A Última Dumbledore escrita por Baggins


Capítulo 26
Uma razão para continuar vivendo


Notas iniciais do capítulo

DESCULPA A DEMORA, DESCULPA DESCULPA.



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Sabe aqueles dias que você sente que não será bom? Era o que eu sentia. Até Draco começar a tentar de tudo para que meu dia não fosse ruim. Acho que os dois tinham achado uma razão para continuar vivendo, afinal. Mas juro que aquele garoto fica mais meloso a cada dia…

Fomos para os jardins no nosso tempo livre, escolhemos uma árvore, sentamos e acomodei-me em suas pernas. O tempo não estava dos melhores, mas pelo menos, não tinha que me preocupar com os dementadores.

- Então, o que vamos estudar? – Perguntei. – Adivinhação, Feitiços ou Artes das Trevas? – Parei. – Bem, esse último já está fora de questão… - Ele não respondia. Levantei o rosto e encontrei dois olhos cinzas me observando. – O que foi? – Deu de ombros. Ajoelhei-me na sua frente. – O que foi? – Repeti. Sem resposta. – Draco. Draco!

- Calma. Estou ouvindo. – Respondeu.

- E porque não responde?

- Estava pensando. – Esperava que ele continuasse, mas só houve silêncio.

- Em? – Perguntei.

- Nada. Er… Deixa para lá!

- Deixa para lá coisa nenhuma! Você começou, agora termine. – Pressionei.

- Ok. – Respirou fundo e falou. – Estava pensando se você não queria estudar em outro lugar sabe…

- Onde? Biblioteca? – Perguntei.

- Não. Er… na verdade, pensei no meu quarto. – Assim que disse isso, tive certeza que fiquei vermelha.

- Como é? – Tentei disfarçar a surpresa em minha voz.

- Ei, você não queria estudar? Então, porque não lá? – Perguntou.

- Eu quero estudar, mas lá é, sei lá. Não é muito particular? – Falei. – E depois, não é proibido uma garota entrar no dormitório masculino? – Tentava de todo jeito arrumar uma desculpa para não ir.

- Na verdade, os garotos são proibidos de entrar no dormitório feminino. E, que eu saiba, não existe nenhuma regra impedindo as garotas… - Fiz careta. – Vamos Bella! Prometo que não farei nada.

- Promete? – Perguntei.

- Prometo. – Fez cara de anjinho.

- Ai vamos! – Levantei e puxei sua mão. – O que não faço por você… - Resmunguei.

***

Assim que chegamos na porta do Salão Comunal da Sonserina, parei.

- Que foi? – Draco perguntou.

- Não é melhor você entrar primeiro? Olhar se tem alguém ai dentro? – Perguntei. Olhando agora, a situção parecia tão ridícula quanto as roupas da Umbridge.

- Está com medo?

- Não, Draco Malfoy. – Falei. – Só acho que não seria adequado verem uma Grifinória entrar no Salão Comunal da Sonserina ou pior ainda, no seu quarto. – Acrescentei em seu ouvido. – Até porque, você sabe como as notícias rolam aqui em Hogwarts.

Ele pareceu hesitar. – Tudo bem. Coloca isso! – Disse, enquanto tirava sua capa e me dava. Tirei a minha e entreguei a ele, que a colocou na bolsa. – Prende o cabelo.

- Porquê? – Odiava prender o cabelo.

- Vai entrar no dormitório masculino. Se não quer boato nenhum tem que fingir ser um garoto. Prende o cabelo! – Repetiu. Sabendo que ele estava certo, prendi o cabelo. – Pronto, agora isso. – Puxou o capuz cobrindo meu rosto. – Ótimo, vem!

Ele disse a senha ao retrato e entramos, não havia ninguém lá dentro. Claro que não, todos estavam em suas aulas enquanto nós estavamos ali fazendo o que, provavelmente seria a coisa mais idiota que alguém poderia fazer. Subimos as escadas e entramos no quarto.

- Nossa! Arrumado, hein? – O quarto estava uma zona. Camisas espalhadas pelo chão, calças, todo tipo de roupa. – Achava que os Elfos arrumavam o quarto…

- E arrumam. Mas nós preferimos ele assim! – Deu de ombros.

- Ah claro. – Comentei e peguei uma das camisas no chão. – Isso tudo é só seu?

- Não. – Falou com ar de riso. Não entendi o porquê. – Essa camisa por exemplo é do Crabbe.

- Eca! – Joguei a camisa imediatamente no chão. O que arrancou gargalhadas de Draco. – Enfim, onde me sento nessa bagunça.

- Pode ser na cama do meio. – Falou. – Importa se eu tomar um banho antes? Estou ensopado.

- Pode ir, mas vai logo… - Falei. Ele tirou a camisa ainda na minha frente. – Exibido! – Ele riu e jogou a camisa suada em cima de mim. Soltei um urro de nojo. – Vai embora tomar banho. – Joguei a camisa de volta para ele, porém correu para o banheiro e fechou a porta antes da camisa bater nele.

Olhei para o quarto mais atentamente, tentando encontrar algo sem ser roupa suja. Foi quando vi um retrato. Draco e Narcisa. O sorriso que se abria em seu rosto era enorme, visto uma vez perdida. Narcisa estava linda como sempre. Seu rosto, muitas vezes, descrito como duro e insensível, agora transmitia uma paz capaz de fazer até o coração do homem mais cruel do mundo amolecer. Era uma foto linda! Tão linda que fiquei olhando a foto por diversos minutos.

- Tiramos essa foto nas férias. – Ouvi a voz de Draco atrás de mim. Virei-me para reclamar do susto que tive, mas parei com a boca aberta diante da cena que vi. Draco estava só de toalha.

- Será que você podia… podia colocar uma roupa? – Gaguejei. Me amaldiçoei por isso.

- Não gosta? – Provocou, indo pra cima de mim.

- Coloca logo uma roupa. – O empurrei.

Depois de longos cinco minutos de enrolação, ele finalmente decide colocar uma roupa.

- Então, agora que acabou o show, podemos estudar? – Perguntei, mal-humorada.

- Se é isso que você quer…

Estudar parecia uma boa distração, mas Draco fazia até isso se tornar impossível. Parecia que a cada segundo que passava ele ficava mais inquieto. E isso estava em irritando.

- Será que não consegue ficar quieto? – Perguntei. – Parece que tem algum problema.

- Podemos parar de estudar? Adivinhação é chato! – Falou.

- Não, não podemos. – Retruquei.

- Por favor, Bella. – Falou, beijando meu pescoço, provocando-me arrepios. – Por favor. – Sussurou. Odeio quando ele faz isso. – Por favor! – Ouvi um baque surdo. Quando olhei Draco estava atirado no chão.

- Draco, para de brincadeira! – Ele continuava parado. – É sério. Para! – Ajoelhei-me ao seu lado. – Está me assustando… - Nada. – Draco. Dra… - Não pude terminar a frase porque o idiota levantou-se e me empurrou para o chão, ficando por cima de mim. – Idiota! – Começou a fazer cócegas. – Para! Draco. Para!

- Porque eu pararia? – Perguntou.

- Por favor! – Quase não conseguia falar de tanto rir.

Graças a Merlin ele parou, já quando estava sem fôlego. Continuou em cima de mim, me olhando.

- Que foi? – Quis saber.

- Nada. – Parou. – Só… - Beijou-me antes de completar a frase.

Não pensava em nada, a não ser que se alguém nos visse estariamos encrencados. Deixei esses pensamentos vagarem por minha mente, até que ouvi a porta sendo aberta. O que não era ruim ao todo, pelo menos me tiraria da tentação chamada Draco Malfoy, mas o pior de tudo era que quem estava parado na porta era Amico e a retardada da Parkinson.

- Venham comigo. – Amico disse autoritário. – Vamos fazer uma visitinha à sala do diretor.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo, amo vocês. E OBRIGADA PELOS 101 REVIEWS ATÉ AGORA!



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