Percy Jackson E O Mundo Na Escuridão. escrita por Chiclete


Capítulo 6
BlackJack vira cupido.


Notas iniciais do capítulo

Gente esse capitulo contém muito percabeth. Não era minha intenção mas as minhas urgências de mais percabeth me possuiram enquando eu escrevi esse cap. Espero que gostem, acho que esse ficou ruin ):



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Montamos em nossos pégasos, e fomos em direção as portas de Orfeu.

Montei em BlackJack claro.

Como vai chefinho?”-perguntou ele enquanto passávamos por cima do acampamento.

Pra quem muito provavelmente vai morrer daqui alguns dias, estou muito bem.

Não se preocupe chefinho, você nunca morre

Até agora, isso foi verdade. Vamos torcer para que as coisas não mudem.

Agarrei as rédeas, e direcionei mentalmente os pégasos para o Central Park.

O pégaso -ou a pégasa porque ela era fêmea- de Annabeth era a menor, ela era beje, seu nome era Jolene. O de Pollux era malhado preto e branco, chamado Iker, e o de Lyssa era branco e se chamava Ilan. É isso que dá ler mentes de cavalos, você fica zonzo com os nomes, e eles contam pelo menos metade da história da vida deles. E geralmente as histórias eram sobre emocionantes e chocantes torrões de açúcar que eles ganharam durante a semana.

O vento estava absolutamente horrível e fazia a respiração virar uma coisa tão dolorosa quanto coices de Sra. O'Leary. Acredite, ela dá coices.

Os outros pareciam estar sentindo a mesma coisa porque eles estavam escondendo suas cabeças atrás do pégaso, abraçados nele como se fossem cobertas. Enquanto isso, eu tinha um papo incrível:

Chefinho, você não irá acreditar, esses dias entrou um desses marmanjões novos nos estábulos, e ele estava se achando o rei do torrão preto! Roubou a palha do estábulo 3 de 4 outros pégasos, chefinho, três! Nós ficamos muito revoltados e nenhum de nós deixou mais nenhuma palha perto dos outros!

Se você acha que papo de mulher já era chato, você nunca conversou com um pégaso. Mas BlackJack era o melhor cavalo alado do mundo. Isso eu garanto.

–Então nós estamos indo para o submundo? -perguntou Lyssa indiferente.

Alguma coisa nessa garota me intrigava. Nada a surpreendia. Nada a chocava. Se eu falasse que eu como coelhos no café da manhã, seria capaz dela responder que simplesmente come cabritos.

–Sim, nós teremos que achar Nyx, e pedir ajuda dela para derrotar Eberus. Sem uma deusa na ajuda nós iremos virar torradinha. -afirmei

Hum... Torradinha...” a voz de BlackJack ecoou em minha cabeça.

Passamos por entre as neblinas. As pessoas pareciam formigas dos lugares onde agente estava. O lugar por onde passávamos também estava na escuridão mas, diferentemente do acampamento, eles haviam energia elétrica. Mortais, sempre arranjando um meio de contornar os problemas divinos.

Pollux parecia bem assustado, provavelmente era sua primeira viajem de pégaso. Ele estava segurando as rédeas com tanta força que ele quase as arrancou.

–Ahn... Posso perguntar onde é essa entrada para o submundo? -falou Pollux em um tom meio baixinho, se concentrando em não cair.

Como havíamos nos esquecido? Do nosso grupo só eu e Annabeth havíamos entrado no submundo. Não era lá uma coisa para se estar orgulhoso. Annabeth explicou a eles:

–É no Central Park... Em uma grande pedra que há por lá, nós temos que fazer algum tipo de musica para que as pedras se abram e... -mas o choque a interrompeu.

–Di Immortales! Nós esquecemos o instrumento! -gritei

Como eu sou burro. Agora nós vamos ter que construir algum instrumento ou algo do tipo. Estava até imaginando eu tocando um banjo de coco, enquanto Annabeth fazia batuques com pedregulhos.

Essa missão começou a 10 minutos e ela já havia praticamente falhado.

–Tem que tocar musicas para as pedras? Eu tenho um plano então. -disse Lyssa bem indiferente.

–Qual? Você não vai gritar para as pedras vai? -escapou da minha boca.

As duas -tanto Lyssa quanto Annabeth- me deram aqueles olhares de como se eu fosse um E.T. perdido na terra. Annabeth deveria estar questionando minha sanidade, pensando se me levava para tratamento psicológico ou não.

–Não, eu não vou gritar para as pedras. -disse Lyssa, em um tom idêntico ao de Annabeth a algum tempo atrás.

O que de certa forma foi um alívio porque se eu a ouvisse gritando daquele jeito eu iria sair correndo como uma garotinha.

–Eu estou cercada de loucos. Quando fomos descer, gritem para mim.-Lyssa deu um toque para o seu pégaso voar mais afrente de nós, fazendo que fossemos quase inaudíveis para ela – A propósito garoto do vinho, seu olho até que é bem legal. -disse ela antes de seu pégaso sumir na neblina.

É verdade, o olho de Pollux era roxo escuro. E ele era loiro. Cheio de cachinhos. E ele pratica lançamento de pesos no acampamento. Acho que ele é uma boa representação do que as meninas querem dizer quando chamam garotos de “quentes”. Ou pelo menos é o que ouço as meninas dizerem por ai. Vai lá saber.

Mas tal elogio vindo de Lyssa foi bem inesperado.

–Hum... Obri... -a frase foi interminada pois ela já estava fora de vista antes que Pollux conseguisse responder.

–Misteriosa, essa garota. -disse Annabeth- Pollux, porque você não dorme um pouco no seu pégaso? Você deve estar cansado. Ainda vai demorar uma hora até chagarmos em Manhattan.

Isso significava: Annabeth queria conversar a sós comigo.

–E se eu rolar e cair?- perguntou ele espantando-se com a ideia.

–Ah, não, os pégasos são bem treinados. -assegurei-o.

Ele hesitou um pouco mas em alguns minutos já estava babando no pescoço do cavalo. Direcionei o pégaso mentalmente para se afastar um pouco da gente só por mais segurança.

Eu poderia dormir também, estava morrendo de cansaço, mas só de pensar em ter outro sonho mirabolante eu desisti.

O pégaso de Annabeth se aproximou do meu, de modo que voássemos lado a lado.

–Você quer mesmo que eu conte meu sonho? -perguntei a Annabeth.

O rosto dela estava iluminado com a pequena claridade que ainda havia no mundo.

–Ora, não posso nem querer passar um tempo sozinha com você, e você acha que eu estou tentando arrancar informações pra fora da sua boca cabeça da alga?

Enrubesci. Sorte que estava escuro.

–Ah...Me desculpe... -falei meio arrependido- Mas eu sei que você quer saber.

–É... Seria legal.

Então contei tudo logo de uma vez. Afinal, era Annabeth não era? Ela sabia basicamente de tudo a meu respeito. E a respeito de todas as outras coisas também.

Achei que ela iria me derrubar do pégaso pela minha insanidade, mas ela foi bem compreensiva.

–Então agora você acha que vinhas vão te matar, Pollux vai morrer, Lyssa vai gritar como louca, e eu vou rir da sua morte. É isso?

–Basicamente.

Ela riu bem despreocupada. A risada dele era tão reconfortante que eu nem me atormentava lembrando dos risos da morte.

–Pula aqui no meu pégaso, vamos descontrair um pouco. -falei estendendo a mão.

–Tem certeza que...

–Vem logo. -então ela se apoiou na asa de Jolene, e sentou-se a minha frente no pégaso.

Isso não deve ter deixado o pégaso dela nada feliz, mas tudo bem.

BlackJack, se nós descermos um pouco você consegue achar o grupo de novo na volta certo?” perguntei ao meu pégaso.

Sim é claro chefinho, é claro! Eba nós vamos descer!

Dei ordens mentais aos outros pégasos para simplesmente continuarem a viajem normalmente.

–Se eu cair cabeça de alga, juro que você vai ser arrepender. -ela ameaçou.

–Ah você não vai. -segurei as rédeas que estavam em sua frente, de modo que meu braço tocasse na cintura dela.

É, eu realmente preciso domar esses seres invisíveis que dançam na minha barriga toda vez que eu toco Annabeth.

Ela colocou as mãos em cima das minhas nas rédeas.

Agora meu estomago estava um verdadeiro sambódromo.

Pode descer BlackJack. Por favor, é bom você impressioná-la.” -disse em minha mente

Pode deixar chefinho, cupido BlackJack ao seu dispor.

Cupido...? O que...

Mas o pégaso já estava descendo com tudo.

Eu pude ouvir Annabeth gritar, e abracei ela com força.

O vento batia muito forte na nossa cara e, sinceramente, achei que íamos entrar em colapso com o chão. Os prédios passavam zunindo em nosso ouvido.

BlackJack desviou da cidade que estava em baixo de nós, e fomos sobrevoar em uma campina bem verde -mesmo no escuro.

Quando o cavalo estava voando mais devagar a alguns metros do chão, pigarreei, desabracei Annabeth meio desconfortável, e voltei a colocar as mãos nas rédeas.

Em circunstâncias normais ela provavelmente teria me dado um tapa, mas ela estava em seus dias boazinha, e disse:

–Então eu só ganho abraço quando estou caindo, é isso cabeça de alga?

Ok né, fazer o que? Abracei a cintura dela de volta, e coloquei o queixo em seu ombro.

–E eu, só ganho beijo quando estou prestes a morrer?

Agora ela me deu um tapa.

–Ai! Epa eu só estava...

Mas minha fala foi interrompida porque meu lindo cavalo alado freou no ar com tanta força que nos fez decolar para fora dele. Agora tanto eu como Annabeth eramos fresbees.

"Meu cavalo me matou. Meu cavalo me matou." pensei

Mas nós caímos em um lago. O lago batia um pouco abaixo do nosso ombro.

Eu permaneci seco claro, mas quando Annabeth emergiu do lago ela estava com o cabelo todo molhado em cima da cara, estupefata.

–Eu vou esganar o seu cavalo. -disse ela cruzando os braços de frio.

Eu ri bastante. Sei que ela deveria estar morrendo de frio, mas vê-la irritadinha era legal.

Ela tirou o cabelo da testa.

–Me faça seca também né, cabeça de alga!

Eu ri e fugi dela correndo pelo no lago. Claro, eu corri de modo lento assim como qualquer não-filho de Poseidon faria, eu não sou tão mau assim.

–Volta aqui! Percy!

Ela saiu correndo/nadando atrás de mim também. Eu casualmente fazia água espirrar na cara dela.

–Perseu Jackson você vai se arrepender!

Eu deixei ela chegar perto, e ela pulou em minhas costas começou a me bater furiosamente, mas fraco. Com a idade que eu tenho agora -graças aos Deuses- eu acabei ficando um pouco maior e mais forte que Annabeth, então eu conseguia a segurar bem fácil se eu quisesse.

Então eu a levei debaixo da água. Claro, eu fiz uma bolha de oxigênio pra ela.

Ela se acalmou e ficamos vendo os peixinhos debaixo da água. Eu podia manipular eles, eu podia fazê-los chegarem bem perto, nadarem todos juntos e fazer parecer uma dança.

Passei a mão em seu ombro e ficamos lá por pelo menos 20 minutos. Não sei o que tinha dado na nossa cabeça, nós tínhamos uma missão a ser cumprida, e lá estávamos nós vendo peixinhos.

Submergimos da água, e ela ainda estava molhada. Saímos do lago devagar, e ficamos sentados na beira, olhando pra cidade lá ao fundo da paisagem.

–Você não vai me fazer seca, é isso mesmo? -perguntou ela

–Eu quero algo em troca.

–O que? -ela perguntou.

–Ora, não banque a inocente.

Então foi a minha vez de tomar iniciativa. Se eu ficasse esperando até a próxima vez que eu fosse morrer eu ficaria louco -apesar desse momento não estar tão longe.

Eu a beijei, e admito, foi melhor do que a da vez que eu quase morri no vulcão.

Tive o cuidado de a fazer seca durante o procedimento.

Mas Annabeth tem sempre o poder de me surpreender, então para o meu choque, ela basicamente se jogou em cima de mim, fazendo nós nos beijarmos deitados.

E esse era o lado que eu não conhecia da Annabeth. Bom saber que ele existia.

Ficamos lá por não sei quanto tempo, rindo, rolando, beijando.

Missão cumprida” -disse BlackJack.



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Notas finais do capítulo

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