Dream A Little Dream escrita por milacavalcante


Capítulo 6
Capítulo 6 - Little house


Notas iniciais do capítulo

oooooooooolá leitores lindos da minha vida *o*
Não vou ficar enrolando aqui então...
espero que gostem do capítulo :3
capítulo reescrito :3



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– Desculpe. – falei e me abaixei para pegar os livros, mas o cara fora mais rápido.


Olhei para ele. Não podia ter mais que 18 anos, tinha os olhos castanhos claro, o cabelo ruivo liso e usava jeans e uma camisa do AC/DC. Ele sorriu mostrando dentes perfeitos e covinhas fofas.



– Obrigado. – falei pegando os livros.


– Não tem de que. – ele falou com um sotaque britânico. – Sou Erick.


– Annabeth. – falei.


– Bonito nome. – ele elogiou. – Gosta de mitologia?



– Demais. – falei sorrindo. – É um dos meus assuntos preferidos.


– É um dos meus também. – ele respondeu.


Só eu estou ouvindo esse coro de aleluia? Um padre dizendo até que a morte os separe? Ok Annabeth, para com a droga.


– Legal. – falei sem saber mais o que dizer.


– Quer tomar um café comigo? O café daqui é fantástico. – ele falou gesticulando com as mãos.


– Adoraria. – falei.


Ele me direcionou até um café no canto da livraria. Pedimos dois capuccinos.


– Então, de onde você veio? – ele perguntou.


– São Francisco, mudei-me recentemente. – falei.


– Sorte dos Nova Yorquinos. – ele sorriu.


Pra variar, eu corei.


– E tenho certeza que você também não é daqui, certo? - perguntei.


Ele sorriu e passou a mão nos cabelos ruivos.


– Sou de Londres. - ele disse. - Vim para cá três anos atrás.


– Tem quantos anos? – perguntei. Seu sorriso vacilou um pouco.


– 16. – ele falou.


– Também tenho 16. - disse e ele quase cuspiu o café.


– Mentira? – ele disse. – Eu dava uns 18 pra você.


Conversamos basicamente sobre livros, descobri que ele era um grande fã de Harry Potter o que nos rendeu assunto por horas. Mas depois de vinte minutos conversando tia Suzan liga.


– Estou vendo você com esse garoto lindo do seu lado e vou me odiar por isso, mas teve uma emergência no trabalho, precisamos ir. – ela disse do outro lado da linha.


– Ok, estou indo. – eu disse.


– Espero você no carro. – ela disse e desligou.


As pessoas não dizem mais tchau hoje em dia?


– Precisa ir? – ele perguntou.


– Sim, foi muito legal te conhecer, até qualquer dia. – falei.


–Na verdade, eu gostaria muito de vê-la novamente. - ele falou seus olhos castanhos quase me intimidando.


– Amanhã no mesmo lugar e mesma hora. - falei e fui até o caixa pagar meus livros.


Nessa hora me ocorreu de que ela viu o outro livro. Será que ele achou que eu era louca? Ou só curiosa? Droga. Fiquei tensa.


Minha mente pedia um Milk shake, então antes de correr para o carro comprei outro Milk shake. Entrei no carro já me preparando para a enxurrada de perguntas que tia Suzan faria.


– Quem era ele? – perguntou antes mesmo de eu fechar a porta.


Dei uma boa golada no milk shake antes de responder.


– Erick. – falei. – Não sei o sobrenome, mas ele gosta de Harry Potter.


Tia Suzan riu.



Passei o resto do dia jogada na cama lendo o livro que comprara quando meu celular toca. Olhei no visor e sorri largamente.


– Oi amiga. - falei.


– OI AMIGA? VOCÊ VAI EMBORA, NÃO ME LIGA, ME ESQUECE, ME ABANDONA E QUANDO EU TE PROCURO VOCÊ DIZ OI AMIGA, É ISSO MESMO? - Thalia gritou do outro lado da linha.


– Também estava com saudades vadia. - falei. - Eu ia te ligar mas estava ocupada desfazendo as malas.


– Tá, dessa vez eu te perdoo, então me conte tudo o que aconteceu. - ela pediu.


Thalia era minha melhor amiga, quando eramos crianças eu estava brincando no playground quando duas meninas mais velhas vieram me atormentar, ai a Thalia chegou e disse pra elas me deixarem em paz, depois encheu elas de porrada.


As melhores amizades se formam com jeitos mais estranhos possíveis.


Contei tudo o que tinha acontecido, Percy, festa, Percy, Erick, Percy.


Thalia me ouviu atentamente, exclamanado uns ah e oh de vez em quando.


– Ele quer teu corpo nu. - Thalia falou séria.


Depois que eu passei 15 minutos gargalhando ela continuou.


– Não, mas sério, o que ele quer? Ele tem namorada.



– Eu sei. - falei. - Não sei o que ele quer, eu devo estar inventando esse clima entre a gente ou sei lá.



– Ou ele é um safado mesmo. - Thalia falou.


– Sua sinceridade vai acabar te matando, sabia? - falei brincando.


Ela riu.


– Mas tá, chega de falar de mim, como estão as coisas por ai?


– Bom, eu ia fazer uma surpresa, mas você sabe que eu não consigo esconder nada de você, né? - ela falou rindo. - Lembra que eu disse que papai estava pra ser promovido e etc?


– Não. - disse e Thalia bufou.


– De qualquer modo, ele foi promovido. - ela falou.


– Diga que eu mandei parabéns pra ele. - falei.


– Dá pra calar a boca e esperar eu terminar de falar? - Thalia disse.


– Grossa. - resmunguei.


– Como eu ia dizendo antes de ser grosseiramente interrompida... papai foi promovido e transferido para outra cidade.


– Ai meus deuses, você vai se mudar? - perguntei chocada.- Pra onde?


– Ai meus deuses? - ela indagou. - Você tem que parar de ler livros de mitologia, sério.


– Pra onde você vai morar, Thalia? Para de fazer suspense. - praticamente gritei no telefone. Ela riu.


– NEW YORK BITCH. - ela gritou do outro lado e eu gritei do lado de cá e ai ficamos gritando até o Malcom gritar do quarto ao lado.


– CALA A BOCA ANNABETH, NÃO TÁ VENDO QUE EU TO DE RESSACA?- ai eu calei a minha boca.


Tentei conter a minha alegria.


– Não acredito que você está vindo morar em Nova York. - falei.


– Não acredito que eu estou indo morar em Nova York. - ela falou rindo.


– E quando você vem? - perguntei.


– Depois de amanhã. - ela disse.


– Você vai me ligar assim que por os pés pra fora do avião, entendeu?- falei.


- Que seja. - ela disse bufando.


Ouvi uma batidinha na janela.


– Amiga, tem alguém batendo na minha janela, vou desligar, beijos, te amo. - falei e desliguei antes dela responder.



POV PERCY

Ouvi um grito agudo vindo da janela da Annabeth e fui pra varanda. Joguei algo que peguei no chão do meu quarto na janela dela. Logo ela abriu a janela confusa.


– Huh, você está bem? - perguntei constrangido. Ela sorriu.


– Muito bem e você? - ela perguntou.


– Eu estou bem. - falei.


Annabeth parecia estar tão feliz a ponto de dar pulinhos.



– Ouvi seus gritos. - confessei. - Pensei que alguém estivesse te matando ou coisa parecida.



Seu rosto ficou vermelho, ela botou um cacho loiro pra trás da orelha.


– Eu gritei tão alto assim? - ela perguntou timidamente.


Assenti segurando a risada.



– Ai deuses. - ela disse mordendo os lábios.


Já disse que ela era muito linda dizendo ai deuses?
Balancei a cabeça furtivamente pra tirar esse pensamento da cabeça.


– Quer dá uma volta? - perguntei.


– Pra onde? - ela perguntou.


– Qualquer lugar. - eu disse.


– Ok. - ela disse.


Eu sorri.


– Estou passando ai. - disse e voltei pra dentro do quarto.


Desci as escadas e dei de cara com a mamãe.


– Onde pensa que vai tão animadinho? - mamãe perguntou sorrindo.


– Dar uma volta. - falei revirando os olhos.


– Com a Rachel? - ela franziu os lábios.


Mamãe não gostava muito de Rachel.


– Não. - falei e sai de casa.

Annabeth já me esperava fora da sua casa.


– Onde vamos dessa vez? - ela perguntou.


–Não sei. - confessei. - Só queria uma companhia decente pro sábado.


– E eu sou a pessoa mais decente por aqui? - ela perguntou com uma sobrancelha levantada.


– Tem uma freira que mora ali na esquina, mas acho que ela não iria topar dá uma volta comigo. - brinquei.


– Palhaço. - ela riu.


- Você sabe patinar? - perguntei lançando-lhe um sorriso malicioso. 


- Defina patinar. - ela disse sorrindo fraco. 


- Você verá. - disse sorrindo.



Fomos andando até o Rockfeller Center que não ficava muito longe de onde morávamos. 


- Patinar no gelo? - ela indagou com uma sobrancelha arqueada.


- Você é, tecnicamente uma turista de São Francisco, isso tem que impressionar você. - disse gesticulando com as mãos.


- Está tentando me impressionar? - ela perguntou com um sorriso malicioso.


- Não, quer dizer... ah, vamos logo. - disse constrangido.


Annabeth riu.Alugamos nossos patins e entramos na pista de gelo escorregadia.


Annabeth se equilibrava em cima dos patins com perfeição. Já eu quase caí de cara assim que pisei no rink.


 - Você disse que não sabia patinar. - reclamei para Annabeth. 


Ela gargalhou.


- Eu não disse isso. - ela disse entortando os lábios.


- Eu te odeio. - murmurei e ela riu ainda mais alto.


 - Claro que odeia. - ela respondeu mostrando a língua e patinando para o outro lado. 


Tentei seguí-la sem levar uma queda constrangedora.


 - Uma corrida? - ela propôs com uma expressão de menina levada. 


- Você sabe que vai perder. - a provoquei.


- É o que veremos. - ela disse.


Me postei ao lado dela.


- No 3. - disse. - Um, dois...


Annabeth saiu na frente.


 - Hey. - gritei. - Isso não e justo.


Ela gargalhou e continuou patinando. Deslizei a toda atrás dela. Annabeth fez um giro e se desequilibrou, indo de bunda ao chão.


 - Isso que dá querer roubar de mim. - a provoquei estendendo a mão para ela. 


Ela sorriu e se apoiou na minha mão para levantar.


- Cala a boca Cabeça de algas. - ela disse e eu entrelacei as nossas mãos.


As bochechas de Annabeth ficaram vermelhas.


 - Huh... - ela começou a dizer.


 - Não pare. - disse patinando com ela.


 Ficamos dando voltas pelo rink se apoiando um no outro eventualmente, nossas mãos ainda entrelaçadas. 


- O que está achando de Nova York? - perguntei quando ambos estávamos estáveis em cima dos patins.


Ela hesitou antes de responder.


- Interessante. - ela disse simplesmente. - Melhor do que eu esperava em alguns aspectos e decepcionante em outros.


- E onde eu me encaixo nessa definição? - brinquei.


- Ambos. - ela disse sorrindo.


- O que? Mas porque? - indaguei frustrado.


- Ninguém é perfeito. - ela disse dando de ombros.


Olhei atônito para ela.


-Sério, que droga você cheirou? - indaguei brincando. - O negócio deve ser forte.


Ela bateu no meu ombro fazendo com que eu me desequilibrasse e fosse pro chão, levando-a junto comigo.


- Você está bem? - perguntei para ela que estava a poucos centímetros de mim.


- S-sim. - ela gaguejou. 


Botei a mão na sua nuca e observei as bochechas dela ficarem vermelhas. Inconsciente do que eu fazia, aproximei seu rosto do meu.


- Percy? - ela indagou baixo.


 - O que? - sussurrei de volta.


- O que você pensa que está fazendo? - ela indagou sorrindo.


 - Huh, nada. - disse tirando a mão de sua nuca. 


Ela riu constrangida e levantou. 


- Acho melhor irmos embora antes de quebrar algum osso. - disse.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? sim? não? talvez? Anyway, me contem nos reviews. Vocês acham que eu mereço uma recomendação? (com isso eu quero dizer 'quero uma recomendação'. Sem pressão)
Vou postar o mais rápido possível, até a próxima semi-deuses :3



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