Companheiro (a) escrita por Chase_Aphrodite, RaeRae


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

É tudo culpa da Rita.
Divirtam-se!



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Rachel


Rachel chegou a casa de Puck e foi recebida pela irmãzinha dele, as duas conversaram um pouco antes da Alfa seguir direto para o quarto do judeu. Noah estava deitado na cama lendo uma revista. A morena entrou no quarto e fechou a porta. Sentando-se ao lado dele, ela puxou a revista de suas mãos.


"Ei, eu estava lendo isso!" Puck protestou.


Rachel olhou para a imagem na capa. Era uma dessas revistas masculinas, com uma garota usando apenas um chapéu de cowboy. "Lendo?" perguntou cética.


Puck sorriu e puxou a revista de volta. Ele a escondeu sob o travesseiro e esticou os braços atrás da cabeça. "O quê? As entrevistas são bem interessantes".


"Certo, porque qualquer repórter sério pergunta: Qual sua posição sexual favorita?"


"Você veio aqui só pra criticar meu bom gosto literário?"


“Olá, eu quero jogar um jogo”.


"Rae, você acabou de citar 'Jogos Mortais'?" Rachel respondeu apenas sorrindo para ele. "Tudo bem. Vai ligando tudo enquanto vou até a cozinha pegar uma cerveja".


"Bom" a judia aprovou. "Exatamente o que eu preciso agora".


"Uhm, qual a palavrinha mágica?"


"Eu-vou-deixar-você-tocar-meus-seios."


"É disso que eu estou falando, baby." Puck brincou e saiu do quarto.


Rachel ligou o Xbox, pegando os joysticks sentou-se no sofá esperando Noah voltar.


"O que estamos jogando?" o judeu perguntou quando entrou com as bebidas nas mãos.


"Call of Duty."




Alguns minutos depois



"Vamos, Noah!" Rachel gritou quase pulando para fora do sofá. "Atire na cabeça dele!"


"Eu estou tentando!"


Desde que toda a coisa de Alfa Verdadeiro começou, os dois têm jogado vídeo game depois da escola quase todos os dias. Você pensaria que Puck é um bom jogador, mas a não ser que o game tenha 'Super Mario' no título, o judeu é um verdadeiro lixo. Rachel, por outro lado, é surpreendentemente boa.


A judia estava sendo estranhamente silenciosa hoje (exceto por um grito ou outro durante o jogo), portanto, Puck ficou preocupado. Ele sabia que Rachel estava tendo alguns problemas para se ajustar a sua nova vida, e as brigas com Quinn estavam dificultando ainda mais as coisas. Foi por isso que ele sugeriu as 'Noites Bro', e também era por isso que ele sempre se fazia disponível quando a Alfa aparecia querendo jogar. Com tudo que estava acontecendo, Puck intuiu que a morena precisaria de um amigo e uma válvula de escape. Ele só não estava acostumado com a parte do silêncio. Isso só podia significar uma coisa, algo estava incomodando Rachel. E nesses dias a aposta mais segura era sempre certa loira capitã das lideres de torcida. Ele esperou pelo clássico monólogo Rachel Berry explicando toda a situação por vários ângulos diferentes. Contudo, eles já estavam sentados jogando por quase duas horas e Rachel ainda não havia dito nada. A situação era um pouco desesperadora.


Puck não aguentava mais esperar. "Você vai me dizer o que está acontecendo?"


"Eu não quero falar sobre isso."


O judeu estava atordoado. Rachel Berry não quer falar? Será que ele caiu em algum tipo de realidade alternativa?


"Alguma coisa está te incomodando, Rach." tentou novamente. "Apenas fale. Além disso, o suspense está me matando."


"Nada está acontecendo, Noah" ela respondeu sem tirar os olhos da tela.


"Vamos lá," Puck insistiu. "eu sou seu irmão. Estou aqui para ajudar."


Rachel suspirou, dando um pause no jogo. "Se eu contar, você vai me deixar em paz?"


"Possivelmente."


"Quinn está me deixando maluca!" a morena soltou.


"O quê?" ele já esperava, mas ainda é estranho ouvir Rachel falando assim.


"Ela não para de fugir de mim." Rachel desabafou. "Provavelmente não ajuda que Tracy esteja flertando comigo o tempo todo. Geralmente são apenas umas piscadelas ao passar pelo corredor, mas é o suficiente para irritar Quinn. Isso sem falar, que algumas das cheerios têm sido extremamente preocupadas com meu bem estar ultimamente. É ótimo para o meu ego, não tão bom para minha aproximação com a Quinn.


"Rachel, respire." Puck pediu.


"E aqueles olhos," a judia continuou sem lhe fazer caso. "sinto olhos em mim em todos os lugares. Parece que as pessoas estão me vigiando aonde quer que eu vá, Noah. Eu sinto como se eu não tivesse um único momento a sós há muito tempo. Quando não estou na escola, estou nos treinos, ou então estou nos Lopez. Não me entenda mal, eu adoro ficar com eles. Mas eu passei a maior parte da minha vida sozinha. Às vezes eu só preciso de um pouco de espaço, sabe, ficar sozinha comigo mesma. Eu só... Eu só preciso de uma chance com a Quinn." suspirou cansada depois da enxurrada emocional. Ela voltou a pegar o controlador e se recostar contra o sofá.


Puck segurou sua mão dando um aperto reconfortante. "Rae, de um judeu quente para outro, você não tem nada com o que se preocupar. Eu vejo o jeito que ela te olha, e eu tenho certeza que vocês vão se acertar." Rachel olhou para Noah. "Vai ficar tudo bem."


"Você promete?"


Puck assentiu.


"Pela pilha de pornografia debaixo da sua cama?"


"Sim."


Rachel sorriu para ele. "Você é um bom amigo, Noah."


"Sim, bem, nós judeus quentes temos que ficar juntos."


"Suponho que seja verdade."


Rachel se sentia bem melhor e voltou ao jogo.


Puck riu alto.


"Do que você está sorrindo?" a morena questionou.


"Desculpe, mana, mas eu nunca pensei que ouviria você reclamando de ser popular."


"Sim, a vida é estranha, não é?" Rachel também sorria alto pela ironia do fato. De repente, ela lembrou-se dos eventos que ocorreram hoje mais cedo e corou. Puck percebeu.


"Por que você está parecendo um tomatinho vermelho?" ele perguntou "Há algo que gostaria de compartilhar com o resto da classe?"


"Você vê," ela começou um tanto tímida. "Eu estava andando tranquilamente pelos corredores da escola hoje, quando vi Quinn pegando alguns livros no armário." a morena fez uma pausa. "Ela estava naquele uniforme cherrio e, bem..."


Puck finalmente entendeu o que estava acontecendo. "Sei como é, eu adoro aquelas saias. Fazem a bunda parecer tão boa."


Rachel deu uma pause no jogo e bateu na nuca de Puck. "NOAH!"


"Ow!" o judeu coçou a cabeça. Ele cruzou os braços fazendo beicinho. "Poxa, eu estava falando apenas das bundas das cheerios que não são sua companheira."


Rachel revirou os olhos.


"Continuando a minha estória, eu me aproximei pra dizer um ‘olá’ e Quinn começou a... E-e as coisas saíram um pouco de controle. E eu, bem, eu posso ter deixado uma marca no pescoço dela."


"Você fez o quê?" o judeu perguntou desesperado. "Como isso aconteceu? Rachel, você pulou a melhor parte!" ele choramingou levemente.


A judia olhou para o relógio na mesa de cabeceira de Puck e se levantou em um salto. "Droga! Eu tenho que ir." disse apressada. "Tenho uma reunião com o Russel."


"Não, espera!" Puck gritou, vendo a judia se movendo em direção à porta. "Dê-me alguns detalhes, por favor!"


"Mano, você nunca saberá." Rachel falou estampando um sorriso enorme. "Mas, sabe o quê? Sentir o corpo da Quinn contra o meu, foi um inferno de quente."


"Rachel? Rae?" Puck lamentou quando a judia abriu a porta. "Qual é, não seja assim com seu mano. Rae? RACHEL!"



* * *

"Muito bem, Rachel." Russel falou servindo a taça da menina com água. "Começaremos a falar um pouco da origem da nossa espécie. É importante saber de onde viemos para entender o agora, e poder prever o amanhã.


"Certo." Rachel concordou.


"A nossa origem está entrelaçada com várias lendas. A principal conta a origem dos Companheiros."


"Há muito tempo, quando os deuses ainda andavam na Terra, Eros e Vênus, os deuses do Amor, havia construído a sociedade perfeitamente harmônica e amorosa. Era habitada por seres de quatro pés, quatro braços, dois troncos, duas cabeças e uma única alma. Os seres eram perfeitos. E tinham uma harmonia perfeita. Então, os outros deuses com medo deles dominarem seu Paraíso mandaram a mais forte de todas as tempestades. E cada raio atingia esses seres os dividindo ao meio. Mas, a alma que era única dividiu-se também. Condenando cada ser a buscar aquele que completaria sua alma. Sua alma gêmea."


"Rachel," Russel complementou. "somos lobos, porque junto as nossas almas humanas existem espíritos de lobos, ou uma parte da alma é um espirito de lobo, uma fusão dos espíritos. É um pouco complicado deixarei isso para mais para frente. Mas, você entendeu por que os Companheiros são importantes?


"Quando os Companheiros estão juntos..."


"E em harmonia."


"E em harmonia... Eles são... Mais poderosos?"


"Sim, e não." Russel disse sorrindo. "Dois Companheiros lutando lado a lado, funcionam como um só. Uma máquina bem engrenada... Um relógio suíço polido. Quando o Alfa Verdadeiro, ou seja, você selar o contrato com sua Companheira a energia é tão grande, tão poderosa... Tão majestosa, que é quase palpável para os humanos. Todos os lobos em toda região serão capazes de sentir a mudança no ar."


"Como assim..."


"Eu já irei explicar. Agora eu quero que leve em consideração que nos somos Lobos pelo nosso sangue. A nossa própria essência lupina. Existem Lobos pelo mundo inteiro. São os maiores acionistas, políticos, cantores, dançarinos, advogados, médicos. Há uma boa razão para dizerem ‘Cuidado com os lobos’ quando alguém está em problemas."


"Pessoas famosas são..."


"Lobos? Oh sim! Abraham Lincoln, George Washington, Albert Einstein. Existem até boatos que Idina Menzel possa ser, mas, nada confirmado."


"E porque se tem todas essas pessoas, eu não posso mudar para New York e..."


"Nenhum deles era o Alfa Verdadeiro." Russel a cortou levemente irritado.


"Mas..."


"Essa Alcateia, Rachel, todas essas pessoas aqui. Não apenas os Lobos, mas também as Anciãs, e as crianças que ainda virão a se transformar. É um crime hediondo abandonar uma criança que virá a se transformar sem algum tipo de orientação. Além disso, nós somos uma família. E isso também inclui a Quinn..."


"Ela não me quer como sua Companheira." Rachel o cortou. "E talvez eu também não a queira."


Russel sorriu encabulado.


"Rachel, a minha filha também está sofrendo. Um dia, peça a Brittany para te contar como ela tornou-se nossa vidente. Ela tinha apenas três anos."


"Brittany... Tem visões?"


"Ah sim! E ela nunca erra. Pode ser algo pequeno como o que a Indira irá fazer de almoço ou algo gigantesco como... Dizer que Quinn terá como Companheiro o Alfa Verdadeiro. Sabemos que é verdade, pois ela falava o que aconteceria e nunca houve erro. E quando ela tinha quatro anos, Brittany viu que Quinn seria Companheira do Alfa Verdadeiro, o Lobo mais forte dos últimos três séculos.


"Isso não lhe dá o direito de ser uma... Uma..."


"Rachel. Eu sou o culpado." ele disse tristonho. "Imagine a minha alegria ao descobrir que a minha pequena Quinnie seria Companheira de um Lobo tão poderoso. Eu a criei, treinei, eduquei. Tudo para que ela se tornasse o melhor Lobo. E ela se tornou. Ela é capaz de realizar coisas tão difíceis que até mesmo Sue Sylvester se impressiona. Ela é uma das melhores alunas daquele colégio. Sua média é sempre A. Quinn é a melhor aluna de Sue, capitã das Cheerios, com apenas 16 anos já é bicampeã mundial de cheerleaders. Foi educada para ser a esposa perfeita. Rachel, ela fundou o Clube de Celibato! Eu fiz a mente dela. Mas, depois que Judy foi atacada, eu quase a perdi. Então, eu me tornei um pai mais presente. Eu estou tentando, fazendo o meu melhor. Mas, por favor, Rachel. Entenda. Está indo contra 11 anos de ensinamento."


Rachel suspirou. Finalmente ela começava a entender.


"Voltando aos espíritos que falávamos..." Russel disse fazendo o vento os rodear criando um efeito mágico como se a alma dos antigos Lobos estivesse ali, junto a eles.


"Papai?" a voz de Quinn quebrou o clima mágico que os dois se envolviam. "Já está em casa?"


"Na cozinha Quinnie!"


"Papai, hoje meu dia foi..." a voz da loira morreu ao ver Rachel sentada a sua mesa. "O que ela faz aqui?"


"Olá para você também Quinn." Rachel disse observando a loira de cima abaixo.


"Eu e ela estamos encaminhando as aulas. Quinn, porque você não..."


"Estou saindo." a loira anunciou e correu para fora o mais rápido que conseguia.


"Graças a Deus aos treinos de Sue Sylvester!" pensou.


"Quinn!" Rachel chamou. Ela havia se envergonhado de sua atitude mais cedo. Mas, o lobo negro em sua mente havia assumido o controle ao sentir aquele cheiro embriagante de baunilha misturado com o vapor do banho ainda cercando a loira. Fazendo-a parecer uma... Anjo.


"Rachel, eu a aconselho a resolver-se com a minha filha, não é saudável para você, ela ou a Alcateia, por favor."


"Com licença Sr. Fabray. Mas, eu preciso encontrar a mi... Quinn." Rachel corrigiu-se. Ela levantou-se e começou a farejar o rastro da jovem Fabray.



* * *



Quinn nunca correu tão rápido. Ela conhecia a floresta melhor do que qualquer um. Ela havia crescido ali. Cada árvore, até mesmo cada folhinha de grama eram velhas conhecidas dela. Os caminhos se abriam diante dos seus pés. Ela só queria ficar o mais longe possível de Rachel Berry. Tudo era tão confuso. Por mais que Quinn a rejeitasse Rachel ainda voltava, não demonstrando interesse de alguma forma doce e romântica, mas possessiva, lembrando-a constantemente que Quinn no fundo de sua mente ela pertencia a Rachel. Aquilo a assustava. Havia lutado a vida toda para ser a melhor. Para conseguir o mínimo de liberdade. E agora aparecia aquela morena, baixinha com pernas que...


"ELA NÃO TEM PERNAS ATRAENTES!" Quinn gritou consigo mesma mentalmente.


"Ela não me controla. Ela não manda em mim. Eu não pertenço a ela!" Quinn murmurava adentrando mais e mais na floresta.


Ela parou vendo que havia chegado ao pequeno campo florido. Havia várias flores de milhares de cores cobrindo aquele espaço de no máximo 20 metros quadrados. A loira sentou-se entre as flores amarelas.


"Quinn?" uma voz forte masculina, mas ainda suave a chamou.


Quando olhou para trás viu o jovem do dia do rio.


"Sam Evans." lembrou-se do nome.


"Sim. É Quinn, não é?"


A loira sorriu suave.


"É. Quinn Fabray."


Sam sentou-se perto dela.


"Está tudo bem? Você parece um pouco chateada." Ele ajeitou-se fazendo uma careta e tentou engrossar a voz. "Qual é o problema little girl?"


Quinn riu. "O que foi..."


"É a minha imitação de Mick Jagger. O que acha?"


Quinn riu ainda mais. "Eu realmente não sei."


Sam sorriu e bagunçou um pouco o próprio cabelo. "Mas agora, sério. O que há de tão ruim?"


Quinn suspirou, abaixando a cabeça.


"É uma longa história."


Sam colocou as mãos atrás da cabeça, jogando-se contra o chão, deitando com a cabeça perto do colo da loira.


"Eu tenho todo o tempo do mundo."


Quinn sorriu de leve. Mas começou a explicar toda sua complica história com Rachel Berry.



* * *



"Minha nossa!" Sam exclamou ao final de tudo. "Quinn. Duas Companheiras que se odeiam? Eu... Nunca... Vi nada parecido a isso."


"Olha, eu não vou correr para os braços delas só por que..."


"Eu não quis dizer isso. Mas, eu já vi Companheiros que não ficaram juntos." Sam se corrigiu, sentando e ficando perto de Quinn. "Um deles se apaixonou por outra pessoa. E o outro acabou por superar. Companheiros é só uma forma de dizer que seria seu melhor parceiro em uma luta, em minha opinião. Talvez..." o rapaz falou chegando mais perto. "Se você, apenas... Der uma chance à outra pessoa... Toda essa confusão seja apenas armação da sua mente, em uma ideia previamente plantada."


Quinn riu sem humor. Aquela ideia era insana.


"Sam, eu não..."


O rapaz aproximou-se um pouco mais.


"Lor manari..." murmurou. "Em língua Na’vi significa... Olhos bonitos."


Quinn sorriu e deixou o rapaz aproximar um pouco mais.


"Sam..."

* * *



Rachel finalmente alcançou o campo florido. Mas, quando levantou os olhos para procurar a loira imediatamente se apoiou na árvore mais próxima. Ela sentia seu coração quebrando em milhares de pedacinhos e esses pedacinhos quebraram-se em pedaços cada vez menores. Respirar tornou-se difícil. Sua alma parecia cair desmanchando e deixando apenas uma casca oca. Parecia que até a própria razão de existir havia perdido o sentindo.


Ali bem diante de seus olhos Sam Evans e Quinn Fabray se beijavam.



* * *



Rachel respirou fundo e juntou o máximo de força que conseguiu, deu as costas deixando toda a dor sangrar em sua forma de lobo. A dor do Alfa tamanha era que um uivo dolorido, triste foi ouvido a distancia.


Quinn separou-se de Sam vendo o enorme lobo negro correr longe dali.


"Rachel..." murmurou. "Ela deve ter nos visto. Oh Deus! O que eu fiz? E-eu preciso falar com ela."


"Não Quinn." Sam disse segurando sua mão. "Você não a quer, certo? Foi o que me disse. Precisa deixar sangrar um pouco, e deixar toda a expectativa falsa dela cair. Só assim ela poderá superar."


"E-eu não sei não, Sam."


"Querida," ele falou a abraçando por trás. "Você tem 16, indo para 17. Eu tenho 18. Deixe que eu cuido de você."


Quinn suspirou insegura, mas se deixou abraçar.

* * *

Rachel correu e assim que chegou na casa dos Fabray vestiu-se o mais rápido que pode subindo na moto e acelerando. Ela estava indo para casa. Ela não voltaria nunca mais. Iria para New York, entraria na Broadway. Ela faria Fanny Brice, Evita, e Elphaba. E nunca mais voltaria para ali. Ela não queria ser um Lobo. Não mais.


"Rachel! Rachel!" Ela conseguia escutar Helena a chamando. Mas, não importava. Nada mais importava. Seu coração estava estraçalhado, sua alma destruída.


Ela jogou a moto de qualquer jeito no jardim dos Berry. Ela entrou deixando finalmente as lágrimas embaçarem sua visão e os soluços saiam doloridos da sua garganta. Ela correu para o porão e imediatamente uma música suave da Barbra começou a tocar.


Ela deitou-se no chão embolando-se. Ela queria que a dor parasse. A imagem para sempre queimada em seu cérebro vendo os dois loiros se beijando.


A forma como o cabelo de Quinn e o de Sam misturavam-se com perfeição. Como as mãos delicadas de Quinn apoiavam-se nos ombros dele. Como as mãos dele seguravam com suavidade o rosto dela, com os dedos acariciando lentamente as bochechas dela. Como os lábios faziam uma dança perfeita, como se a muito se conhecessem. A forma dos olhos dela estarem fechados, como se estivesse, como se estivesse... Entregando-se plenamente a ele.


"RACHEL!" ela conseguiu escutar a voz de Helena na sua casa. "Onde você está?"


Helena desceu o mais rápido que pode para o porão. Ela quase chorou ao ver a cena.


Rachel estava enrolada no chão chorando toda a dor do mundo com a música de Barbra tocando ao fundo.


"Rachel..."


"Me deixe em paz."


"Por favor."


"Eu não vou voltar. Não vou me tornar uma Loba. Não quero ser a Alfa de ninguém. Não quero cuidar de ninguém. Eu só quero ficar aqui, sozinha. Como eu sempre fiz. Eu vou terminar esse maldito colégio. Eu vou... Eu vou entrar na Academia de Artes Dramática de New York. Entrar na Broadway... Fazer todas as peças que eu conseguir fazer... E nunca, nunca mais vou por meus pés nessa cidade maldita. Eu nunca mais vou voltar naquela floresta. Nunca mais vou voltar aqui ou para aquela matilha."


"Sua matilha." Helena a interrompeu. "Rae... Por favor. Me ouça. Eu não sei o que você viu..."


"Eu vi apenas a Fabray beijando o Evans. O moleque tentando entrar."


"Tenha calma. Tudo irá passar."


"NÃO VAI! QUINN JAMAIS IRÁ PERMITIR QUE EU ME APROXIME, E AQUELE MOLEQUE, ELE... ELE..."


Helena a abraçou e os soluços de Rachel foram abafados pelo corpo de Helena.


"Acalme-se, querida. Calma."


"Ela me odeia... Sempre vai me odiar."

"Esqueça-a. Ela está apenas sendo infantil."


"E aquele... Projeto de surfista! Está no meu território e... E... Simplesmente..."


"Eu sei. Eu sei. Mas, agora, tudo o que você precisa fazer e se acalmar. Precisamos voltar para lá..."


"Eu não quero. Eu... Eu só..."


"Eu sei querida, eu sei."


"Só dói... Tanto..."


Helena arrulhava enquanto fazia carinho nas costas de sua Alfa.


"Tudo bem doer. Mas, vai cicatrizar. E então não vai doer mais."


Rachel endireitou-se para poder ver Helena melhor. Helena se aproximou de Rachel.


"Me dá uma chance, Rae. Só uma..." a latina falou se aproximando.


A última coisa que Rachel sabia era que os lábios sobre os seus eram algo como... Apimentados. Deliciosos. E pareciam levavar as lágrimas embora.


E isso era tudo que importava no momento.


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Notas finais do capítulo

N/Chase_Aphrodite: Eu sei, eu sei, eu sei que vocês estão possivelmente nos odiando agora, mas precisavamos disso. Então... Não nos matem se vocês querem o final, certoo? Aaah, e o concurso gente?? Não esqueçam dele!
Email: FanficCompanheira@hotmail.com
Nos vemos no proximo capitulo queridoos!! beijos beijos beijos