Dream A Little Dream escrita por milacavalcante


Capítulo 5
Capítulo 5 - Never too late


Notas iniciais do capítulo

heeeeeeeeeeeeeey semi-deuses
Aí está um capítulo bonitinho pra vocês, aproveitem :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/178159/chapter/5

Percy não quis me contar onde estava me levando, eu estava ficando meio nervosa, por mais que já confiasse nele só o conhecera hoje, ele podia ser um ninfomaníaco que queria me levar pro mato e tirar minha virgindade.

Ok, chega Annabeth. 

Meia hora depois Percy estacionou perto de uma floresta e saiu do carro, botei meus saltos e o acompanhei. 

- Você me trouxe para o meio do mato? – perguntei.

De repente a idéia do ninfomaníaco parecia mais real. 

- Não, venha, vou lhe mostrar. – ele pegou a minha mão e me arrastou pra dentro da floresta. 

Lista das coisas que nunca se deve fazer: 

Primeiro: Entrar numa floresta à noite com um meio desconhecido e de saltos altos. 

Percy praticamente teve que me carregar para que eu não caísse. 

- Como sabe que não vamos nos perder? – perguntei. Ele riu. 

- Não sei. – ele respondeu. 

- O que? – gritei. – Vamos nos perder, quero voltar.

Ele gargalhou, sua risada ecoou pela floresta. 

- Annie, tem uma trilha no chão e eu já fiz esse caminho tantas vezes que poderia fazer de olhos fechados. – ele disse segurando a minha mão para passar por uma área um pouco alta. 

- Tudo bem. – balbuciei.

Ele me chamara de Annie, isso era... diferente. Annabeth, foco. 

Andamos por mais alguns metros, até ouvir um som de água caindo. 

- O que é isso? – perguntei. Ele me olhou divertindo-se.

- Contenha sua curiosidade por mais alguns metros, certo? – ele falou. 

- Chato. – bufei e continuei andando. 

Logo a floresta se abriu numa grande clareira, havia uma cachoeira pequena e um lago que refletia a luz da lua no céu. A margem do lago era gramada, parecia uma paisagem que eu via quando assistia o Discovery Channel. 

- Isso é lindo. – sussurrei.  

Notei que ainda estávamos de mãos dadas e soltei sua mão, corando. Ele sorriu.

- É o melhor lugar do mundo. – ele falou.

- Como encontrou esse lugar? – perguntei.

- Eu vinha com meu pai antes dele desaparecer. – ele falou mordendo os lábios.

- Sinto muito. – falei olhando pra ele.Percy sorriu.  

– Quer nadar?

- E se tiver cobras ai? – perguntei. Ele levantou uma sobrancelha. 

- Tá, mas se eu morrer vai ser sua culpa. – falei.  Ele riu.

Tirei os sapatos, a jaqueta de couro e as pulseiras e joguei no chão. Percy tirara os sapatos e a camisa, tentei não olhar pra ele, mas não consegui e corei. 

- O que foi? – ele perguntou sorrindo. 

- Nada. – falei.– Vai você primeiro. 

- Porque? – ele perguntou confuso. 

- Se algo atacar você eu não entro ali. – brinquei.

Ele revirou os olhos. 

- Vamos juntos. – ele falou pegando a minha mão.

Pra variar, eu fiquei vermelha. 

- Ok. 

- AI MEUS DEUSES, ISSO ESTÁ CONGELANDO. – gritei para Percy quando entramos na água.

 - Você se acostuma, calma. – ele falou gargalhando. 

O lago era mais fundo do que parecia, meus pés não tocavam os chãos e só tínhamos a luz da lua pra iluminar, de forma que quase não via Percy. 

- Quero pular da cachoeira. – falei. – Tenho chances de morrer? 

- São poucas. – ele falou.

Nadei até embaixo da cachoeira com Percy logo atrás de mim. De perto a cachoeira parecia mais alta, tendo aproximadamente quatro metros.

Escalamos por umas pedras e a visão de cima era ainda mais bonita. Até eu olhar pra baixo. 

- Ai meus deuses. – sussurrei.

- O que foi? – ele perguntou preocupado. 

- Isso é alto demais, eu não posso fazer isso. – falei. – Eu tenho medo de altura. 

- Podemos dá um jeito nisso... – ele falou sorrindo. Seus olhos verdes brilhavam com a luz da lua. 

- O-o que? – gaguejei.

Antes que eu pudesse gritar, ele me carregou e pulou em direção a água. A nossa queda foi rápida, Percy segurou minha cintura e me arrastou pra cima de novo. 

- Desgraçado. – gritei jogando água nele. 

- Você gostou, confessa. – ele falou ofegante.

 - Não. – menti.

Ele riu. Olhei pra ele e gargalhei. 

- Cabeça de alga. – falei e nadei pra perto dele pra tirar o pedaço de alga que ficara preso na cabeça dele. 

Ficamos simplesmente nos olhando por alguns minutos. Só ouvíamos o som da água caindo e de nossas respirações ofegantes. Seus olhos verdes me encaravam com tanta intensidade que ficou difícil desviar os olhos.

- Huh, preciso ir pra casa. – desviei os olhos corando.

- Certo. – ele falou.

Nadamos até a margem onde estavam as nossas coisas. Meus jeans e minha camisa estavam ensopados, minha blusa branca ficara transparente e a temperatura parecia ter caído uns dois graus.

 - Vista isso. – Percy falou me passando sua camisa.

Virei de costas pra ele e tirei minha camisa, minhas bochechas coraram. Vesti sua camisa que ficou igual um vestido em mim e tirei meus jeans molhados. Me virei para ele. 

- Está linda. – ele sorriu. Mordi os lábios. Ele tremeu.

 - Você está com frio, me sinto culpada. – falei. Ele riu.

- Não se preocupe comigo, vamos. 

Peguei minhas coisas e voltamos pro carro, Percy não segurou minha mão na volta. Já dentro do carro, um silêncio desconfortável se seguiu, Percy ligou o aquecedor e fechou as janelas. 

- Porque me trouxe aqui? – perguntei. 

- Não sei, nunca tinha trazido ninguém a esse lugar. – ele falou mordendo os lábios.

- Me sinto especial. – brinquei.

Ele sorriu e sussurrou algo que eu não escutara.

- O que disse? – perguntei. Ele arregalou os olhos.

- Nada, eu não disse nada. – ele falou corando.

Franzi as sobrancelhas. 

- Tudo bem. – ele ligou o carro e fomos em silêncio até em casa. 

Chegamos em casa quando estava amanhecendo, não havia nenhum carro na frente então ninguém havia chegado ainda, sorte minha. Percy parou na frente da minha casa.

Esperei ele falar alguma coisa, mas ele parecia ter ficado mudo depois daquele momento esquisito no lago.

 - Me diverti muito essa noite, Percy. – falei olhando para ele nervosa. 

- Também me diverti muito, Annie. – ele disse me dando um sorriso nervoso. Abri a porta do carro.

- Boa noite, Annie. – ele falou.

- Boa noite Cabeça de Alga. – falei e dei-lhe um beijo na bochecha. 

Sai do carro sem ver a reação dele, peguei a chave embaixo do tapete e destranquei a porta. Ouvi o carro dele ir até a casa do lado.

Entrei e fui direto pro meu quarto. Deitei na cama e dormi imediatamente. 

Não sei se era porque eu estava feliz ou porque eu não tomava um milk shake desde que eu saíra de São Francisco, mas tive um sonho engraçado onde milk-shakes dançavam a macarena e tentavam me seduzir. Foi uma decepção quando eu acordei.

Fiquei de olhos fechados por alguns minutos pensando se a noite anterior fora outro sonho engraçado.

Abri os olhos e verifiquei o que estava vestindo.Sorri e me repreendi na mesma hora. Sorrisos bobos? Ok, Annabeth pode parar agora mesmo.

Minha barriga roncou e eu levantei me arrastando até o banheiro. Fiz minha higiene matinal e vesti meu inseparável short jeans e uma camiseta preta com mangas ¾. 

Acabei tropeçando nos meus saltos que eu jogara no meio do quarto na noite anterior e xinguei baixo. Não estava aqui nem uma semana e meu quarto já estava uma bagunça. 

Fui até a cozinha preparar algo pra comer, mas nem era preciso. Tia Suzan estava cozinhando, Carly e Malcom ainda estavam de pijamas e cara de sono.

- Bom dia pessoal. – falei ainda meio sonolenta. Carly e Malcom resmungaram de volta.

- Boa tarde você quer dizer. – Tia Suzan falou. – São quase duas da tarde.

- Não brinca. – falei chocada.

- Só não vou brigar com os três porque eu acordei a pouco tempo também. – ela sorriu botando wafles na mesa. 

Botei um wafle no prato e o comi com vontade.

 - Então, como foi a festa? – Tia Suzan perguntou. Malcom me deu uma olhada significativa. 

- Normal. – falei concentrada na comida. 

- O boato era que a loira desconhecida dera um grande fora em Luke Castellan. – Malcom disse rindo. – Algo a comentar?

- Aquele garoto é um idiota. – falei pegando outro wafle. 

- E você, Carly? – Tia Suzan perguntou. – Se divertiu na casa da Rachel?

- Na verdade eu fiquei em casa assistindo a reprise de Gossip Girl. – ela disse sorrindo. Tia Suzan revirou os olhos. 

- Quando terminarem vão se arrumar, vamos ao shopping comprar os materiais escolares. – Tia Suzan disse. 

- Preciso ir? – Malcom falou. – Estou morrendo de dor de cabeça. 

- E eu? Marquei de ir pra casa da Drew daqui a pouco. – Carly disse.

 - Por mim tudo bem. – disse terminando o segundo wafle. – Só preciso trocar de roupa. 

- Obrigada querida. – ela disse e olhou feio para os filhos. – Depois não reclamem. 

Os dois bufaram em sincronia. Terminei de comer e voltei para o quarto. Olhei pela janela e vi um Percy sonolento levantando.

Ele me viu olhando e abriu a janela saindo na varanda. Fiz o mesmo. 

- Bom Dia Annie. – falou com a voz sonolenta. Seus cabelos estavam bagunçados e seu rosto meio vermelho.

 - Boa tarde cabeça de alga. – eu disse e ele riu. 

- Não vai esquecer disso, estou certo? – eu ri. 

- Nunca. 

- O que vai fazer hoje? – perguntou passando a mão no cabelo.

Eu comentei que ele ainda estava sem camisa?

- Sair com a tia Suzan. – falei. Ele pareceu desapontado. 

- Ah, então divirta-se. – ele falou. 

- Vai ficar morgado na cama o dia inteiro? – perguntei sarcástica.

 - Vou pensar em algo pra fazer. – ele disse sorrindo.

 - Até outra hora então. – falei e voltei para dentro do quarto.


Fechei a cortina e peguei uma blusa amarela escrita Eu amo pudim e um short de cintura alta, coloquei uma meia 5/8 e meus coturnos de cano baixo.

Passei uma maquiagem leve e deixei os cabelos soltos. Peguei minha mochila e enfiei minhas coisas dentro. Desci as escadas e titia já me esperava lá embaixo. Fomos para o carro. 

- Então, comece a me contar. – tia Suzan falou depois de alguns minutos. – Como está sendo sua vida aqui? 

Botei uma mecha de cabelo atrás da orelha. 

- Está... legal. – falei. 

- Detalhes? – ela pediu.

 - Eu estou aqui a pouco tempo tia, não tem detalhes de nada. – falei. Ela parecia desapontada.

- Garotos? – ela perguntou. 

- Nenhum que valha a pena. – falei lembrando de Luke.

Percy me veio a mente também, mas o tirei imediatamente. Ainda não tinha entendido o que acontecera ontem e esperava pensar nisso em breve. Tia Suzan bufou.

- As aulas não começaram ainda, não se preocupe. – ela falou. Franzi as sobrancelhas.

- Claro tia. – falei. 

Minutos depois chegamos ao shopping, fomos até a livraria. 

- Tia, vou ver uns livros que eu estava atrás, tudo bem? – perguntei.

- Certo, quando acabar aqui eu ligo pra você. – ela disse. 

Fui até a seção de auto ajuda atrás de um livro sobre auto mutilação, estava decidida a parar com aquela tortura sozinha. Acabei escolhendo um livro com o título distúrbios mentais de A a Z, o titulo é meio besta mas o conteúdo era realmente interessante. 

Peguei o livro e fui para a seção de história. Lembrei de quando era menor e meu pai me levava na biblioteca e passava horas falando sobre diversos acontecimentos históricos. Meu pai era um professor de história com ar de cientista louco.

 Sorri ao lembrar, afaguei o pulso e peguei o livro de mitologia grega que procurava, sai daquela seção praticamente correndo e esbarrei em alguém, os livros na minha mão indo para o chão. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? sim? não? hmmmmmm
deixem reviews ou uma recomendação, beleza? Isso faz bem pra minha quase inexistente auto-estima .-.
É isso, até a próxima, agora vou me retirar pro Chalé 13, beijos :*