I Love The Way It Hurts escrita por Junny, Dangerous Bitch


Capítulo 5
04. Talvez a resposta esteja lá dentro. Talvez...


Notas iniciais do capítulo

Olá gente. Até que atualizei rápido, hein? Então. Esse capítulo está fraco, eu sei (mas não deixem de deixar reviews por isso u.u), mas é pra aproveitar um pouco mais do bom senso e fofura do Justin. Mas ó nem se acostumem, essa fofura toda tem prazo de validade u_u
Gatíssimas, espero que gostem. E obrigado pelos reviews. De verdade. Ah, e quem não lê ainda, dê uma passadinha em Wish You Were Here. É diferente. Aposto que vocês vão gostar.
Beijos e borboletas -n
drummer girl.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/178705/chapter/5

Algumas horas depois.


Abri a porta de casa com cuidado, tomando todas as precauções para que ela não rangesse de forma escandalosa. Acendi a luz da sala, que estava vazia. A decoração da festa ainda estava lá, um pouco desarrumada. Joguei a chave em cima do sofá e subi as escadas, totalmente desanimada. Eu tinha a sensação de que um ônibus havia me atropelado. Entrei no meu quarto e encostei a porta, deixando apenas dois dedos abertos. Joguei-me na cama e tirei o aparelho auditivo, colocando-o no criado mudo. Me levantei e fui até o banheiro. Peguei a caixa do remédio tarja preta, que havia sido prescrito para mim após o incidente com minha mãe, o que me afundou numa depressão. Despejei dois comprimidos na minha mão e os engoli de uma só vez. Prendi meu cabelo, dando um nó com os próprios fios. Arregacei as mangas do casaco e joguei água no meu rosto. Fazia algum tempinho que eu não me sentia daquele jeito, tão... imprestável e acabada. Voltei para meu quarto, em passos tão lentos, que nem pareciam me fazer andar e sim me arrastar. Fechei a porta do quarto e desabei na cama.

A escuridão do quarto fora interrompida pela claridade que vinha do corredor, a qual a porta aberta deixava entrar. Me levantei, observando Justin parado, com metade do corpo dentro do quarto. Ele falou algo, que eu não consegui ouvir. Acenei com a cabeça, indicando que ele poderia entrar. Estiquei meus braços até o criado mudo, pegando meu aparelho auditivo e recolocando no meu ouvido direito. Justin se sentou na cama, bem na minha frente, cruzando as pernas.

–Umas amigas peruas da mãe passaram e pegaram ela. Acho que ela só volta amanhã de manhã.- Justin falou, dando a explicação para o motivo da casa estar completamente silenciosa. Balancei meus ombros.- Bom, guardei um pedaço de bolo e alguns salgadinhos pra você.- Justin disse, empurrando a bandeja, que eu só tinha percebido naquele momento, com três pedaços de bolo, alguns salgadinhos e duas latas de refrigerantes na minha direção. - Você deveria ter ficado. Foi divertido.- ele falou com a voz manhosa e fofa.

–Eu não deveria, Justin.- falei com a voz baixa, brincando com um pedaço de bolo com a ponta do dedo indicador.

–Por que não? Você é como se fosse parte da família. Você fez falta.- Justin disse, abrindo uma latinha

–Fiz?- ergui meu olhar até Justin, encontrando seus olhos castanhos que tinham um brilho diferente.

–Ér... Digo... Minha mãe sentiu bastante a sua falta.- ele disse, pigarreando e bebendo o refrigerante logo em seguida. Não consegui não sorrir. Passei o dedo sujo de bolo de chocolate em sua bochecha, deixando um risco marrom cortando sua maçã do rosto.- Ei! Isso é jogo sujo!- Justin falou, enfiando o dedo no mesmo pedaço de bolo e passando no meu nariz. Parecíamos duas crianças tolas, brincando com comida. Peguei o garfo e comi um pedaço do bolo, que estava incrivelmente gostoso.

–Foi muito bonito o que você fez hoje, Justin. Você se superou.- falei, engolindo o bolo e atacando a lata de refrigerante.

–Diga.- a voz de Justin soou séria, mas com um tom zombeteiro.

–Dizer o quê?- perguntei.

–Você sabe o que dizer.- ele manteve a conexão entre nossos olhos.

Entreabri meus lábios, procurando as palavras que eu tinha de dizer e que ele tinha de ouvir. Eu não fazia ideia do que ele queria ouvir. Então, as palavras passaram por minha mente, luminosas.

–Você me surpreendeu.- falei as três palavras que, como mágica, fizeram um sorriso brotar nos lábios de Justin. Nossos olhares se conectaram por alguns segundos- que pareceram congelar-se diante de tal situação. Logo abaixei a cabeça. E lembrei do corte do pescoço do Justin.- Como tá isso aí, Justin?

–Ainda dói. Eu acho que não fiz o que tinha que fazer do jeito certo...Deve estar infeccionando e...- ele continuou, fazendo uma expressão de dor. Senti meu coração se torcer ao lembrar que era culpa minha ele ter aquele corte enorme ali. Coloquei a bandeja com as comidas mais para o lado da cama e cruzei as pernas, como índio.

–Desculpa...- falei, abaixando a cabeça, com a voz sumindo aos poucos. Ele fez um barulhinho estranho com a boca. Eu me levantei e peguei o kit de primeiros socorros no criado mudo- eu tinha deixado lá, caso fosse necessário.- Me deixe limpar isso, ao menos, Justin.

–Claro, você fez, você conserta.- ele disse, semi cerrando os olhos. Torci meus lábios e embebi uma gaze com algum líquido anti séptico. Fiz um sinal com as mãos, para que Justin ficasse em uma posição que eu pudesse ver o corte como um todo, que começava na cabeça, um pouco atrás da sua orelha e descia pelo pescoço. Era um corte e tanto. Ele se deitou sobre um travesseiro que eu coloquei em meu colo e virou a cabeça alguns graus à direita, me dando uma visão exata do corte.

–Wow.- falei ao ver o corte. Passei a gaze em seu corte e Justin estremeceu com o contato entre sua pele e o anti séptico. Não consegui deixar perceber os pelinhos lourinhos em sua nuca ouriçando. Justin soltou um “aut” quando eu forcei um pouco a gaze no corte. Eu me distraía, olhando o movimento suave e imperceptível de seus pelinhos, que subiam por sua nuca e se confundiam, a partir dali, com seu cabelo. Em alguns instantes, a gaze de cor branca se tornou avermelhada e o corte ia adquirindo um aspecto mais limpo. Procurei o esparadrapo e uma gaze pequena e logo fiz um curativo. A pele de Justin era macia. E seu cheiro era...bom demais.– Prontinho, Bieber.

–Eu não tenho que agradecer, né?- ele dizia enquanto se levantava.

–Claro que não.- respondi e sorri fraco.

–Ok, bem, acho que vou jogar um pouco de video game. Você já ia dormir, não é mesmo?- ele se levantava roubando alguns salgadinhos da bandeja.

–Ia...claro. - continuei sorrindo fraco.

Justin se levantou da cama e caminhou até a porta.

–Boa noite.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

não esqueçam dos meus reviews. hehe