Percy Jackson E O Mundo Na Escuridão. escrita por Chiclete


Capítulo 11
Cabelo de Miojo e Srta. "eu vou na frente".


Notas iniciais do capítulo

Ok, era pro capítulo ter saido muito maior, como eu falei, mas eu preferi fazer assim, porque se não eu iria demorar muito.



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Camuflagem perfeita: quatro pessoas atrás de um mesmo pilar.

Era assim que nós estávamos nos escondendo na estação de trens de carga.

–Então quando o trem parar, a gente espera um tempo para ver se tem alguém por perto, e entra no ultimo compartimento, certo? -revisou Annabeth.

–Certo, e se o vagão estiver trancado... A gente chuta ele até a porta quebrar? -perguntei

–Se o nosso pé não quebrar antes né? Nós não temos tempo pra plano melhor. - Lyssa ajeitava sua bolsa.

–Lyssa, você tem certeza absoluta que esse trem vai parar no porto de cargas que fica perto do Princesa Andrômeda? – nem sei porque eu perguntei isso, eu tinha certeza que ela não sabia.

–Acho que nós iremos descobrir... Ouçam. – Pollux apontou para a sua esquerda, de onde o barulho de trem estava vindo.

E então todo o restinho de sorte que sobravam para a gente resolveu agir negativamente – como sempre.

O trem passou pela estação.

Mas não parou.

–DROGA! – Lyssa agarrou sua bolsa aberta de qualquer jeito, e saiu correndo, puxando qualquer um de nós para correr logo.

Por mais sorte ainda, o que ela segurou foi a gola da minha camisa.

Parecíamos quatro macacos correndo atrás de um trem.

–Me... solta... por... favor!

Lyssa sendo uma garota muito obediente, me soltou. Só que com um impulso bruto nas costas me fazendo voar pra frente. Resumindo as coisas, ela me lançou no trilho pra agarrar a barra traseira do trem.

Estava pronto para provar o gosto delicioso de trilho de trem com cobertura de terra quando eu incrivelmente bati na porta traseira do trem, e ele se abriu com a força.

Cai em varias pilhas de feno.

É, parece que força anormal não era só uma característica dos filhos de Ares...

–Nos ajude cabeça de alga! – berrou Annabeth.

Ok, todo o plano de manter silencio já era.

Eu me levantei com o resto dos membros não doidos que me restava – se é que restava algum – e abri as portas do vagão o máximo que eu pude, pra que se mais alguém fosse lançado, não precisaria enfrentar o macio obstáculo assim como eu fiz.

Sai para fora do vagão onde havia uma pequena plataforma com corrimão dos dois lados. Lyssa já estava em pé ali.

Pollux estava correndo no piso normal, e Annabeth estava correndo nos trilhos. Se o trem parasse de repente ela iria bater de cara.

Eu estendi a mão para ela.

–Vem logo! Não é muito fácil ficar segurando esse corrimão! Ele também escorrega!

–Cala a boca e me puxa pra dentro desse vagão, cabeça de alga!

Ela esticou a mão dela, e eu a minha. A barra realmente estava escorregadia. Com um movimento rápido, eu passei a minha mão do corrimão, para a borda da porta, e puxei com força.

Senti o peso aliviar, e percebi que Annabeth já havia subido.

Agora só faltava...

–Pollux! Agarra a minha mão! – gritou Lyssa, quase caindo da plataforma.

Mas estava muito longe. É sempre o Pollux...

–Deem licença! – berrou ele enquanto tomava impulso.

Nós conseguimos a tempo, mas Lyssa não teve essa sorte.

Pollux se lançou no trem, levando ele e Lyssa ao chão do lado de dentro do vagão. Bom... Pelo menos eles caíram dentro do trem, e não fora...

Eles ficaram em um silêncio tenso, se encarando, já que eles caíram um em cima do outro.

Arquei uma das sobrancelhas e olhei pra Annabeth. Ela murmurou um “aaawn” e sorriu olhando pra eles.

Bom, a ideia dos dois juntos era meio estranha... mas legal. Pollux realmente precisava de alguém.

–Han... – Pollux pigarreou – Que bom que... estamos bem. – e se retirou de cima de Lyssa desajeitadamente.

Lyssa estava tão vermelha que parecia que ela estava com falta de ar.

–É... claro. Muita sorte a nossa.

Nos sentamos e descansamos um pouco.

Ainda não havia pensado direito sobre o fato de Lyssa ser filha de Nyx. Isso poderia ser bom ou ruim... Eberus a odeia, porém ela foi a única que o derrotou. E Lyssa teria mais poder agora no escuro...

Nosso tratemento por ela tinha mudado um pouco assim que ficamos sabendo, talvez por respeito, talvez por medo, mas assim que percebemos que ela continuava a implicar da mesma forma, nós voltamos ao normal. Como se nada houvesse ocorrido.

"Oi eu sou a filha de Nyx, sou irritada, vou ficar andando sempre na frente de vocês, fazer vocês descerem um penhasco, depois te lançar na porta de um trem. Ah, não se esqueça que eu sei causar doença de raiva nas pessoas, mas eu canto extremamente bem. Tenha um bom dia."

É coisa basica que ocorre todos os dias.

–Acho melhor nós dormirmos não acham? Vai saber quando teremos outra chance... – perguntou Annabeth depois de uns quinze minutos.

Ainda era pelo menos umas três e meia da tarde, mas eu poderia dormir como uma pedra facilmente. E o escuro estava colaborando.

–Que legal nós vamos dormir no feno... – resmungou Pollux.

Era a única coisa que tinha naquele vagão.

–Não reclame cabelo de miojo, nós poderíamos ter parado em um vagão de galinhas. – retrucou Lyssa.

–Cabelo de miojo? Você não pode falar nada, senhorita “eu vou na frente”.

Nós rimos.

–Ai que tonto... – Lyssa murmurou, e se deitou.

Eles se xingavam assim mas dormiram lado a lado.

Xingar... isso me lembrava outro casal...

Annabeth dormiu com a cabeça encostada no meu pescoço.



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Notas finais do capítulo

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