–Eu decidir que já que vou pro inferno posso fazer o serviço completo. - ela falou sorrindo, e eu não entendendo nada fiquei esperando por mais, não veio mais.

–Sabe que eu não faço ideia do que você está falando.

–Eu sei.- Ela sorriu de novo, encerrando este assunto. -Acho que seus amigos estão com raiva de mim, por ter roubado você.

–Eles vão sobreviver.

–Mas é possível que eu não te devolva.- ela disse isso com um brilho perveso nos olhos. - Você parece nervoso.

–Nervoso não. Apenas surpreso... Qual o motivo disso tudo?

–Eu já lhe disse... Fiquei cansada de tentar ficar longe de você. Então estou desistindo.- Ela sorria, mais seus olhos estavam serios quando ela admitiu.

–Desistindo?

–Sim, desistindo de tentar ser boa. Agora vou só fazer o que eu quiser e ver no que dá.- Seu sorriso foi diminuindo aos poucos.

–Está me confundindo de novo. - Com essa seu sorriso reapareceu.

–Eu sempre falo demais com você... Esse é um dos problemas.

–Não deve ser um problema, eu nunca entendo mesmo nada do que você fala.

–Estou contando com isso ;)

–Então, só pra esclarecer os fatos, somos amigos agora?

–Amigos .... - agora ela parecia confusa.

–ou não - murmurei.

–Bom, acho que podemos tentar. Mas estou avisando que não sou uma boa amiga para você - Ela disse isso sorrindo, mais dava pra notar que para ela era um aviso crucial.

–Você repete isso várias vezes.

–Sim, porque você não está me ouvindo. Se você for inteligente, vai me evitar.

–Acho que você já deixou clara a sua opinião sobre o meu intelecto. - Meus olhos se estreitaram e ela sorrio como quem se desculpa.

–Então como eu estou sendo, NADA inteligente, vamos tentar ser amigos?

–Isso parece bom.

Neste momento a conversa parou um pouco, eu não sabia que assunto puxar, e ela estava apenas me olhando. Eu estava mexendo em minha bebida.

–No que está pensando? - ela perguntou curiosa.

–Estou tentando entender você. - falei sem nem pensar

–Está tendo sorte? - ela perguntou em um tom meio rude.

–Não muita.- admitir. Ela riu.

–Quais são suas teorias?

Eu não respondi nada, não tinha chegado a conclusão nenhuma, mesmo gastando noite imaginando como era possível ter feito o que ela fez.

–Isso é muito frustrante, sabia? - ela se queixou

–Não, não entendo como possa ser frustrante, - discordei rapidamente - Não consigo nem imaginar o porque ser frustrante, só porque alguém se recusa a contar o que está pensando.

Ela deu um sorriso duro

–Ou melhor, digamos que uma pessoa tenha tido uma séries de atitudes estranhas... De um dia salvar sua vida sob circunstancias impossíveis e no outro simplismente ignora-lo e te tratar como uma porta e nunca explicar nada disso, mesmo depois de ter prometido. Isso tambem não é nada frustrante.

–Você tem um gênio e tanto, não é?

–Não gosto de dois pesos e duas medidas. - Fiquei encarando, e ela também.

Depois de um tempo ela olhou sobre meus ombros e deu uma risadinha.

– O que foi?

–Parece que sua namorada acha que estou sendo desagradável com você, ela está se perguntando se vem ou não interromper a briga. - Ela riu mais abertamente agora.

–Não sei do que está falando, mais com certeza está enganada.

–Não estou. EU lhe disse que é fácil decifrar as pessoas.

–Menos a mim, é claro.

–Sim, menos a você - ela ficou mais pensativa. - fico me perguntando o motivo disso.

–Pode me fazer um favor?

Ela de repende ficou cautelosa

–Depende do que você for pedir

–Não é grande coisa.

Ela esperou, mais dava pra notar sua grande curiosidade por detras da sua fachada.

–Eu só pensei, você poderia me avisar com antecedência da próxima vez que decidir me ignorar? Para que eu fique preparado.

–Parece justo.

–Valeu !

–Posso ter uma coisa em troca? - ela falou sorrindo

–UMA

–Me conta uma das suas teorias, eu não vou rir nem nada, eu juro

–Ah mais me poupe

–Você prometeu !

–Você tambeém já quebrou promessas - ela ficou encarando, não se deixando abater pela minha acusação, essa mulher tinha MUITOOOS poderes fora os que eu pude ver como a força pra amassar um carro, ela tinha o poder de controle, só pode, não tinha como negar o que ela queria. Ela era linda me encarando. EU NÃO QUERO FALAR!

–Pelos amor de Deus Bella, dá pra parar com isso?

–O quê?

–Tah certo, não leva isso a sério, mas.... já foi picada por uma aranha radioativa?

Ela riu .

MUITO ALTO

E eu fechei a cara.

–Não - ela disse, tentando se controlar

–Não?

–Não

–Nada de aranhas?

–NADA

–Nem radioatividade?

–Não

–Droga ! :@

–A criptonita também não me atinge- ela estava rindo alto de novo

–Eu não vou rir, eu não vou rir Edward ¬¬

Ela lutou pra se recompor.

–Eu vou descobrir um dia, você vai ver ;)

–Espero que não descubra. - Séria de novo

–Porque...

–E se eu não for a heroina? e se eu for a vilã ? - Ela sorriu mais seus olhos estão tentando dizer algo bem mais sério que isso.

–AAAH, entendi...

–Entendeu?

–Claro, você é perigosa? - agora comerçava a se encaixar, ela era mesmo perigosa, estava tentando me falar isso o tempo todo.

–Mas não é má

–Está enganado. - Sua voz era quase inaudível, e ela tentou disfarçar seu desconforto brincando com a tampa da minha garrafa de refrigerante. Ela foi mesmo sincera, não tinha como negar que ela acreditava no que falava, que ela era má, mais eu não sentia medo, eu estava curioso, queria saber mais, estava fasinado por ela.. isso que poderia ser um problema.

O silêncio durou, até que eu percebi o horário.

–Vamos chegar atrasados.

–Eu não vou para a aula hoje.

–Porque ?

–As vezes é saudável matar aula ;)

Ela deu uma piscadinha, e eu tive que me virar e ir embora. Merda de aula ¬¬