She Is A Rebel escrita por SaintGi


Capítulo 1
The rebel inside of me


Notas iniciais do capítulo

Eai!!!
Minha segunda história aqui!
Espero que gostem!!!
Beijos e me deixem comentários sobre ela!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/177974/chapter/1

Olá. Essa sou eu. Ou algo entre tudo isso.

                O que mais ouvi na minha vida, foram palavras de repressão “não faça isso”, “pare de ser tonta”, “você não vai conseguir” e etc. Bom, aqui estou eu. Mas vamos lá, essa não é a parte interessante...

                Minha infância e adolescência foram normais, como de qualquer outra garota. Mentira. Nunca fui igual as outras garotas. Eu sempre estive no meio dos meninos, brincando, correndo, pulando e batendo. Entrei para as aulas de ballet. Acho que era uma esperança de minha mãe, me transformar em algo “mais feminino”.

                Minha paixão sempre foi a música. Desde cedo, desde sempre. Quando tive idade suficiente para opinar sobre minha vida e realmente decidir o que eu queria, disse a minha mãe que queria aprender violão. É lógico que a intenção era tocar guitarra, mas eu sabia que começar com o básico seria melhor.

                Sabe, eu até gostava do ballet. Me sentia bem e tals. Até a frase crucial, “filha, você vai ter que escolher: ou ballet ou violão”.

                Foi o primeiro olhar de decepção da minha mãe. Mal sabia ela que ainda viriam muitos pelo caminho. Foda-se. Eu sempre quis a música, a primeira oportunidade que eu tive, eu agarrei.

                A delicadeza nunca esteve na família. Pelo menos não na parte que eu vivi. Ganhei meu violão de natal, assim que foi possível. E claro que não deixariam passar, e tacaram na minha cara o preço que pagaram pelo presente. Como disse, ninguém é delicado por aqui.

                Não me importei. Era a criança mais feliz da minha idade. As aulas eram incríveis, a professora era incrível e ela acreditava no meu potencial. Me disse que tinha a música nas veias, que minha voz era afinada e que se eu me esforçasse, seria a melhor de todos os alunos. Em casa ouvia uns “cala a boca” e “você canta muito mal” sempre que possível. Nunca desisti. Não importa, era o que eu queria e só isso realmente me fazia continuar.

                Dia do recital. O canto foi vetado. Os outros alunos estavam com vergonha e não conseguiam cantar e tocar ao mesmo tempo. Quase soquei um por um por isso. Era minha noite para provar que eu realmente era boa e ainda ia provar isso!!

                A vida cortou meus sonhos. Meu pai desempregado, minha mãe dona-de-casa e minhas aulas de violão foram por água abaixo. Mas o anjo da minha vida estava alí. Meu irmãozão de coração fazia aulas de guitarra e me ensinava todas as quintas. Foi assim durante todo um ano.

                Eu só sentia a música. Não importava como. Só a música me importava no momento. Era só dela que eu precisava para sobreviver.

                Não tive uma festa de 15 anos, como toda menina tem para lhe apresentar a sociedade. Minha cara de quem se importa. Ganhei o melhor presente da minha vida! Meu bebê! Minha Skull! A guitarra mais linda e mais perfeita de todo o universo!

                Modelo Les Paul Special II, preta inteira, uma caveira gigante em todo o corpo, ossos cruzados na casa 12 e o símbolo do anarquismo no braço. Ah, com certeza foi feita para mim! Não tinha outra explicação plausível. E ela veio comigo para casa. Minha paixão estava completa!!

                Ao chegar em casa o primeiro comentário foi “Realmente, ela é sua cara. Do jeito que você é revoltada, só podia ter escolhido essa.” Minha mãe é um amor, não? Ganhei junto um case, lindo, armado e forrado de veludo vermelho que recebeu o seguinte comentário “Parece um caixão de vampiro.”.

                Nessa altura do campeonato, já havia me acostumado com todo esse falatório. Não que eu tenha gostado, mas aprendi a relevar.

                Liguei minha lindinha no amplificador que eu mesma comprei para mim e comecei a tocar. Os acordes saíram estranhos, o braço era muito mais fino do que o do violão, ela era muito mais pesada e mais coisas ruins que começaram a falar. “Você gastou dinheiro atoa, qual o seu problema?”.

                Nunca esqueci essas palavras. Meu sonho significava gastar dinheiro atoa então? Era isso e mais nada? Muito obrigada pelo apoio.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram??
até a próxima! ;**



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "She Is A Rebel" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.