Marcas da Paixão escrita por 04364422-8


Capítulo 32
Capítulo 32




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Sara acordou em um ambiente estranho, mas que parecia estranhamente familiar. Espreguiçou-se abrindo bem os braços.

Viu a amiga dormindo ao seu lado. Lilly tinha pesadelos na época do orfanato, como Sara não conseguia dormir até hoje por esses antigos medos.

O passado que se tenta esquecer, é o passado que está condenado a reviver, na imaginação, ou pior na própria realidade.

Sara lembrou-se dessa frase, de um grupo de apóio que tinha ido com Grissom. Mais uma vez ele estava em sua mente. O jeito como ele a tratava com carinho.

Na reunião, pensaram que ele era namorado, marido. Algo do tipo. A cada: “Não, ele é meu chefe." Sara ficava mais sem graça.

Resolveu não convidar mais Grissom para esse tipo de festa. Ela ainda tinha preconceito do que os outros pensassem de sua vida.

Coisa normal de quem está em tratamento. Mas tratamento contra o que? Perguntava-se a todo o momento.

Álcool não era seu problema. O próprio psicólogo falou. Será que ela tinha herdado geneticamente a loucura da mãe.

O pensamento distante deu um arrepio. Um arrepio de coisas novas, coisas antigas. Um estranho conhecido.

Que nunca se sabia com certeza se podia confiar plenamente. Ignorar não era uma boa opção...

Lilly acordou assustada, como se caísse algo sobre ela. Reparou que tinha companhia. Coisa não muito comum. Depois disso com certeza viriam perguntas.

SS: Noite ruim?

LR: Noite péssima.

Lilly levanta quase se esquece de falar com Sara. Por querer ir ao seu aconchegante lugar de fugas emocionais. O chuveiro.

SS: Qual foi seu sonho/pesadelo?

Perguntou Sara curiosa. Lilly viu alguém que sabia que não ia rir de medos. Pois sabia exatamente como era sentir...

No começo com alguma dificuldade, ela moveu seus olhos que agora inflamavam como fogo, parecendo inocentes e alheios a qualquer outra coisa.

Sara reparou na pequena viagem que Lilly vez, antes de tentar abrir a boca para contar algum medo latente que foi ignorado.

Porem não esquecido, que ficou guardado na mente e que quando estão em estado de subconsciência, aparecem mais perturbadores do que eles realmente são. Lilly mexe no cabelo. Colocando-o para trás.

LR: Era noite...

SS: E?

LR: Eu parecia assustada. Você não vai acreditar. O seu chefe também estava no sonho. Ele parecia mais perdido do que eu. Então eu vi um rosto, que eu nunca vi na vida. Parecia ruim. Não ruim, na verdade, parecia doido mesmo. Ele me passou uma coisa ruim.

SS: Pode ser, algum bandido que você prendeu e ficou na mente. Acontece. Te digo.

LR: Não, não. Era mais algo... Parecia... Eu não sei. A maioria dos meus pesadelos e sonhos eu não consigo entender.

Sara força um sorriso de compreensão.

SS: Eu também.

LR: Uma vez sonhei que... eu era menina...

E... Lilly começa a ficar nervosa. Sara percebe do que se trata.

Chega mais perto da amiga, que mesmo sem ter contato por tantos anos. Significava muito. Pois eram parecidas.

Os dramas e histórias colidiam, como se Deus tivesse destinado as duas para serem iguais, mas colocou uma morena e outra loira, pare diferenciar.

Sara abraçou Lilly. Que parou de falar no mesmo instante.

SS: Eu sei. O cara do Armazém. Quando se desvencilharam do abraço, Sara reparou que Lilly tinha chorado. Enquanto a abraçava.


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