All You Need Is Love - Draco E Astoria escrita por Bee


Capítulo 23
Take care, dear.


Notas iniciais do capítulo

Olá minhas coisinhas mais lindas de todo o universo, como estão? Espero que bem, eu estou bem caso alguém queira saber. Bom, aqui está mais um capitulo, foi difícil de escrever, porque seria não consigo escrever coisas assim, então está uma merda, não liguem ok? Boa leitura.



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O medo me dominava, não havia sinal de Draco, e o frio arrepiava toda a minha pele desnuda. Desci as escadas e me encontrei na sala, tão grande e tão vazia, vale ressaltar. Gritei por seu nome mais uma vez, não obtendo resposta alguma novamente. Passei meus olhos pela sala, e vi algo brilhando sobre a pequena mesa de centro, me aproximei.

Era um presente, pelo menos eu acreditava ser, embrulhado em um papel das cores verde esmeralda e prata. Minhas mãos tremeram, e tive que me sentar no sofá em frente, abrindo rapidamente o embrulho que tinha a forma quadrada e fina. Sobre o embrulho havia um envelope. E então, qual devo ver primeiro?

Resolvi abrir o embrulho, rasguei o papel sem dó, tirando dele, três discos de vinil. Encarei a capa do primeiro, era um dos únicos do The Beatles que eu não tinha ainda, Magical Mystery Tour. Peguei o próximo, e olhei atentamente, era um do The Runaways, um dos que eu não tinha ainda, chamado Waitin' for the night e o terceiro, era o mais conhecido dos Beatles, Abbey Road, ou não se lembra da capa onde eles estão atravessando uma rua de Londres? Ele sabia os que eu não tinha, e comprou os para mim. Peguei a carta, e olhei atentamente a letra fina e bonita, porem desleixada que ali estava, preenchendo todo um pergaminho.

"Olá querida Astoria,

Você pode vim a se perguntar o porque de eu estar escrevendo uma carta, e o porque de eu ter sumido, mas você já conhece a resposta para essa ultima pergunta. Quanto a primeira, eu queria te dizer algumas coisas, e eu não podia te acordar e atrapalhar seu sono, afinal você fica linda, mais linda ainda dormindo.

Minha menina, eu estava em seu quarto, a alguns dias atrás, olhando seus discos, e pedi a um amigo para ver quais faltavam, para que eu pudesse completar sua pequena coleção. Bom, mas sabe, algo me chamou atenção no dos Beatles, Magical Mystery Tour, suba até seu quarto e coloque ele para tocar no lado B'."

Ela fez isso, subindo até seu quarto e colocando seu disco para tocar na velha vitrola que ali havia.

"Agora, como acredito que o fez, vou dar as próximas coordenadas, coloque para tocar a musica numero 5, acredito que ela tem muito a ver conosco. Tudo que eu precisava era amor, e você me deu isso, e eu percebi que não precisava de mais nada, a não ser você e seu amor. Gostaria de agradecer por isso, mesmo minha pequena Astoria.

E no álbum das The Runaways, na quarta musica, bom descreve esse momento em especial, peço que espere por mim, não pense que está sendo fácil para mim dizer tudo isso, mas é preciso, para sua segurança. "Eles vem atrás daquelas que amamos para nos atingir, e bom, você é a pessoa que eu mais amo no mundo". E para te proteger eu fiz duas coisas que nunca faria: primeira: fugir, isso é para os fracos, mas sinceramente, é isso que eu sou. Segunda: pedir um favor a Potter, sim ele prometeu tentar te proteger deles.

Bom, agora falta falar do ultimo álbum, Abbey Road, bom na segunda musica, existe alguma coisa em você que me prende a você, alguma coisa em você me faz te querer mais, e você sabe que eu não quero te deixar, mas é preciso, mais do que nunca, eu preciso te deixar, por pouco tempo, eu lhe juro.

Eu tentarei lhe mandar noticias, sempre que possível, e possivelmente será por Potter, você sabe que pode confiar nele, espere por noticias minhas. Minha linda, eu te amo, realmente te amo mais do que gostaria nesse momento, você me mudou como ninguém mais conseguiria, seu amor, é realmente algo magico. E hoje eu sei, você foi a melhor coisa que aconteceu em minha vida."

A carta não teve realmente uma despedida, ela terminou assim, como se ele tivesse saído as pressas, como se eles estivessem próximos e ele os sentisse. Ao final da carta, as lagrimas dominavam meu rosto, não era algo do feitio de Astoria Greengrass chorar, mas as coisas mudam, eu realmente preciso de Draco mais do que minha vida. Mas eu não deixaria me abalar, ele está tentando me proteger, e eu não irei abaixar minha guarda nesse tempo, se eles querem me pegar, eles terão dificuldades.

Deixei o vinil tocando a musica dos discos que Draco havia me dado no andar de cima, e resolvi viver meus dias normalmente, ir trabalhar, e bom, mesmo que o medo me dominasse eu não iria largar minha vida toda por comensais loucos. Troquei de roupa, hoje era dia de trabalho, triste né?

Aparatei num beco próximo a entrada de trabalho do ministério, como eu sempre fazia com Draco, Draco, eu já sinto saudades dele. Entrei por aquela entrada super maravilhosa, e fui direto para o meu departamento, tudo estava mais calmo do que o normal, eu notei a correria no departamento de Aurores, mas não é para menos, uma fuga em massa se deu em Azkaban, além de que todos estavam correndo para salvar ex-comensais da morte que conseguiram o perdão da sociedade bruxa, mas adquiriram a raiva daqueles que não se redimiram e foram presos.

Eu estava sentada em frente a minha mesa, organizando alguns dos papeis que realmente importavam, e usando os outros como bolas de basquete, jogando as em direção ao cesto de lixo da sala. Minhas pernas jogadas em cima da mesa e um olhar preocupada.

_ Asty? - Blas entrou na sala de supetão, me assustando e me fazendo dar um pequeno salto na cadeira - Você está bem! Não sabe como fico feliz por isso.

_ Calma, respira - eu disse olhando para ele - Por que todo esse estresse, além do meu noivo sumir?

_ Você não soube? - ele perguntou alarmado -

_ O que eu deveria saber? - eu perguntei começando a me preocupando - Aconteceu algo com Draco? - eu rezava que a resposta você um não. -

_ Não ainda não, mas bem, sua casa foi revirada pelos comensais, bom, que bom que você estava aqui. - ele respondeu se aproximando de mim e me abraçando apertado -

_ Minha casa? - eu gritei e a secretaria que estava passando ali pela frente me encarou aterrorizada -

_ Sim, mas calma, eles estavam atrás de vocês só, estiveram na mansão Malfoy também, mas os pais de Draco já haviam saído também. – ele disse me olhando nos olhos –

_ Como você sabe de tudo isso? – perguntei com a voz embargada –

_ Potter me contou, eu pedi que ele me deixasse informado, e bom, ele está preocupado com você, eu sei que Draco pediu que ele cuidasse de você. – Blaz disse – Ele estava atrás de você quando eu o encontrei.

_ Eu estou com medo, Blaz – eu suspirei com a cabeça no ombro do meu amigo –

_ Eu sei que está, e seria idiota se não estivesse Asty – ele me apertou em seus braços – Por favor, é muito pedir que não se arrisque?

_ Eu não irei atrás dos loucos dos comensais da morte, Blaz, se é isso que está insinuando. – eu respondi irritada –

_ Eu sei que não iria livremente. – ele disse calmamente – Mas eles tem seus modos, eu bem sei disso, eles podem sei lá, dizer que estão com Draco, ou então com sua mãe. Então não acredite, se eles fizerem contato com você, use esse espelho para falar comigo, por favor, eu estarei pronto a te socorrer a qualquer momento – ele estendeu um espelho velho de dupla face – Eu sempre estarei do outro lado.

_ Obrigada – eu o abracei mais forte – Você é o melhor amigo que eu posso ter.

_ Eu sei – ele sorriu – Te amo, pequena. – ele beijou o topo da minha cabeça – Agora pegue uma folga, e vá limpar sua casa, sei lá.

_ Sim senhor – eu sorri e ele saiu indo em direção ao seu departamento –

Pedi que meu chefe me liberasse e ele entendeu meu problema. Sai do ministério com o medo aflorando em minha pele. Agora eles poderiam muito bem me perseguir, deveria por proteção na minha casa. Aparatei da saída mesmo até minha casa. Quando lá cheguei fiquei devastada com a situação que a casa se encontrava. Os vidros estavam quebrados, da porta não restou nenhuma taboa. O velho piano que havia na sala estava aos pedaços, o sofá estava totalmente queimado, tudo estava sujo como se houvesse chovido ali por horas.

Me escorrei na parede, olhando a devastação. Com um aceno de varinha metade da casa estava se concertando, e limpando, porem haviam coisas que nem a magia poderia arrumar. Com outro aceno da varinha e com sussurros em feitiços de proteção, cerquei a casa, pronta para o caso de mais um ataque. Após tudo isso, me larguei cansada no chão. Lagrimas rolaram meu rosto.

_ Droga Draco, eu preciso mais de você do que imaginava. – eu sussurrei – Eu preciso da sua proteção, e da segurança que você me passa, preciso do seu abraço, e de seu calor. Droga, eu simplesmente preciso de você, por que você tinha que ir?

Eu sabia bem porque ele precisou ir, mas ainda era difícil aceitar ficar sem ele por um motivo bobo como esses comensais. Em muitas vezes xinguei silenciosamente os malditos comensais. Respirei fundo e sequei meu rosto, as lagrimas ali estavam ardendo em diversos sentimentos. Ódio, tristeza e incrivelmente felicidade por saber, ou imaginar que Draco está a salvo, como não estaria aqui. Sim, eu sabia disso tudo.

Não, não pensem que eu Astoria Greengrass, iria me arriscar a ir atrás dos comensais, não sou tão louca assim, reconheço que sozinha só iria me arriscar e bom, eu imagino que se Draco soubesse disso, tentaria me matar, eu sei que ele não está para brincadeira. Se ele saiu daqui para me salvar, então eu não devo por minha vida em uma roleta russa.

Dei uma volta pela minha casa, observando em cada detalhe se nada faltava, deitei na minha cama de forma pesada, quicando assim que meu corpo caiu sobre colchão macio.

Encarei o teto magicamente pintado, não, não havia nenhum rosto, nada que mudasse de acordo com meu humor, nada além de palavras. “Keep calm and Smile” cintilava toda vez que eu encarrava aquele teto, e quer saber, eu sempre sorria, lembrando de coisas boas. Até mesmo nesse dia, em que tudo ao meu redor estava estranhamente desabando.

Me lembrei com clareza todos os momentos que passei com Draco, desde o momento que eu o encontrei no bosque, e no calafrio que eu senti ao ouvir sua voz, o arrepio que percorreu minha pele eriçando os pelos de meu braço e até os da minha nuca. Lembrei de tudo que eu aprendi com ele, de tudo que eu o ensinei, e percebi que ele foi realmente uma pessoa que me ajudou a crescer.

Sorri. Naquele dia, deitada na minha cama, olhando para o teto, e lembrando de tudo aquilo, sorri verdadeiramente, mesmo que tudo estivesse dando errado. Lembrei do casamento da minha irmã, e que minha mãe estava a salvo naquele lugar, que era extremamente isolado.

_ Astoria? – ouvi um grito, e me levantei saindo de meus devaneios. – Asty?

_ Blaz? – eu abri a porta indo ao encontro do meu amigo –

_ Asty – ele disse ofegante como se tivesse corrido – Tenho... Algo... Você.

_ Algo para mim? – perguntei animada –

_ Carta... Drac... – eu calei sua boca com a minha mão –

_ Vem, vamos entrar – eu o puxei e assim que estávamos dentro de casa eu ralhei – Tá doido? Falar que é do Draco ali na frente? Podiam ter comensais.

_ Eu sei – ele sorriu – E por isso teremos de usar codinomes. – ele sorriu como naqueles filmes de ação – Eu serei o delicioso. Certo?

_ Não – eu sorri categórica – Talvez, Cuba. O que acha?

_ Certo, certo – ele disse sorrindo – E o Draco será o alfa, certo?

_ Sim – nos rimos – E eu?

_ Delicia? – ele riu apertando abaixo das minhas costelas –

_ Ééééé – eu comecei – Não, né?

_ Carpe? – ele sugeriu –

_ Ótimo. – eu sorri – Agora me entregue o que o alfa me mandou.

_ Aqui, impaciente – ele disse tirando a carta de dentro do seu casaco preto e se sentando no sofá –

Novamente aquele dia minhas mãos tremeram em expectativa. Me sentei ao lado de Blaz, pronta para ler a carta que trazia noticias dele.


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Notas finais do capítulo

O que diz a carta? Como Draco está? Será que irão pegar os comensais logo? Façam suas apostas. Gostaria de pedir, eu gostaria de saber o que tem de errado com minha fic, eu tentarei melhorar, serio, eu quero saber mesmo, e não adianta dizer que não há nada, porque eu sei que tem, e vou pedir sinceridade. Bom, até o próximo.