Dream A Little Dream escrita por milacavalcante
Notas iniciais do capítulo
hey semideuses! Sim, eu estou viva!!!!!!!!!
Desculpem a demora tive alguns problemas pessoais :/
Muito obrigada a Dani Castellan e a Josefadapenha pelas recomendações, vocês são demais ♥
Sem mais delongas, o capítulo k
POV PERCY
Meu pai aproximou-se de nós hesitante, como se não tivesse certeza de que era realmente eu ali.
Ele também estava diferente. Parecia ter perdido uns 10 quilos e seus cabelos não existiam mais, seus olhos estavam cansados mas continuavam brilhando e estavam meio mareados.
- Percy. – ele me saudou estendendo a mão.
- Oi... pai. – disse hesitante. Um sorriso surgiu no canto dos seus lábios.
- Achei que você não viesse mais... achei que eu não iria... – ele se calou e olhou para Annabeth. – E quem é esta linda moça?
Annabeth corou, é claro.
- Annabeth Chase, amiga do Percy. – ela disse sorrindo.
- Namorada. – corrigi-a. Ela me olhou desconfiada e eu dei uma piscadela pra ela.
Poseidon sorriu.
- Isso é incrível. – ele disse com um sorriso nos lábios. – Porque não subimos para conversar?
- Certo. – disse hesitante.
- Você quer que eu fique aqui? – Annie sussurrou para mim. – Acho que vocês deveriam ter uma conversa de pai pra filho.
- Tudo bem. – disse e beijei a sua bochecha.
- Depois iremos conversar sobre esse lance de namorada. – ela brincou. – Prazer em conhece-lo senhor.
- O prazer foi todo meu, Annabeth. – ele disse sorrindo.
Annabeth foi sentar-se numas poltronas e pegou um livro de dentro da bolsa. Nerd.
- Ela parece ser uma garota incrível. – Poseidon comentou.
- É verdade. –digo. Começamos a andar em silêncio até o elevador.
- Sua mãe sabe que está aqui? – ele perguntou depois de entrarmos no elevador.
- Sabe. – respondo calmamente.
Depois disso fomos em silêncio até o seu aposento.
O apartamento era grande e claro. Havia uma grande janela que tinha a vista para o prédio vizinho. Havia um sofá de dois lugares e uma poltrona de couro de aparência confortável. Num canto havia diversos livros que fariam Annabeth passar horas aqui.
As paredes eram azuis como o mar e tinham quadros monocromáticos. Caixas estavam espalhadas por todo o apartamento como se alguém estivesse se mudando.
- Está indo embora? – perguntei com a sobrancelha franzida.
Poseidon limpou a garganta.
- Do hotel sim. – ele disse sentando na poltrona. – Comprei um apartamento aqui perto e pretendo continuar aqui até morrer.
Ele sentou na poltrona e eu sentei no sofá. O silêncio voltara.
- Fico feliz que tenha vindo. – ele começou. – Achei que não iria mais vê-lo, foi uma grande surpresa.
- Sinto muito por ter batido em você. – murmuro alto o suficiente para ele ouvir. – Sinto muito mesmo.
Poseidon sorriu. Seus dentes estavam mais amarelos desde a última vez que o vi.
- O mar não pode ser contido. –ele disse e tossiu alto.
- Você está bem? – pergunto meio nervoso. Ele tira um pano do bolso da frente e limpa a boca. Notei que o pano ficou meio vermelho.
- Tudo bem, é só uma gripe... – ele tossiu um pouco mais.
- Tem certeza? – pergunto com receio.
- Absoluta. – ele disse sorrindo sem mostrar os dentes. – Onde estávamos?
- Huh, sei lá... – respondi sentindo-me um idiota.
Não fora bem assim que eu imaginara o encontro com o meu pai.
Ele parecia ter lido a minha mente.
- Eu estou estragando tudo, não é? – perguntou levantando e sentando ao meu lado no sofá.
- Não, de jeito nenhum. – minto envergonhado.
- Eu sinto muito por ter estado ausente na sua vida, Percy. – ele disse com lágrima nos olhos. – Se eu pudesse voltar no tempo apenas para concertar esse erro eu voltava. Perdemos tanta coisa juntos...
Engoli em seco.
- Não é tarde demais... – digo.
Poseidon olha pra mim com ternura.
- Você se tornou um bom garoto. – ele disse tocando o meu ombro. – Você me dá tanto orgulho, Percy.
Fico constrangido com o elogio.
- Obrigado. – respondo simplesmente.
Fiquei conversando com Poseidon por um longo tempo. Ele me perguntou sobre tudo. De início eram coisas simples como qual era o meu filme favorito ou o que eu gostava de fazer, mas logo as perguntas ficaram mais complicadas e eu tinha que pensar um pouco antes de lhe dar uma resposta sincera.
Poseidon também contou sobre a sua vida. Contou-me sobre a vida antes de eu nascer, sobre sua adolescência, seus anos na faculdade, os lugares que conheceu e os que ainda quer conhecer. Depois de um tempo a conversa ficou mais leve e eu me via desabafando com o meu pai.
Quando percebi o sol já estava se pondo. Levantei-me surpreso por não ter visto o tempo passar.
-Preciso levar Annabeth pra casa. – disse estalando as juntas adormecidas.
- É uma boa garota, essa Annabeth. – ele comentou levantando. – Ela faz você feliz.
Assenti constrangido. Poseidon me levou até a porta.
- Quando voltará aqui? – ele perguntou abrindo a porta.
- Quando posso voltar aqui? – perguntei sem querer incomodar.
- Sempre que quiser. – ele respondeu sorrindo.
- Volto amanhã então. – digo mordendo os lábios.
- Perfeito. – ele diz sorrindo.
- Bem, até logo então. – digo acenando.
Poseidon me abraçou com força.
- Obrigado por me aceitar de volta, filho. – ele disse depois de me soltar. – Sei o quanto deve ser difícil pra você.
Assenti lentamente sem saber o que dizer.
- Tudo bem. – digo e começo a me virar. – Até amanhã.
- Até amanhã, filho. – ele diz e fecha a porta.
Entro no elevador ainda meio entorpecido. Era estranho, todos esses anos eu tentava aceitar o fato de que meu pai tinha morrido e agora ele estava ali, como se nada tivesse acontecido.
Suspiro aliviado.
Saio do elevador e vou atrás de onde tinha visto Annabeth sentar. Ela continuava lá, mas o livro estava pousado no seu colo e a cabeça pendia na poltrona adormecida.
Ajoelhei-me ao seu lado e toquei o seu rosto.
- Annie. – sussurrei afagando sua bochecha.
Annabeth abriu os olhos sonolenta e se ajeitou na poltrona.
- Eu dormi? – ela indagou coçando o olho. – Não acredito.
Sorri para ela.
- Tudo bem. – disse. – Vou te deixar em casa.
Annabeth se espreguiçou e levantou. Voltamos para o carro em silêncio.
- Então, como foi? – ela indagou com um sorriso meigo.
- Não sei explicar... – disse. – Poseidon é incrível.
Annabeth sorriu mais ainda e entrelaçou nossas mãos.
- Ainda bem que você me escutou então. – ela brincou.
- Fico feliz por ter te escutado. – disse entrelaçando minha mão em seu cabelo e a puxando pra mim. – Você é incrível.
- Obrigada. – ela sussurrou antes que eu a beijasse.
Seus lábios moldaram-se aos meus com perfeição. Lembrei do que tinha dito antes e interrompi o beijo.
- Talvez seja um pouco cedo pra isso, mas... – engoli em seco. – quer namorar comigo?
Annabeth me fitou sem expressão por um momento, seus olhos vagaram rapidamente para seu pulso.
- Percy, eu... – ela começou.
- Não tenha medo. – digo afagando seu pulso com o dedo. – Eu prometo que nunca vou machucar você.
Annabeth corou.
- Confio em você. – ela disse e um sorriso se abriu nos seus lábios. – Namorado.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que vocês tenham gostado, ficou menor do que eu esperava, mas tudo bem porque pretendo não demorar pra postar o próximo capítulo... é sério.
Me contem o que acharam nos reviews, aceito dicas, sugestões e críticas o
Mais um aviso: Estou escrevendo uma fic nova junto com uma amiga, eu particularmente a acho muito legal, então deem uma passada lá e leiam: https://www.fanfiction.com.br/historia/220657/Touched_By_Hell
Beijos ♥