A Última Dumbledore escrita por Baggins


Capítulo 23
Perda


Notas iniciais do capítulo

Obrigado pelos reviews gente. Amo vocês!
Enfim, mais um (:



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Acordei com um bom humor que não era comum à mim, acho que pelo fato de que não houve nenhuma morte por parte de mamãe.

Assim que foram apresentados Draco teve que ir embora, porque, pelo que me disse, seus pais não sabiam que estava fora de casa, e não podia correr o risco de ser descoberto. Porém, o que mais incomodou-me foi o comportamento da minha mãe quando ele foi embora. Primeiro, soltou um suspiro de alívio e depois, simplesmente subiu e foi dormir, sem dirigir uma única palavra à mim.

Sai da cama e desci as escadas ainda de pijama. Dirigi-me à cozinha à fim de pegar um copo d’água. Vi por uma das janelas que algumas pessoas estavam indo à igreja, acho que por ser véspera de Natal…

- Mãe. – Cumprimentei minha mãe quando passei pela sala. Porém, fui ignorada. – Bom dia! – Ignorada. Tentei outra vez. – Não vai à Igreja? Sempre faz isso não é…

- É. – Respondeu.

- Hum, o que está assistindo? – Perguntei sentando ao seu lado. Ela, porém, só deu de ombros. Suspirei. – Tudo bem…

***

Não falamos absolutamente nada durante o dia. Mamãe nem olhava para minha cara. Depois de um zilhão de tentativas de aproximação desisti de tentar falar com ela, afinal era disperdício de saliva.

Quando finalmente tentei falar algo, fui impedida pelo noticiário trouxa.

“- É com tristeza que informamos o extermínio de mais uma família. – O repórter calou-se, como se realmente lamentasse as mortes. – Dessa vez, foram mortos duas crianças e seus pais, em Londres. A polícia acredita que o crime seja obra de um serial killer, o mesmo que já havia matado algumas outras famílias. Não se sabe o motivo para tal ato, mas o caso ainda está sendo investigado. Aguardem por mais notícias!”

- Você-Sabe-Quem está agindo… - Mamãe sussurou.

- Mas porque famílias trouxas? – Perguntei angustiada. – O que eles têm a ver com a guerra?

- Ele não diferencia trouxas e bruxos. Para ele, quanto mais gente matar, melhor! – Respondeu. – É um assassino!

- Tenho medo pelo que possa acontecer. – Ela olhou para mim interrogativa. – Do que possa acontecer com nossas famílias, com quem está aqui fora, desprotegido… sem alternativas, senão ficar trancado dentro de casa, à mercer da sorte!

- Eu também. Mas o que podemos fazer? – Mamãe falou. – Se sucumbirmos ao medo agora, será pior. Temos que ter esperança, essa foi a única coisa que restou para nós. Esperança no amor, esperança no Harry.

- É difícil. Não sabemos nem se ele está bem ou até se está vivo!

Mamãe deu uma risada suave. – Acho que se ele estivesse morto seria a primeira coisa que ouviríamos dos Comensais da Morte… - Tinha que admitir. A primeira coisa que Voldemort faria seria esfregar na cara de todos que o grande Harry Potter estava morto. – Pode pegar um pedaço de pergaminho e uma pena pra mim? Preciso escrever uma carta.

- Claro. Onde está?

– No meu quarto. Segunda gaveta da escrivaninha. – Respondeu.

Levantei e comecei a subir as escadas um pouquinho mais feliz do que estava há algum tempo, afinal mamãe tinha voltado a falar comigo. Estava quase no final da escada quando um arrepio subiu pela minha espinha. Não sei porque, mas um medo me atingiu.

- Esconda-se! – Ouvi mamãe sussurrar. Porém fiquei parada no mesmo lugar esperando a sensação ruim passar. – Vamos Bella, esconda-se. Agora! – Sussurou de um modo mais urgente (se é que era possível).

Não precisei ouvir mais nada, corri para o quarto dela e me joguei embaixo da cama. Ouvi o barulho da porta sendo aberta no andar de baixo.

- Que honra recebê-los aqui. – Mamãe falou com uma voz carregada de ironia. – Qual o motivo da visita?

Uma risada estridente ecoou pela casa, e logo julguei pertencer à Bellatriz Lestrange. – Traidora do Sangue… Onde ela está?

- Ela quem? – Mamãe fez-se de desentendida. – Não sei de quem está falando.

- Não sabe… - A voz de Bellatriz era carregada de desdém. – Olha só, ela não sabe onde está própria filhinha! – Ouvi risadas de outros Comensais, supus. – ONDE ELA ESTÁ? – Gritou.

- Eu não sei. – Mamãe respondeu.

- Vamos lá em cima, então você poderá nos ajudar. Imperio! – Só de saber que tinham usado uma maldição imperdoável em minha mãe uma raiva descomunal me atingiu. Ouvi a porta do quarto abrir e me encolhi ainda mais embaixo da cama. – Ela está aqui? – Bellatriz perguntou.

- Deveria estar. – A voz de mamãe estava como a de uma pessoa retardada.

- Onde ela poderia estar fora aqui? – Bellatriz já perdia a paciência.

Arrastei-me até um canto da cama que dava pra ver a cena sem ser vista. Bellatriz estava de frente para minha mãe e a seu lado estava o lobisomem Ferir Greyback. Vi um arrepio percorrer o corpo de mamãe e entendi que ela conseguira resistir à maldição.

- Não sei, e mesmo que soubesse não diria. – Admirava a coragem da minha mãe.

- Resposta errada. – Bellatriz falou e uma sombra passou por seu rosto. – AVADA KEDAVRA!

Parece que tudo estava acontecendo em camera lenta. O medo e a dor impediram-me de gritar. O corpo de minha mãe caiu à minha frente, seus olhos vazios fitando-me e pedi mentalmente que meus olhos estivessem me traindo, mas não estavam. Minha mãe estava morta e eu não podia fazer nada, apenas ficar escondida. Voldemort estava atrás de mim e eu obedeceria o pedido de mamãe. Ficaria escondida!

- Tirem o corpo daqui. – Bellatriz falou. – Deêm um fim à ele!

Arrastaram o corpo dela pra fora e quando tive certeza de que já estavam longe, sai de baixo da cama e me espremi nas sombras da escada. Eles ainda estavam lá dentro, vasculhando a casa. Fui dando um passo de cada vez, certificando-me que estava fora de vista. Para meu azar bati contra um jarro que quebrou-se aos meus pés.

- Tem alguém lá em cima! – Ouvi a voz de Greyback. – Ela está lá em cima. Peguem-na!

Não esperei mais nada, sai correndo escada acima, sem me importar se fazia barulho ou não. Somente com um foco, correr até chegar lá fora e poder aparatar. Cheguei ao quarto de minha mãe e corri até a janela. Felizmente a distância do chão não era muito grande, mas mesmo assim causaria algum dano, disso eu tinha certeza. Pulei assim mesmo, e como previsto tive a impressão de que havia torcido o tornozelo. Não tinha tempo então me pus a correr mesmo com esse problema. Feixe de luz cortavam meu caminho, mas nenhum me acertava. Estava correndo em direção à igreja, lá poderia aparatar e sair dali com segurança.

Cheguei na Igreja e aparatei, com um só lugar na minha mente, A Toca.

***

POV Gina

Puf.

Ouvimos e logo ficamos tensos. Só ouvíamos esse barullho quando alguém ultrapassava a barreira de proteção da Toca.

- Gina, venha comigo. – Mamãe chamou.

Fomos até o exterior da casa esperando encontrar algum Comensal da Morte ou algo do tipo. Assustei-me quando a vi, toda lambuzada, coberta de lama, a roupa em farrapos e cambaleando.

- Bella? – Gritei. – Bella, pelo amor de Merlin. O que aconteceu?

Ela estava chorando, sem fôlego. – Eles a mataram. – Falou.

- Quem? Quem mataram? – Meu Merlin, que foi que os Comensais fizeram agora?

- Minha mãe! Mataram minha mãe! – Gritou. – Minha mãe… - Sussurou para depois desmaiar em meus braços.

- Bella! Bella! – Tentei acordá-la. – PAI! PAI! – Meus gritos juntaram-se aos de mamãe. Mas só conseguia pensar na dor que minha amiga devia estar sentindo agora.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
QUERO REVIEWS (((:
xx.



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