Alastor acordou com a perna dolorida. Ele havia lutado em várias guerras. Guerras demais. Havia visto coisas que olhos nenhum deviam ter presenciado. No final ele era um homem bom, que coisas ruins tinham acontecido. Ele se importava com Rachel, com Quinn, e com cada membro daquela alcateia, que desde seus 16 anos até seus atuais 95 anos lutou para proteger. O joelho, onde tinha sido acertado um tiro na Segunda Guerra rangeu enquanto ia até a cozinha ferver um pouco de água. Um chá lhe faria bem. Enquanto esperava a chaleira ferver, ouviu ou quem sabe sentiu alguma coisa. Podia ser um lobo velho, mas seus instintos não deixavam por menos.
– Quem está ai?! – berrou. Em um movimento rápido, vindos da porta de trás aberta a força dois lobos voaram em seu pescoço e membros. A morte foi rápida. Alastor jamais saberia. A última coisa que viu foi um rosto. Talvez muito mais jovem do que poderia ser possível, mas ainda assim era parecido demais para ser outro. Era o mesmo lobo que havia matado Ephraim Sylvester. Depois disso houve escuridão. Até que sentiu um calor confortável em sua mão. Sua amada companheira o puxava para algo. Algo quente e macio. A palavra surgiu na mente de Alastor, antes de partir dessa vida.
Lar.
Shelby passava ao redor da floresta colhendo algumas ervas a pedido da Senhora Belle, quando um cheiro de ferro e algo mais invadiu suas narinas. Era... Sangue.
Seguindo o cheiro chegou à margem do rio. Lá, estava um dilacerado corpo de Alastor um dos mais importantes membros da matilha. Morto. Shelby derrubou sua cesta em choque. Não podia ser. O corpo marcado com diversas mordidas de... Lobos. Shelby precisava avisar alguém, ou a todos. Não foi um acidente. Aquilo havia sido assassinato. E tinha que ter sido um lobo, que podia ainda estar no meio de sua alcateia e... Perto de sua filha!