A Última Dumbledore escrita por Baggins


Capítulo 17
Provocando Aleto


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora pra postar, é que a inspiração veio tarde :)
Queria dizer oi pra linda da VanySoares que é leitora nova. O capítulo é pra você, linda!
Sem mais enrolações aqui vai mais um!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/179580/chapter/17

Ele estava na Torre de Astronomia, de costas para mim. Fiz questão de empurrar a porta com uma força desnecessária.

Ele virou assustado. – O que você está fazendo aqui?

– Quero saber porque faltou a reunião da AD. – Falei irritada.

– Não é da sua conta! – Falou tentando passar por mim, e sair dali, mas segurei seu braço.

– É da minha conta sim. Afinal, nós quatro somos os líderes. – Disse.

– Não coloque mais nós quatro na mesma frase, afinal a amizade acabou no momento em que decidiu não me contar que estava namorando aquele imbecil do Malfoy. - Ele estava quase gritando.

– Você não tem o direito de falar assim dele. – Estava explodindo. – Que droga Neville, o que aconteceu entre você e eu não tem nada a ver com a AD. – Ele ia interromper. – Não fale nada. Você não me deixou falar naquele dia, mas agora você vai me ouvir. – Tomei fôlego. - Você sabe muito bem, melhor que qualquer um, que eu nunca escondi nada de você, da Gina ou da Luna. Sempre contei tudo pra vocês, até mesmo as coisas que meu avô dizia, mas dessa vez não sabia o que fazer. – Uma lágrima idiota caiu. Ele me olhou de um jeito que não consegui decifrar. – Eu não sabia o que fazer! Sabia que você não ia aceitar isso. Mas eu quis te contar, e cheguei perto, mas não tive coragem! Sinto muito se isso te magoou, mas não pense que também não doeu em mim.

Estava me virando para ir embora, quando Neville perguntou: - Bella, você está feliz?

– O quê? – Perguntei, confusa.

– Você está feliz com o Malfoy?

– Muito! – Falei.

Ele me lançou um olhar triste. – Eu sou um idiota, a única coisa que deveria importar era sua felicidade. – Falou baixinho. - Sinto muito. Você me perdoa? – Não pude impedir meus olhos de encherem de lágrimas.

– Como eu posso dizer não? – Falei indo abraçá-lo. – Você é meu melhor amigo.

Ele correspondeu. – Não sabe a saudade que senti disso! – Disse rindo. Eu estava chorando. – Ei linda, não chora! Vai ficar tudo bem.

– Não se ficarmos aqui. – Falei me recompondo. – Vamos pro Salão Comunal antes que alguém nos encontre.




………..




Assim que acordei, escrevi uma carta para mamãe.

“Oi mãe,

Hogwarts está um caos. Sem o vovô, a escola não tem mais sentido. Aquela sensação de segurança não existe mais. Mas fora isso estou bem! Lamentei pelo ocorrido ao amigo de papai, senti muito mesmo. Queria saber como iremos fazer nas férias de Natal, quero muito passá-las com a senhora. Sei que sempre passo com Gina e sua família, mas tenho assuntos a tratar com a senhora. Espero sua resposta o mais rápido possível.

Saudades,

Bella.”


Prendi a carta na perna de Mel e a observei até desaparecer no céu. O natal seria dali há algumas semanas e ainda não sabia aonde passaria. Parte de mim queria ficar com a Gina, mas outra parte dizia-me que precisava estar com a minha mãe nessa data, era uma imensa necessidade ou pressentimento. Mas logo tratei de tirar esses pensamentos de minha cabeça, afinal de contas, eu tinha conquistado a amizade de Neville de volta e não estava afim de perder meu tempo pensando em coisas que não aconteceram.

Desci até o Salão Comunal, onde poucas pessoas estavam acordadas. Aproveitei que acordei cedo e fui dar uma volta no castelo. Estava tão concentrada em meus pensamentos que nem me dei conta que estava na frente da Sala Precisa. Entrei e me deparei com um lugar cheio de objetos, dos mais divertidos aos mais estranhos. Fiquei vagando pela sala, sem rumo, até que senti alguém me apertar por trás e gritei.

– Fazendo o que aqui essa hora, senhorita Dumbledore? – Ele me perguntou, ainda abraçado a mim.

–Não tem graça, Draco. Quase me matou do coração! – Falei dando-lhe uma cotovelada.

– Estava retribuindo o favor que me fez na Casa dos Gritos. – Dei língua para ele, que riu. – Mas agora é sério. Podia ser outra pessoa. – Falou se aproximando perigosamente de mim. A cada passo que ele dava, eu recuava.

– Tipo… - Bati contra a parede.

– Algum garoto que podia se aproveitar de você. – Chegou bem perto e apoiou as mãos uma de cada lado do meu corpo.

– Sério? Não tenho tanta certeza disso. Ainda mais com Hogwarts tão segura quanto está agora… – Falei com a voz carregada de ironia.

– Calada! – Ele me puxou contra seu peito, num aperto sufocante. Sua boca procurava a minha em um ritmo descontrolado, suas mãos percorriam todo meu corpo, enquanto as minhas estavam ocupadas demais bagunçando seus cabelos e o puxando para mais perto. Sua boca se moveu para meu pescoço.

De repente, ouvimos a porta se abrir e fomos nos esconder. Quando vi quem tinha entrado lá não acreditei: Snape.

– O que ele está fazendo aqui? – Perguntei para Draco, que deu de ombros.

Tentei prestar mais atenção em Snape e, com muito esforço, percebi que ele segurava algo. Então era isso, ele ia esconder alguma coisa aqui dentro.

– O que ele está segurando? – Draco perguntou, pelo visto também havia notado o que ele estava fazendo ali. - Vamos embora, antes que ele nos veja! – Falou quase implorando, não dei ouvidos.

– Só mais um pouco!

– Vamos Bella, não é hora de demonstrar coragem, se ele nos ver aqui, vai nos dar uma detenção.

– Não tenho medo de detenção. – Falei.

– Nem eu. Mas se você pudesse evitar… - Disse puxando meu braço. – Ele te protegeu uma vez, não vai proteger duas.

– Tá. – Desisti. – Vamos embora!

Estávamos saindo de lá, quando demos de cara com a Aleto, só pra piorar o que já estava ruim.

– O que fazem aqui essa hora da manhã? E sozinhos? – Perguntou, com aquela cara feia que só ela tem.

– Não sabia não Aleto? Estamos namorando. – Ela fez cara feia (não que precisasse fazer esforço).

– Não sabia disso, Draco. – Falou.

– Pois é, que pena. Mas estamos de saída, então… - Puxei Draco na direção do Salão Comunal da Grifinória.

– Você gosta mesmo de atiçar a Aleto, não é? – Draco brincou.

– Ué! E tem coisa melhor? – Falei, dando um beijo em sua bochecha. – Não queria ter que ir… - Tinha marcado de me encontrar com Neville e as garotas no Salão Principal.

– Nem eu. Mas acho melhor não testar muito a paciência e o bom senso do Longbottom! – Tinha que concordar. O Neville voltou a falar comigo, mas isso não significava que ele aceitava meu namoro.

– Te vejo mais tarde, então? – Perguntei.

– É, até a aula dela.- Fiz careta, provocando uma crise de risos nele. - Tchau! – Ele me deu um beijo e foi na direção das escadas, provavelmente indo pegar seus livros.




………..




– O que você acha que vamos ter que ouvir na aula de hoje? – Neville me perguntou, enquanto íamos para a aula de Estudos dos Trouxas.

– Mas um monte de idiotices que só a Aleto fala! – Falei, já estava cheia de todas as coisas que ela falava deles, me dava vontade de lançar um Avada Kedavra nela só de pensar.

Quando chegamos na sala, ela já estava lá, apenas esperando o resto dos alunos chegarem. Sentei-me ao lado de Draco e esperei a tortura começar.

– Pois bem, já que estão todos aqui, já posso começar. – Assim que terminou de falar, puxou um pedaço de pergaminho. – Quero que coloquem seus nomes aqui e ao lado sua linhagem, depois formaremos grupos de acordo com elas.

– Como assim? – Miguel Corner perguntou. – Vai nos separar de acordo…

– Com a linhagem a qual pertencem. Mestiços, de um lado e sangue-puro de outro.

– Mas porquê? Isso tem alguma coisa a ver com a matéria? – Perguntei.

– Logo vão saber. – Falou colocando o pedaço de pergaminho na minha frente. Assinei meu nome e passei-o pra Draco. Assim que todos haviam assinado, Aleto tomou-o na mão. – Pois bem, dividam-se. – A sala se dividiu em dois grandes grupos, mestiços e sangue-puro. – Quero que vocês escrevam em um pergaminho o nome de alguém de cada linhagem: Sangue-puro, - Ela tomou uma posição superior. – Mestiço e Sangue-ruim. – Fez careta quando falou o último.

Como o pergaminho estava comigo, todos do meu “grupo” olharam com expectativa para mim. Olhei para Neville e ele entendeu o que estava querendo dizer.

– Vai em frente! – Ele encorajou. Todos nos olharam sem entender.

Coloquei o pergaminho em cima da mesa, onde todos podiam olhar e escrevi:

Sangue-Puro: Ronald Weasley.

Mestiço: Harry Potter.

Nascida Trouxa: Hermione Granger.

Eles olharam pra mim como se fosse louca, inclusive Draco. Sorri com isso, fiz menção de chamar Aleto.

– Já acabamos. – Ela veio em nossa direção e esperou o outro grupo acabar. Leu o que estava escrito nos pergaminhos e vi seu rosto esquentar. A raiva estampada em seu rosto.

– QUEM ESCREVEU ISSO? – Ergueu o nosso pergaminho. Ninguém respondeu, embora eu e Neville estivéssemos com um mínimo sorriso no rosto. – RESPONDAM! QUEM ESCREVEU? – Perguntou outra vez, enquanto virava-se para nós. – FOI VOCÊ? – Perguntou para mim, dei de ombros. – FOI VOCÊ, NÃO FOI? DIGA! – Ela veio até mim e me levantou pelos cabelos. Neville e Draco se levantaram revoltados, enquanto eu só conseguia sentir dor e me contorcer, tentando me soltar. – Você não tem medo, não é? HEIN? – Puxou meu cabelo outra vez. – Acha que só porque é neta dele tem esse direito? Pois aí vai uma novidade, VOCÊ NÃO TEM ESSE DIREITO. É SÓ MAIS UMA ALUNA INSIGNIFICANTE! DESCARTÁVEL! – Ela me jogou no chão. Draco fez menção de me ajudar, porém ela colocou-se na sua frente. – Vá para seu lugar. AGORA! – Ela estava totalmente descontrolada. – EU, EXIJO, ORDEM! – Ouvimos a porta ser aberta e Snape entrou. O silêncio se instalou na sala.

– O que está acontecendo aqui? – Perguntou usando sua máscara de frieza. Foi quando me viu jogada no chão. – O que está fazendo ai, senhorita?

– Essa louca me jogou aqui. – Respondi.

– Alguém ajude-a! – Snape mandou com frieza. Draco se pôs de pé e veio me ajudar. – Aleto preciso conversar com você. Estão dispensados! – Todos saíram o mais rápido da sala, deixando Aleto e Snape para trás.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Mereço reviews?
Até o próximo,
xx