I Love The Way It Hurts escrita por Junny, Dangerous Bitch


Capítulo 1
prólogo.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente. Então, uma nova fic. o/ Eu sei que a sinopse mais confundiu do que esclareceu, mas é que eu não sou muito boa com isso. E pá. Bem. Espero que essa fic eu consiga terminar, já que estou de férias e vou ter um pouco mais de tempo (e cabeça) pra levá-la adiante.



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Até os anjos têm seus planos perversos

E você leva isso para novos extremos

Mas você sempre será meu herói

Mesmo embora tenha perdido a cabeça

Eu sentia as mãos dele irem e virem pelo meu corpo, ora pelas laterais, ora acariciando meu ventre, meu colo. Sua boca não se decidia entre a minha boca, meu pescoço, meus ombros e meus seios. Sua pele quente em contato com a minha parecia borbulhar em fervura. Eu afundava meus dedos em seu cabelo, massageava seu coro cabeludo, emaranhava os fios de seu cabelo e bagunçava-os. Eu arranhava sua nuca e descia minhas mãos por suas costas, seus ombros e deslizava por seu peito. Ele ia e vinha, em um movimento frenético e constante. E eu sentia sua respiração descompassada e irregular bater contra meu rosto. Seu quadril se movia entre as minhas pernas e eu sentia meu orgasmo cada vez mais próximo, sendo denunciado por urros e gemidos de puro prazer. Finquei minhas unhas no ombro de Justin, arqueei meu corpo, sentindo meu ventre roçar na barriga de Bieber e soltei um gemido mais alto- quase um grito. Todos os músculos do meu corpo se espasmaram por alguns milésimos de segundos e depois relaxaram-se completamente. Continuei movimentando-me embaixo de Justin e logo um gemido mais alto da parte dele denunciou que ele também atingira seu ápice. Seu corpo tombou ao meu lado e ele logo me puxou pra deitar minha cabeça em seu peito. Seus dedos acariciavam minhas costelas. Meus dedos acariciavam seu peito.

-Eu senti falta disso.- ele disse e soltou uma risada nasalada. Ergui meu olhar até seu rosto e fitei sua expressão um tanto quanto safada. Não pude deixar de sorrir.

-Eu também senti.- falei, puxando o lençol para cobrir-me.

Justin beijou o topo da minha cabeça e se levantou. Vestiu sua boxer e caçou no bolso de sua calça seu maço de cigarro. Um hábito que eu condenava, mas o cheiro de cigarro em sua pele era extremamente sensual.

Assisti Justin cruzar a porta do quarto, a deixando entreaberta, e pude sentir o ar fresco entrando no quarto até então abafado. Levantei devagar, seguindo até sua camiseta, jogada no caminho entre o pequeno sofá e a cama. Assim que o tecido deslizou sobre meu corpo, o som de algo vibrando começou a encher meus ouvidos, junto com o toque crescente que anunciava uma nova mensagem de texto no celular dele.

Segui até sua calça puxando o telefone o mais rápido que pude até se encontrar entre meus dedos.

Silenciei o toque e meu olhar seguiu até a porta, me avisando que devia avisar Justin sobre a mensagem.

Meus olhos seguiram até o aparelho, e sem poder conter meus nervos, apertei o botão que indicava mostrar o conteúdo da tal mensagem.

Você prometeu me encontrar, onde está?

Estou com saudades :9

Me liga amanhã, gatinho.

René.

Senti minha respiração acelerar e junto dela ouvi os passos de Justin chegando até mim. Sua respiração bateu em minha nuca, me deixando ainda mais arrepiada, e sua voz mais fria que o normal, me fez fechar os olhos e congelar em meu lugar, sem reação.

-O que tá fazendo com meu celular, Payton?

Engoli seco e senti, por alguns segundos, a minha cabeça rodar. Em questão de instantes, senti os dedos de Bieber segurarem meu braço com afinco, fazendo a região doer; ele virou meu corpo e meu olhar encontrou o seu. Seus dentes estavam cerrados, seu maxilar trincado e seu cenho demonstrava uma fúria. Suas narinas se moviam conforme sua respiração ofegante e barulhenta passava por tal canal. Seus olhos azuis se moviam e me encaravam, completamente intimidadores. Minha boca se entreabria, tentando pronunciar algo, em vão; meus lábios tremiam. Eu sentia um nó se formando em minha garganta. Seus dedos apertaram ainda mais meu braço e ele resumiu a pequena distância que havia entre nós, eu podia sentir o calor sendo emanado de seu corpo. Ele continuou avançando e me forçando a ir pra trás. Ele soltou meu braço e, automaticamente, pousei minha mão sobre a área aonde ele havia apertado, esfregando-a.

-Justin...Eu...- tentei pronunciar algo em minha defesa, mas o que eu iria falar? Com um ímpeto, um impulso totalmente indelicado senti meu corpo ser jogado contra a superfície macia da cama. Nos primeiros instantes, eu não entendi o que tinha acontecido. Então, eu me dei conta que o lado esquerdo do meu rosto queimava, latejava e ardia. Ele tinha me dado um tapa, de novo. Tentei focar um ponto fixo na minha visão e tudo o que enxerguei foi Bieber voltando-se furioso em minha direção, com a mão erguida...

Acordei no dia seguinte. Eu tinha adormecido ali, entorpecida pela raiva, após ter mais uma briga violenta com Justin. Eu tinha pegado no sono enquanto chorava mais uma vez.

E o incrível era que eu não conseguia simplesmente deixá-lo. Largar tudo. Ir embora. Sumir da vida dele. Sumir da faculdade. Eu queria, mas eu não podia. Ele precisava de mim. E eu precisava dele.

Abri os olhos lentamente. O cheiro dele ainda estava ali, impregnado nos malditos lençóis. Eu usava a maldita camiseta de banda dele. Meus olhos ardiam e meu rosto estava inchado. Minha boca amargava e meu coração...bem, estava pequeno, apertado, doído e pesado. Sentei-me na cama e apoiei minhas costas na cabeceira. Abracei meu joelho e respirei fundo. Olhei pra porta, que estava entreaberta, e vi um ursinho e uma flor colocados ali. Os olhos de vidro do pequeno bicho de pelúcia me fitavam e pareciam me questionar. Me levantei e pisei no chão gelado. Tomei o bicho em meus braços e afundei meu rosto em sua pelúcia e fui entorpecida pelo cheiro de Justin- a mistura perfeita entre o cheiro de sua pele e sua colônia favorita. Voltei a sentar na cama do mesmo jeito que antes. Apalpei o bichinho. Fitei a flor que ainda estava no chão, ao lado da porta. Senti meus olhos marejarem. Aquilo tudo era uma droga. Aquela situação. Aquela droga de sentimento. Aquela droga de vida. Aquela droga de briga. Aquela droga de celular. Aquelas drogas de socos e tapas dados mutuamente na última noite. Aquelas drogas de palavras cuspidas. Os empurrões. Os puxões. Joguei o ursinho de pelúcia longe e limpei as lágrimas que teimavam em escorrer quentes e cortantes pelo meu rosto. Me levantei e fui até o banheiro da pequena suíte de motel. Tomei um banho rápido- o suficiente para tirar algum vestígio de sujeira. Tentei, durante o banho, enxergar quais marcas deixariam hematomas duradouros. Sai do banho e, ainda enrolada na toalha, cacei meu celular dentro da bolsa. Procurei o número de Katheryn e apertei o send.

-Alô.- a voz dela, denunciando que havia sido acordada com o toque de seu celular, soou do outro lado da linha. Instantaneamente, me senti mais segura.

-Amiga...- falei com a voz chorosa.- Eu...Eu...Precisava tanto te ver...Precisava tanto falar com você...- minha voz falhava até sumir.

-O que aconteceu, Payton?

-De novo, amiga.- falei sentindo meus olhos marejarem.

-De novo o quê?...AI MEU DEUS! Payton! Eu não...Não acredito!- ela, sem que eu precisasse entrar em detalhes demais, percebeu o que havia de errado. Funguei baixinho. As lágrimas rolavam por meu rosto quentes. Eu não conseguia sentir mais nada. Ou eu sentia tudo e só não conseguia me decifrar.- Payton? PAYTON! Aonde você está?- a voz de Katy voltou a surgir no telefone, chamando-me de volta pra realidade.

-Eu...diga.- falei com a voz baixa.

-Me diz aonde você está. Estou indo praí agora!

-Estou naquela droga de motelzinho que ele quase sempre me trás. Você sabe...Na saída da cidade...- falei, desanimando-me com os flashbacks que passeavam involuntariamente pela minha mente. As cenas de tudo o que eu e Justin havíamos vivido naqueles lençóis, entre aquelas paredes, iam e vinham na minha mente.

-Não sai daí, Pay. Estou correndo praí, amiga.- ela disse, provavelmente, já calçando os sapatos.

-Ok, Katy. Vou te esperar.- sentir um bico se formar em meus lábios. Inevitável. Desliguei o celular e fitei o urso de pelúcia jogado no chão. Este, com certeza, tinha sua história pra contar, igual aos outros ursos.

Levantei-me, sentindo meu corpo doer. Era a primeira vez naquele dia que eu prestava atenção em como meu corpo doía. Minhas costelas, meu pescoço, meus braços, minhas costas... Caminhei até o banheiro da suíte e fixei meu olhar no espelho. Não no vidro em si. Mas no lixo refletido. Aquela era eu?

Sim.

Olhos afundados e, ao mesmo tempo, saltados. Olheiras enormes emoldurando aqueles globos oculares. Alguns arranhões descendo pelas bochechas e acabando no pescoço. Um olho roxo. Um corte ao lado da boca. Outro corte no supercílio. A pele tinha um aspecto seco. Os olhos molhados. A blusa tinha algumas, pequenas, marcas de sangue e tinha alguns rasgos na gola. A briga fora feia.

Balancei a cabeça negativamente. E uma banheira, daquelas antigas de porcelana, chamou minha atenção. Liguei a torneira e deixei que ela enchesse por completo. A água devia estar bem quente, pois saía fumaça de sua superfície e se espalhava pelo banheiro. Encostei a porta, para que aquela atmosfera se mantivesse por um pouco mais de tempo. Era...aconchegante. Tirei a camiseta e joguei-a ali no chão mesmo. Deixei com que a minha roupa íntima deslizasse pelo chão e, com dificuldade, entrei na banheira, sentindo o choque entre a água quente e a minha pele fria. Aos poucos, meu corpo ocupava espaço na banheira e a água transbordava, molhando o chão. Uma sensação de relaxamento possuiu meu corpo no mesmo instante que uma sensação de redenção se apoderou de meu espírito.

Tudo, talvez, acabaria ali...

...Talvez


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Notas finais do capítulo

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