital movimentado, mas seu cansaço se esvaia quando via o pequeno correndo ao seu abraço, vestido assim como Astoria o chamaria de Wednesday Adams, as pequenas roupas pretas lhe caindo bem sobre o corpo, e acentuando a alva cor de sua pele.

Ele dispensou a velha babá que vinha cuidar de seu filho todos os dias, pagou-lhe pelo dia e disse que assumiria dali. Pegou o filho no colo, e subiu até o quarto dele. Colocou na velha máquina de vinis de Astória o seu disco preferido, enquanto tentava acalentar o filho. Sussurrava aquelas músicas em voz dura, nunca se compararia à voz doce da morena, mas fazia todo o possível. Então sorriu, ao notar que não necessitaria se esforçar mais.

_ Assim você vai assustá-lo. – a morena riu da porta, jogou sua bolsa pesada no chão, estava cansada de todo aquele trabalho – Vai descansar, meu loiro. Tome um banho e te encontrarei no quarto.

Draco não foi tomar banho, ele encostou-se à parede de fora do quarto do pequeno, e um sorriso dominou seu rosto ao ouvir a voz doce acompanhando a música, Astória cantava para o menino, e acariciava aqueles ralos cabelos loiros. Draco sabia que não poderia ser mais feliz na vida do que naquele momento.

Draco seguiu para o quarto, se jogando sobre a cama de roupas e tudo. E esperou pela morena que não demorou. Ela desabotoava a camisa de seda que usava para ir ao ministério.

_ Ele adormeceu como um anjo. – ela sorriu, os olhos exaltando felicidade –

_ Eu fiz a escolha certa, não fiz? – Draco disse perdido em pensamentos –

_ É claro que fez. – Astória sorriu – Acha que conseguiria acalentar o nosso pequeno sem mim?

_ Não essa. – Draco sorriu – Essa foi a melhor escolha da minha vida, e nunca me arrependerei dela. Eu estou falando de escolher ser diferente de meu pai.

_ Draco... – Astória se aproximou, usando apenas o sutiã sobre os seios fartos, a saia e a meia calça – Seu pai pode ter sido um babaca pela vida toda, mas é graças a ele que você se tornou quem é hoje. E você se tornou um homem incrível, você salva vidas, você não as fere mais.

_ Não foi ele quem me tornou isso. – Draco explicou – Foi você.

_ Eu te amo. – ela sussurrou, se deitando sobre o peito dele, e o beijando –

_ Eu te amo.

_ Obrigada por me salvar naquele dia. – Astória disse, e ele a olhou intrigado –

_ Mas não fui eu quem te salvou.

_ Você me salvou, eu demorei a conseguir comandar meu corpo, mas foram aquelas últimas palavras que me disse que me fizeram despertar para a vida. 


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Notas finais do capítulo

E então, vão querer me matar pelo que eu quase fiz?
Bom, aqui vai um pequeno, pequeno, pequeno spoiler sobre a próxima fanfic Drastoria minha, primeiramente o nome: Right Now. Já imaginam algo? Bom, então eu vou dar um spoiler maior: _ Por que não está no Salão como os outros? - Draco perguntou se jogando em uma das poltronas -
— Pelo mesmo motivo que você, eu acredito. - ela respondeu sem encara-lo - Não suporta a superficialidade das pessoas ao redor, sabe que não possui amigos, assim como eu, então o melhor é se isolar. Eu sei que sou mais inteligente e interessante que metade das pessoas nesse castelo.
— Qual é gosta de usar palavras difíceis para mostrar sua intelectualidade, Greengrass?
Ele abafou o riso, o que irritou tanto a garota, que ela apontou sua varinha pra ele.
— Você pode ter sido o "escolhido" de Voldemort, mas pra mim, não passa de um covarde.
— Para mim eu também não passo de um covarde, eu sou um covarde, igual a maldita família a qual pertenço. Draco disse calmamente

E ai, o que acharam? A Astória da RN será mais forte e decidida que a desta, e o Draco será mais Draco. E ai?