A Última Dumbledore escrita por Baggins


Capítulo 27
Minhas novas cicatrizes


Notas iniciais do capítulo

Mais um,
xx.



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Empurrei Draco, tirando-o de cima de mim e levantei.

- Perdão? – Falei. – Não entendi o porquê de termos que ir à sala do diretor. Foi porque eu estava aqui estudando, ou por causa da inveja dessa idiota?

- Você vai ver. – Pansy partiu para cima de mim. Mas Amico a segurou pela cintura, enquanto essa se debatia e gritava coisas para mim. – Me aguarde! – Falou quando acalmou-se.

- Como é que é? Isso é uma ameaça. Sua vaca! – Foi a minha vez de gritar certas verdades na cara daquela Bulldog. Ela, infelizmente, correu.

- A senhorita poderia fazer o favor de se acalmar, e me acompanhar até a sala do diretor? – Amico falou, impaciente.

- Tenho escolha? – Amico fez que não com a cabeça. – Então, tudo bem. -  Concordei, enquanto Amico conduzia Draco e eu.

Caminhamos em silêncio até a sala do diretor. Não que estivesse com medo, ou coisa parecida. Mas porque sabia que Snape não iria retirar a detenção, que com certeza eu iria ganhar. Bem, eu e Draco…

- Comensal da Morte. – Revirei os olhos. Porque as senhas são tão idiotas? Agora, tinha saudade das antigas. – Podem subir, vão encontrar o diretor lá em cima.

- Não me diga… - Resmunguei, e vi Amico fazer careta diante de minha resposta. Subimos e bati na porta.

- Podem entrar. – Ouvimos o resmungo do outro lado da porta. Snape levantou os olhos do pergaminho e arqueou as sobrancelhas. – Porque não estou surpreso de ver a senhorita aqui?

- Boa Tarde para você também, Snape. – Resmunguei.

- Diretor. – Corrigiu-me. Revirei os olhos. – Então, posso saber o motivo de estar aqui?

- Amico não avisou? – Perguntei. Percebi que Draco não falava nada.

- Falou, mas queria saber se o que ele disse era verdade… - Comentou.

- Deve ser, até porque, vocês, Comensais da Morte, sempre falam a verdade. – Provoquei.

- Bella! – Draco alertou. Tinha esquecido que ele também era um. Mas não podia retirar o que já havia dito.

- Enfim, vamos pular a parte em que a senhorita expõe sua opinião sobre os Comensais. – Snape falou. – Como já havia dito, não poderia retirar mais uma de suas detenções. Portanto, cumpriram detenção com Aleto, amanhã a noite.

- Com a Aleto? – Draco perguntou. Estava tão perplexo quanto eu.

- Exato. – Snape falou, inexpressivo.

- Mas, porquê? – Perguntei.

- Sem comentários, por favor! Já fiz o que podia para lhe ajudar. Não posso fazer mais nada. – Snape falou. – Agora, se puderem sair.

- Claro! – Draco falou, puxando-me. – Não acredito que peguei uma detenção. E logo com a Aleto!

- Pois é. Se eu já achava que estava ferrada, agora… - Comentei. – Tudo culpa da Parkinson. Só de pensar naquela garota… Argh!

- Não é culpa dela. – Draco falou. Parei de andar e olhei para ele.

- Como é que é? – Ele deu conta do que disse, e passou a mão no cabelo. – Vai defender ela agora, Draco Malfoy? – Perguntei.

- Ai, Bella. Esqueça! – Virou-se e começou a andar. Mas antes de ir muito longe, entrei na sua frente.

-Esquecer nada. – Falei. – Vai ficar defendendo a Bulldog?

- Não estou defendendo ninguém! Só disse que não foi culpa dela. Está sendo injusta. – Apressou a se explicar. – Esse seu ciúme é ridículo!

- Ah, agora, além de injusta, também sou ridícula. – Falei. – Vou me lembrar disso! – Sai andando, mas ele agarrou meu braço.

- Olhe, não quis dizer isso. Você não entendeu…

- Entendi sim. – Disparei. – Vejo você na detenção amanhã. – Subi as escadas, na direção do Salão Comunal da Grifinória. A verdade, é que não tinha paciência de assistir aula nenhuma.

***

O jantar parecia delicioso, mas não estava com fome. Então, deixei os elogios por parte da Gina e Neville. Logo, as corujas chegaram. Com cartas, exemplares, etc.

Folheei meu exemplar do Profeta Diário, com um objeto: Chegar na parte onde anuciavam as mortes. Meu coração quase parou, quando vi o nome dele. Henry.

- Não! Não! Não! – Praticamente gritei. Atraindo muitos olhares.

- Bella, o que foi? – Neville perguntou.

Me levantei e corri até o sétimo andar, procurei um pergaminho e a pena. Não podia ser verdade. Não podia! Henry não pode estar morto. Não! Eu o tinha visto faz pouco tempo, ele não pode estar morto.

Escrevi uma carta direcionada a ele, prendi na perna de Mel, e fiquei vendo enquanto ela ia embora.

Arranjei coragem e peguei o jornal para ler o suposto motivo da morte.

Pelo que dizia ali, a causa foi uma morte natural. Eu sabia que não! Provavelmente, os Comensais o pegaram e o mataram.

- Bella, o que aconteceu? Porque saiu correndo? – Gina entrou no quarto correndo.

Só estendi o jornal e apontei para a matéria. Ela leu, e logo olhou para mim.

- Henry. Não é aquele seu amigo? – Apenas assenti. – Sinto muito.

- Não sei se vou aguentar perder mais alguém. – Falei. – Parece que a mais prejudicada pela guerra sou eu. Perdi meu avô, minha mãe, o Henry, não sei se a Luna está viva ou não… Não sei se vou suportar perder mais alguém.

- Eu sei. – Gina falou. – Mas, lembre-se, você é forte. Acho que a pessoa mais forte que conheço. Não sei se conseguiria passar por tudo que você passou! Te admiro por isso.

- Obrigada, ruivinha! – Agradeci. Tentando segurar as lágrimas. – Agora, vou para minha detenção!

- Boa sorte com a Aleto. – Falou.

- Vou precisar. Tchau. – Sai do quarto na esperança de que minha detenção me fizesse esquecer do ocorrido. Doce ilusão!

***

Cheguei na sala na hora combinada. Draco já estava lá, e infelizmente, Aleto também.

- Sente-se! – Aleto mandou.

Sentei ao lado de Draco, que estava com uma aparência horrível, não sei porquê. Ficamos nos encarando por um momento, até que desviei o olhar e passei a reparar no que Aleto estava fazendo. Ela colocou sobre a mesa um pedaço de pergaminho e uma pena. Eu conhecia aquela pena, a mesma que Umbridge usara com os alunos no quinto ano. Tentei não me desesperar.

- Pode começar a escrever. – Aleto falou.

-Escrever o quê? – Perguntei com raiva. – Não devo mais pegar detenção? – Falei, sabendo que ela ia ficar com raiva.

Ela pensou um pouco. – Não. Tenho algo mais original. – Chegou perto de mim e sussurou no meu ouvido. – Pode ser? – Perguntou com um sorriso perverso nos lábios.

Juntei todas as forças para não chorar. – Sim. – Percebi que Draco me olhava querendo saber o que iria escrever. Ignorei. Não precisava saber agora, pois daqui a alguns minutos, era só pegar minha mão e olhar as cicatrizes.

Comecei a escrever. Já escrevia pela segunda vez, quando a dor começou. Me obriguei a continuar sem nem olhar para minha mão. Não iria dar esse gostinho a Aleto, por mais que soubesse que ela sabia exatamente como estava me sentindo. Dolorida, triste.

Depois de longos minutos de tortura, Aleto disse:

- Podem parar. – Falou. Fiquei tão aliviada que deixei a pena cair no chão. – E que isso sirva de lição!

***

Já estava quase no dormitório quando Draco me alcançou.

- Ei, você está bem? – Falou, passando a mão pelas suas novas cicatrizes.

- Estou. Só… - Falei. Precisava me abrir, e porque não com ele? – Só acho que A             leto pegou pesado dessa vez.

- O que ela fez você escrever? – Ele perguntou, pegando minha mão delicadamente. Arregalou os olhos quando viu o que tinha escrito:

“Alvo Dumbledore, Blythe Dumbledore, Henry Castello.” Como um lembrete, vermelho em minha pele.


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Notas finais do capítulo

Então, obrigada a vocês que vem deixando reviews sempre, adoro vocês. E lógico, meus outros leitores também.
DEIXEM REVIEWS! KKK
xx.



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