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Estava no meu quarto em Hogwarts, quando fui surpreendida no salão comunal, por Theodore Nott, ele me puxou nada delicadamente pelo braço e me levou a um corredor no sétimo andar.
_ Fale Theo – eu sorri para ele –
_ Pequena Astoria, bom, eu queria saber, se você namoraria comigo? – oque? Theodore Nott, o garoto de aparência de coelho me pedindo em namoro? – Sabe, eu te observo desde que você entrou, você é diferente de todas, e é linda.
_ Ah, claro que aceito Theo – eu sorri, não consigo dizer não –
Theodore me beijou, isso foi surpresa, normalmente perto da esnobe da minha irmã querida eu sou excluída, esquecida. Mas Theo me notou, incrível.
_ Que belo casalzinho – disse uma voz melodiosa, arrastada e de tom melancólico logo atrás de nós – Até aqueceu meu coração.
_ Precisa ter um coração para isso, coisa que você não tem, não é Malfoy? – eu respondi fria a ele – Vem Theo, deixe essa doninha de cabelo ensebado – eu peguei na mão de Theo e o puxei –
Meu ódio por Malfoy aumentou naquele ano em questão, ele andava estranho, andando sorrateiramente com duas meninas, ficava com minha irmã as vezes, e com Pansy em outras, além de uma fantasma muito estranha que morria de amores por ele. Soube também que naquele ano ele se tornara um comensal da morte, e ainda tentou matar o diretor, e por pouco não conseguiu não é?

Fim das lembranças.

POV NARRADORA

Havia se passado dois anos desde o fim da guerra, Astoria estava formada na escola de magia e bruxaria de Hogwarts, ela estava mudada, mais feliz, mais ela mesma, mais saltitante. Havia esquecido de Draco Malfoy. Não fingia mais ser quem não era para agradar sua família.
Naquele dia em questão ela resolveu sair, era uma bela tarde de verão, vestiu um belo vestido branco, e foi saltitando até um belo bosque que ali perto havia. Enquanto estava em meio as arvores ela ouviu passos rápidos e largos, amassando as folhas das belas arvores e galhos caídos. Sacou sua varinha com tal velocidade que ouviu se apenas o zumbido da madeira contra o ar.
_ Calma não te atacarei. Só to dando uma volta – ouvi a voz arrastada, e melodiosa de Draco e logo seus olhos encontraram os olhos frios e metálicos que por tempos tentou ignorar, e aqueles olhos tinham efeitos sobre ela –
_ Procurando alguém para matar? – Astoria disse em tom suave –
_ Não.. eu me redimi com o mundo da magia, não sou mais comensal, não mato mais ninguém. – ele respondeu a –
_Hum, tá acredito – ela piscou e novamente saiu a saltitar –
_ Hey, Asty – Draco gritou a fazendo parar – Como anda os Greengrass? – Draco Malfoy tentando puxar assunto? –
_ Quer saber como está sua diversão, a Daphne? –Astoria suspirou pesadamente – Não falo muito com ela, desde que ela fugiu da batalha enquanto eu, que tinha apenas 14 anos lutei, mas parece-me que ela está bem.
_ Ah sim, você se machucou na batalha, Asty? – ele perguntou –
_ Asty, Malfoy? Ok não é. Eu só fui estuporada, estranho como vocês comensais atacavam todos, e ah eu vi muita gente morrer, um Weasley também, e isso mexeu comigo, os Weasley são a melhor família que conheci.
_ Traidores de sangue – ele disse -
_ Pessoas leais, no ano retrasado, fiz contato com Potter, a Weasley, e o casal,Ron e a Granger. – ela disse o encarando – pessoas ótimas aliais.
_ Eles estão juntos? – ele perguntou surpreso – Sempre soube que eles ficariam juntos um dia.
_ Eles são perfeitos um para o outro – ela suspirou – um dia irei achar um amor assim como Hermione achou.
_ Você acredita nisso de amor? – ele cuspiu essas palavras –
_Por que não acreditaria? – ela respondeu olhando para seus olhos – você já experimentou o amor?
_ Um Malfoy não ama.
_ Quem lhe disse? Seus pais?
_ Não, meus pais se amam, mas eu ainda não encontrei alguém que merecesse meu amor.
_Por que não se entrega a um amor?
_ Ninguem me amaria.
_ Só por você ser um ex comensal, covarde o suficiente para não se arriscar a amar, você acha que ninguém lhe amaria?
_ Covarde? – ele disse indignado –
_ Covarde, impotente, arrogante, presunçoso, baixo, fraco. – ela disse – E que pior tem medo do amor, que é a única coisa que pode nos salvar.
_ Ok, e quem conseguiria amar alguém como eu? Com todos os defeitos que citou?
_ Eu – respondeu baixo mais para si mesma que para ele –
_ Você? – ele perguntou – quem diria a pequena Asty Greengrass amando Draco Malfoy.
_ Mas isso é passado, eu te amei, sim, no momento em que te conheci na mesa da sonserina, te amei até o dia que você me beijou, mas me fez te odiar, mostrando-me que fui um numero para você, apenas. – ela disse já com lagrimas nos olhos –
_ Mas você não foi um numero, pequena Asty, você me fez te querer, por ser tão diferente das outras.
_ Eu não era diferente, eu não fui eu mesma, por pedir para ir para a Sonserina, por fazer isso pela honra de minha família, poderia ser igual a Sirius Black, que foi contra todos da família e foi para a Grifinoria, não teve o medo que eu tive da própria mãe.
_ Mas, você diferente das outras, de Daphne era espontânea, falava tudo que vinha a mente, você me impressionou com seu jeito de agir. Eu não sei, eu gostei de você, por que você é o contrario total de mim, é alegre, humilde, ousada, corajosa, de alto nível e forte. – ele se aproximou perigosamente de Astoria –
_ Eu forte? Não. Eu sou atriz, na minha família eu sou a escoria, mais mal tratada que os elfos. Só por ser alegre, por não ser esnobe de nariz empinado.
_ E eu te admiro, eu fiz tudo para meus pais, fui criado como um esnobe nariz empinado, fui criado para tratar outros como escoria. Eu sou daquele tipo de pessoa que você com certeza repudia.
_ Eu não te repudio, quero ser sua amiga.
_ Não costumo ter amigos. – ele respondeu –
Ela se aproximou dele e pegou em sua mão.
_ Agora, Draco, eu sou sua amiga.- ela sorriu –
_ Você é diferente Greengrass.
_ Asty.
_ Você é diferente Asty e eu gosto disso. – ele tentou, sem sucesso, sorrir –