A Última Dumbledore escrita por Baggins


Capítulo 9
Sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Gente cadê vocês? Dos meus 10 leitores só 1 comentou o capítulo anterior. Tô me sentindo FOREVER ALONE aqui.
Mas chega de drama, aqui tá mais um :))



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Estava indo junto com Luna para o Salão Principal. Estávamos atrasadas e ela falava sobre alguma coisa relacionada às criaturas que o pai sempre fala n’O Pasquim, mas eu não conseguia prestar atenção. Por mais que tentasse a lembrança do que aconteceu no corujal voltava à minha mente. Porque eu não conseguia esquecer um simples beijo?

- Bella, você está me ouvindo? – Luna perguntou preocupada quando estávamos em frente ao Salão. – Você está tão calada…

Isso me fez voltar para a realidade. – Estou ouvindo sim, Luna. – Ela me lançou um olhar do tipo “Eu sei que não ouviu uma palavra do que eu disse.” – Mesmo, que não tenha parecido… Vamos entrar, já estão todos sentados! – Puxei-a, calando qualquer protesto vindo da parte dela.

Quando entramos no Salão todos os olhares se viraram para nós, inclusive frios olhos cinzas que eu tentava ignorar à todo custo.

- Vejo que as senhoritas estão atrasadas! – “Não me diga, Aleto!” Fiz uma cara sínica. – Posso saber o motivo do atraso?

- Não sou obrigada a responder, sou? – Adorava discutir com ela. - Se isso estivesse incomodando as pessoas, o próprio diretor iria fazer essa pergunta.

Vi o rosto dela ficar vermelho de raiva, e muitas pessoas que estavam por perto se encolheram. Porém, assim que ela ia abrir a boca para falar algo, Snape falou: - Aleto! Isso não é preciso. Até porque, as senhoritas não estão muito atrasadas. Agora, sentem-se!

Preciso dizer que ela não ficou feliz?

Me despedi de Luna, e me sentei no meio de Neville e Gina, que estavam com o maior sorriso do mundo.

- Parabéns, senhorita Dumbledore! – Falou Gina. – Colocou Aleto no seu devido lugar.

- É, gostei de ver! – Concordou Neville gargalhando. Sorri para os dois.

Começamos a conversar sobre tudo, menos sobre a AD, porque certas pessoas (lê-se Aleto) passava, de tempos em tempos, perto da gente, e não podíamos arriscar pôr tudo a perder. De repente, paramos ao ouvir o piu de uma coruja. Mas espera, não é cedo para as correspondências?

Ouviu-se o piu outra vez, e quando vi era a Mel, minha coruja, trazendo uma carta. Ela pousou à minha frente, e então, pela segunda vez hoje, todos os olhares se viraram para mim. Odeio isso!

- Valeu, Mel! – Falei sarcástica. Alisei sua cabeça e ela picou meu dedo carinhosamente. Puxei a carta de sua perna e comecei a ler esperando boas notícias. Doce ilusão!

“Querida Bella,

Como está Hogwarts? Está tudo bem? Como é ter o Snape como diretor?

Sei que você está esperando boas notícias, mas infelizmente não as tenho. Então, vou direto ao assunto. Lembra aquele velho amigo do seu pai, que vinha falando coisas que não devia sobre Você-Sabe-Quem? Bem, ele foi morto há pouco tempo. Alguns comensais da morte trataram de “dar um jeito nele” já que ele vinha trazendo problemas para seu Lorde. E agora, estão procurando pelo resto de sua família. Pelo que eu soube acharam sua mulher e, bem, você pode imaginar o que fizeram… O pior de tudo é que agora estão atrás do seu filho! Aqueles monstros. Não se têm notícias do paradeiro do menino, mas vamos torcer para que tudo fique bem e que ele consiga se salvar.

Me perdoe por ser eu a levar essas notícias até você, mas achava que você gostaria de saber do que se passa aqui fora, pois, como sempre, O Profeta não divulgou nada sobre isso!

Mas enfim, espero que fique bem e aguardo sua resposta. Estou com saudades!

Com amor,

Mamãe.”

Não sei o que aconteceu comigo, mas de repente, tudo ficou preto.

……….

Acordei na Ala Hospitalar com uma enorme dor de cabeça.

O que tinha acontecido no jantar? Só lembro de receber a carta da mamãe dizendo… AI MEU MERLIN! O garotinho do meu sonho… Merlin, não pode ser. Bom, eu nunca tinha visto o filho do tal amigo do meu pai, mas tudo se conectava com o sonho. Tudo.

Meu pai… meu pai estava falando mal de Você-Sabe-Quem. Eles o mataram. Depois foram atrás da minha mãe, e agora vão me matar.”

Eu sabia que tinha sido real, algo me dizia que os dementadores não tinham nada a ver com aquilo. Meus pensamentos estavam vagando pelas lembranças do pesadelo, quando Madame Pomfrey veio colocar um copo com a água na mesinha ao lado da maca.

- Acordou, querida. Você está bem? – Perguntou docemente.

- Estou! Madame Pomfrey, a quanto tempo eu estou desmaiada? – Percebi que a luz do sol entrava pelas janelas. – Lembro que quando desmaiei ainda era noite…

- Você só ficou desmaiada algumas horas. – Falou me dando o copo. – Avisei aos seus professores que ficaria mais um tempo aqui, pelo menos até a dor de cabeça passar. – Assenti. – Ah, quase ia esquecendo. – Disse se dirigindo a uma pequena sala. Alguns segundos depois, voltou para meu lado trazendo um jarro com flores. Tulipas! – Seu amigo deixou isso aqui hoje de manhã.

- Neville? – Perguntei pegando as flores.

- O sr. Longbottom? Não. – Olhei pra ela confusa. – Quem deixou as flores foi o sr. Malfoy… - Foi quando eu vi um bilhete no meio das flores.

- Hum, obrigada Mandame Pomfrey! – Disse sorrindo.

Porque ele mandou flores? Porque esse romantismo todo? Sabe de uma coisa, vou ler logo o bilhete, a curiosidade está me matando!

“Oi. Sou horrível nisso. Ignora o que escrevi antes, ok? Bom, você está bem? Nossa, que pergunta idiota de se fazer, até porque a queda foi meio feia, ninguém teve tempo pra reagir ou coisa do tipo… É… Vou direto ao ponto. Preciso falar com você, se puder me encontre na Torre de Astronomia, às 20hrs.

Te espero lá,

D.M”

Eu não vou. Não posso! Desde o bei… desde o que aconteceu no corujal eu mal conseguia olhar nos olhos dele, quanto mais ter uma conversa ou sei lá o quê sozinha com ele. Tinha quase certeza de que seria controlada pelos impulsos e me arrependeria do que podia acontecer depois… Mas o que não conseguia entender é que no fundo, eu queria aquilo, queria encontrá-lo, nem que fosse para dar uma basta nisso tudo. O problema é que não sei como vou fazer isso, como vou conseguir passar pelos Carrow? Que falta faz o Harry e sua Capa da Invisibilidade…

……….

Já era hora do jantar e Madame Pomfrey tinha acabado de me liberar. Graças a Merlin, não aguentava mais ficar sentada naquela maca sem fazer nada… Assim que sai de lá, fui em direção ao Salão Principal, tinha decidido que não ia falar nada pra Gina ou Luna, era melhor… Afinal elas já têm seus próprios problemas, não precisavam ficar se preocupando com os meus…

- Ei, Bella! – Ouvi Luna gritar meu nome. Estava tão distraída que nem vi que ela estava sentada junto com Gina na mesa da Grifinória.

- Oi, gente! – Sentei, e notei que o Neville não estava com elas. Que estranho! – Cadê o Neville?

- Ah, ele disse que tinha que fazer umas coisas. – Explicou Gina. – Relacionadas a AD. – Sussurou. – Como está a cabeça?

- Tô bem. A dor de cabeça passou!

- Mas, o que tinha na carta de tão grave a ponto de você desmaiar, Bella? – Perguntou Luna, preocupada.

Não via razão de esconder isso das duas. Até porque, já estava escondendo muitas coisas delas… - É que um dia desses, eu tive um sonho… – Contei à elas sobre o pesadelo, o que a carta da minha mãe dizia e minhas suspeitas de que o sonho tinha sido real. Elas ficaram tão espantadas com o que eu disse, que não conseguiram falar nada.

- Mas, se isso aconteceu mesmo, como você acha que conseguiu ver? – Perguntou Gina.

- Eu não sei Gina. – Estava completamente confusa, não conseguia achar respostas. Estava tentando achar algo para dizer, quando percebi uma movimentação vinda da mesa da Sonserina. Quando me virei não fiquei nem um pouco surpresa. Vi Draco saindo do Salão Principal, vi também quando ele lançou um olhar discreto na minha direção. – Meninas tenho que ir.

- O quê? Ir pra onde? Ficou doida? – Perguntou tentando me fazer sentar.

- Depois eu explico. – Disse me soltando.

Corri até a Torre de Astronomia, pra parar assim que cheguei nas escadarias, hesitando. Desde quando eu sou essa idiota que fica insegura só porque vai falar com um garoto? Ainda mais um garoto que odeia?

Respirei fundo e comecei a subir o lance de escadas. A cada passo que dava meu estômago se revirava de um jeito insuportável. Finalmente, as escadas acabaram e pude vê-lo. Estava de costas pra mim, perto de uma das janelas olhando pro céu. Estava tão absorto em seus pensamentos que nem percebeu minha presença.

Respirei fundo algumas vezes antes de dizer: - Pediu pra eu vir aqui? – “É, sou idiota!” Ele se virou assustado. – Desculpa, não queria assustar você!

- Não precisa pedir desculpa… - Falou baixinho. – Queria falar com você. Na verdade, queria explicar o que houve no corujal.

- É, achei que fosse sobre isso…

- É, bem. Queria pedir desculpa pelo que aconteceu lá e dizer que eu meio, que agi por impulso. – Falou nervoso. Éramos dois…

- Tudo bem. Não tem problema! – Falei passando a mão no cabelo. Fazia isso quando estava nervosa. – Era só isso?

Ele ficou olhando pra mim. Depois olhou ao redor e disse: - Foi aqui…

- O que? – Perguntei confusa.

- Seu avô. Foi aqui que Snape o matou. – Agora entendi. E de repente a lembrança daquela noite me veio a cabeça, o corpo do meu avô jogado lá embaixo, meus olhos marejaram e não pude impedir as lágrimas de caírem. Ele percebeu o que disse e veio até mim. – Ai Merlin, eu só falo besteira. – Disse me abraçando. – Desculpe! – Deixei-me levar por aquele abraço e chorei como nunca havia chorado antes. Não na frente de alguém fora minha mãe. Fiquei apenas chorando por vários minutos enquanto ele me reconfortava. Ficamos assim até dar o toque de recolher.

- Tenho que ir. – Falei tentando me recompor.

- Eu também. – Concordou. – Então, até amanhã!

- Até! – Fui direto para o Salão Comunal, tomando cuidado para não ser pega pelos Carrow e nenhum dos professores. Consegui chegar lá sem nenhum problema ou interrupção. Caminhei até o dormitório das meninas e achei Gina sentada na cama com uma postura séria segurando um papel. O que será que aconteceu?

- Gina, tá tudo bem? – Perguntei preocupada. Assim que me viu, seu rosto adquiriu uma expressão de incredulidade. Ela ergueu o papel no ar e reconheci logo de imediato o que era, o bilhete de Draco.

- Quando você ia me contar? – Perguntou muito, muito irritada. É, eu estava ferrada!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! E POR FAVOR, mandem reviews. Preciso saber se você estão gostando ou não.
Até o próximo xx