A Última Dumbledore escrita por Baggins


Capítulo 31
A Batalha de Hogwarts


Notas iniciais do capítulo

Qualquer erro, peço logo desculpas.



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As explosões continuavam, mas nenhum feitiço era capaz de ultrapassar a barreira. Apesar de tudo isso, minha cabeça estava em outro lugar, e por causa disso, não conseguia me concentrar na multidão de Comensais que estava à minha frente ou no que Neville estava fazendo. Minha cabeça tentava achar possíveis lugares onde ele podia estar. O Draco.

– Está me ouvindo? – Escutei Neville gritar.

– Desculpa. – Falei. – O que você falou?

– Disse para você voltar para o colégio. Deixa que eu fico aqui. – Respondeu.

– Tem certeza? – Não achei uma boa ideia. – Eu posso ficar aqui com você, sem problemas.

– Não. Acho melhor você voltar! – Falou. Me abraçou. – Vai. Te vejo daqui a pouco.

– Tudo bem. – Dizer que andei de volta para o colégio iria ser mentira. Praticamente corri. Queria ficar o mais longe possível de todos aqueles Comensais que olhavam para mim como se fosse seu próximo alvo. O que, na cabeça deles, era verdade.

– Cadê o Neville? – Gina perguntou, assim que cheguei ofegante no começo da ponte.

– Ficou para proteger a ponte do outro lado. Mas garantiu que no primeiro sinal de destruição da barreira, vem correndo para cá. – Falei.

Depois disso, esperamos. Pareceram horas, até que uma explosão, maior que as outras, pareceu sacudir Hogwarts inteira. E, para meu total desespero, vi que a barreira começava a se deteriorar. O que parecia pequenos pedaços de fogo caiam sobre nós.

Olhei para a ponte. Nenhum sinal de Neville. O que aquele idiota estava esperando? Porque ele não veio, para, assim, podermos explodí-la? Ouvimos gritos e o som de pessoas correndo. Os Comensais estavam atravessando a ponte. Mas nada de Neville. Feitiços eram disparados por todos os lados e a ponte começou a cair. O que Neville tinha na cabeça, achando que explodir a ponte agora seria a melhor ideia?

Foi quando, finalmente, ele apareceu. Seguido pelos Comensais. A ponte atrás dele estava quase o arrastando para as profundezas, assim como fez com os Comensais. E ele caiu.

– Neville. – Gina e eu gritamos juntas. As duas chocadas demais para ver o que havia acontecido. Ele não podia ter caído.

Uma varinha foi praticamente jogada para cima, e Neville se segurou no pedaço que restou da ponte. Suspirei. Ele havia se safado dessa. – Deu certo. – Falou. Uma risada escapou de meus lábios, tamanho era o meu alívio.

– Vem, seu idiota! – Puxei-o para cima, juntamente com Gina. – Quer morrer antes da hora é? – Brinquei.

Ele virou, meio sonso. – Deu certo.

– É salvador da pátria, deu certo. Agora vamos. – Andamos na direção do castelo que estava um caos. Explosões e feitiços de um lado à outro. – Precisam de nossa ajuda.

***

Realmente precisavam de nossa ajuda.

A Entrada Principal estava completamente destruída. A professora McGonagall estava colocando todos para dentro da escola, com a intenção de protegê-los, mas nem isso estava adiantando. Os Comensais já avançavam, as estátuas não davam conta de tantos Comensais e Gigantes.

Estupefaça! – Gritei, e o Comensal caiu antes que pudesse ao menos chegar na Entrada.

– Isabella! – Minerva gritou e vi que fazia gestos na direção do castelo. Corri em sua direção, enquanto tudo ao meu redor explodia.

– Onde está o Harry? – Consegui perguntar em meio aos feitiços que lançávamos.

– Não sei. Ainda está procurando alguma coisa… - Minerva respondeu com muita dificuldade. – Petrificus Totalus. – Percebi que muitos dos feitiços que Minerva lançava não causava danos permanentes nos Comensais.

Algo no fundo da minha mente insistia em dizer que o Harry poderia estar na Sala Precisa.

– NEVILLE! – Gritei. Ele virou-se apressado.

– O que foi? – Perguntou, rapidamente, logo voltando a duelar com Comensais.

– Preciso ir na Sala Precisa! – Falei. Enquanto derrubava um Comensal.

– Sozinha? – Preocupou-se.

– É. – Corri para as escadas.

Parecia que a cada passo que eu dava, mas longe estava do sétimo andar. “Encontrei” com vários Comensais no meio do caminho, já havia ganhado milhares de cortes e arranhões, uns obras deles, outras dos escombros espalhados pelo chão.

Depois de séculos, subindo escadas, chego no sétimo andar, somente para esbarrar em alguém. Saquei a varinha antes mesmo de enxergar a pessoa. E levei um susto ao vê-la.

– Draco?! – Falei com a voz falhando. Ainda não tinha abaixado a varinha.

– Bella. – Falou. Ele estava com as mãos voltadas para cima, como um gesto de rendição. – O que faz aqui? – Perguntou.

– Vim procurar por Harry. – Esclareci. – Você o viu? – Perguntei.

– Sim, estava na Sala Precisa. – Respondeu. Passei por ele, correndo na direção da Sala, mas ele me segurou pela cintura, me impedindo de dar mais algum passo. – Não entra lá. – Virou-me fazendo ficar de frente para ele, seu rosto apenas alguns centímetros de distância do meu.

– E porque não? – Perguntei, tentando ignorar os batimentos frenéticos do meu coração.

– A Sala pegou fogo. – Disse.

– Você pôs fogo na Sala Precisa? – Perguntei espantada.

– Não. E quase ia morrendo, se o Potter não me salvasse. – Falou, ainda me segurando.

– E onde ele está agora?

– Não sei. – Respondeu. Passamos um tempo apenas olhando um para o outro.

– Pode me soltar agora. – Sussurrei.

– Bella. – Ele sussurrou, perto do meu ouvido. Um arrepio passou por minha espinha.

– Pode me soltar. – Repeti. Ele afrouxou o aperto, mas não me soltou completamente. – Obrigada!

– Que lindo! – Alguém falou às minhas costas. Virei e dei de cara com Dolohov. – Que casal mais adorável. Pena que… - Foi interrompido por uma explosão que sacudiu toda a escola.

Joguei-me no chão e senti o peso de um corpo em cima do meu. Consegui me virar em baixo de todos aqueles escombros e vi que esse peso era Draco. Ele havia pulado para tentar me tirar do caminho da explosão.

Levantou e puxou-me. – Obrigada. – Disse.

– Disponha. – Respondeu. Virou para ir embora, imagino. Meu coração parou por meio segundo.

– Draco! – Corri e abraçei-o. Meus olhos marejaram. – Desculpe. – Sussurrei.

– Pelo quê? – Perguntou, apertando seus braços ao redor de mim.

– Por não te ouvir. – Respondi. – Por te julgar antes de saber suas razões. – Parecia que nada mais existia, parecia que não havia batalha nenhuma ao nosso redor. – Desculpe.

Ele não disse nada, apenas levantou meu queixo e deixei me levar mais uma vez pelos seus olhos acizentados. E, sem dizer mais nada, me beijou. Sei que não era o momento certo para aquilo, mas não tive forças para fazer algo além de corresponder ao beijo. Parecia séculos desde a última vez que o beijei.

Reuni todas as forças que podia e me separei dele. – Preciso ajudar os outros.

– Vou com você. – Falou.

– Como é? – Então ele veio para o nosso lado…

– Vamos, quero ajudar! – Puxou-me pela mão, e descemos as escadas.

Paramos de andar assim que ouvimos a voz de Voldemort falar, assim como havia falado antes. “Vocês lutaram, valorosamente. Lord Voldemort sabe valorizar a bravura. Vocês sofreram pesadas baixas. Cada gota de sangue mágico derramado é uma perda e um desperdício. Então, ordeno que minhas forças se retirem imediatamente. Enquanto isso, deêm um destino digno aos seus mortos. Cuidem de seus feridos.” Draco e eu nos entreolhamos. “Eu me dirijo agora diretamente a você, Harry Potter. Você permitiu que seus amigos morressem em lugar de me enfrentar. Esperarei uma hora na Floresta Proibida. Se ao fim desse prazo, você não tiver vindo ao meu encontro, matarei até o último homem, mulher ou criança que tentou escondê-lo de mim. Uma hora.”

Esperamos mais um pouco, até ter certeza de que todos os Comensais haviam ido embora.

Descemos até o Salão Principal, e meu coração parou ao ver a movimentação nele. Além de todos os corpos feridos ou mortos no chão. Foi quando vi um amontoado de pessoas ruivas parada perto da parede. Corri para lá.

Assim que me viu Gina me abraçou. – Bella. – Não consegui aguentar ver minha amiga daquele jeito, e chorei com ela. – Porquê? Logo o Fred… - Senti como se um pedaço de mim tivesse sido arrancado. Mas uma vez. Fred e Jorge faziam minha alegria, ver aqueles dois juntos me fazia sorrir e esquecer de todos os problemas que tinha.

Abraçei Jorge que chorava como ninguém. Tinha certeza que um dos que mais sofriam ali era ele. Não conseguia ver Jorge sem Fred, assim como não consigo imaginar o Rony sem a Mione.

– Sinto muito. – Falei entre as lágrimas. Ficamos um longo tempo ali, sofrendo em silêncio. Até que vieram tirar o corpo e levar para um local mais seguro. Os Weasley foram juntos. Não havia percebido, mas Hermione também estava lá. Não vi Harry em lugar nenhum. Dei um sorriso fraco em sua direção. – Tudo bem?

– Na medida do possível. – Respondeu com tristeza nos olhos. – Vou ver como o Rony está. – Dizendo isso, saiu na mesma direção que os Weasley tomaram. Virei-me na direção das escadas e sentei em um dos degraus. Draco veio para o meu lado, colocou-me em seu colo e me embalou. Deixei-me levar por aquele gesto e chorei. Chorei pela situação que nos encontrávamos, pelas perdas que sofri, por tudo. Acima de tudo, por não saber o que me aconteceria, ou a Draco, ou a meus amigos. Doía não saber de nada.

Depois de muitas lágrimas derramadas e palavras de consolo, uma agitação na Entrada Principal chamou nossa atenção. Corremos para ver o que era.

Uma massa de Comensais da Morte se aproximava, juntamente com o causador de tudo isso, Voldemort. E também havia Hagrid, preso por cordas e que segurava alguém. E pela centésima vez naquele dia, meu coração quase parou ao perceber quem era. Era Harry, desacordado.

Era Harry. Sem vida.

Ele estava morto.



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Notas finais do capítulo

Gente, peço mil desculpas, mas não sei quando poderei postar o próximo. Fiquei na recuperação em três matérias e em uma delas vai ser muito difícil recuperar (adivinhem qual... MATEMÁTICA, claro).
Desculpas, e até o próximo
xx.



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