This Feeling That I Get escrita por Schmerzen


Capítulo 12
Capítulo XII


Notas iniciais do capítulo

Alguém derramou pimenta nesse capítulo... Ele está picante (trocadilho idiota, alguém me dá uns tapas).
Mas é sério, me empolguei e quase tive que mudar a classificação para +18... KKK



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Pela manhã, Sirius e James estavam desejando mais algumas horas de sono. Haviam chegado realmente tarde. Depois de voltar de Hogsmeade, Sirius foi até a cama de Remus, assim que se certificou de que James já estava dormindo.

O castanho dormia placidamente e ele apenas ficou ali observando por uns minutos. Depois, se ajoelhou perto do rosto do namorado e beijou delicadamente seus lábios, sussurrando que o amava em seguida. Acariciou o cabelo macio e fechou os olhos.

– Eu realmente amo você – falou, ainda com os olhos fechados. – É uma pena que não esteja me ouvindo agora...

Remus se mexeu um pouco e ele decidiu ir dormir, não queria incomodar o sono do garoto. Adormeceu assim que caiu em sua cama.



– Aonde foram ontem?

– Hogsmeade.

– Que horas voltaram? – Pettigrew perguntou como quem não quer nada.

– Tarde, muito tarde.

– Dá para ver, pelas olheiras imensas.

– Eu queria estar na minha cama – Sirius falou, interrompendo-se com um bocejo. – Não em uma aula de Feitiços.

– Pelo menos hoje é sexta-feira – Lupin o confortou, indulgente.

Os quatro sentaram-se, Peter e James em uma mesa, os outros dois um pouco mais atrás. Assim que todos estavam prestando atenção na aula, ou quase, Sirius sussurrou:

– Eu fui ver você dormindo ontem à noite.

– Sério? – Sirius concordou. – Que atencioso da sua parte.

– Eu sei. Já comentei que você fica muito bonito dormindo?

– Talvez você já tenha mencionado isso uma ou duas vezes...

– Sr. Black, Sr. Lupin – o professor chamou. – Adoraria a atenção dos senhores.

Os dois se desculparam, ficando quietos em seguida.



Quem havia visto James e Sirius andando por Hogwarts durante todo o dia como dois zumbis, imaginaria que assim que a última aula acabasse eles iriam dormir. Um deles foi... O outro foi fazer uma visita.

– Você vai... dormir aqui? – Remus perguntou confuso quando o outro deitou ao lado dele.

– Mais tarde. Agora eu quero ficar com você.

– Achei que estivesse com sono.

– Você vale mais do que um pouco de sono.

– Que honra. Você está querendo alguma coisa? Estou estranhando os elogios que recebi o dia todo.

– Agora você me ofendeu. Não posso falar para o meu namorado o quanto ele é incrível?

Remus deu uma risadinha.

– O que foi?

– É que é estranho, sabe, você falando “meu namorado”.

Sirius rolou os olhos. A verdade é que ainda achava um pouco estranho também. Mas gostava de falar aquilo, era como uma confirmação de que tudo estava realmente acontecendo.

– Você realmente não vai dormir?

– Eu já dormi. Desde a hora que voltamos da janta. Que horas são agora? Acabei de acordar.

– Devem ser umas onze horas.

– E você está acordado ainda por quê?

Remus olhou para o namorado. Ele estava realmente muito bonito, sem camisa e com o cabelo bagunçado. Suas mãos foram meio inconscientemente para o tórax a sua frente. Sirius olhou para a mão dele e depois para seu rosto; os olhos estavam com uma coloração mais escura, como se o âmbar houvesse condensado.

– Eu queria... tentar uma coisa hoje – Lupin falou rouco.

– E o que seria?

O menor puxou Sirius pela nuca, lentamente, encarando os lábios vermelhos do namorado. Começou um beijo que era algo entre calmo e selvagem. Sirius demorou um tempo para entender que o castanho estava tomando as rédeas, mas logo retribuiu. Remus estava totalmente concentrado, as mãos arranhando as costas do moreno. O beijo começando a puxar mais para o lado selvagem.

Assim que as bocas se separaram, a de Remus foi para o pescoço de Sirius, que segurou um gemido alto. Com certeza aquilo ficaria marcado...

– Remus – ele tentou falar assim que sentiu a mão do outro em sua calça. – Remus, olha aqui.

– O que foi dessa vez?

– Não acho... uma boa ideia fazer isso aqui – ele ainda estava ofegante.

– Coloca um feitiço de privacidade.

– Não. Tive uma ideia melhor – Sirius deu um sorriso, os olhos agora quase totalmente cinzas. – Vem.

– Aonde? Você adora cortar meu entusiasmo... – Remus reclamou.

– Para de resmungar e vem comigo.

Ele resolveu seguir o namorado. Não perguntou nada quando ele pegou a capa de James, nem quando saíram do salão comunal e muito menos quando andavam pelos corredores. Mas quando eles saíram do castelo, teve que sanar a dúvida.

– Você está me sequestrando? Posso ao menos saber aonde vamos?

– Já vamos chegar lá – após falar, ele beijou o pescoço de Remus demoradamente, que ofegou, ainda andando.

Assim que Sirius desativou o Salgueiro Lutador, Remus finalmente entendeu o que ele tinha em mente.

– Sirius? É sério isso? – perguntou, incrédulo.

– Vem logo!

Remus resmungou baixinho, seguindo o namorado pelo túnel que levava a casa que ele odiava. Assim que entrou na Casa dos Gritos, sentiu-se mal. Estar ali fazia com que ele se sentisse perigoso. Olhou pela janela, quase esperando que a lua cheia surgisse e ele se transformasse em um monstro.

– Não tem lua hoje, Remus. Somos só nós dois – Sirius disse, puxando o castanho para um beijo.

Antes de se entregar, Lupin olhou pela janela. A lua minguante parecia sorrir para ele, quase como se sugerisse uma trégua. Seu último pensamento coerente se esvaiu quando Sirius o encostou à parede, colocando uma mão de cada lado.

– Podemos continuar de onde paramos?

Ele desfez o sorriso enviesado de Sirius com outro beijo, logo enfiando as mãos no cabelo dele. Sirius se separou dele por um momento, para lhe deixar sem camisa. As mãos desceram pelas costas do menor, arranhando e apertando, enquanto sua boca criava marcas no pescoço alvo.

Os gemidos roucos e altos dos dois ecoavam no quarto vazio, aproveitando que pela primeira vez estavam sozinhos, sem pessoas em camas próximas. Remus falou o nome de Sirius quando sentiu o garoto mover o quadril contra o seu, no mesmo estado em que ele se encontrava.

Sirius parou tudo por um instante e o encarou, o olhar tão intenso que parecia saber o que se passava na cabeça dele naquele instante. Remus moveu o corpo em direção a ele, quase implorando para que voltasse ao que estava fazendo.

– O que foi? – falou, controlando a respiração.

O moreno sacudiu a cabeça sorrindo, os olhos voltando a ficar escuros de prazer e excitação. Colou novamente o corpo no de Remus e desceu a mão para sua calça, ganhando um gemido alto em resposta. Brincou com o zíper, abrindo e fechando por segundos, logo em seguida surpreendendo o namorado, enfiando a mão por dentro da peça e tocando-o de um jeito totalmente novo.

Lupin apertou os lábios com força, sentindo uma mordida na base de seu pescoço, enquanto sua mão acariciava Sirius por cima da calça. Não tinha ideia de como fazer aquilo e se perguntava se estava fazendo pelo menos minimamente certo, mas o gemido longo que ouviu fez Remus pensar que sim.

Eles dividiam a atenção entre o prazer que sentiam e em dar prazer ao outro, o que, pelos sons que produziam de modo gutural, parecia estar funcionando muito bem. Estavam em total sintonia, como se houvessem lido uma lista de modos e lugares onde o outro gostava de ser tocado. Ou talvez estivessem mesmo descobrindo juntos como gostavam de ser tocados.

A mão de Remus foi para a cintura do moreno, encaixando os dedos na calça e fazendo menção de empurrá-la, junto com a roupa íntima, para baixo. Antes que conseguisse seu intento, porém, sentiu Sirius agarrando sua mão.

– Remus... – ele encostou o garoto ainda mais na parede e colou a testa na dele, os olhos fechados e a face ainda expressando prazer. – Vá com calma, certo? Eu nunca... Nunca fiz isso.

– Você é virgem? – Lupin perguntou, surpreso e ofegante, no ouvido dele.

– Eu quis dizer que nunca fiz isso com... outro cara. Entendeu?

A verdade era que Sirius estava com medo de machucar o namorado. Nunca se perdoaria se estragasse aquele momento deles, muito menos se infligisse dor ao castanho. Lupin recomeçou a acariciar o baixo ventre de Sirius, fazendo com que os joelhos de ambos fraquejassem.

– Quer ir com calma por você... ou por mim? – Remus logo entendeu.

Sirius bufou no pescoço dele, rindo em seguida. Sugou a pele já avermelhada. E então pegou a mão de Remus que estava em sua nuca e guiou para a própria calça. O castanho sorriu triunfante por ter convencido o outro e o despiu completa e rapidamente; as roupas ficando amontoadas nas pernas de Sirius.

Aproveitou para olhar cada pedaço exposto de pele – e eram todos, por sinal – e o tocou delicadamente. O moreno moveu a perna para soltar as peças de roupa presas nos calcanhares e isso aumentou o contato, fazendo-o gemer demoradamente.

– Minha vez, Remus.

Lupin sentiu a boca do outro se movimentando contra a sua de modo deliciosamente sensual e com um único movimento rápido do namorado também já estava sem as últimas peças de roupas. Arqueou o corpo, sentindo o suor dos dois se misturarem, assim como seus pensamentos.

Eles já estavam muito excitados, chegavam a ser quase dolorosas as pulsações que sentiam. Sirius então segurou nos ombros de Lupin, os olhos muito abertos quando se deitou, puxando o namorado, deitando-o também, e colocando-se sobre ele.

– Tem certeza..? – sussurrou no ouvido de Remus, beijando seu pescoço ternamente em seguida.

– Você por acaso acha que conseguiríamos parar agora? – o castanho reuniu todo seu fôlego restante para responder.

– Se você quiser...

– Pare de ser tão nobre – ele rolou os olhos – e continue logo.

Sirius soltou uma risadinha nervosa. Agora estava bem mais confiante, mas ainda tinha certo temor o cutucando, era verdade. Havia se empenhado muito em manter Remus longe da dor, queria que fosse prazeroso para ele também. Acariciou lentamente o rosto do namorado, ganhando um ronronado em troca, e o beijou com voracidade.



Os dois estavam abraçados no chão, o rosto de Remus enterrado no pescoço de Sirius. As roupas ainda espalhadas por ali, a varinha, que Sirius havia usado para limpar com um feitiço a sujeira melada que fizeram, também jogada. O cheiro ainda carregado, os corpos exaustos pelo orgasmo.

Remus estreitou os braços em volta do moreno, fechando os olhos, estava extremamente confortável ali. Sirius o apertou possessivamente em resposta, traçando caminhos pelas cicatrizes em suas costas.

– Eu machuquei você? – perguntou baixinho, com medo da resposta.

– Não – a resposta veio rouca. – Eu estou bem, Sirius, foi... muito bom.

Ficaram novamente em silêncio, apenas com sorrisos bobos no rosto. Não precisavam de palavras naquele momento, só precisavam um do outro ali, isso era suficiente. E então Remus pensou em algo importante, algo que ele sabia que estava na hora de acontecer.

– Sirius? – o outro sussurrou um “sim?”. – Vamos contar a eles amanhã.

Sirius se mexeu e encarou Remus.

– Quer mesmo fazer isso?

– Quero.

– Certo. Então amanhã nós falaremos com James e Peter. E lembre-se de que vamos estar juntos.

Remus concordou, novamente escondendo o rosto no pescoço de Sirius.

Percebera que estava na hora de contar aos amigos, não pelo sexo ou por estarem ali, abraçados, mas por aquele “eu amo você” que Sirius havia dito após se beijarem há alguns dias. O “eu amo você” que havia sido para ele a prova de que sempre estariam juntos, não importavam as consequências. O “eu amo você” que ainda não tivera coragem de responder, apesar de ter completa certeza de que amava Sirius.

– Está acordado? – perguntou baixinho.

– Estou.

– Eu também amo você.


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Notas finais do capítulo

Como eu disse, é uma short-fic em treze capítulos... ou seja, esse é o penúltimo capítulo.
Mas vou deixar a despedida para amanhã, né? rs



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