Hermionegranger Ea Maldição de Prometeus escrita por Charichu


Capítulo 8
Capítulo VI- O Retorno




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Capítulo VI-- O Retorno

                                                                             

Eu não sei o que meu primo contou a você sobre ele e Anne, mas com certeza, foi uma mentira. Uma mentira que ele criou para encobertar algo de errado que fez.”

 

            Hermione cambaleou da lareira para a sala de estar, embora dessa vez se mantivesse de pé. Era a sua terceira viagem no dia via lareira e já não se preocupava mais em limpar a fuligem do corpo ou do rosto. Apenas suspirou cansada, para em seguida seus olhos castanhos presenciarem uma cena bastante peculiar: Edward estava sentado no sofá, o rosto sério, lançando olhares desconfiados a Olho-Tonto Moody. Sua mãe, por outro lado, estava servindo a Tonks um pedaço de bolo de forma natural (afinal Anne também devia receber visitas estranhas), e em pé, encostada na parede oposta à que o casal de anfitriões e seus convidados estavam, havia uma outra pessoa não conseguiu identificar, pois seu rosto estava coberto por uma capa de viagem escura.

            - HERMIONE! – Edward exclamou assim que via a filha, levantando-se e correndo para ela - Eu fiquei tão preocupado com você... - ele sussurrou, baixinho, enquanto abraçava a filha forte. Mione fez uma cara de dor com o abraço do pai, que tentou esconder em seguida, ao retribuí-lo de forma sincera, aconchegando-se no peito dele.

            - Está tudo bem agora papai... estamos todos bem... - ela disse tranqüila, afastando-se um pouco para olhá-lo nos olhos.

            - Como você pôde sair assim? Aonde você foi? Por que não nos avisou? Como arranjou esses machucados? - Edward começou a bombardear a filha uma pergunta atrás da outra, desesperado.

            - Depois papai... – ela respondeu com o canto dos lábios.

            - Está tudo bem, senhor Granger...- Lupin interferiu e Mione agradeceu, intimamente, a ajuda dele - Tudo o que ela precisa é de uma boa noite de descanso.  Boa noite a todos e desculpem-me pela demora!

            - Boa... - Tonks respondeu enquanto Moody resumia sua resposta em um rosnado inaudível, seu olho mágico focalizado em Malfoy.

            - Sem problema, Aluado, o Alastor nos contou tudo o que aconteceu... - Lynda explicou, sorrindo. Mione franziu o cenho ao ouvir a resposta da mãe. Desde quando ela tinha tantas intimidades com Lupin a ponto de chamá-lo pelo apelido?

            - Então, tubo bem mesmo? - a figura encapuzada atravessou a sala, aproximando-se de Draco - Eles não lhe feriram? - perguntou, tirando o capuz e fitando o garoto. Ela tinha cabelos lisos e castanhos e seus olhos largos observavam Draco com preocupação e carinho, e... havia algo nela que lembrava Bellatrix Lestrange.

            - Não entendo a preocupação. Vazo ruim não quebra! - Tonks censurou, fazendo uma careta de desgosto ao observar a cena.

            - Ela é a sua mãe? - Mione perguntava baixinho, aproximando-se ligeiramente da Auror.

            - Sim, a própria insensata que me deu aquele nome idiota! - Tonks respondeu no mesmo tom, só que carrancuda.

            - Ahm... - Mione fazia um som de compreensão não querendo nem podendo opinar no assunto.

            - Eu estou bem. Não se preocupe, ok? - Draco respondeu, fitando o chão. Mione meneou negativamente a cabeça ao vê-lo reagir de forma esquiva à única criatura viva que vira oferecer a ele um pouco de carinho.

            - Como não me preocupar? Meu único sobrinho quase foi morto pela minha irmã! - ela respondeu, tocando Draco no rosto e forçando-o a olhá-la - Que bom que você está bem! Vim lhe buscar. Vamos para minha casa e...

            - Hããã... senhora Tonks? - Lupin interrompeu, um tanto sem graça. -Draco vai ficar aqui.

            - COMO? - Edward perguntou, olhando para Lupin com cara de espanto.

            - Aparentemente, esta casa tem tantos feitiços poderosos de proteção quanto Hogwarts! - Moody esclareceu, seu olho mágico agora pousando em Lynda - Bastante curioso, já que vocês são trouxas, não?

- Tudo bem, pai... Draco é um colega da escola... não tem problema... - Mione murmurou, tentando mudar de assunto. Se fosse responder as questões de Moody teria que mentir ou então logo logo o mundo mágico saberia de quem ela era filha. Suspirou.

- Feitiço poderosos aqui? - Tonks perguntou, fitando Hermione enquanto Edward lançava um olhar desconfiado a Draco - Você não andou burlando sua menoridade bruxa com algum conhecimento extraído dos mil livros que leu, né?

            - Claro que não! -Hermione se defendia prontamente, quase ofendida com aquela pergunta.

- Ela está falando a verdade, Ninfadora! - Moody interferiu e a garota sorriu um tanto aliviada ao vê-lo partir em sua defesa. Já ia até concordar quando ele continuou - A menos, é claro, que ela sabia magia negra. Magia negra poderosa!

Mione parou entre a palavra de concordância que ia desprender-se de seus lábios e um movimento eufórico e afirmativo com a cabeça. Ficava com essa expressão que chegava a ser engraçada por segundos e então, frisava o cenho... sua casa não podia estar protegida por magia negra, podia?

- Magia negra poderosa? Em uma residência de trouxas? - Andrômeda indagou, fitando Moody como se ele fosse um louco - Não faz sentindo nenhum!

- Faz sim... - Lynda falou, olhando para Moody e depois especificamente para seu olho mágico com coragem - Eu sou uma Bellford. Lynda Bellford Granger. Os feitiços aqui foram feitos pela minha irmã para ME proteger!

Mione levou uma mão a testa, sem saber se era uma boa idéia ela revelar do nada que era irmã de Anne Bellford.

- Anne Bellford? - Tonks se levantou fitando Lynda espantada - Você acha que está tudo bem viver em uma casa repleta de magia negra feita por aquela... aquela... assassina?

- Nifandora! - Andrômeda interrompeu, em tom de censura.

- Não me chame de Ninfadora! - Tonks repreendeu à mãe, olhando-a com indignação. Os cabelos roxos da transmorfa agora adquiriram um leve tom vermelho.

- Cuidado com o que diz da minha irmã, mocinha! - Lynda falou agressiva - Eu não admito ofensas a minha irmã em minha própria casa.

- Chamá-la de assassina não seria ofensa, mas sim elogio. - Moody rosnou - Se fosse eu, teria chamado de serial killer psicopata e prostituta de magia negra!

E depois dessa Lynda ficou tão vermelha em sua própria fúria que ameaçou dar uns passos em direção ao Auror, e teria os dado, se prontamente Edward e Lupin não a tivesse segurados, um em cada braço.

- Acalme-se, Lyn! - Lupin sussurrava, soltando seu braço ao trocar um breve olhar com Edward. - Alastor, por favor...

Da mesma forma que a mãe, Hermione não parecia ter agido bem àquelas 'qualidades' todas que estavam enumerando a respeito da mãe verdadeira... e não importava que ainda não tivesse digerido bem o fato de morar em uma casa protegida por magia negra. O que estavam falando eram acusações gravíssimas!

- Mamãe! - Hermione bradou, segurando o braço que Lupin desocupara, mais para impedir-se de dizer ou fazer qualquer loucura do que segurá-la - Por favor, Professor Moody! Não volte a acusar tão seriamente assim alguém... - ela disse, o maxilar cerrado e todo seu auto-controle voltado para não parecer abalada além do que seria o normal. Afinal Anne Bellford era sua tia, para a maioria ali.

- Ele não está acusando, Mione! - Tonks respondeu, séria - Ele apenas está relatando a verdade. Você não conheceu sua tia como nós. Você nunca saberia o quão ruim ela era... que minha madrinha era.

- Tonks, por favor! Isso não está ajudando! - Lupin pedia, propenso a voltar segurar Lynda, já que ela estava sendo difícil de conter pelo marido e pela filha.

- Você só tinha oito anos, Ninfadora ! - Andrômeda interrompeu a filha, encarando-a - Não fale como se conhecesse Ann há anos - completava ignorando mais um “Não me chame de Ninfadora!” de uma Tonks cuja cabeleira já estava completamente vermelha.

- Exatamente! - Lynda protestava, encarando Tonks raivosa - Você não conviveu com ela como eu e Andrômeda convivemos...

- Não era necessário. A forma que ela morreu diz tudo - Moody continuou - A magia negra subiu tanto a sua cabeça que ela resolveu desafiar o próprio Voldemort em um duelo mágico.

O sangue de Hermione apenas fervilhava mais, ao ouvir Tonks  Moody insistirem daquele jeito. Não era possível! Estavam falando da mesma pessoa? A voz de Lupin soava longínqua, o coração acelerado diante do fato de duas pessoas, duas EXCELENTES pessoas, dois Aurores, estarem afirmando o quão horrível sua mãe era. Mas... não podia ser verdade. Afrouxava o aperto no braço de Lynda, os olhos castanhos indo de Tonks para Andrômeda e então para Moody.

- NÃO! - ela dizia num tom mais alto então, verdadeiramente alterado - Isso é... uma MENTIRA! - gritava para o ex-professor, a respiração alterada. Encarava-o por uma fração de segundos, antes de se afastar da mãe e desvencilhar-se por cada um na sala, subindo para o cômodo superior irritada, usando uma força nos pés desnecessária, para subir as escadas.

- Hermione! - Lynda chamou, se livrando do braço do marido e passando por Lupin para subir atrás da filha - Hermione, me espera!

            Mas a garota já estava no corredor acima, e não parecia nem um pouco inclinada a refazer seus passos e voltar para sala. Ainda estava agitada, a respiração arquejante e descontrolada. Não podia ser verdade, não podia!

- Hermione! - Lynda exclamava, ofegante, finalmente alcançando a filha no corredor - Ah, meu amor... - ela suspirava, abraçando-a com força - Não ligue para o que eles estão dizendo... eles não a conheciam. 

No mesmo momento, ela não só parava por um segundo, deixando-se abraçar, como correspondia aquele abraço. Estava precisando dele. Apertava-a levemente, escondendo o rosto em um dos ombros da mãe. Queria acreditar em Lynda... queria que o fato dela ser irmã de Anne realmente a fizesse conhecer melhor que as outras pessoas... mas sua cabeça pensante não conseguia deixar de lembrar de que a própria Lynda dissera que perdera contato com a irmã, depois que ela tinha se formado em Hogwarts.

- Mãe... - ela murmurou num tom abalado, sem desgrudar do corpo dela - Ela não podia ser uma assassina traidora, podia? Ela trabalhava para o Ministério! - argumentou em desespero, desejando que isso fosse o suficiente para provar a lealdade da mãe.

- Claro que não era, meu amor... - ela respondeu, acariciando com a mão direita os cabelos da filha. Mione queria acreditar na mãe com todo o coração... e acreditaria sem medo se fosse um pouquinho menos racional. A questão era que não conhecia Anne... e tinha certeza absoluta que Tonks e Moody não estavam dizendo aquelas coisas para serem apenas desagradáveis. Suspirava sentida, só se afastando da mãe quando ouvia a voz da recém conhecida Andrômeda:

- Eu jamais daria minha filha como afilhada a uma assassina traidora, se isto puder servir de provas a favor da dignidade de Anne...

Andrômeda também tinha subido e observava de longe a cena entre mãe e filha. Mione virou levemente o rosto choroso para a mulher. O nariz estava vermelho e os olhos brilhavam, embora as lágrimas ainda não tivessem caído.

- Então... você... a conheceu? – ela perguntou baixinho. Tudo o que mais queria eram pessoas que pudessem contradizer aquela versão de Tonks e Moody.

- Eu fui o mais próximo que uma “melhor amiga” seria dela...- Adrômeda respondeu, fitando Mione com olhos gentis - Peço desculpa pela forma que Nifandora falou de Anne. Mas, ela só tinha oito anos e Anne nunca foi uma madrinha muito simpática e participativa na vida da minha filha. No entanto, quando tive que me proteger da minha família sobre o feitiço Fidélius, Anne foi a fiel do segredo.  E, se ela fosse tão ruim assim, uma traidora do sangue como eu jamais estaria viva com uma filha de 24 anos que só me dá orgulho... – ela terminou sorrindo bondosamente para Hermione.

Diante da frase "eu fui o mais próxima que uma melhor amiga seria dela", a garota quase esquecia os insultos que tinham feito a memória de sua mãe. Estava diante de uma pessoa que positivamente poderia lhe contar muitas coisas a respeito de sua mãe. Deixava escapar um suspiro aliviado, quando Andrômeda defendia Anne, amenizando todas aquelas acusações terríveis. Fungou um pouquinho, afastando o choro, ainda olhando a mulher.

- A ... senhora... esteve em Hogwarts com ela?

- Sim, estive. Estava no quinto ano quando ela entrou, embora só tenhamos realmente ficado amigas no final no primeiro ano letivo dela. E se hoje sou o que sou agora, uma traidora de sangue que fugiu com um sangue ruim, foi graças a ela... - Andrômeda respondeu e Mione mal podia acreditar que estava frente a frente com alguém que não só tinha estudado com a mãe, mas que tinha sido amiga dela. Amiga! Sorriu levemente. Tinhas tantas perguntas a fazer! Tantas! - Eu sabia que ela tinha uma irmã, mas nunca a tinha conhecido... - murmurava olhando para Lynda - Vocês... não se parecem muito...

Mione piscou os olhos diante daquela observação que era absolutamente verdadeira. Não havia muita semelhança entre Anne e Lynda. E, ela, por sua vez, parecia muito mais filha da sua mãe adotiva que da biológica.

- Ann era a cópia de minha mãe e eu puxei mais a família do meu pai... - Lynda respondeu  encarando Andrômeda.  

- Como ela era? – Hermione aproveitava o gancho, voltando toda atenção para Andrômeda, e então, tentando disfarçar a própria euforia, emendava - Na escola, quero dizer... como ela era em Hogwarts?

- Insuportavelmente inteligente... - Andrômeda brincou, divertida.

-Imagino que devia ser... - Lynda respondeu, rindo -  Ela era assim em casa também... - o sorriso de Hermione se alargava diante do diálogo e a expressão tristonha cada vez mais se amenizava.

- É... afinal de contas ela... era da Corvinal, não é mesmo? – Mione exclamou, vendo Andrômeda assentir com a cabeça - E ... Faust Barader? Você o conhecia também?

- Sim, eu o conheci também. Ele quase nunca deixava Ann sozinha e nós éramos da mesma casa, então era quase impossível não conhecê-lo. – Hermione tremeu ligeiramente as sobrancelhas, admirada que outra sonserina tivesse se importado tanto com a sua mãe. Talvez estivesse na hora de repensar seus conceitos sobre sonserinos. - Tínhamos em comum o fato de sermos a ovelha negra de nossas famílias por sermos apaixonados por nascidos trouxas. Só lamento que ele não teve um destino tão feliz como o meu...

Mione se surpreendeu quando ela falava a respeito do destino de Faust porque em suas pesquisas, não encontrara mais nada a respeito da vida dele depois de Hogwarts. Entreabria os lábios para perguntar, mas se sua mãe o fez primeiro.

- Faust morreu? - Lynda perguntou, fintando-a preocupada.

- Eu penso que ele teve um destino pior... - Andrômeda explicou o cenho franzido - Ele era louco por Anne. Perdidamente apaixonado por ela. E a Ann... bom, ela faleceu. Do jeito que Faust a amava, não creio que ele tenha encontrado algum motivo para seguir em frente. Se ao menos Anne tivesse deixado um filho... alguém que dependesse dele, talvez, a vida dele não se tornasse o peso que deve ser agora. Especialmente, porque ele a viu morrer...

Mione mordiscou o lábio, sentida. Aquela geração tinha realmente deixado um rastro de morte e tristeza. Escutava com atenção e pesar, quando Andrômeda dizia aquelas palavrinhas mágicas. Um filho! Bom... ela era filha dela, embora ele não fosse seu pai... pelo menos ela achava que não era... e aquilo... só lhe dizia que ele realmente não tinha nada haver com ela, porque se estivesse com Anne até o fim, saberia de sua existência... já tinha dois anos quando Anne tinha morrido... Suspirou.

- Então... ele... – ela não terminou a frase, meneando o rosto - E... o que me diz dela e de... Sirius Black? - sussurrava, como pedia a delicadeza daquele assunto.

- O quê tem os dois? - Andrômeda perguntou, fitando Mione de forma alarmada por esta lhe fazer aquele tipo de pergunta.

- Como assim? - Mione tornou a perguntar, olhando Andrômeda com surpresa também - Eles viveram por um ano juntos!

- Não, não viveram! - Andrômeda refutou, meneando negativamente o rosto certa do que falava.

- Mas... - Hermione franziu o cenho, sentindo o estomago afundar - Sirius me contou que eles viveram juntos! - e ao perceber que Andrômeda a fitava com desconfiança, acrescentou - Eu tenho feito uma pesquisa sobre minha tia desde que descobri a existência dela. Venho tentando descobrir o porque... o porque dela ter tido o destino que teve. E, há dois anos atrás, descobri que ela tinha estudado em Hogwarts na mesma época que o Sirius, então perguntei se ele a conhecia... e ele me disse que viveu com ela por um ano.

- Então, meu primo mentiu para você! - Andrômeda respondeu com tanta confiança que fez com que Mione se sentisse ainda pior. Tudo bem que quando fizera a pergunta na intenção de descobrir sobre o relacionamento entre o pai e a mãe, Sirius tinha dado uma resposta muito obscura e pouco animadora. Mas, ela sempre procurava se convencer que eles tinham que ter tido uma relação um pouco normal, para que ela tivesse nascido. E o que Andrômeda dizia não fazia sentido algum.

- Eu não acho que ele tenha mentido para mim... - Mione murmurou com certa serenidade, olhando para o chão. Mesmo estando diante da melhor amiga de Anne, não conseguia acreditar que Sirius pudesse ter mentindo para ela.

- Olha... - Andrômeda começou, num tom de quem sentia pena - Eu confesso a você que Anne não era a pessoa mais falante do mundo. Mas eu a conhecia bem... não tão bem quanto o Faust, mas ainda sim o suficiente para ser uma das poucas pessoas que ela confiava verdadeiramente. E Anne... bom, ela amava o Faust, embora nunca tivesse dito isso explicitamente. Ela nunca se envolveu com nenhum outro homem além dele.

- Mas... o Sirius e o professor Lupin... – Ela recomeçou a argumentar, mas fora cortada pela visitante.

- Eu não sei o que meu primo contou a você sobre ele e Anne, mas com certeza, foi uma mentira. Uma mentira que ele criou para encobertar algo de errado que fez. Sirius nunca gostou de Anne. Tirando os três amigos que ele andava em Hogwarts, duvido que meu primo tenha amado qualquer outra pessoa. 

- Sei... – Mione respondia, por fim, em uma compreensão vazia. Sirius teria mesmo mentido para era?

- Faust é o único que pode dar detalhes específicos a cerca do que Anne sentia e pensava. Ela contava apenas o essencial para mim, pois sabia que eu já tinha problemas demais com minha família...

- ...e para mim, menos do que o essencial, porque eu era a irmã caçula a ser protegida! - Lynda comentou, azeda.

- Espero ter melhorado a imagem de sua tia. E não a julgue pelo o que ela fez ou como morreu. Por doze anos, meu primo recebeu a fama equivocada de assassino psicopata e devoto de Voldemort. E tenho certeza que com Anne não foi diferente. – Andrômeda finalizou, dando um singelo sorriso.

Hermione fazia um movimento positivo com a cabeça, sorrindo vagamente. Sim, ela tinha amenizado aquele peso que Moody e Tonks tinham colocado em seu coração... mas Mione descobrira que ela sabia tanto sobre sua mãe biológica quanto qualquer outra pessoa que tivesse perguntado, com a diferença de conseguir a proeza inédita de lhe fazer duvidar de uma das poucas versões sobre Anne que tinha conseguido, no caso a de seu pai. Pelo visto, as respostas que as pessoas não tinham estavam no diário, ela tinha certeza disso! Suspirou.

            - E... hm... eu poderia visitar o meu sobrinho algumas vezes nessas duas semanas? Prometo que virei sozinha para não causar nenhum transtorno! – A mulher perguntava antes que a conversa tomasse um tom de fim definitivo.

- Tudo bem. Fique a vontade! - Lynda assentiu, meneando positivamente a cabeça.

- Obrigada... - Andrômeda agradeceu, virando-se e começando a descer a escada. Lynda e Mione a observaram até ela sumir completamente do campo de visão delas.

- Quanto mais conheço as pessoas do mundo bruxo, mais fico agradecida por ter uma vida de trouxa! - Lynda resmungou baixinho, quebrado o silêncio entre elas.

            Hermione não respondeu, seus os olhos presos pelo caminho que Andrômeda tinha percorrido. Não concordava nem discordava de Lynda, não pensando muito a respeito daquilo também. Havia vários lados no mundo bruxo... e ser feliz com sua condição de ser mágico, ultimamente, não tinha nada haver com o lado que os bruxos escolhiam.

- Eu acho que vou descer, Mione... - Lynda falou após alguns segundos em silêncio, fitando a filha - Eu preciso ouvir os planos que Aluado tem para vigiar nossa casa. E também tenho que mostrar ao mini Lúcio Malfoy onde ficará...

- Se importa se eu não for? É que... eu não vou me sentir a vontade... – Mione respondeu, encolhendo os ombros. Acabara de agir de uma forma que provavelmente ninguém nunca presenciara... e depois, queria ficar um pouco sozinha mesmo, aquele dia tinha sido cheio e estava se mostrando o mais longo de toda sua vida.

- Na verdade, eu não esperava que você quisesse ir depois daquela cena. Nem eu quero, mas não posso deixar seu pai sozinho conversando com Aurores! - Lynda meneou negativamente a cabeça. Sabia que o limite do marido para a “anormalidade” do mundo da filha era pequeno - Quer que eu traga alguma coisa da cozinha para você?

- Não... não... eu... estou bem... - ela mentiu. Estava tudo, menos 'bem' depois de quase ser estuprada, passar pela maior humilhação da vida diante dos amigos e finalmente ouvir aquelas 'verdades' sobre a mãe verdadeira. - Eu só... preciso descansar um pouco... – completou, sem encarar a mãe.

Assim que Lynda começou a descer as escadas, Herminone murmurava baixinho um “Obrigada, mãe...” antes de entrar no próprio quarto.

 

Mal feito feito

 

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Charichu diz: Saudações, bruxos e bruxas!^^ Muitíssimo obrigado pelas 11 reviews deixadas no capítulo anterior!^^ E, para agradecer a dedicação, fizemos uma pequena promoção. Por favor, veja o profile de Estrela Vespertina (para isso, basta subir a tela para o início da fic e clicar no nome “Estrela Vespertina” em azul) a fim de obter maiores informações^^

Agora, voltando ao capítulo de hoje, tenho a felicidade de informá-los que não tivemos tanto trabalho quanto o último. Alias, acho que vai demorar a surgir algum capítulo que supere as dificuldades de “A Toca”. ¬¬’ De qualquer forma, os únicos “empecilhos” foram Tonks e Moody. Pelo visto, não basta gostar de um personagem para que ele haja com naturalidade na sua história. Tive certa dificuldade ao definir que tipo de comportamento e falas que esses dois Aurores teriam na sala de estar dos Grangers.

“O retorno” tem como escopo acentuar as duas verdades a cerca de Anne Bellford. Ela era tanto a assassina que o mundo mágico conheceu como a garota insuportavelmente inteligente e de poucas palavras que Lynda e Andrômeda conviveram.  Eu sempre fui fascinada pela quantidade de versões distintas que existem para um único fato. Por isso, não resistir em por isso na fic também^^’

Além disso, introduzimos na história uma personagem com a qual me encantei no sétimo livro: Andrômedra Black. Originalmente, ela nem aparecia, pois Lílian Evans ocuparia o cargo de “melhor amiga de Anne”. No entanto, o sétimo livro não só acentuou meu sentimento de antipatia pela mãe de Harry, como também me fez ficar encantada com Andrômedra. Não só pelo trágico destino que ela teve (Não se preocupem! Não pretendo fazer spoillers nessa fic), como também pela maneira com a qual ela tratou o Potter.

Ah sim! Algumas pessoas andaram me perguntando se Sirius sabia que Mione era filha dele antes de falecer. Parece que não deixamos isso muito claro. Pois bem, Almofadinhas descobriu que era pai no quarto ano letivo de Mione. Eu e Estrela pretendemos fazer um capítulo mostrando como, exatamente, Sirius recebeu a notícia, ok?^^

 

Estrela Vespertina diz:

Lady Felton: Olá! Que ótimo que gostou! E... que bom que achou que as reações das personagens tenha sido fiel! rs Boom... já Mione... rs ela não defendeu exatamente o Malfoy né? Ele tinha só que manter as aparências diante de Lupin... e como Mione é assim, muito persuasiva né... rs Já Gina... bom, espere e verá! rs Mais uma vez, obrigada pela review! Beeeeijos!

Sam/Scooby: hauhauhahahahuaahuahuahuauhauhauha sééééério Sam! Como assim vc diz na cara da MINHA irmã que ela não é politicamente correta! Poxa... ééé... segredo? Hauhauhahahahahuahuahahuahhaha. Certo... tô sabendo que pegamos pesado. É, pegamos já que eu dei a sugestão e bom... Bart acatou ao pé da letra. Mas que ótimo que gostou... mesmo que não seja o tipo de literatura que você indicaria as amiguinhas da sua irmã! rs Já Malfoy... bom, acho que ele não está nem tanto ao céu e nem tanto a terra. Quem sabe um Meteoro Chinês? rs Já os comentários aleatórios... hauhauhauhahuahahha sério, adoro! rs Embora fique ‘cabreira’ com o fato de você me preferir de qualquer jeito só por medo e... por dizer que melo suas tentativas de tirar vantagem. u.u eu só digo a VERDADE. rs Adoooro suas reviews! Beeeeijo, amor.

Laura: Rá... viu só... você pediu e... nós atendemos! rs Mas olha... é um a cada vários, porque dá um trabalho danado. Já quanto ao seu pedido... bom, espere e verá. Não podemos dizer nada ao certo, senão perde a graça, não é mesmo? Mas continue acompanhando e tenho certeza que gostará do rumo da história! Obrigada pela review! Beeeijos.

Nah: Poooxa moça... não leve Charichu a mal. rs Ela não quis ser mal educada, garanto! Maaas... discussões paralelas à parte, que bom que gostou do capítulo! Bom... aqui está o novo e esperamos que goste e comente também! Valeu! Beijo.

Liana: Nããão você entendeu mal. Foi só um exemplo, embora eu não saiba exatamente em que capítulo possa acontecer alguma coisa. rs Vai que por coincidência é justamente no XVI? rs Que bom que gostou de Lupin! Já quanto a Rony... bom, receio não poder adiantar muita coisa. Nem dizer quantos capítulos a fic terá. Como estamos escrevendo ainda, não dá pra prever. Mas... obrigada por comentar! Beijão.

Nai-Chan: Deus! Hahahahahahahahaha que super empolgada! Adoro! Maaaas... então! A intenção é que nossos leitores realmente façam suposições... hahahahaha adoro adivinhar a história e por mais que na maioria das vezes eu não acerte tudo, sempre acabo criando uma linha de raciocínio paralela e no mais é assim que nascem as fics, certo? rs E que maravilha ter gostado da nossa versão de Draco. Eu e Charichu concordamos que o Draco de JK era muito morto... e bom... nosso Malfoy tem que ser o melhor! Hahahahahahahahaha principalmente por ele ser interpretado por uma amante de sonserinos! Obrigadíssima por comentar e... volte sempre! Beijos.

†Jëh†Winchëster†: Sééééério! Adoro suas reviews empolgadas também! rs Que bom que adoro e visualizou a cena em que Rony vê Draco e Mione saindo seminus da lareira! Hahahahahahaha tentamos caprichar nos detalhas pra criar exatamente esse tipo de efeito! Os palavrões estão a cargo de Charichu... então todo mérito a ela por você ter se divertido! Hahahahahaha e um vídeo dos momentos cômicos de nossa fic seria realmente divertido! Mas...acho que isso está um pouquinho além do que nos propomos a fazer. rs Acompanhe e saberá quando a senhorita Weasley esquentadinha explicará como sabia do pacto. Já Harry em cima do muro... bom, mudamos umas coisinhas em relação a isso também, já que originalmente ele ficaria do lado da Mione... e por receber um elogio desses, que bom que mudamos! Hahahah ai ai adoro quando se empolga! Obrigadão! Mesmo! Beijos!

Monalisa Mayfair: hahahahahahahahahahahaha será que os Weasley tem uma veia italiana? rs E bom... mudamos a maneira de mandar avisos. Confira no meu profile! Obrigada por comentar! Beijos!

Jamine: Calma, calma... rs atualizamos semanalmente, por enquanto... bom, pelo menos tem dado certo até agora. E que ótimo que aprova o shipper, já que ele é a base da fic. Obrigada por comentar. Beeeijos.

naty trajano: Oh! Que bom que a propaganda faz efeito! rs Espere que continue acompanhando! Obrigada por comentar! Beijos!

Joice Heineck Carrara: Xiiii parece que seu e-mail não veio. Dá uma conferida no meu profile e o mande para o nosso e-mail, ok? Obrigada por comentar e... que ótimo que está gostando! Beijos!

 


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