Uma Lagrima Especial escrita por Leticia Di Angelo


Capítulo 41
Sonhos


Notas iniciais do capítulo

Olá! Como prometido aqui está o capitulo! Minhas provas acabaram, fui bem, hehehe. Vou voltar a me dedicar a fic. Espero que gostem.



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POV Sarah







Em meu sonho, eu estava em um lugar que eu nunca tinha ido antes, mas eu tinha certeza de onde era. Era uma sala enorme, onde todos os Deuses estavam sentados em forma de U. Ali devia ser o Olímpo.

–Isso é impossível! – Um homem grande e alto, o mais bravo de todos, gritou. Devia ser meu avô, Zeus.

–Se acalma irmão – um outro homem disse, era Poseidon, meu, talvez, pai.

–Como eu posso ficar calmo? A caixa desapareceu! Ano e anos procurando e quando Percy Jackson resgata para nós, a caixa some?

–E o pior – uma mulher disse, Athena – Além de a caixa que só continha a esperança desaparecer, todos os conteúdos voltaram para a caixa.

–Meu filho – Poseidon disse – Já trouxe essa caixa, ele pode trazer novamente.

–Não – Athena disse – Essa missão não vai ser para Percy e sim para a irmã dele.

–A prisioneira do Mundo Inferior? – Zeus perguntou – A guardiã da lagrima?

–Essa mesma – Athena disse – E nós não vamos poder interferir na missão, ou seja, nada de tentar pegar a lagrima da garota.

Alguns deuses ficaram tristes com isso.

–Quer dizer que agora existem os dois jarros novamente? – uma mulher ao lado de Zeus perguntou, Hera.

–Sim – Athena disse – Percy Jackson há alguns anos atrás entregou a Héstia apenas um jarro contendo a esperança. Parece que Hades quer o outro jarro, e quando ele conseguiu reconstruir o jarro destruído, o que continha todos os maus, os dois jarros voltaram para o lugar de origem com todos os sentimentos dentro.

–E agora – Zeus disse – A menina precisará encontrar esses jarros antes de Hades.

–Precisamos apenas rezar por ela – Athena disse e a imagem foi sumindo.



O sonho mudou, agora eu estava no meio de uma discussão entre um casal. A mulher era linda, tinha os cabelos lisos castanhos e os olhos azuis. O homem era alto, tinha os cabelos pretos e os olhos verdes. Deviam ser um casal lindo, perfeito.

Como eu sabia que eles eram um casal? Só de olhar para eles eu via amor em seus olhares, mesmo os dois estando brigando.

A mulher começou a chorar.

–Eu não posso! – ela gritou.

–Você precisa – o homem disse bravo.

–Ela é a minha filha, não vou abortá-la!

–Eu não vou estar aqui quando ela nascer, não vou conseguir dar a ela toda proteção e carinho necessário, ela não terá um pai.

–Então fique! Seja um pai. – ela disse agarrando o braço do homem.

–Eu não posso, você sabe disse, Zeus me proíbe.

–Você já está acostumado, né? Ficar com alguém e ir embora deixando a mulher sozinha com um filho. Os deuses são todos iguais!

–É perigoso! Faça o que eu estou pedindo! Essa criança será filha de um deus poderoso com uma ninfa poderosa, não sabemos no que dará, ela corre perigo.

–Eu posso salva-la – a mulher disse abraçando a própria barriga.

–Me desculpe, eu preciso ir.

–Prometa que irá cuidar dela?

O homem suspirou.

–Vou tentar, não vou estar presente, mas posso tentar ajuda-la.

–Ela irá poder ficar comigo?- a mulher disse com medo.

–Eu não sei, talvez sim, talvez não. O mais provável é que ela viva como uma mortal.

O homem já estava sumindo, indo embora.

–Adeus Diopatre – ele disse.

–Adeus Poseidon.

Antes que eu pudesse gritar, dizer que eles estavam errados, chamar pelos meus pais, o sonho mudou de novo.



Agora eu estava em um lugar abandonado, tudo era velho e com ruínas, ao ar livre. Não estava sozinha, Nico, Leo, Liz e Gabriel estavam comigo. Todos tinham as mesmas aparências de hoje. Um homem grande e bravo estava em nossa frente.

–Vocês não vão conseguir o que querem – ele disse com uma voz que dava medo.

Todos estavam com suas armas nas mãos, mas parecia que aquilo não iria resolver nada, eu tentava avançar e atacar, mas não conseguia.

Atrás dele, havia uma caixa. A caixa da glória. Ali estavam os dois jarros. Nenhum inimigo, a não ser esse homem (que devia ser o guardião) estavam lá, ou seja, tínhamos chegado antes de Hades.

–Onde estamos? – eu perguntei.

–Aqui é o meu templo – o homem disse. – Meu nome é Fobos e eu vou destruir vocês.



Acordei gritando e desesperada. Eu suava frio. Olhei para o lado, Liz estava acordada ao meu lado, me sacudindo.

–Finalmente você acordou! – ela disse preocupada – Você está gritando já faz uns 40 minutos, não consigo te acordar.

–Que horas são? – eu perguntei me sentando.

–Já é de manhã. Deve ser umas 8 horas. Você está bem?

–Estou melhor – eu menti.

Leo entrou pela porta com um copo de água. Logo atrás dele, Nico.

–Você está bem? – os dois perguntaram ao mesmo tempo e depois se olharam mortalmente. Eu ri.

–Estou sim, foi só um pesadelo.

–Um pesadelo que pode ser verdadeiro – Nico disse se sentando no outro lado da cama.

Leo me deu o copo de água e eu bebi, logo me senti melhor.

–Por que você não toma um banho – Liz disse – Se acalma, desce e nós conversamos sobre esse sonho enquanto tomamos café?

Concordei e eles desceram. Fiz o que Liz pediu. Tomei meu banho e coloquei uma roupa fresca e confortável, já que estava quente. Quando desci, todos, inclusive Matheus e Gabriel, já estavam sentados me esperando.

Sentei e começamos tomando café. Contei meu primeiro sonho.

–Bom – Nico disse – Quando teve a guerra contra Cronos, Percy entregou a caixa para Hera, só contendo a esperança.

–Por que ela não me disse quando descobriu que a caixa tinha sumido? – eu perguntei.

–Essas coisas vivem acontecendo – Nico continuou – O que deve ter acontecido é que Percy não queria fazer a mesma coisa novamente, então ele caiu fora da missão.

Contei a eles meu segundo sonho, sem detalhes, já que não adiantaria em nada da missão.

–Quer dizer que seu pai é mesmo Poseidon – Liz disse surpresa e eu apenas concordei com a cabeça.

–Não sei se isso vai ajudar em algo – eu disse.

–Claro que vai! – Matheus disse – Seu pai é poseidon, você tem o poder da água. Sua mãe é uma Ninfa Náiade, Diopatre, você tem mais poder da natureza, principalmente o da água. E seu avô é Zeus você tem o poder do céu, trovão e do raio.

–Nossa! – eu disse – Sou bem poderosa.

–Muito – todos disseram juntos.

Contei a eles meu terceiro e ultimo sonho, o que eu tive mais medo. Eles ouviam com atenção e ficaram um tempo em silencio pensando.

–Tudo bem – Matheus disse – Então, já sabemos onde a caixa esta.

–Onde?

–No templo de Fobos, eu sei onde fica, uma hora daqui. O guardião da caixa é Fobos.

–Quem é Fobos? – eu perguntei.

–Fobos é o deus do medo – Matheus disse – Ele é filho de Ares e de Afrodite. E irmão gêmeo de Deimos, o deus terror.

–Um grande desafio – Nico disse – Ele vai usar nossos maiores medos para conseguir nos vencer.

Estremeci pensando nisso.

–Então eu vou levar vocês até o templo – Matheus disse – E aí é com vocês, não tenho mais essa experiência.

–Precisamos de um plano – eu disse.

–Como vencer o deus do medo? – Leo perguntou.

–Superando o medo – eu disse – Se superarmos o medo, podemos vencê-lo.

–Não é tão fácil assim – Liz disse.

–Precisa ser – eu disse me levantando e indo pegar as minhas coisas no andar de cima.




Como Matheus disse, demorou uma hora para chegarmos ao templo de Fobos. Todos vestiam roupas confortáveis e se preparavam, checando se suas armas estavam boas.




Gabriel tinha uma faca, igual à de Annabeth. Era bem pequena, mas uma vez Nico me disse que para lutar com uma faca precisa ter muita habilidade. Acho que já podíamos considerá-lo parte da missão, o quinto que a profecia dizia.

Liz e ele estão bem próximos, próximos até demais. Ela fica toda derretida dizendo “ele salvou a minha vida” sendo que na verdade eu que salvei. Estou tirando serias conclusões que eu não gosto dele.

Enfim, chegamos. Isso é meio estranho, porque estamos indo em direção ao perigo, ao inimigo, geralmente ele que vem até nós.

–Vou deixá-los aqui – Matheus disse saindo do carro enquanto saiamos.

–Você não vai junto? – Liz perguntou.

–Não posso, algo me diz que existe uma coisa bem poderosa aqui dentro.

–Você só ajudaria. – eu disse – Tem experiência.

–Preciso me proteger e não ir atrás do perigo. Essa missão é de vocês, eu só estou ajudando.

Concordei com ele e suspirei olhando para o templo na minha frente. Era bem grande e ao ar livre. Quer dizer, no passado ele devia ter sido fechado, mas o teto deve ter caído. A única coisa que permanecia em pé eram vários pilastes no caminho, todos quebrados ao meio. E no chão havia varias ruínas.

Devia ser quase 11 horas, e estava muito quente. Não tinha porta nem nada, apenas dois pilares dizendo a entrada. Estava vazio, não tinha nenhum turista ou arqueólogo, absolutamente ninguém.

Na nossa frente tinha uma pedra bem grande e em cima dela havia uma caixa.

–Hahahahaha – eu comecei a rir e todos olharam para mim – Vai ser tão fácil assim?

A caixa era media e toda enfeitada, tinha desenhos em todos os cantos, nada em branco. Esses desenhos contavam a historia de Pandora.

Nico colocou os braços dele em volta de mim, impedindo que eu desse um passo.

–Deve ser uma armadilha – ele disse olhando para os lados – Não seja tola.

Um tempo depois, parada, um homem aparece em nossa frente. O homem do sonho. Ele era alto, tinha a pele morena e seus olhos eram totalmente pretos, ele me dava medo só de olhar, porque ele é o Deus do medo (não diga?).

–Vocês não vão conseguir o que querem – ele disse com uma voz que dava medo.

Todos estavam com suas armas nas mãos, mas parecia que aquilo não iria resolver nada, eu tentava avançar e atacar, mas não conseguia.

–Eu vou destruir vocês – ele continuou e depois riu que nem um vilão, precisa mesmo disso?

Nico avançou com sua espada, Fobos fez um movimento com a mão e Nico caiu no chão, desmaiado.

Corri até ele, ele parecia estar dormindo. Olhei para Fobos com raiva. Peguei minha espada e tentei atacar, mas acabou acontecendo à mesma coisa que o Nico.

Parecia um sonho, mas era tudo muito real. Eu estava consciente, diferente de um sonho, podia sentir cheiro e tocar.

–Onde eu estou? – eu disse.

–Aqui você irá encontrar seus maiores medos – uma voz ecoou na imensidão.






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