Uma Lagrima Especial escrita por Leticia Di Angelo


Capítulo 42
Medo - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Vocês vão me matar pela demora? Me desculpem, mesmo! Mas eu estava sem criatividade para esse capitulo, por isso que ficou ruim. Esse capitulo é dedicado a Mi, pela linda recomendação! Sigam o exemplo dela! Bom, espero que gostem. Leiam as notas no final do capitulo!



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POV Nico


Não sei descrever o que eu vi e senti. Foi uma sensação bem estranha. Primeiro eu tentei atacar Fobos, depois eu não sabia onde eu estava. A primeira coisa que eu vi foi a morte de Bianca. Eu já sabia como ela tinha morrido, mas nunca tinha visto como.

Foi horrível, mostrar uma cena daquela para mim, acabou comigo. Eu queria sair dali, mas fui forte. Eu já tinha superado a morte de minha irmã, se Fobos acha que esse é o meu medo, acho que ele está bem enganado.

Depois, a cena mudou. Foi aí que eu percebi que aquilo devia ser igual a um sonho, não era real, não tinha como eu ter medo. A cena que apareceu foi outra morte, só que a de minha mãe.

Olha, eu sou filho de Hades, já estou acostumado com mortes. Aquilo não me abalou, apesar de ter me dado uma pontada em meu coração ao ver aquela cena. Seria verdade? Foi mesmo desse jeito? Esperei acabar, tentando controlar minha raiva sobre quem matou minha mãe e Bianca. E funcionou.

Quando a cena acabou eu acordei, isso mesmo, acordei. Haha! Acabou? Estava esperando coisa melhor Fobos. Tudo bem, acho que é impossível colocar medo em um filho de Hades, a verdade é que eu que tenho que dar medo nas pessoas.

Me sentei. Eu estava em uma sala escura. Acho que eu deveria acordar onde eu desmaiei certo? Enfim, me levantei e ouvi uma voz.

–Acha que acabou filho de Hades?

Que legal...

–Nico! – ouvi a voz de Sarah. Ela veio correndo até mim e me abraçou.-Eu estou com medo.

–Calma – eu disse.

Dois monstros, não sei como identificar, estava um pouco escuro, apareceram e vieram correndo em nossa direção. Tudo aconteceu bem rápido e enquanto eu desviava de um, o outro atacava Sarah, só que nós estávamos sem espadas e aquilo foi a pior coisa que eu já vi.

Um dos monstros enfiou a espada dele na barriga de Sarah, quando viu que ela estava detraída, e ela caiu no chão com um grito. Os monstros sumiram do nada, só me deixando com a Sarah.

Sai correndo até ela. Ela já estava com os olhos apagados e muito sangue escorria pelo seu corpo. Tentei controlar as lagrimas e usar meus poderes para ver se ela já estava morta, mas não saiu nada.

Eu queria matar quem tinha feito aquilo, ódio me invadiu por inteiro e eu comecei a tremer. Eu não posso perder a Sarah. Quando toquei seu rosto, ela sumiu aos poucos.

–Você não vê? – a voz disse novamente. – Ela ira morrer, você irá ficar sozinho. De novo.

Ela irá?

–Isso mesmo – a voz continuou como se lesse minha mente – Isso é o jeito que ela irá morrer.

–Ela não pode me deixar – eu sussurrei para mim mesmo, e nunca pensei que iria dizer isso, mas eu estava com medo disso acontecer.

Saí dos meus pensamentos com um grito.

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POV Sarah


–Aqui você irá encontrar seus maiores medos – uma voz ecoou na imensidão.

Uma luz intensa invadiu aquele breu, tive que fechar os olhos e desviar o olhar, quando a luz passou, não tinha mais escuridão.

Ouvi um barulho e quando olhei para trás me deparei com quatro esqueletos do exercito de Hades. Todos seguravam uma espada e estavam vindo em minha direção.

Comecei a recuar, sem tentar mostrar o meu medo, mas tive que parar, já que atrás de mim tinha uma parede. Foi aí que percebi que estava dentro de uma sala.

Mas dois esqueletos apareceram, só que eles seguravam alguém. Era... era meu pai! Quer dizer... o homem que sempre cuidou de mim.

–Pai! – eu gritei, mas ele não olhava para mim. – Soltem ele!

Depois disso meu pai sumiu, juntamente com os esqueletos e quando eu olhei ao redor só tinha fogo.

Desde que a forja pegou fogo, meu maior medo era fogo. Como fobos descobriu isso? Só que dessa vez, Leo não estava lá.

–Não! – eu comecei a gritar, me desviando do fogo – Pai!

–Sarah! – ouvi meu nome ser gritado.

A parede tinha gritado meu nome? Ah! Não! Hehe! Alguém do outro lado que gritou, como eu sou burra! Voltando:

–Nico? – eu gritei de volta. – Me ajuda! Me tira daqui.

–Calma! É um truque!

–Como assim?

–Isso não é verdade!

–É fogo! Como não pode ser verdade? Queima! – eu estava em belo de um desespero.

–Sarah – ele disse tentando me acalmar – É apenas uma ilusão sua.

–Como você sabe?

–Porque eu também tive, mas percebi que não era verdade com o seu grito.

–O que você viu? – eu disse desviando de outra bola de fogo.

Ele demorou um pouco para responder.

–Você... Morta.

Fiquei em silencio por um momento. Por que será que o Nico me viu morta? Esse era o medo dele? Me perder? Ok, é até fofo por um lado, mas deve ter sido horrível me ver morta.

Percebi que ainda tinha fogo e voltei a gritar.

–Mas o fogo é quente! – eu disse (não brinca?) – Se fosse uma ilusão não estaria queimando.

–Você tocou no fogo? Como sabe que queima?

Pensei direito.

–Como eu saio daqui? – eu implorei para qualquer um que estivesse me ouvindo naquele momento.

Derrote seu medo. Use seu poder. Eu sei que você consegue filha.

Uma voz na minha cabeça que disse isso. Era meu pai. Poseidon. Eu não gosto de chamá-lo de pai, porque não foi ele quem cuidou de mim, mas fazer o que?

–Nico?

–Sim?

–Você já derrotou seu medo?

–Eu não sei.

–Olha, eu acho que eu sei como sair daqui. Estarei segura. Acredite em mim.

Fiz o que meu pai mandou. Era hora de mostrar de quem eu era filha e usar meus poderes. Me concentrei na água. Não faço a menor idéia, mas depois de um tempo, a água apareceu e começou a apagar o fogo. Fiquei feliz e em menos de alguns minutos todo o fogo tinha apagado. E foi aí que eu acordei.

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Acordei no mesmo lugar que tinha apagado. Ao lado de Nico. Ele também estava acordando. Olhei para os lados. Nossos amigos estavam desmaiados, deitados no chão. Ai não. Fobos também deve ter usado a técnica do medo contra eles, e provavelmente ainda não conseguiram derrotar esse medo.

Olhei para Nico, ele devia estar pensando a mesma coisa que eu.

–Conseguimos – eu disse.

Ele sorriu e me abraçou.

–Não exatamente – ele disse – Ainda temos que derrotar Fobos.

–Já não derrotamos?

–Não, nós derrotamos o maior poder dele. Agora deve ser fácil.

–E onde ele está? – eu disse olhando para os lados.

–Deve estar cuidando do medo dos outros.

–Espero que eles consigam.

–Vão conseguir.

–Nico, qual era seu medo? – eu perguntei de novo.

–Eu já disse. Eu vi você morrendo. Primeiro eu vi a morte da minha mãe e da minha irmã e depois a sua.

Olhei para baixo.

–Você viu como eu vou morrer?

–Não. Acho que aquilo foi só uma ilusão. Só para dar medo.

Eu sabia que ele estava mentindo, mas não disse nada.

–Quer dizer que um filho de Hades, tem medo da morte? – eu disse rindo.

Ele sorriu.

–Ninguém gosta da morte.

–Seu medo é ficar sozinho – eu disse.

–De perder quem eu amo.

–Isso não vai acontecer. – eu garanti – Mas como você superou o medo?

–Quando você disse que iria ficar segura, que iria dar certo, já tinha acordado.

–Enquanto eu estiver ao seu lado, eu não vou morrer.

–É claro! Eu sou o melhor esgrimista!

–Convencido! – eu disse – Nós estamos aqui, no maior papo, enquanto nossos amigos estão enfrentando nossos medos!

–Deixaria todos para conversar com você.

–Mas eu não – eu disse rindo.

–Como nós podemos ajudar? – ele disse tentando me convencer – Não dá para voltar naquela sala, e ajudar os outros. Não dá para enfrentar Fobos porque ele não está aqui. E não dá para pegar os jarros, porque eles sumiram.

Era verdade, a caixa com os jarros não estavam mais lá. Acho que Fobos não seria tão burro assim. Quando ele voltar, os jarros voltam juntos.

–Nos resta esperar – ele disse.

–Mas eu fico mal. Coitado do Leo. – eu disse e percebi a besteira que disse, já que Nico bufou, então tentei arrumar – Coitada da Liz. E do Gabriel.

–Você nem gosta dele! – ele disse rindo.

–Isso é verdade! – eu disse. – Vamos esperar.

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