Dream A Little Dream escrita por milacavalcante


Capítulo 21
Capítulo 21 - Sweet Dreams are made of this


Notas iniciais do capítulo

Hey semideuses o
Desculpem novamente a demora é que eu perdi a noção do tempo nessas férias.
Recebi a 16ª recomendação e uau, vocês são demais! Obrigada
CherryBomb45!!!!!!!
Aproveitem



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Fomos para uma sorveteria ali perto, sentamos no canto mais afastado e pedimos uma banana Split. Ficamos conversando e trocando carícias por um tempo.

Logo Thalia e Nico entraram na sorveteria e vieram sentar conosco.

- Qual é a boa, casal? – Thalia perguntou sem rodeios.

 - Estamos namorando. – Annie disse sorrindo pra mim.

 Thalia deu um grito muito gay o que surpreendeu a todos.

- Eu tinha certeza que isso ia acontecer. – ela disse abraçando a amiga.

- Felicidades cara. – Nico disse.

- Obrigada. – respondi entrelaçando minha mão com a da Annie.

Ficamos conversando banalidades por algum tempo até que Rachel entrou na sorveteria seguida de Luke.

Senti Annabeth ficar tensa ao meu lado. 

- A vaca ruiva já está com outro? – Thalia disse. – Que podre.

- Thalia... – Nico disse hesitante.

Rachel sentou numa mesa do lado oposto a que nós estávamos. Luke e ela pareciam estar juntos, pois estavam bem perto um do outro.

Rachel viu que eu estava olhando e acenou dando um sorriso mínimo.

Por mais que eu gostasse da Annie eu me senti mal. Eu sei, eu mereço uns tapas na cara. Mas eu fiquei mais de um ano com ela, não dá pra esquecer tudo tão rápido assim.

- Acho melhor irmos embora. – Annabeth sussurrou pra mim.

- Não tem por que irmos. – disse um pouco ríspido. Annabeth mordeu os lábios.

- Eu quero ir. – ela disse firme.

Notei que ela estava afagando o pulso sem perceber e me dei conta do que estava acontecendo.

Eu estava com ciúmes da Rachel e Annabeth tinha percebido, como eu sou idiota!

- Tudo bem, vamos. – disse suspirando.

Paguei a conta e nos despedimos de Thalia e Nico. Dirigi em silêncio até a sua casa.

- Annabeth? – indaguei sem saber o que dizer.

- Sim? – ela respondeu sem olhar pra mim.

- Me desculpe pelo o que aconteceu. – eu disse. -  Eu não sei o que deu em mim...

- Você estava com ciúmes, Percy. – ela disse olhando para mim.

Eu ia negar mas ao olhar para seus acusadores olhos cinzentos eu não consegui.

- É verdade. – eu disse. – Me desculpe.

Annabeth mordeu o lábio inferior e olhou para a sua casa.

- Acho que nos adiantamos... – ela começou. – Você terminou seu namoro muito recentemente.

Segurei seu rosto com ambas as mãos.

- Annie... – sussurrei. – O que eu tive com a Rachel por todo esse tempo não é nada comparado com o que eu sinto por você. Eu quero estar com você, namorar você.

- Cabeça de alga... – ela sussurrou antes de me beijar.

As semanas foram se passando com rapidez absurda. Eu não tinha do que reclamar, ia visitar meu pai quase todos os dias, meu namoro com Annabeth estava numa sintonia perfeita e minhas notas estavam melhorando graças a minha namorada nerd.

Estava indo visitar meu pai depois da escola. O dia estava escuro com as nuvens de chuva cobrindo o céu. Deixei o carro no estacionamento e subi para o seu novo apartamento que ficava não muito longe do antigo prédio.

Bati na porta e a abri. Procurei Poseidon pela casa e o encontrei adormecido no seu quarto. Ele parecia tão relaxado que eu não quis acordá-lo.

Fui pra sala assistir tv e liguei pra Annie. Ela atendeu ao segundo toque.

- Cabeça de alga. – ela me saudou.

- Corujinha. – rebati e ela riu.

- Está ocupada? – perguntei.

- Estava escrevendo. – ela respondeu. – Você não ia ver seu pai?

- Estou aqui, mas ele está dormindo e eu não quero acordá-lo porque ele sempre parece tão cansado... – disse.

- E o que você está fazendo? – ela perguntou.

- Assistindo tv. – disse e notei uns papéis em cima da mesa, comecei a lê-los.

- Vai vir aqui mais tarde? – ela perguntou.

- Se você ainda quiser me ver... – disse lendo os papéis e sentindo uma certa inquietação.

- Sempre Cabeça de alga. – ela disse.

- Acho que encontrei alguma coisa aqui... – disse para ela. – Quando sair daqui eu vou ai, então.

- Até mais tarde. – ela disse e desligou.

Li os papéis com mais atenção. Eram receitas médicas, exames não muito antigos, raios-x e outras coisas.

- O que você está fazendo? – Poseidon perguntou de repente fazendo-me  dá um pulo.

- O que é isso? Você está doente? – perguntei.

Poseidon desviou os olhos e se virou.

- Não é nada. – ele disse.

Levantei os papéis.

- Isso não parece ser nada. - disse confrontando-o. - O que é Helicobacter pylori?

  Poseidon limpa a garganta.   - Uma bactéria. – ele disse simplesmente. – Olhe, eu peço para você não se preocupar com isso pois não é nada, tudo bem?   - Você está mentindo pra mim. – rebato com frustração.   Ele suspira, seu cansaço estampado no rosto.   - Tudo bem. – ele disse sentando na poltrona. – Eu estou com essa bactéria no estômago há muitos anos e ela acabou virando um câncer.    

Abri e fechei a boca umas três vezes antes de conseguir responder algo coerente.

- Você... vai morrer? – perguntei com voz rouca.

Poseidon suspirou.

- É complicado. – ele respondeu simplesmente. – Eu estou fazendo tratamento mas ainda há chances.

Deixei a informação cair sobre mim.

- Então é por isso que você voltou? – perguntei ríspido. – Pra me fazer gostar de você, saber o que é ter um pai e perde-lo de novo. Pra sofrer tudo o que eu sofri a vida toda mais uma vez?

Poseidon suspirou cansado e levantou cambaleante.

- Você sabe que não é isso Perseu. – ele disse tocando o meu ombro. – Eu amo você, filho.

Desvencilhei-me de sua mão.

- Quando você ia me contar sobre isso? – perguntei levantando.

- Eu não queria preocupar você. – ele disse baixo. – Eu sinto muito.

 - Você não ia contar. – disse rindo sem humor. – O que você esperava? Que um dia eu chegasse aqui e encontrasse você morto? O que eu pensaria? Você se quer imaginou em como eu ficaria?

- Sim Percy, eu imaginei. – ele disse num tom monótono. – Você precisa entender que...

- Eu não quero mais ouvir. – gritei. – Eu não quero mais saber de você, nunca mais!

Sai do apartamento batendo a porta.

Dirigi as cegas até a minha casa. Entrei em casa correndo passando por minha mãe sem lhe dirigir a palavra.

Tranquei a porta do quarto e caí aos prantos. As lágrimas me cegaram e a raiva me inundou. Peguei qualquer coisa que estivesse ao meu alcance e joguei contra a parede. 

- Percy. – Annabeth disse entrando no meu quarto pela janela.

- Vai embora. – disse sem olhar pra ela.

- Percy, olhe pra mim. – ela disse pegando meu rosto com ambas as mãos. – O que aconteceu?

Olhei nos seus olhos cinzentos arregalados de preocupação. Abracei-a e encostei minha cabeça em seu ombro. Ela afagou meu cabelo e sussurrou que tudo ficaria bem.

Deitamos na cama e contei a ela tudo o que tinha descoberto. Annabeth me escutou com atenção enquanto passava a mão no meu cabelo.

Quando terminei estava chorando novamente.

- Ele não vai morrer, amor. – ela disse baixo.

- Ele mentiu pra mim. – rebati.

- Ele não teve a intenção de te deixar assim. – ela o defendeu. – Ele só não queria deixar você do jeito que está agora: confuso, preocupado, triste.

- Porque você está defendendo-o? – perguntei irritado.

- Estou defendendo o que acredito. – ela rebateu. – Percy, não faça isso a si mesmo.

- O que?

- Você está com medo. – ela disse. – Por isso não quer mais vê-lo. Está com medo de perdê-lo novamente.

Fiquei em silêncio.

Depois de um tempo Annabeth me deu um selinho e voltou para o seu quarto.

Fiquei ali deitado, absorto em pensamentos incoerentes, pensando em futuros que nunca iriam se tornar realidade. 


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Notas finais do capítulo

Estamos quase na reta final da fic, espero que vocês estejam gostando...
Lembrando que eu to escrevendo outra fic de PJ com uma amiga e se vcs quiserem ler, aqui está o link: https://www.fanfiction.com.br/historia/220657/Touched_By_Hell/
Espero que vocês estejam gostando, quero reviews lá lá lá
Até a próxima xoxo