A Última Dumbledore escrita por Baggins


Capítulo 33
EPÍLOGO


Notas iniciais do capítulo

É com muito aperto no coração que posto o último capítulo.



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A manhã do dia primeiro de setembro chegara rápido. Pareciam horas desde que a carta de admissão em Hogwarts havia chegado para Scorpius, mas também, parecia até que foi ontem que estava indo dar à luz o bebê mais lindo da face da Terra.

– Scorpius, levante-se. – Chamei, chegando a porta de seu quarto. Ele nem sequer se mexeu. – Vamos! – Ouvi um murmúrio do tipo: “Só mais cinco minutos.” Normalmente, o deixaria dormir mais esses minutinhos, mas não hoje. Então, optei por outros métodos. – Olha lá, a Rose chegou! – Aquilo teve o efeito desejado. No mesmo instante em que disse o nome da filha do Rony e da Mione, ele levantou-se da cama, com um pulo. Olhou ao redor e quando entendeu o que fiz, reclamou.

– Ah, mãe. Fala sério! – Ele não podia estar mais aborrecido.

– Depois ainda diz que não gosta dela… - Resmunguei, fazendo-o jogar uma almofada em mim. – Vá tomar banho, senão, não chegará na Plataforma à tempo de rever sua namorada.

– Ela não é minha namorada! – Resmungou andando para o banheiro. A verdade, era que eu sabia que ele tinha uma quedinha por ela, desde o dia em que o levei até à Toca. Mas essas brincadeiras sempre ficavam entre nós.

Enquanto ele tomava banho, me dirigi ao meu quarto com a intenção de acordar o preguiçoso-pai. Vesti o robe por cima da camisola e deitei em cima de meu marido. Ele se remexeu em baixo de mim, mas não acordou.

– E ainda fala que o filho é preguiçoso… - Essa foi uma das muitas coisas que Scorpius herdou do Draco. Às vezes, duvido que ele é meu filho. O garoto não tem nada meu na aparência. Cabelos loiros, olhos cinzentos, o rosto pálido e pontudo, tudo do pai e do avô. Mas claro, puxou a inteligência da mãe. – Draco. – Chamei ainda em cima dele.

– Sim? – Murmurou.

– Pode acordar agora.

– Não, obrigada.

– Vai mesmo perder de ver seu filho embarcando no Expresso de Hogwarts pela primeira vez? – Arregalou os olhos e jogou-me pro lado. Em outras palavras, fui jogada no chão. – O dia já está começando bem! – Reclamei.

– Desculpe! – Pediu, ajudando-me a levantar. – O Scorp já levantou?

– Já, graças à mim! – Disse, masageando o braço.

– Certo… Vou tomar banho! – Virou-se, mas puxei seu braço impedindo-o de andar.

– Nada disso. – Falei, puxando-o para mais perto. – Você vai lá embaixo, dizer aos elfos o quê fazer para o café da manhã, enquanto eu, vou estar tomando um banho quente e demorado. – Dei-lhe um selinho e me dirigi ao banheiro.

– O que peço para fazerem? – Uma bela vingança pela queda que me fez levar.

– Se vira! – Disse, piscando para ele.


Depois de um longo e merecido banho, escolhi a roupa e sentei na cama esperando pelo café da manhã.

– Mãe, a senhora não devia estar lá na cozinha? – Scorp perguntou quando me viu no quarto sem fazer nada.

– Seu pai está lá.

– Ótimo… Ovos mexidos e suco de laranja no café da manhã. – Resmungou, sentando-se ao meu lado. Ficamos um longo tempo, apenas olhando para o nada. – Mãe.

– Sim? – Percebi o quanto ele estava vermelho. Era algo relacionado à Rose.

– A senhora acha que a Rose gosta de mim? – Viu, conheço o filho que tenho.

– Não sei… Mas quem não iria gostar de você? – Respondi. – E, se caso a resposta for não, não precisa ficar triste. Por exemplo, seu pai e eu não foi amor à primeira vista.

– Não?! – Perguntou, confuso.

– Com certeza não. Eu o odiava, para falar a verdade! – Esclareci.

– Eu também. – Ouvi uma voz às minhas costas. Draco entrou no quarto e sentou à minha direita.

– É como dizem então, às vezes o ódio vira amor?

– Algumas vezes, sim. – Concordei, olhando para Draco, que me deu um beijo.

– Eca! – Scorpius reclamou. – Por favor, não na minha frente. – Rimos.

– Vai tomar banho. – Empurrei Draco na direção do banheiro.

– Estou morrendo de fome. – Scorpius reclamou.

– Vão comendo. Daqui a pouco, chego lá. – Draco falou.


***


– Scorpius, vamos logo! – Apressei.

– Calma, mãe. – Respondeu. – Preciso de ajuda com o malão.

– Estou indo. – Draco subiu as escadas e ajudou Scorpius com o malão.

– Finalmente. – Resmunguei.

Como nem eu, nem Draco, sabíamos dirigir, íamos à Plataforma aparatando. O que nos deixou bem mais tranquilos e devagar, mas, Scorpius resolvera atrasar mais que o normal. Ou seja, estavamos atrasados.

Aparatamos na Plataforma cheia de pessoas andando de um lado para o outro. Era normal bater em alguém ou quase parar no chão.

– Olhem eles ali. – Acenei na direção de Rony e Hermione, notando o leve rubor no rosto pálido de Scorpius. – Oi. – Abraçei meus amigos e virei-me na direção de Hugo e Rose. – Meu Merlin. Como vocês cresceram! Daqui a pouco vão estar da altura de seu pai.

– Não é para tanto, tia Bella. – Rose disse, me abraçando. – Oi, Scorp!

– Oi, Rose. – Respondeu num tom baixo. O rubor ainda queimando sua face.

– E cadê o Harry e a Gina? – Perguntei.

– Estão chegando. – Rony apontou para algum ponto atrás de mim.

– Tia Bella! – O mais velho dos Potter me cumprimentou com um abraço apertado.

– Que saudade. – Falei, abraçando cada um deles.

– Malfoy. – Harry cumprimentou Draco.

– Potter. – Era estranho. Mesmo eles sendo “amigos” agora, continuavam chamando um ao outro pelo sobrenome.

Colocamos o assunto em dia, enquanto as crianças brincavam. Em algum momento, Tiago que havia desaparecido, voltou, cheio de entusiasmo.

– Teddy está lá atrás… - Disse, sem fôlego. – E sabe o que está fazendo? Se agarrando com a Victoire! A nossa Victoire! Então, eu perguntei para ele o que estava fazendo…

– Você interrompeu os dois? – Gina perguntou. – Você é igualzinho ao Rony… - Ri.

– … ele disse que tinha vindo se despedir dela e me mandou dar o fora. – Continuou.

– Seria ótimo se eles se casassem! – Sussurrou Lílian, agarrada à mim. – Então, o Teddy ia realmente fazer parte da nossa família!

– Ele já aparece para jantar quatro vezes por semana. – Disse Harry. – Porque não o convidamos para morar de uma vez conosco?

– É. – Tiago concordou, animado. – Eu não me importaria de dividir o quarto com o Alvo…

– Não. – Disse Harry. -, você e Al só dividirão um quarto quando eu quiser ter a casa demolida.

– Já são quase onze horas. – Disse Draco, consultando o relógio. – É melhor embarcarem.

Scorpius me deu um abraço rápido e correu na direção do trem.

– Scorpius Hyperion Malfoy. – Gritei.

Ele correu de volta para o meu lado reclamando. – Podia me fazer passar mais vergonha, mãe!

– Se fizer aquilo outra vez, faço pior. – Disse, com firmeza. – Agora, fale comigo e com seu pai direito.

Abraçou o pai. – Não esqueça do que falamos sobre as garotas… - Draco falou.

– Pode deixar. – Eles trocaram um sorriso cúmplice e virou-se para mim.

– Que história é essa? – Perguntei.

– Nada demais, mãe. – Falou, abraçando-me.

– Lembre-se do que falei. – Disse, ajeitando sua roupa. – Atenção nas aulas e cuidado. Neville vai me manter informada sobre o que você faz lá dentro. – Falei.

– Tudo bem! – Resmungou. – Vão escrever para mim, não vão?

– Todo dia. – Brinquei.

– Todo dia não… - Reclamou. – Uma vez por mês.

– Prometemos. – Draco falou.

Obeservei enquanto ele entrava no trem, junto com Rose e Alvo. Sorri com lágrimas nos olhos, e acenei.

Com sorte, eles teriam uma infância menos tumultuada que a minha.



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Notas finais do capítulo

Obrigada a todos os leitores ~fantasmas ou não~ que acompanharam a fic até o fim. AMO VOCÊS! De verdade. Obrigada também à quem deixou recomendação.
Então é isso. OBRIGADA MESMO, E ATÉ A PRÓXIMA AMADINHOS ;)