Uma Lagrima Especial escrita por Leticia Di Angelo


Capítulo 40
Sem criatividade para titulo


Notas iniciais do capítulo

Olá meus cupcakes azuis! Como vão? Desculpem a demora, serio, estava sem criatividade! Hahahaha! Mas aqui está o capitulo, espero que gostem! =D



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POV Leo


Eu não queria estar bravo com a Sarah, mas foi necessário, as suas palavras realmente me magoaram. Ou ele não sentia nada por mim e estava brincando comigo ou ela sentia algo por mim e teve vergonha de admitir para o Nico. Não importa qual das opções é verdade, me magoou.

Estava na cara que o tal garoto, Gabriel, era o quinto da profecia e eu não gostei dele, filhos de Hermes geralmente não são gente boa, espero que ele seja um dos que não vou voltar.

–Para onde precisam ir? – Gabriel perguntou.

Sarah contou resumidamente toda a historia, contou a profecia e que no final teríamos que nos dividir.

–Bom – ele disse – A caixa de Pandora é um mito para os mortais, mas mesmo para nós, semi deuses, ninguém sabe onde a caixa está.

–Como vamos fazer, então? – Liz disse toda apavorada.

–Normalmente – Nico disse – Seguimos andando, onde seria mais provável, sempre aparece uma pista.

–Onde é o lugar mais provável? – perguntei.

–Estamos na Grécia – Gabriel disse – Todos os lugares são prováveis.

Começamos a andar sem rumo, pelo que eu imaginava, só seguindo Gabriel. Um tempo depois já estávamos mais isolados do que antes, fora do alcance de turistas.

–Onde estamos indo? – perguntei.

–A casa de um amigo meu – nosso “guia” disse – Tenho um amigo que trabalha em um museu e é muito mais experiente.

–E por que estamos no mato? – Liz perguntou.

–Porque o museu está fechado hoje, teremos que ir até a casa desse meu amigo, que fica mais isolado da cidade.

–Percebesse – eu disse.

–O único problema – ele continuou – É que teremos que atravessar um rio.

–Ta de sacanagem, né? – eu disse.

–Não – ele disse sério – é um rio um pouco fundo, mas é só atravessar nadando.

–Não entendo – Sarah disse.

–Esse homem é um semi-deus, só que adulto, atrai muitos monstros, então ele se isola mesmo. – Gabriel explicou.

Começamos a andar mais até que avistamos o rio. Ele parecia ser fundo, mas era curto, ou seja, atravessaríamos em pouco tempo.

Sarah foi a primeira a entrar no rio, e atravessou com tranqüilidade, chegou ao outro lado e fez um sinal que poderíamos ir.

Eu entrei e logo atrás de mim todos me seguiram. Foi fácil, mas quando chegamos ao outro lado, nem todos estavam lá.

–Liz! – Sarah gritou desesperada, mas antes que ela pudesse mergulhar Gabriel já estava de baixo da água. – Que idiota! Eu conseguiria, sou filha de Poseidon! Ele não vai agüentar lá embaixo.

–Talvez você não seja filha de Poseidon – eu disse ríspido.

–Mas talvez eu seja, só é questão de tentar ver se eu respiro de baixo da água.

–Sei – Nico disse – Aí você não é e morre afogada.

–Prefiro morrer afogada e salvar minha amiga. – ela disse.

Um tempo depois, duas pessoas emergem a superfície. Liz aparentemente estava desmaiada.

–Tinha um monstro aquático – Gabriel explicou enquanto trazia Liz até a borda – Ele puxou o pé dela.

Deitamos Liz no chão. Fui até ela e vi se seu coração estava batendo, felizmente estava, mas ela não estava respirando, o que é preocupante.

–A culpa é sua!– Sarah disse empurrando Gabriel – Quem mandou nos trazer para cá? Quem disse que você é confiável? Agora minha melhor amiga está sem respirar! Faz alguma coisa!

Gabriel estava com medo de Sarah, e quem não estaria? Foi até Liz e a examinou. Ele tentou tirar a água dos pulmões dela, mas não deu certo. Tentou fazer respiração boca a boca, não deu certo também.

Sarah o tirou de cima de Liz com apenas uma mão e tentou tirar a água dos pulmões de Liz. Dessa vez deu certo. Liz acordou em um pulo e acabou cuspindo toda a água que estava dentro dela.

Sarah abraçou a amiga, que agora chorava de medo.

–Tudo bem – Sarah sussurrava – Vai ficar tudo bem agora.

–Obrigada – Liz disse tremendo.

As duas levantaram-se e Sarah tirou seu moletom, enrolando-o em sua amiga. Achei bem bonito o que ela fez. Por mais que eu esteja bravo com ela, o ato dela foi muito humilde, isso sim é uma amizade. Sarah deve estar passando frio, com uma roupa toda molhada, mas vai ajudar a amiga a se recuperar.

–Vamos logo para a casa desse seu amigo – Sarah disse ríspida – Liz precisa se aquecer.

As duas começaram a andar na frente, mas antes Sarah mandou um olhar mortal para Gabriel.

–Ela é assim mesmo? – Gabriel perguntou.

–Sim – dei de ombros. – Se ela te deu um olhar mortal, melhor tomar cuidado.

–E se ela te chamar pelo nome inteiro – Nico disse – Você está morto.

Eu ri, essa era verdade.

–E ela é muito bipolar – eu disse.

–E difícil! – Nico completou – Não faz idéia de quantas patadas levei.

Começamos a rir, mas quando percebemos o que estava acontecendo, paramos na hora.

Andei um pouco mais rápido, chegando perto de Sarah e de Liz.

–Por que não tenta se secar? – eu perguntei – É filha de Poseidon.

–Eu não consigo – ela disse ríspida, sim, ela ainda estava muito brava comigo e com o Nico.

Percebi que ela estava tremendo de frio. Tirei minha jaqueta e coloquei em seus ombros. Ela se assustou no começo com o ato, mas não recusou, apenas sorriu. Voltei para onde os meninos estavam, mais para trás, e continuamos nossa jornada.




POV Sarah



Demorou um pouco para chegarmos até essa tal casa, já estava escurecendo e eu estava morrendo de frio, mesmo com a jaqueta de Leo, que me ajudou muito. Eu não estava tão molhada quanto antes, mas ainda estava tremendo de frio.

Com o tempo, vimos uma luz de uma casa de longe, Gabriel disse que era aquela casa e que fazia tempo que não vinha aqui.

Batemos na porta, um homem que devia ter uns 28 anos abriu, ele era alto, tinha o cabelo moreno e os olhos eram cinza.

–Gabriel! – ele disse – Podem entrar.

Entramos um pouco desconfortável, ele nos serviu viu que estávamos molhados e que éramos semi deuses, quis saber de tudo. Sentamos em um sofá, enquanto ele servia chocolate quente contamos toda a historia.

–Bom- ele disse – Meu nome é Matheus e eu sou filho de Athena, posso ajudar vocês. Podem ficar aqui essa noite, tenho quartos vazios já que moro sozinho, vocês podem tomar banho, se trocar, jantarem e passarem a noite, quando amanhecer podemos começar.

–Começar por onde? – Nico perguntou.

–Podemos ir até o museu, procurar por pistas, mas eu não faço a menor idéia de onde pode estar essa caixa...

Suspirei, está sendo mais difícil do que eu achava que seria.

–Obrigada – eu disse um tempo depois.

Ele apenas sorriu. Peguei na mão de Liz e subimos as escadas. Matheus nos mostrou nosso quarto e nos emprestou toalhas. Deixei Liz tomar banho primeiro, ela ainda estava traumatizada com o que aconteceu.

Depois eu tomei banho e troquei de roupa, que eu tinha na minha mochila, nós duas descemos e vimos que todos já estavam jantando, o tempo passa rápido!

Matheus nos deu macarrão, que estava uma delicia. Todos estavam em silencio, um silencio bem constrangedor.

Eu precisava me desculpar com Nico e precisava ser desculpada por Leo, o que estava me irritando, olhei para a minha frente, Nico estava sentado.

–Precisamos conversar – eu sussurrei.

–Eu sei – ele sussurrou.

Quando acabamos de comer fui até a sala, onde Nico estava sentado sozinho.

–Oi – eu disse me sentando ao lado dele.

–Oi...

–Olha, me desculpa, eu não quis dizer aquilo naquela noite. Me deculpa.

Ele me abraçou.

–Eu que preciso me desculpar. Preciso te entregar uma coisa – ele disse me dando um caderno, o meu caderno.

–Como isso está com você?

–Você esqueceu e largou no sofá depois da briga.

–Você leu?

–Não me contive. Me desculpa.

Eu queria gritar com ele, por ter lido, mas não queria outra briga.

–Que vergonha – eu disse olhando para o nada.

–Não deu para entender muita coisa – ele disse – Não da para saber de quem você está falando.

Senti minhas bochechas arderem.

–Podemos conversar? – a voz de Leo ecoou na sala, que legal.

–Claro – eu disse.

–Boa noite Sarah – Nico disse e subiu me deixando na sala com o Leo.

–Olha – eu disse – Me desculpa.

Hoje deve ser o dia das desculpas...

Ele não respondeu, apenas olhava para frente.

–Em nenhum momento – eu continuei – eu disse que não sentia nada por você, me desculpa. Eu ainda estou pensando com carinho. Só preciso do seu perdão para dar certo.

–É a mesma coisa de você dizer que não sente nada pelo Nico agora – ele disse – Dizer para mim isso só para eu me senti melhor.

–Eu estaria mentindo.

–Infelizmente.

–Mas também sinto algo por você.

–O que me irrita. Não dá para senti a mesma coisa por duas pessoas.

–Eu sei. Eu amo os dois, só que de maneiras diferente. O único problema é que não consigo diferenciar, é complicado e difícil, a diferença não apareceu ainda.

–Vai aparecer um dia. – ele disse.

–Por isso eu preciso esperar e que você me perdoe.

–Já conseguiu isso – ele disse sorrindo e me abraçando.

Deitei no colo dele enquanto ele mexia no meu cabelo, eu adoro que façam isso em mim.

–Vai dar tudo certo – ele disse.

–Eu espero.

Depois de um tempo eu decidi ir dormir, Liz estava conversando animadamente com Gabriel na cozinha, então subi e deitei em minha, mas acabei tendo sonhos, como sempre tenho.





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