Dream A Little Dream escrita por milacavalcante


Capítulo 20
Capítulo 20 - Seven nation army


Notas iniciais do capítulo

hey semideuses! Sim, eu estou viva!!!!!!!!!
Desculpem a demora tive alguns problemas pessoais :/
Muito obrigada a Dani Castellan e a Josefadapenha pelas recomendações, vocês são demais ♥
Sem mais delongas, o capítulo k



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POV PERCY


Meu pai aproximou-se de nós hesitante, como se não tivesse certeza de que era realmente eu ali.

Ele também estava diferente. Parecia ter perdido uns 10 quilos e seus cabelos não existiam mais, seus olhos estavam cansados mas continuavam brilhando e estavam meio mareados.

- Percy. – ele me saudou estendendo a mão.

- Oi... pai. – disse hesitante. Um sorriso surgiu no canto dos seus lábios.

- Achei que você não viesse mais... achei que eu não iria... – ele se calou e olhou para Annabeth. – E quem é esta linda moça?

Annabeth corou, é claro.

- Annabeth Chase, amiga do Percy. – ela disse sorrindo.

- Namorada. – corrigi-a. Ela me olhou desconfiada e eu dei uma piscadela pra ela.

Poseidon sorriu.

- Isso é incrível. – ele disse com um sorriso nos lábios. – Porque não subimos para conversar?

- Certo. – disse hesitante.

- Você quer que eu fique aqui? – Annie sussurrou para mim. – Acho que vocês deveriam ter uma conversa de pai pra filho.

- Tudo bem. – disse e beijei a sua bochecha.

- Depois iremos conversar sobre esse lance de namorada. – ela brincou. – Prazer em conhece-lo senhor.

- O prazer foi todo meu, Annabeth. – ele disse sorrindo.

Annabeth foi sentar-se numas poltronas e pegou um livro de dentro da bolsa. Nerd.

- Ela parece ser uma garota incrível. – Poseidon comentou.

- É verdade. –digo. Começamos a andar em silêncio até o elevador.

- Sua mãe sabe que está aqui? – ele perguntou depois de entrarmos no elevador.

- Sabe. – respondo calmamente.

Depois disso fomos em silêncio até o seu aposento.

O apartamento era grande e claro. Havia uma grande janela que tinha a vista para o prédio vizinho. Havia um sofá de dois lugares e uma poltrona de couro de aparência confortável. Num canto havia diversos livros que fariam Annabeth passar horas aqui.

As paredes eram azuis como o mar e tinham quadros monocromáticos. Caixas estavam espalhadas por todo o apartamento como se alguém estivesse se mudando.

- Está indo embora? – perguntei com a sobrancelha franzida.

Poseidon limpou a garganta.

- Do hotel sim. – ele disse sentando na poltrona. – Comprei um apartamento aqui perto e pretendo continuar aqui até morrer.

Ele sentou na poltrona e eu sentei no sofá. O silêncio voltara.

- Fico feliz que tenha vindo. – ele começou. – Achei que não iria mais vê-lo, foi uma grande surpresa.

- Sinto muito por ter batido em você. – murmuro alto o suficiente para ele ouvir. – Sinto muito mesmo.

Poseidon sorriu. Seus dentes estavam mais amarelos desde a última vez que o vi.

- O mar não pode ser contido. –ele disse e tossiu alto.

- Você está bem? – pergunto meio nervoso. Ele tira um pano do bolso da frente e limpa a boca. Notei que o pano ficou meio vermelho.

- Tudo bem, é só uma gripe... – ele tossiu um pouco mais.

- Tem certeza? – pergunto com receio.

- Absoluta. – ele disse sorrindo sem mostrar os dentes. – Onde estávamos?

- Huh, sei lá... – respondi sentindo-me um idiota.

Não fora bem assim que eu imaginara o encontro com o meu pai.

Ele parecia ter lido a minha mente.

- Eu estou estragando tudo, não é? – perguntou levantando e sentando ao meu lado no sofá.

- Não, de jeito nenhum. – minto envergonhado.

- Eu sinto muito por ter estado ausente na sua vida, Percy. – ele disse com lágrima nos olhos. – Se eu pudesse voltar no tempo apenas para concertar esse erro eu voltava. Perdemos tanta coisa juntos...

Engoli em seco.

- Não é tarde demais... – digo.

Poseidon olha pra mim com ternura.

- Você se tornou um bom garoto. – ele disse tocando o meu ombro. – Você me dá tanto orgulho, Percy.

Fico constrangido com o elogio.

- Obrigado. – respondo simplesmente.

Fiquei conversando com Poseidon por um longo tempo. Ele me perguntou sobre tudo. De início eram coisas simples como qual era o meu filme favorito ou o que eu gostava de fazer, mas logo as perguntas ficaram mais complicadas e eu tinha que pensar um pouco antes de lhe dar uma resposta sincera.

Poseidon também contou sobre a sua vida. Contou-me sobre a vida antes de eu nascer, sobre sua adolescência, seus anos na faculdade, os lugares que conheceu e os que ainda quer conhecer. Depois de um tempo a conversa ficou mais leve e eu me via desabafando com o meu pai.

Quando percebi o sol já estava se pondo. Levantei-me surpreso por não ter visto o tempo passar.

 -Preciso levar Annabeth pra casa. – disse estalando as juntas adormecidas.

- É uma boa garota, essa Annabeth. – ele  comentou levantando. – Ela faz você feliz.

Assenti constrangido. Poseidon me levou até a porta.

- Quando voltará aqui? – ele perguntou abrindo a porta.

- Quando posso voltar aqui? – perguntei sem querer incomodar.

- Sempre que quiser. – ele respondeu sorrindo.

- Volto amanhã então. – digo mordendo os lábios.

- Perfeito. – ele diz sorrindo.

- Bem, até logo então. – digo acenando.

Poseidon me abraçou com força.

- Obrigado por me aceitar de volta, filho. – ele disse depois de me soltar. – Sei o quanto deve ser difícil pra você.

Assenti lentamente sem saber o que dizer.

- Tudo bem. – digo e começo a me virar. – Até amanhã.

- Até amanhã, filho. – ele diz e fecha a porta.

Entro no elevador ainda meio entorpecido. Era estranho, todos esses anos eu tentava aceitar o fato de que meu pai tinha morrido e agora ele estava ali, como se nada tivesse acontecido.

Suspiro aliviado.

Saio do elevador e vou atrás de onde tinha visto Annabeth sentar. Ela continuava lá, mas o livro estava pousado no seu colo e a cabeça pendia na poltrona adormecida.

Ajoelhei-me ao seu lado e toquei o seu rosto.

- Annie. – sussurrei afagando sua bochecha. 

Annabeth abriu os olhos sonolenta e se ajeitou na poltrona.

- Eu dormi? – ela indagou coçando o olho. – Não acredito.

 Sorri para ela.

- Tudo bem. – disse. – Vou te deixar em casa.

Annabeth se espreguiçou e levantou. Voltamos para o carro em silêncio.

- Então, como foi? – ela indagou com um sorriso meigo.

- Não sei explicar... – disse. – Poseidon é incrível.

Annabeth sorriu mais ainda e entrelaçou nossas mãos.

- Ainda bem que você me escutou então. – ela brincou.

- Fico feliz por ter te escutado. – disse entrelaçando minha mão em seu cabelo e a puxando pra mim. – Você é incrível.

- Obrigada. – ela sussurrou antes que eu a beijasse.

Seus lábios moldaram-se aos meus com perfeição. Lembrei do que tinha dito antes e interrompi o beijo.

- Talvez seja um pouco cedo pra isso, mas... – engoli em seco. – quer namorar comigo?

Annabeth me fitou sem expressão por um momento, seus olhos vagaram rapidamente para seu pulso.

- Percy, eu... – ela começou.

- Não tenha medo. – digo afagando seu pulso com o dedo. – Eu prometo que nunca vou machucar você.

Annabeth corou.

- Confio em você. – ela disse e um sorriso se abriu nos seus lábios. – Namorado


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado, ficou menor do que eu esperava, mas tudo bem porque pretendo não demorar pra postar o próximo capítulo... é sério.
Me contem o que acharam nos reviews, aceito dicas, sugestões e críticas o
Mais um aviso: Estou escrevendo uma fic nova junto com uma amiga, eu particularmente a acho muito legal, então deem uma passada lá e leiam: https://www.fanfiction.com.br/historia/220657/Touched_By_Hell
Beijos ♥