Companheiro (a) escrita por Chase_Aphrodite, RaeRae


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Bem, há algumas coisas que vocês preciasam saber:
Sobre Quinn: Nunca engravidou. Namorou Finn pouco tempo durante o primeiro ano, apenas pra estabelecer seu status na escola, mas assim que se tornou capitã das lideres de torcida terminou tudo.
Sobre Rachel: Nunca foi apaixonada pelo Finn. Namorou Puck, mas terminaram porque perceberam que funcionam melhor como amigos. Sempre soube que era bissexual.
Sobre Santana e Brittany: Só fizeram sexo uma com a outra ou (raramente) em trio. Os boatos sobre sua promiscuidade foram espalhados pela própria latina para aumentar sua popularidade.



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Quinn


Quinn, Santana e Brittany, também conhecidas como Trindade Profana, andavam em direção a entrada do McKinley, de repente pararam, seus sentidos alcançaram um odor inconfundível no ar.


Foi a coisa mais extraordinário que Quinn já cheirara em sua vida. Era forte e exótico, realmente poderoso, mas também tinha um toque floral e doce. Quinn queria tomar o máximo do perfume possível.


— Vocês também estão sentindo? — ela sabia que era real, mas precisava de uma confirmação.


— Sim Q, a fragrância é tão forte que estou surpresa que mesmo os humanos não possam sentir — Santana assegurou à amiga. A latina sabia o quanto isso era importante pra loira, é claro que a alcatéia inteira estava aguardando ansiosamente por isso, mas com Quinn era diferente. Ele será não apenas seu Alfa, mas também seu companheiro se as previsões de Brittany estiverem corretas, e elas sempre estão.


— Sanny, por que eu sinto vontade de colocar meu rabo entre as pernas e abaixar a cabeça? — Brittany questionou confusa — Eu nem mesmo tenho um rabo agora. — Ela não entendia de onde vinha esse impulso, ela sabia o que o aroma significava, afinal ela previu esse acontecimento há anos, mas porque ela se sentia dessa forma?


— Está tudo bem, é normal Britt-Britt. — Santana tentou acalmar a companheira — Isso vai passar assim que ele aceitar nosso voto de lealdade.


Santana e Brittany descobriram-se companheiras logo antes de sua primeira transformação. Um homem-lobo (ou nesse caso mulher-lobo) só pode reconhecer seu companheiro a partir do dia anterior a sua primeira transformação completa.


Cada lobo possui um único companheiro. Depois que se acasalam passam a pertencer oficialmente um ao outro e se ficarem um longo período de tempo sem se tocar a distância converte-se em dor física. Se um dos pares morre, o outro morre pouco depois.


Quinn não ouvia nada da conversa entre as duas, ela não podia acreditar que finalmente estava acontecendo. Ela só queria encontrá-lo de uma vez. A loira sabia que ele devia estar se sentindo da mesma forma, por isso resolveu esperar que ele viesse a sua busca. Ela só esperava que ele não demorasse muito.


As garotas estavam em frente aos seus armários quando Quinn sentiu que ele estava vindo em sua direção. Ela levantou a cabeça e percebeu uma pequena aglomeração de estudantes, eles sussurravam e olhavam pra alguém. O mar de alunos abriu-se revelando a pessoa que ela tanto esperava.


— Não pode ser — Quinn sussurrou completamente chocada. Santana não conseguia sequer articular uma palavra, sua boca só ficava abrindo e fechando como um peixe. E Brittany, bem, Brittany deu vazão ao que sentia desde que colocou os pés no estacionamento da escola, a loira sentou com a bunda no chão e abaixou a cabeça.


— Não pode ser ela — Quinn olhou pra latina procurando por ajuda — Não devia mesmo ser uma ela. — Santana apenas deu de ombros, incapaz de tirar os olhos da figura que agora se aproximava delas. A figura se dirigia ao armário do outro lado de Quinn.


— Rachel?


A morena sequer olhou pra cima antes de responder: — Agora não Santana, hoje eu não estou num bom dia.


A latina parou qualquer tentativa imediatamente, ela não podia ignorar uma ordem direta, não de um Alfa Verdadeiro.


Dentro da alcatéia existem quatro tipos de lobos: os alfas, que são os mais dominantes; os lobos médios, que possuem uma posição intermediária; os ômegas, que é o grau mais baixo na hierarquia da alcatéia, eles são os mais fracos e constantemente são melindrados pelos outros lobos; e o Alfa Verdadeiro, ele só nasce a cada 50 anos e é o líder da alcatéia, sua autoridade é incontestável. A palavra do Alfa Verdadeiro é lei.


Santana e Quinn são lobos alfas, sendo que a loira é apenas um pouco mais dominante que a latina. Já Brittany é originalmente um lobo ômega, mas devido a seu emparelhamento com Santana ela agora ocupa status de alfa.


Quando dois lobos companheiros concretizam seu relacionamento, o mais submisso passa a levar o cheiro de seu amante. Desse modo os outros lobos saberão que ele é tomado e também qual sua posição na alcatéia.


— Rachel — dessa vez foi Quinn quem chamou. A morena levantou a cabeça tão rápido que por uma frança de segundo ela parecia um borrão.


— Quinn? — Rachel olhava para a loira com uma expressão totalmente embasbacada, uma mistura entre Cosmo, dos padrinhos mágicos, e Finnadequado, quarteberk do time da escola — Quinn. — ela repetiu, dessa vez com tamanha determinação na voz que deixou os joelhos da capitã das lideres de torcida fracos.




Rachel


Rachel estava com um humor insuportável, mas quem poderia culpá-la? Ela passou todo o fim de semana jogada doente em uma cama. Seus pais como sempre estavam em uma viagem de negócios.


Seu corpo ainda estava dolorido da febre alta que teve durante os últimos dois dias. O médico disse que era apenas uma virose e que ela só precisava de repouso e muito liquido, então foi o que ela fez. Na noite de domingo ela já se sentia melhor. Ainda estava um pouco febril, mas nada comparado aos 39°C do dia anterior. Assim, apesar dos olhos sensíveis à luz, do cansaço e das dores no corpo, ela decidiu ir à escola na segunda-feira. Não só porque queria manter seu registro de frequências perfeito, mas principalmente porque ela sentia que alguma coisa importante aconteceria amanhã.


Rachel chegou à escola cedo, os corredores ainda estavam vazios. Faltava cerca de uma hora para aula começar. Ela sempre gostou de estar na escola nesse horário, era tudo tão silencioso e em paz, tão diferente de quando a massa de estudantes estava presente.


Ela ficou sentada numa poltrona no fundo do auditório, tentando relaxar antes de subir no palco e fazer a única coisa que pode tornar tudo melhor, cantar. O palco é seu verdadeiro lar, quando está lá em cima ela pode ser ela mesma, quando está lá em cima nenhum comentário maldoso ou raspadinhas podem alcançá-la.


Infelizmente Rachel não percebeu o quanto estava cansada e acabou adormecendo. Acordou faltando dez minutos para o sinal tocar, e só porque foi desperta por um cheiro embriagante que provocava uma sensação maravilhosa na boca de seu estômago. Ela sabia que precisava descobrir de onde estava vindo esse aroma, mas quando olhou de um lado a outro não avistou nada que pudesse ser a fonte dele. Olhou novamente para o relógio. Ele parecia estar zombando dela, agora só restavam sete minutos. Mesmo sentido seu coração afundar com o pensamento, decidiu ignorar essa sensação e esse desejo de procurar por uma coisa que ela nem sabia o que era. Levantou-se e foi buscar os livros para ir à aula.


Um jogador de futebol parou na sua frente com uma raspadinha na mão, ela ficou tão irritada (já estava tendo um dia de merda e tudo que ela não precisava agora era de uma raspadinha e uma troca de roupas para atrasá-la) que rosnou. De alguma forma acabou dando certo, porque o jogador de futebol só ficou lá olhando para ela e não fez nenhum movimento pra atirar o liquido de dentro do copo.


Rachel continuou o caminho até seu armário e percebeu todo mundo olhando pra ela. No começo achou que era o de sempre, alguém (Jacob ou Santana) espalhou um boato maldoso sobre ela e estava todo mundo comentando. Mas percebeu que eles não tinham a mesma expressão de desagrado e malicia que costumavam destinar-lhe, eles só pareciam surpresos e, Deus me ajude, agradavelmente impressionados.


“Será que é por causa da minha roupa?”, Rachel pensou. Hoje ela vestiu-se de um modo bem diferente do usual. Ela trajava jeans skinny negro, camiseta preta com uma imagem de banda de rock, botas de combate pretas (era um antigo figurino de uma apresentação de Glee) e óculos escuros. Ela não sabia por que se vestiu assim, ela só sabia que saias e bichinhos fofos não combinavam com o modo como se sentia hoje.


Os olhos de Rachel se arregalaram vendo o mar de alunos abrindo-se diante dela. Se ela soubesse que uma simples troca de figurino iria resultar neste tipo de recepção, teria cedido aos pedidos de Kurt e Mercedes (para uma repaginada) há muito tempo.


Só havia uma coisa incomodando a morena, a cada passo que dava o cheiro e aquela sensação na boca do estomago ficavam mais fortes. Por um lado era bom, ela estava cada vez mais perto de descobrir o que estava causando tudo isso; por outro lado, isso a assustava como o inferno. Talvez ela não devesse saber o que era. A vida lhe ensinou que com algumas coisas é melhor não mexer.


A diva estava a alguns passos de seu armário quando a sensação ficou insuportável. Mas com medo abaixou a cabeça e continuou seu caminho resistindo a vontade desesperadora de olhar pra cima.


—Rachel? — A pequena cantora abriu seu armário e ouviu uma latina irritante chamando por ela.


— Agora não Santana, hoje eu não estou num bom dia — ela realmente não estava no humor pra aturar os insultos da líder de torcida.


Com o canto do olho Rachel percebeu Brittany sentada no chão, cabeça abaixada e mostrando a garganta. Pra qualquer outra pessoa esse teria sido um comportamento muito estranho, mas essa é Brittany, a garota que uma vez lhe entregou uma carta pedindo um strap-on por acreditar que ela era um duende ajudante do Papai Noel. Então, Brittany agindo desse modo foi só mais um dia comum em McKinley High School.


— Rachel — dessa vez ela não pôde não olhar para cima, porque dessa vez não era Santana chamando por ela, mas sim um anjo. Só um anjo poderia produzir esse som.


A morena levantou a cabeça procurando a dona da voz — Quinn? — ela não estava certa se era realmente Quinn Fabray a sua frente, quer dizer, ela conhece a loira desde o primário, ela teria percebido se Quinn fosse essa criatura absolutamente perfeita perante ela. A loira sempre foi linda, mas a pessoa diante dela... Rachel estava errada, não era um anjo, era uma deusa. E não pergunte como, mas ela sabia que essa deusa pertencia a ela. Em sua cabeça só havia um único pensamento: Minha, minha, minha, minha... Foi com essa certeza que Rachel decidiu tomar o que é dela, mesmo achando que não era digna de algo tão precioso.


— Quinn — Repetiu o nome, dessa vez com determinação.



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Notas finais do capítulo

Gostou? Devo continuar?
Se alguém se interessar, tô escrevendo uma outra fic intitulada "Glee Club x Zumbis", pelo nome é bem óbvio do que se trata.
Até o próximo capítulo!