A casa de Lilly Rush poderia ser tudo, menos o lugar ideal para uma pessoa se sentir preenchida. Sara percebeu que o destino de ambas, era parecido... Morar sozinha, Quase nenhuma foto da família pela sala... companhia de Gatos de todas as espécies... Sara se abaixou para brincar com um deles. Era manso, mas sem querer ela o deixou nervoso... E ele fez um pequeno arranhão no pulso. LR: Me conta, Conseguiu encontrar seu irmão? Sara que estava concentrada em remover o arranhão em água corrente, não percebeu que Lilly estava atrás dela. SS: Gostaria de dizer que sim, mas sabe como é impossível achar alguém no Sistema De Adoção americano... Aliás, de qualquer lugar... Sara sentou-se na privada, que tinha a tampa virada para baixo. LR: È triste mesmo. Sabe, eu gostaria de ter algo para batalhar, ir atrás... SS: Se importa? Pergunta ela vendo que não era um bom lugar para se ter uma conversa séria, Sara se levantou e foi para qualquer lugar da casa, acabou no quarto de Lilly, Ficou na porta. Enquanto Lil, apenas a observava da cozinha. com um pouco de dificuldade... LR: O que tá fazendo? SS: Olhando para seu Gato 'amigável' que arranhou meu braço. Lilly riu. LR: Ele é um amor, Sara. Só não é acostumado com visitas. Nome dele é Isac. SS: Sabe? Meu chefe tem um cachorro. LR: Aquele bruto, tem um animal? Sabia que ele amava insetos e coisas do tipo... Mas um animal, assim... Tão comum. SS: O engraçado é que o cachorro tem o mesmo nome do meu Ex-namorado. Lilly virou seu rosto, em meio a uma maliciosa risada, que deixava seus olhos azuis escuros... LR: Coincidência? Pergunta Lil, tentando disfarçar seu curioso instinto policial. SS: Creio que sim. LR: Qual o nome do cachorro? SS: Fala do animal, ou do outro animal? LR: Nossa, pelo visto o Sr Grissom, acertou em cheio ao colocar o nome do cachorro! Sara balbuciou um leve sorriso. Nunca tinha ninguém para conversa, exceto o psicólogo do departamento, mas ela era uma daquelas pessoas que não gostava de deitar numa cadeira e contar tudo para um cara que não conhecia... Mas aprendeu a fazer isso, sem contar as maiores Marcas de sua vida. Não era mais sobre mãe distante... Pai morto pela própria pessoa que ela deveria mais confiar na face da terra... A questão fazia com que ela sentia-se mais sozinha do que realmente era... Mas nada doía mais, do ter um amor não correspondido... Tão longe, tão perto. Quando pensava em algo, lembrava dele... Era um amor tão definido para ela. E algo que "Eu não sei o que fazer" para ele. Que não valia a pena lutar contra ou a favor... Então ela decidiu não tentar entender o indecifrável Gil Grissom. Lil percebeu que tocar no nome Grissom, fazia Sara parar no ar, como se tivesse em outro planeta... LR: Quer me contar o que esse Grissom tem de tão especial? Sara pareceu ouvir somente metade da frase, mas sabia exatamente a pergunta. Eram tantas respostas que poderiam sair de seu coração, mas sabia que somente uma responderia e calaria qualquer réplica da amiga. SS: Mistério, talvez. Lilly pega uma taça de vinho e fala: LR: Mistério? Hum, Demonstrar ciúmes na frente de centenas de pessoas não me parece muito misterioso. Tenta outra! SS: Eu também não entendi o que ele fez. Para mim, eu não significava nada para ele... Tinha muita certeza disso, mas sei lá... Aqueles olhos pareciam tristes, quando deixamos o Hotel, sabe? Os olhos dele, parece algo de outro mundo, quando se fundem nos meus... Por um instante Sara permitiu-se fechar os olhos e trazer de volta boas recordações.