Companheiro (a) escrita por Chase_Aphrodite, RaeRae


Capítulo 19
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Oi gente. Entao eu e RaeRae nao nos suportamos mais, a fic acabará aqui, sinto muito. E... Primeiro de Abril! Kkkk okay brincadeiras idiotas a parte, nao jamais abandonaremos a fic, ao capitulo!!!



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* * *

A campainha tocou quando Rachel já estava se preparando para dormir. Ela desceu correndo as escadas. A morena estava alcançando a maçaneta quando a porta foi aberta, quase atingindo seu nariz no processo.

“Droga, Berry! Se você não vai ajudar, pelo menos não atrapalhe.”

“Santana?” perguntou confusa, vendo a outra invadir sua casa.

A latina estava carregando duas sacolas de papel, cheias de compras. Rachel não tinha certeza do que havia ali, mas ela podia jurar que estava sentindo cheiro de chocolate.

“Não. O coelho da páscoa.” Santana zombou “Agora saia da frente

Ela empurrou Rachel para o lado enquanto passava, caminhando em direção à cozinha.

“Olá, Rae!” foi tudo que Rachel ouviu antes deBrittany beijá-la na bochecha e seguir atrás de Santana.

Jewbabe!” esse era Noah. Ele também carregava uma sacola de compras e mais duas caixas de cerveja.

Rachel ficou parada onde estava, ainda um pouco atordoada. Ela virou o rosto encarando a última pessoa que restava, os olhos pedindo alguma explicação para o que estava acontecendo.

“Quinn?” perguntou em voz alta depois de perceber que a loira não tinha intenção de dizer nada.

“Rachel!” Quinn cumprimentou, e depois seguiu os outros, deixando uma muito confusa Rachel Berry plantada na soleira da porta.

“Até quando você pretende ficar parada ?” Santana gritou da cozinha “Feche a porta e venha nos ajudar. Eu posso ter sangue latino, mas não estou aqui para servir você.

Rachel revirou os olhos. Santana morava em uma verdadeira mansão, porém ainda gostava de reclamar de tudo como se fosse uma imigrante ilegal sendo explorada.

“Não que eu não esteja feliz em vê-los,” a morena disse chegando à cozinha “mas por que vocês estão aqui?

“Nós vamos procurar Nemo.” Britt respondeu despreocupadamente, enquanto tentava abrir uma barra de chocolate.

“O que?”

“Nós vamos assistir ‘Procurando Nemo’” Santana esclareceu, tirando o doce das mãos da companheira e abrindo a embalagem para ela. “Por que você não se faz útil e vai preparando tudo na sala?”

“Eu não tenho esse filme.”

“Aqui.” Brittany lhe entregou o DVD que havia trazido. A loira sorriu e depois voltou a saborear feliz sua barra de chocolate.

Rachel não sabia como Brittany havia conseguindo se lambuzar tanto depois de apenas duas mordidas, mas a boca da loira estava coberta de chocolate.

Percebendo que não podia fazer nada para controlar o que estava acontecendo em sua própria casa, Rachel decidiu fazer o que Santana disse (cof, cof ordenou) e foi para a sala.

***

Rachel deixou o filme no ponto para começar.

Quinn entrou na sala tentando equilibra uma tigela cheia de morangos, uma travessa de chocolate derretido e um pacote de guardanapos.

“Deixe-me pegar isso.” a morena falou, retirando os morangos da mão de Quinn, e depositando-os na mesa de centro.

“Obrigada” a loira sorriu agradecida.

Rachel apontou para a travessa que Quinn ainda segurava “Quem vai comer todo esse chocolate?

“Você está brincando?! Com Britt por perto, nós teremos sorte se conseguirmos provar pelo menos um pouco disso. Ela é uma chocólatra total.”

Rachel sorriu.

“Então é melhor aproveitarmos enquanto ela está na cozinha.”

“Você tem razão.”

Quinn pegou um dos morangos e mergulhou no chocolate, depois levou até a boca e mordeu. Um pouco do suco misturado ao chocolate escorreu no canto de seus lábios.

“Isso parece realmente bom” Rachel falou numa voz rouca.

Quinn encarou a alfa, e achou que seus olhos pareciam um pouco mais escuros.

“Você quer um pouco?”

Rachel apenas assentiu, dando um passo para mais perto da companheira.

Quinn esticou um pouco o braço oferecendo o morango meio mordido, mas Rachel tinha planos diferentes.

Ela se aproximou ainda mais da loira. E quando Quinn achou que Rachel iria beijá-la, a morena lambeu delicadamente a mistura de chocolate e morango no canto dos lábios e no queixo da loira.

Rachel se afastou um pouco e encarou a companheira.

Quinn notou que definitivamente os olhos de Rachel estavam mais escuros, e também carregados de luxúria. A loira não podia resistir, parecia haver algum tipo de força magnética a atraindo para Rachel agora. Ela se inclinou para começar um beijo quando...

“Isso foi tão hot!” Puck exclamou de onde estavaparado, alguns passos longe das duas “Vocês podem fazer de novo? Deixa só eu pegar meu celular, e...”

Noah?” Rachel chamou, numa voz calma.

“Sim?”

“Corra.”

“O quê?” ele pediu confuso, mas entendeu assim que deu uma boa olhada na amiga e viu sua futura morte violenta refletida nos olhos dela.

Rae. Eu não...” ele se virou e correu.

Rachel seguiu logo atrás.

“EU SINTO MUITO!”

Quinn ouviu Noah gritando de algum lugar na cozinha, a loira ainda estava sem reação depois do pequeno espetáculo que Rachel havia dado provocando-a daquela forma.

“DROGA, NOAH! VENHA ATÉ AQUI E RECEBA SEU CASTIGO COMO UM HOMEM!”

“MELHOR VIVER COMO COVARDE DO QUE MORRER COMO HERÓI!”

As vozes dos dois agora pareciam vir de fora.

O som de corpos se chocando e depois caindo no chão podia ser ouvido apenas um segundo depois.

“Não, Rae, espera!” Puck gritou “Rachel, não... O MOICANO NÃÃÃOOO!

* * *

Rachel olhou para o lado e sorriu vendo Britttentando falar baleiês.

Ela sentiu Quinn se mover e se aconchegar um pouco mais contra seu corpo. A loira estava praticamente deitada sobre Rachel.

Quinn havia adormecido antes da metade do filme.Noah e Santana também não duraram muito mais. A única que continuava totalmente ligada era Britt. Mas também depois de todos os doces que a loira comeu, Rachel não sabia se Brittany voltaria a dormir alguma dia.

Apesar de nenhum deles ter exposto isso com palavras, a Alfa sabia que eles estavam ali para demonstrar apoio. O julgamento de Shelby seria amanhã, Rachel não sabia o que esperar. Mas era reconfortante saber que independente do resultado, ela não estaria sozinha.

A Alfa colocou um beijo no topo da cabeça da companheira, e depois voltou a assistir o filme. Amanhã ela se preocuparia. Hoje? Hoje ela só queria aprenderbalêies com Doris.

* * *

“Olá, querida!” Judy cumprimentou, abrindo a porta para uma muito ansiosa Rachel “Entre, por favor.

A morena sorriu, aceitando o convite.

“Você gostaria de algo para beber?” a Sra. Fabrayperguntou quando as duas chegaram à sala.

“Não. Obrigada.”

Judy percebeu que a jovem alfa estava nervosa. E não era sem motivo. Pobre criança, tão jovem e já precisando tomar decisões difíceis que afetarão não só sua vida, mas também a de muitos outros.

“Devo chamar minha filha ou meu marido?”

Rachel sorriu para a brincadeira.

“Marido.”

“Fique à vontade.

Judy saiu, deixando Rachel com sua ansiedade.

* * *

A Sra. Fabray não demorou. Apenas alguns minutos depois ela adentrou novamente o cômodo.

“Ele vai descer em um minuto” informou a Rachel “Enquanto isso por que não conversamos um pouco? Você passa bastante tempo com todos da minha família, exceto comigo. Estou me sentindo um pouco deixada de fora.

Rachel entrelaçou os dedos, nervosamente.

“Desculpe por isso.”

“Bobagem.” Judy rejeitou as desculpas com um aceno de mão. “Fico feliz por você e Quinn estarem finalmente se acertando. E é bom poder me livrar um pouco do Russel.” ela garantiu, divertida “Mas, Rachel, deixe-me perguntar algo...

A Alfa assentiu, sinalizando para que ela continuasse.

“Você se considera Femme ou Butch?”

“O quê?” a morena perguntou, atordoada.

“Você tem a aparência bem feminina, mas Russel me contou como vocês passam horas falando de carros, e você parece se divertir bastante nos treinos de luta... Então fiquei na duvida sobre onde encaixa-la.”

Rachel lembrou-se de Quinn comentando o quanto Judy está empolgada com o mundo das filhas de Sapho. Essa curiosidade parecia saudável, então por que não encoraja-la?

“Bem, a nossa cultura lésbica já passou por muitos estágios e transformações. Durante o inicio do que vamos chamar de lesbianismo feminista, os títulos butch e femmeforam fortemente rejeitados.”

Isso despertou curiosidade.

“Por quê?” Judy perguntou intrigada.

“Por considera-los uma imitação da cultura heterossexual.”

Rachel percebeu a expressão duvidosa da sogra, e decidiu explicar melhor.

“Para muitos a heterossexualidade não é vista apenas como uma pratica sexual, mas como parte de um sistema cultural e político que busca diminuir a autonomia das mulheres, implicando na sua exploração emocional, material e também sexual.”

“Isso parece um pouco radical.

Talvez.” Rachel ponderou.De qualquer forma, a rejeição aos tipos butch e femme ocorreu logo no inicio dos anos 70. Porém não durou muito, a cultura lésbica voltou a reconhecê-los e passou até a valorizá-los enquanto parte do modo de ser das mulheres, não mais os vendo como imitação de um casal heterossexual.”

“Fico feliz em ouvir isso. Até por que minha Quinnieé totalmente uma femme.”

Rachel não sabia como responder a isso.

“Bem, esse dois... estilos, por assim dizer, são apenas polaridades comportamentais, encontra-los em estado puro é praticamente uma utopia.” a morena ressaltou “Particularmente falando, não sou muito fã de rótulos.” Judy a olhou interrogativamente. Rachel explicou “Acho que crescer como filha de um casal gay em um ambiente tão conservador quanto Lima me tornou um pouco reticente no que diz respeito a classificações e julgamentos com base em estereótipos.

Agora era Judy quem não sabia o que falar. Até bem pouco tempo atrás a família Fabray era uma das maiores forças “conservadoras” da cidade.

“Rachel, eu...”

“Desculpe fazê-la esperar.” Russel pediu entrando na sala, salvando a esposa da situação um pouco constrangedora.

Rachel sorriu.

“Está tudo bem. A Sra. Fabray é uma companhia muito agradável.”

“Obrigada, Rachel. Também foi ótimo falar com você. Devemos fazer isso mais vezes.”

“Sempre e quando a senhora quiser”

“Ótimo.

Judy lançou um sorriso de desculpas para morena e logo depois saiu da sala.

“Sobre o que vocês falavam?”

Saphismo.”

Hmm... Bem, parece um assunto interessante.” Russel divagou, ficando levemente vermelho, até que ele se deu conta de algo. “Quão curiosa Judy estava?”

Rachel não conseguiu segurar um sorriso vendo a insegurança do sogro.

“Não se preocupe Sr. Fabray. Não acho que sua esposa seja habitante de Nárnia

“Desculpe?”

“O senhor está seguro. Não acho que ela esteja interessada em mulheres.”

“Sim, eu sei” ele disse, visivelmente mais relaxado após a garantia de Rachel “É que agora Judy só fala em coisas ligadas a causa LGBT. Ainda outro dia a peguei lendo o Kama Sutra Lésbico.”

Okay. Muita informação” Rachel pensou.

“E ela não para de falar sobre uma tal Bette Porter e sobre o quanto essa mulher é incrível”

“Bom gosto, Sra. Fabraya morena aprovou. Mas era hora de parar as divagações de Russel antes que ele realmente dissesse algo traumático, tem certas coisas sobre sua sogra que você não precisa saber.

“Então, o senhor me pediu para vir até aqui por quê...?”

A expressão dele mudou.

“Nós precisamos falar sobre o julgamento.” suas palavras soaram graves.

“Eu...”

“Você fugiu todas as vezes que tentei introduzir este assunto, Rachel” ele observou, com um olhar um tanto severo. Ela abriu a boca para contestar, mas Russel não permitiu “Não tente negar.

Os ombros de Rachel caíram na derrota.

Russel se solidarizou.

“Nem posso imaginar o quanto tudo isso está sendo difícil para você.” ele sinceramente se preocupava em como toda esta situação afetava a morena “No entanto, como seu mentor é meu dever deixá-la preparada para o julgamento que virá.

Rachel entendia.

“O senhor é um ótimo mentor.”

“É bom ouvir isso.” ele agradeceu “Mas, eu gosto de pensar que nós temos construído uma relação que vai além de nossos deveres com a alcateia.

Ela o encarou, surpresa.

“Não me olhe assim” o Sr. Fabray pediu “Com todo o tempo que passamos juntos, é natural que tenhamos criado um laço afetivo.

Ela não podia negar a verdade por trás dessas palavras. Mas havia um ponto que ainda causava grande incerteza à morena.

“E quanto a Quinn?”

Ela o olhou ansiosamente, e talvez um pouco assustada.

Russel sentiu nervosismo da garota

“Está tudo bem, Rachel” ele disse apertando o ombro dela “Fico feliz por ver você e Quinn se aproximando

“Mesmo?” ela perguntou insegura.

Russel deu um sorriso triste.

“Sinto muito se Cassie e eu temos dificultado as coisas para você.” ele se desculpou. “Não é fácil ver minha garotinha crescendo e se relacionando com alguém. Ainda que esse alguém seja uma garota tão especial quanto você.” Russel parecia realmente arrependido.“Perdoe esse velho bobo. E aprenda a relevar as excentricidades dos Fabrays, você terá que se acostumar a esse tipo de coisa se quiser fazer parte desta família.“

Rachel sorriu.

“Seria uma honra fazer parte da sua família algum dia.”

“Acho que você entendeu errado.” ele observou “Eu não quis dizer que você fará parte da nossa família algum dia.” o rosto de Rachel caiu na decepção e dor. “Eu quis dizer que você já faz parte da nossa família.”

As palavras dele ecoaram entre os dois por alguns segundos.

Rachel teve que lutar contra uma lágrima atrevida que tentava escapar. Russel também parecia emocionado.

“Bem,” ele pigarreou tentando afastar a comoção. “Enquanto seu mentor, o que tenho a dizer é: Não esqueça que acima de tudo as decisões cabem unicamente a você, e ninguém tem o poder de contestá-la, mas é importante seguir seu coração

Rachel assentiu.

“E como família?” ela perguntou tímida.

Russel não respondeu com palavras. Apenas puxou-a para um abraço apertado e rezou para que o gesto transmitisse tudo o que ele desejava, mas não sabia como colocar em palavras.

Rachel foi tomada de surpresa, seu corpo se tornou imediatamente tenso no primeiro contato. Mas depois ela acabou relaxando no abraço, se permitindo aceitar o conforto que Russel estava oferecendo.

* * *

Rachel sentia-se enjoada ao ver toda a alcateia sentando-se ao redor da Pedra. Ela deveria posicionar-se na plataforma logo atrás da pedra para olhar a todos eShelby estaria ajoelhada em sua frente, na pior posição de submissão. Quinn apertou sua mão uma última vez antes de se direcionar ao seu lugar. Respirou profundamente.

– Tragam-na. – ordenou clara. Dois lobos médios escoltaram Shelby até a mulher ajoelhar-se de cabeça baixa em fronte a Rachel. A morena não podia deixar de reparar na semelhança física entre ela e sua mãe. – Pelo 5° Decreto, estabelecido e assinado pelos três Alfas Supremos na Convenção de Atlanta de 92, qualquer lobo que abandonar seu filhote sem conhecimento de sua condição deverá ser punida com a morte, pena esta, possível variável, ao Alfa que controlar a área em que o crime foi cometido. Shelby Corcoran você é acusada de abandonar sua filha, Rachel Barbra Berry, aos cuidados de dois humanos, Leroy e Hiram Berry, sem quaisquer informações sobre sua transformação. – Rachel a olhou cuidadosamente. – Nega a acusação?

– Não... Alfa Berry. Não nego.

– Então! – Sr. Doninha manifestou-se – Não vejo razão para tudo isso. MATE-A!

– SILÊNCIO! – Rachel rosnou. – Apresente sua defesa.

Shelby abaixou os olhos mais uma vez.

– Não preparei uma, acredito que poderia dizer que os danos foram minimizados, pois minha filha esta na alcateia e cumprindo suas funções. – A morena ergueu os olhos mostrando todo o orgulho que sentia de Rachel. – Mas, os danos emocionais jamais deverão ser subestimados. Lamento meus atos. E estou disposta a tomar qualquer punição que estabelecer.

Rachel fechou os olhos. Tinha a esperança que a resposta certa lhe seria sussurrada por um dos Alfas passados. Nada. Mas, ela sabia o que fazer.

– A punição estabelecida seria a morte. – começou hesitante. – Mas, não posso fazer isso. Não apenas por ser minha progenitora, mas não houve danos permanentes de suas ações, e não acredito na morte como punição, ou que qualquer um tenha direito de aplica-la. A vida é um direito básico de todo o ser. Também não a deixarei sair impune.

A alcateia toda parecia chocada com essas ações. Mas Quinn lhe sorriu encorajando.

– Por isto, decreto que, sirva a comunidade lupina de Lima, por 16 meses. Encerramos.

Shelby sorriu a filha, que sorriu de volta levemente.

– MAS ISTO É UM ABSURDO! – Sr. Doninha posicionou-se diante de Rachel virando as costas a Alfa. – Isso é a prova do despreparo da garota! A prova de um Alfa fraco! Deixaram por isto mesmo?

– Isso é um desrespeito a mim e a Sue Sylvester! – Russel manifestou-se vermelho de ódio. – Foi uma sábia decisão!

– Decisão de um Alfa fraco e covarde!

– QUIETO! – Caleb gritou. Todos observaram o garoto em choque. – Sei que sou apenas um Lobo Ômega, mas peço permissão a falar Rachel. - A morena assentiu em choque. – Desde que Rachel chegou às coisas apenas melhoraram, e desde que ela apareceu você vive tentando derrubá-la. O conselho a obrigou a julgar a própria mãe, e ela julgou de forma correta, e não cruel, e agora eu irei perguntar Michael Ames, a quem está disposta sua fidelidade?

– Ora garoto insolente, devia...

– Ames! – Rachel chamou. – Seu nome é Caleb.

– O que?

– O nome do garoto, que acaba de insultar é Caleb. E ele tem tanto direito de falar como você.

– É um ômega!

– E faz parte dessa alcateia, da mesma forma que você, e têm direitos e deveres como todos, portanto você vai respeitá-lo. Como um lobo, e como parte dessa comunidade.

Michael Ames sentiu o poder do Alfa na forma que Rachel falou, resistiu o quanto pode, mas por fim abaixou a cabeça diante do poder mental que a morena fazia sobre ele.

– E aproveito este momento oportuno para dizer que Helena Lopez irá no Outono para que vem, para Princeton estudar Medicina.

– Minha Alfa... – Alastor manifestou-se – Foi uma decisão do Conselho que a senhorita Lopez permaneceria em Lima, para aprender e dar continuidade ao oficio de Médica da Alcateia.

Rachel sorriu. – Sim, mas ninguém é preso a esta alcateia. Pedirei que a senhorita Lopez ao terminar sua graduação volte a Lima, para aplicar todo o conhecimento conosco se assim desejar. Helena?

A latina sorriu. – Eu voltarei, e prometo procurar uma forma de estudar cada vez mais nossos genes.

– Bem, então assunto encerrado. – Rachel declarou. – Algum protesto? Comentários, dúvidas, observações?

Quando ninguém respondeu a Berry sorriu mais ainda. – Ótimo! Então, já que terminamos bem... Ah! Já ia me esquecendo. Sra. French?

Sra. French tinha 73 anos, mas ao lutar na Guerra dos Alfas, acabou por perder o movimento das pernas, e um pouco do movimento no lado esquerdo, ninguém lhe atribuía nada, mas um tempo antes Belle French tinha dito a Rachel que sentia-se pior assim, como se tudo que tivesse feito agora não possuísse valor nenhum. Sentia-se também muito sozinha desde que sua filha havia morrido na Guerra, deixando-a sozinha, e sem netos.

A senhorinha rodou sua cadeira para perto de Rachel. – Sim, querida?

– Sra. French, se não for um incomodo a senhora, gostaria que hospedasse Shelby em sua casa, e mantivesse os olhos nela.

Os olhos cinza brilhavam de alegria. – Será uma grande honra.

Shelby caminhou até aquela senhora e deu um sorriso pequeno. A velhinha sorriu de volta.

– Bem, eu estou bem, Shelby está bem, Sra. Frenchesta bem, Helena esta bem, Caleb esta bem, Sr. Doninha esta bem, estamos todos bem. – Rachel disse brincando. – Liberados.

Aos poucos a matilha se dispersava. Shelby começou a empurrar Belle na direção que lhe era instruída.

– Diga-me Shelby... Gosta de cozinhar?

– Sim. – A Corcoran afirmou. – Adoro.

– Bem, então se prepare, pois vamos cozinhar muito juntas, sabe, faz muito tempo desde que tive uma companhia prolongada.

Shelby sorriu. Talvez devesse manter-se com BelleFrench enquanto ali fosse aceita.


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Notas finais do capítulo

Algum review? Indicações? Estao achando o que do Cory?
Beijos gente!!! Até a proxima!

Ps: Ignorem todas as respostas dos comentários do cap.19. Feliz 1º de abril.