I Love The Way It Hurts escrita por Junny, Dangerous Bitch


Capítulo 4
03. I just...can't


Notas iniciais do capítulo

OK meninas. Estou aqui com a última atualização do ano. Gente, o que aconteceu com meus reviews? Dois reviews (obrigada
JuBelieber e TahRodrigues) apenas? Quer dizer que eu me dedico tanto, passo horas e horas pensando, escrevendo, criando e quase não recebo comentários? Se não tiverem gostando, falem gente, porque o silêncio é doloroso ): Enfim, estou postando mais um capítulo e esperando que vocês, leitoras lindas e fantasmas, apareçam. Se não, como farei? É horrível postar e ficar esperando...esperando...esperando...e esperando... ):
Enfim, espero que gostem.
xoxo
Drummer Girl.



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Eu me distraía enchendo as bolas coloridas. Não era preciso muita coisa. Apenas umas bexigas, umas fitas, e um bolo do qual eu tinha apanhado um pouco para fazer. Eu estava sentada no chão, com as costas encostada na parede, enchendo a bexiga roxa, sem, realmente, prestar atenção no que eu estava fazendo. A atitude de Justin mais cedo havia me deixado surpresa e com um estranho sentimento.

– Qual é a porra do teu problema? - Sua voz surgiu, me fazendo procurar a direção.

Justin estava com seu ar superior, mas ainda não parecia muito bem.

– O que? Do que está falando? - Ele passou por mim, ignorando minha pergunta e indo até a cozinha.

– Esse cheiro de queimado diz alguma coisa a você? - Sua voz gritou, para que eu ouvisse o que dizia.

–Droga! - Levantei correndo, soltando a bexiga que eu tinha acabado de encher, deixando ela voar pela sala, vendo Justin tirar o bolo que eu havia feito para Pattie, queimado. Queimado ao extremo. Eu devia estar no mundo da lua para não perceber o tempo passar, ou o cheiro de coisa queimada dominar a casa.

–Tava ocupada pensando no meu beijo? - Justin cruzou os braços, me olhando todo superior.

–Droga! O bolo! Droga, droga, droga! Você não vê? Isso era importante! - Eu mexia no bolo, o que só aumentava o cheiro de queimado.

– Hey, ok. Calma.

–Calma? Isso era pra sua mãe!- exclamei nervosa, colocando a mão na minha testa.

–Calma, porra! Tudo bem que eu sou irresistível, é difícil você se controlar, mas... É pelo bem geral, então... Se quiser, posso te ajudar.- ele disse indo até a geladeira, tirando uma caixa de leite e alguns ovos. Olhei-o incrédula.- Tá bom, se não quiser ajuda, tudo bem.- ele colocou os ovos e o leite na mesa.- São nove e quinze. Você tem menos de meia hora pra aprontar o bolo e não deixá-lo queimar.

–Tá, tudo bem. Me ajuda com o bolo.- falei, derrotada. Eu tinha o preceito de que eu faria o bolo sozinha novamente, afinal, no que um drogado que não parava em casa poderia me ajudar?

–Na verdade, não vou te ajudar. Vai na sala e acaba de arrumar lá e de pensar em mim, eu faço isso sozinho.- ele disse indiferente. Eu tinha vontade de xingá-lo de todos os nomes que eu tinha em mente, mas a minha única reação foi entreabrir os lábios, com um ar de surpresa. Dei meia volta e fui até a sala, afinal, o meu silêncio era mais do que merecido para Justin.




–Pronto! Já tá no forno, daqui uns quarenta minutos é só tirar.- a voz de Justin soou, alguns minutos depois. Ele se jogou no sofá, fazendo o estofado ao meu lado afundar.

–Obrigada. Salvou o aniversário da sua mãe.- falei dando o nó na última bexiga.

–Ótimo.- Justin disse e se levantou, subindo as escadas.

Dei de ombros. Fui até a cozinha e peguei um dos bancos e o coloquei perto da parede. Peguei a fita adesiva, subi no banco, e comecei a pregar as bexigas, uma a uma, no batente da porta, pela parede, em volta dos quadros.

A colônia de Justin se espalhou pelo ambiente tão rápido quanto o fogo se espalhando por um pano encharcado em gasolina. Ele pegou a chave em cima da estante.

–Sabe que é bem a sua cara? Deixar a mãe comemorando o aniversário sozinha. Você é tão previsível, Bieber.- falei sarcástica. Ouvi Justin bufar atrás de mim e jogar as chaves em cima da mesa de centro com tamanha brutalidade que achei que ia trincar o vidro. Sorri vitoriosa.

–Eu não vou sair. Eu não sou tão previsível assim.- por mais que eu não o encarasse, eu sabia que ele tinha um sorriso sem mostrar os dentes estampado na cara.

Desci do banquinho, cantarolando alguma música distraídamente. Eu não tinha ouvido Justin sair, ou subir as escadas, mas eu não me importava. Abaixei-me para pegar os restos de barbantes que eu tinha jogados no chão, e quando levantei, senti minhas costas trombarem com algo. Era o peitoral de Justin. Dei um passo pra frente, ignorando sua presença, e senti suas mãos em meus braços, apertando-os com força e me virando para si. Meus olhos ficavam na linha de seus lábios, devido a sua altura, um pouco maior que a minha. Eu sentia a respiração de Justin bater em meu rosto. Levantei meu olhar, procurando o seu, encontrando dois globos cor de avelã, totalmente desprovidos de sentimentos; frios como dois globos oculares congelados. Entreabri meus lábios, procurando as palavras certas, mas que palavras eu poderia usar naquele momento? Justin foi aproximando seus lábios dos meus, com os olhos fechados. Mas eu não me permitir deixar que aquilo acontecesse de novo, com menos de duas horas de intervalo. Na verdade, eu estava disposta a não deixar aquilo se repetir, nunca mais.

–Acho melhor ir ver o bolo.- falei, surpreendendo Justin, que abriu os olhos rapidamente. Me desvencilhei de suas mãos e caminhei em direção à cozinha. Tirei o bolo do forno e o arrumei, com uma cobertura de chocolate. Vira e mexe, eu esticava meu pescoço, tentando olhar a sala.

Os segundos passaram mais rápido do que eu imaginava, enquanto eu checava cada detalhe para a festa de Pattie.

Passaram tão rápido que nem vi a própria Pattie chegar. Vi ela entrar, paralisando ao ver a sala colorida, e eu, arrumando um dos balões que havia se soltado.

Pattie sorriu, andando rapidamente até mim. Larguei o balão a abraçando o mais forte que consegui.

–Desculpe. Devia ser uma surpresa mais animada, nem vi você chegar!

–Eu não esperava nada disso, mesmo. Faz quanto tempo que eu não vejo bexigas assim?- ela disse, com sua voz embargada.- Acho que eu vi essas na festa de aniversário de onze anos do Justin. E nunca mais.- ela continou, decidindo se continuava sorrindo ou se chorava de emoção de uma vez.- Muito obrigada, Payton.

–Você não tem de agradecer. Você merece.- sorri, sincera.- Justin, Justin.- chamei pelo nome do garoto, não obtendo resposta. Eu achei que ele tava lá em cima, mas ele tinha saído.

Meu semblante se desesperou, e o de Pattie murchou, mesmo que ela continuasse sorrindo amarelo.

–Aaaaah! Esqueci. - Sorri, puxando Pattie pela mão até a cozinha. - Eu pedi pra ele comprar algo que eu havia esquecido.

–O que? - Pattie olhou pra mim, desconfiada.

–Se eu contar vou estragar a pouca surpresa que ainda resta.

Pattie sorriu confidente pra mim. Ela segurou minha mão, esfregando-as e me guiando de volta sala

–Não precisa mentir pra defendê-lo. Não é a primeira vez que isso acontece.- seu sorriso era triste, assim como seu olhar.

–Eu-Eu não estou mentindo.- Abaixei meu olhar. Eu não conseguia mentir olhando fundo em seus olhos. Minha voz saía tremida.- Eu... Eu não sei...Onde - comecei a confessar, sentindo um nó enorme se formar na minha traqueia. Eu não queria que tudo fosse daquele jeito, mas Justin sempre complicava as coisas.- Ele... es...

–Parabéns, mãe!- a voz de Justin se fez audível na sala. Um sorriso orgulhoso e surpreso surgiu na face de Pattie o que me fez sorrir automaticamente. Pattie largou minhas mãos e correu pro abraço do filho, que segurava um buquê de rosas vermelhas e uma pequena caixa. Apesar da minha surpresa com a atitude de Justin, sorri em ver os dois ali, abraçados, como se não houvesse nada de errado. Senti meus olhos marejarem com a cena. Era um sentimento esquisito o que circulava junto com o sangue que meu coração bombeava. Eu sentia a carência do abraço da minha mãe, das palavras dela, dos beijos dela. E Justin tinha sua mãe ali bem ao seu lado, e ele não dava o valor que ela merecia. Me senti como um peso morto no ambiente e subi as escadas. Fui até meu quarto, peguei um casaco de moletom e desci as escadas.

–Aonde você vai, Payton?- a voz de Pattie soou em meio a algumas risadas. Virei meu rosto em sua direção, Justin estava com a cabeça apoiada no colo da mãe; ambos tinham um sorriso lindo no rosto.

–Ér, a Mandy ligou... Ela brigou com o namorado... E, hm, ela... Precisa de mim...- eu atropelava minhas palavras, enquanto brincava com meu celular no bolso do casaco. Estava claro que eu estava contando a maior mentira do século.

–Você não vai ficar?- a voz de Pattie saiu meio infantil.

–Eu realmente preciso ir.- falei e antes de dar alguma chance d'ela revidar, corri pra porta, fechando-a.

Senti a brisa quente da manhã bater em meu rosto. Caminhei em direção ao parque e me sentei em um dos bancos de concreto. O sol batia em meu rosto, e eu via algumas crianças pequenas brincando com seus respectivos pais na beira do lago que havia bem no centro do parque. Senti as lágrimas escorrerem por meu rosto, molhando meu blusão.



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Notas finais do capítulo

Então, vocês vão aparecer, leitoras? ]=
Ah, indique a fic prazamigas e façam uma leitora felixxxx! q