All You Need Is Love - Draco E Astoria escrita por Bee


Capítulo 22
Don't be afraid.


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores, como vocês estão? Bom, eu estou aqui postando, bom, tinha escrito um fim melhor, e que já explicava tudo o que será explicado no próximo, mas eu to morrendo de dor e perdi essa copia. Bom, Boa leitura, espero que gostem.



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POV Astoria.

_ E então, onde vamos agora? -ele me pediu, enquanto encarava as ruas já vazias do beco diagonal, nossos sorvetes haviam sido devorados a horas e agora estávamos em pleno ócio. -

_ Hum, posso te levar a um lugar? - eu perguntei com meus olhos brilhando em expectativa -

_ Depende - ele sorriu - Eu vou gostar?

_ Eu acredito que vai amar, depende de você - eu ri - Então aceita?

_ Sim. - ele disse e eu o abracei -

_ Mas você não poderá ir vestido assim - eu o analisei - Lá é mais frio. Vamos na sua casa, eu vou escolher a roupa ideal.

_ Mas... - ele começou, tarde demais, nós havíamos aparatado até a sua casa -

_ Sem mais - eu disse quando entravamos em sua casa -

[...]

Reviramos o guarda roupa do garoto, e sabe o que constatei? Ele só tem roupa preta e todas no mesmo estilo, bufei mas não desisti, procurando em um canto mais excluído, encontrei o que precisava.

_ Hum, vermelho combina com você - eu disse aproximando uma das blusas que havia encontrado em um canto remoto do closet -

_ Eu odeio vermelho. - ele bufou me encarando -

_ Ótimo, vai ser essa que você usará - eu disse rindo, lhe entregando - Olha, você tem uma calça jeans. - eu disse pegando a calça jeans de lavagem clara -

_ Você já me viu de calça jeans alguma vez? - ele disse se sentando na cama bem arrumada - Eu odeio usar roupas assim, prefiro o terno básico.

_ Eu sei, meu amor - eu sentei em seu colo, enroscando meus braços em seu pescoço e olhando em seus olhos metálicos - Mas é bom se abrir para coisas novas. - eu disse com voz manhosa - Por mim?

_ Tudo bem. - ele disse revirando os olhos - Mas, só essa vez. - eu sorri e selei seus lábios -

_ Eu te amo - eu sussurrei -

_ Eu te amo - ele sorriu me pegando no colo para se levantar e trocar de roupa -

Deitei em sua cama, olhando para o teto de seu quarto, e sentindo seu cheiro que estava impregnado em cada parte daquele quarto. Fechei meus olhos alguns segundos, e senti alguém deitando sobre mim.

_ Hey - a voz melodiosa de Draco soou doce, e eu senti sua mão fria acariciando meu rosto -

Abri meus olhos lentamente, e me deparei com ele vestido com as roupas que eu havia lhe mandado, ele havia bagunçado um pouco seus cabelos, e estava extremamente lindo.

_ Oi coisa linda - eu disse enquanto passava a mão pelo seu rosto - Hum, gostei desse seu estilo.

_ Eu não - ele reclamou - Essa calça aperta e essa blusa é pesada - eu bufei irritada -

_ Mas você fica mais vivo e mais lindo assim. - eu respondi -

_ Tá, tá - ele disse irritadiço - Vamos então?

_ Onde? - eu pedi perdida -

Draco caiu na gargalhada e eu ruborizei ao perceber a pergunta idiota que eu havia feito. Abaixei meu rosto escarlate, olhei para o lençol da cama, e fiquei assim esperando a vermelhidão passar.

_ Hey - ele pegou meu queixo delicadamente e ergueu meu rosto - Não precisa ficar assim, eu sei que minha beleza faz você se perder. - ele riu e eu o bati -

[...]

_ Serio, para que fim de mundo você me trouxe? - ele perguntava a cada cinco minutos -

_ Calma, ainda não chegamos - eu respondia sempre, em meu tom calmo -

_ Astoria - ele disse em tom irritadiço novamente - Você está me fazendo subir uma ladeira enorme, e ainda não chegamos lá?

_ Draquinho - eu disse me aproximando mais dele - Eu te prometo que irá valer a pena. - eu peguei sua mão, entrelaçando meus dedos nos seus –

Subimos mais uma quantidade considerável da montanha, e quando estávamos a metros do lugar que ela queria chegar o céu se desmanchou em uma chuva torrencial. O que não era nenhuma novidade, afinal nós estávamos na Inglaterra. 

_ É ali - apontei a casa velha, já estávamos completamente molhados, a chuva podia ter acabado de começar, mas as gotas eram tão grossas e pesadas que logo nos encharcou -

_ Então vem - ele me pegou nos braços e saiu correndo em direção a casa -

Alguém já lhe disse que correr na chuva faz com que nos molhemos mais? Parece que não disseram para Draco, afinal ele corria mais rápido e pegava mais gotas, quando chegamos na soleira da porta estávamos pingando.

_ Não era assim que eu gostaria de estar aqui - eu choraminguei e apontei a varinha para a porta, e com um feitiço não verbal a abri -

_ Qual a historia desse lugar? - ele perguntou aos sorrisos me abraçando por trás -

_ Nenhuma - eu respondi - Vim aqui apenas uma vez, com uma antiga babá trouxa, essa casa não recebe ninguém a décadas e eu adoro. - eu disse passando a mão pelos moveis velhos, e ficando com uma grossa porção de poeira -

_ Ah ótimo, sabe, quero mesmo ficar doente em um lugar como esses - ele disse em tom de reclamação -

_ Deixe de ser chato - eu peguei minha varinha e apontei para ele - Você só reclamou o dia inteiro.

_ D-desculpa - ele gaguejou e eu virei a varinha para a casa, e com um aceno ela ficou completamente limpa -

_ Hum, coloque umas madeiras na lareira, Draco - eu ordenei - Eu vou pegar uma coberta para nós. E se seque.

_ Sim senhora - ele respondeu indo até as torras de madeira e as pegando e jogando as dentro da lareira, e com um aceno de varinha ateando fogo as mesmas. Com outro aceno de varinha ele estava seco -

Em poucos minutos voltei com algumas cobertas que eu joguei no chão em frente a lareira. Olhei Draco que me encarava assustado.

_ Ficou com medo de mim? - minha voz saiu tão doce e manhosa que eu mesma estranhei -

_ Imagina, nem um pouco, você só quase me matou com sua varinha e seu tom de malvada. - ele disse se encolhendo contra a parede -

_ Ah, meu loirinho. Desculpa - eu me aproximava dele, mas ele se afastava -

_ Não com a varinha. - ele olhou a varinha que estava presa na minha calça -

_ Ótimo, não preciso dela para o que vou fazer - eu respondi ao jogar minha varinha longe e correr ao seu encontro -

Pulei em seu colo, colocando minhas pernas em sua cintura enquanto ele me segurava. Encarei seus olhos metálicos tão penetrantes, e senti sua respiração batendo contra a minha, os movimentos seguintes foram produtos dos nossos instintos. Seus lábios então estavam grudados nos meus, e faziam uma dança que buscava cada vez mais a boca do outro, era como se fossemos novamente desconhecidos em seu primeiro beijo.

Por que precisamos do ar? Que clichê soa essa frase, mas é a pura verdade, eu não queria separar nossos lábios, era raro um momento em que conseguíamos ficar juntos sem interrupções. Mas o ar era necessário e nos separamos um único momento.

_ Você... Você... planejava... isso... né? - ele perguntou ofegante tentando recuperar o ar dos pulmões -

_ Não - eu respondi rindo - Eu esperava só poder ter algumas horas sozinha com você. - respondi mordendo o lábio -

_ Isso está incluso - ele sorriu antes de tomar minha boca em outro beijo -

Ele me carregou até a parte da frente da lareira, onde os cobertores no chão estavam preparados para que pudéssemos deitar. Ele me deitou delicadamente sobre as cobertas e toda essa delicadeza me fazia perguntar a mim mesma se ele pensava que eu fosse um boneca ou uma peça de cristal que quebraria facilmente, e talvez, só talvez esse pensamento tenha me alegrado.

Não demorou muito até que nossas roupas estivessem espalhadas pelos cantos da pequena sala onde estávamos. Nossos corpos estavam quentes, precisávamos de nossos corpos próximos um ao do outro. A boca de Draco procurava cada canto do meu corpo, meus beijos preenchiam cada espaço possível do dele. Logo tudo era um jogo de mãos e bocas, que agitavam nossos corpos, aquecia os dois. Quando nossos corpos se tornaram apenas um a chuva não era mais ouvida, a velocidade que nos assumiam era única, era nossa.

Logo estávamos chegando ao nosso ápice, juntos nos entregamos a prova do puro amor. Ele deitou ao meu lado, me abraçando forte, e controlando sua respiração falha. Seu coração assim como o meu estava batendo alto, a chuva estava realmente forte nesse momento, o vento uivava forte, e as gotas que caiam em diagonal batiam nas janelas.

_ Eu te amo - ele sussurrou apertando meu corpo contra o seu -

_ Eu te amo - eu disse não por obrigação, era necessidade, expressar a todo momento o meu sentimento por ele. -

Me ajeitei sobre seu peitoral, e assim adormeci sobre seu peito, ouvindo sua respiração e seus batimentos, e sentindo que minha vida possuía sentido.

[...]

Acordei com um pouco de dor em minhas costas, mas estranhamente não estava mais no chão em que havia dormido, e sim na minha cama aconchegante e quente. Com um certo loiro ao meu lado, que mexia em meus cabelos e me observava dormir.

_ Foi um sonho? - eu perguntei sonolenta, sorrindo envergonhada -

_ A sua casa mal assombrada? - ele riu anasalado - Não, não foi, só resolvi te trazer porque de noite realmente esfriou e eu não queria você doente.

_ Minha... - eu levantei rapidamente me vendo de pijamas e minhas roupas da noite passada no chão - Varinha - eu procurei por ela em todo canto do meu quarto -

_ Oh Merlin, sabia estar esquecendo algo - Draco disse e meu desespero aumentou -

_ O que eu irei fazer sem minha varinha - eu estava prestes a gritar quando vejo Draco rindo - O que foi?

_ Relaxa estressadinha, sua varinha está aqui - ele apontou as duas varinhas sobre a cabeceira da cama, a minha e a dele estavam cruzadas, formando um X perfeito -

_ Você é um idiota - eu me aproximei dele, lhe depositando socos no peito -

_ Eu sei, mas você me ama - ele sorriu enquanto segurava meus pulsos - E para mim, apenas isso importa.

_ Bobo - eu sorri e o beijei calmamente -

_ Hum, comida? - ele perguntou após nos separarmos -

_ Um banho antes - eu sorri - Você não vai tomar banho?

_ Não, eu já tomei assim que eu cheguei a noite - ele sorriu - Ah, magoei com você dizendo "Eu te amo" para o travesseiro assim que eu o coloquei em meu lugar antes do banho.

Nós dois rimos e eu me levantei indo até o banheiro do meu quarto e tomando um banho extremamente demorado. Após me secar fui até o closet e peguei um vestido florido que eu realmente amava e uma sapatilha, prendi meus cabelos negros em um rabo de cavalo e desci atrás de Draco.

Quando cheguei na beirada da escada ouvi vozes, a de Draco e de minha mãe conversando animadamente. Fiquei ali simplesmente ouvindo, aproveitando aquele instante.

_ Não queria deixar minha pequena aqui sozinha - a voz de minha mãe soou clara e suave como nunca antes - Eu posso me fazer de má perto dela, mas ela é minha filhinha, eu a amo.

_ Own - deixei escapar em voz alta e tive que me entregar, mas não iria mostrar que ouvi o que ela disse - Own, own, que dor, porque sempre temos que chutar as pernas dos moveis, e porque dói tanto?

_ Ah Astoria, junte-se a nós - mamãe disse e eu desci as escadas -

_ Ah, vocês estão aqui - eu me fingi de surpresa - Ai que fome. - reclamei -

Tomamos o café da manha juntos, e logo Daphne chegou para buscar a mamãe, conversamos um pouco, ela me contou sobre a Itália, e eu contei sobre a aventura com Rita.

A minha despedida com a mamãe foi mais difícil do que eu pensava, mas eu sabia que era para o bem dela, ainda mais agora que as palavras de Daphne ecoavam em minha mente: "Eles estão procurando todos aqueles que estão negando a Voldemort, cuide de Draco, que da mamãe eu cuido".

Não podia negar, o medo tomou conta de mim, o medo de que acontecesse algo a Draco ou a minha mãe, o fato é que, com comensais não se brinca, eu sabia muito bem disso.

Agora estava sozinha em casa, Draco havia saído, me disse que tinha coisas a resolver, mamãe já havia partido, e bom, agora era ficar eu, comigo mesma.

Subi até meu quarto, e coloquei um dos meus discos dos Beatles para tocar, e me deitei na cama, olhando para o teto encantado do meu quarto. Há tempos não fazia isso, e quer saber, eu sentia muita falta disso. Acabei adormecendo ouvindo Let it be, um sono sem sonhos e sem problemas. 

_ Linda? - ouvi uma voz doce ao longe - Princesa? - novamente a mesma voz tão melodiosa e arrastada - Amor, acorda. - senti os lábios de Draco contra os meus e acordei -

_ Oi amor - disse suspirando enquanto abria com dificuldades meus olhos -

_ Tá dormindo desde que horas? - ele perguntou docemente deitando ao meu lado -

_ Desde um pouco depois que você saiu - respondi bocejando -

_ uau - ele exclamou - Já anoiteceu sabia, tipo, você dormiu muito.

_ Né? - foi tudo que eu disse - Acredita que ainda estou com sono? - ele riu e eu enrubesci -

_ Vamos dormir? - ele sugeriu e eu concordei com a cabeça -

Nos trocamos de roupas e ele se deitou na minha cama, e eu me ajeitei sobre seu peito novamente. Suspirei pesadamente.

_ Estou com medo - eu disse -

_ Eu também, o que você disse ao travesseiro foi muito convincente, to com medo que você me troque por ele - Draco disse risonho, mas nenhum sorriso saiu de mim -

_ Draco, eu estou com medo por você, não quero te perder. - meus olhos marejaram, e eu me senti fraca -

_ Amor, olhe para mim - eu o obedeci - Não precisa temer, eu vou estar com você aqui, e ninguém vai me machucar, nenhum daqueles loucos, eu te prometo. - ele sorriu e eu retribui ao sorriso -

_ Você promete mesmo? -pedi como uma criança manhosa -

_ Prometo mesmo - ele sorriu - Agora dorme, minha menina, e sonha. Eu estarei aqui.

_ Eu te amo, Draco, muito mesmo. - eu disse e ele beijou meus lábios lentamente -

_ Eu também te amo, pequena e frágil Asty. - ele sorriu me apertando em seu abraço -

Adormeci facilmente, em seus braços.

[...]

O vento frio entrou por uma fresta aberta na janela e bateu no meu rosto, me fazendo arrepiar. Apertei meu abraço esperando o que o calor de Draco encontrasse o meu, mas só encontrei o travesseiro frio. Me levantei pesadamente, vestindo um roupão e descendo as escadas a procura de Draco.

_ Draco... – eu gritei sem resposta – Draco? – eu repeti –

Continua...


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Notas finais do capítulo

E então amores? Gostaram? Se sim, me deixem um review dizendo que gostaram, se não, podem dizer também. Agora meus amores, peço indicações de livros e filmes, para um projeto meu, ler mais de 500 livros e ver mais 500 filmes até o fim do ano. Beijos amores.