Uma Lagrima Especial escrita por Leticia Di Angelo


Capítulo 37
A missão começa!


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Minhas provas acabaram e como prometido aqui está o capitulo! Esse capitulo é dedicado a JuliaMed, Mari Alves e Ana_Barbara pelas lindas recomendações! Espero que gostem!



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POV Sarah






Acordei bem irritada e com dor de cabeça. Sinceramente, eu não quero ir a essa missão. A profecia só diz coisas ruins, eu preciso ir até o Mundo Inferior e eu não queria sair do acampamento. Eu estou com um pressentimento horrível.

Eu já tinha arrumado tudo que eu precisava para a missão. Tinha colocado em uma mochila roupas reservas, dinheiro mortal, dracmas, Ambrósia e néctar, uma lanterna e uma escova azul (Percy me obrigou a levar, ele disse que tem certos momentos em que uma escova azul pode me ajudar bastante). Eu quis protestar, mas decidi ficar quieta e levar a escova azul.

Enfim, eu e Percy ficamos em nosso chalé até as 7 da manhã, o horário que tinha que ir até a colina.

–Por que está tão preocupada? – Percy disse sentado em sua cama.

–Só estou com medo.

–Tudo vai dar certo, acredite em mim.

–Você viu o que a profecia disse. E se alguém morrer?

–Olha, as profecias enganam – ele disse como se estivesse lembrando de algo – Talvez seja verdade, ou talvez seja completamente contrario do que você pensa.

–Quando eu vou saber?

–Siga a missão – ele deu de ombros – Quando menos espera a profecia já se realizou e você nem percebeu.

Suspirei e coloquei a mochila nas costas. Fomos até a colina, onde todos já estavam lá. Leo e Liz conversavam animadamente, o que me deixou com um pouco de ciúmes, mas fingi não ligar. Nico estava encostado na arvore escutando alguma musica. Quiron olhava para algum lugar não identificado por mim.

–Vamos? – eu perguntei.

–Vamos! – Liz disse sorrindo, ela estava bem animada para a primeira missão.

–De acordo com a profecia – Quiron disse – Você vão se locomover pelo mar.

–Vamos até a praia, então. – eu disse como se fosse obvio.

–Eu já fui até lá – Quiron disse – Não tem nenhum meio de vocês atravessarem o mar.

–Como vamos? – Liz disse.

–Argos vai levar vocês até o porto mais próximo. De lá vocês se viram.

Que ótimo, eu pensei.

Despedi-me de Percy e Helena e entramos no carro. Até o porto, de acordo com Argos, seriam uma hora e meia.

Nico decidiu sentar na frente, ao lado de Argos, sozinho, o que me deixou um pouco triste, porque ele estava se isolando. Será que a memória dele voltou totalmente?

Tentei tirar Nico da minha cabeça e parei de olhar para ele. Virei o rosto e percebi que Leo estava me olhando, triste. Será que ele viu o jeito que eu estava olhando para Nico?

O que Afrodite está fazendo comigo?




Quando chegamos ao porto, Argos nos largou lá, literalmente. Havia vários turistas entrando em barcos e navios, eu não fazia a menor idéia para onde teríamos que ir, quanto mais que barco entrar.




–E agora? – Nico perguntou colocando um óculos de sol, já que estava um calor horrível.

–Não faço a menor idéia – Liz disse sorrindo por conta do calor.

Fiquei olhando para os barcos, até que um me chamou a atenção. Ele era nem muito grande, nem muito pequeno. Era branco com detalhes em azuis. Não tinha ninguém lá, apenas um homem sentando em frente ao barco, devia ser o capitão do barco. O nome do navio, que eu demorei para ler, era Poseidon.

–Acho que já encontrei nossa carona – eu disse e apontei para o barco, algo me dizia para ir até ele.

Fomos até o barco.

–Com licença – eu disse e o homem levantou o rosto e sorriu. – Para onde esse barco vai?

–O barco? Vai até a Grécia!

–Grécia? – eu quase me engasguei – Quanto tempo demora?

–Eu não sei – o homem deu de ombros.

Olhei para meus amigos, o único lugar onde a caixa poderia estar era na própria Grécia. Como não pensei nisso?

–Quanto custa? – Leo foi direto ao ponto.

–Eu não sei – ele deu de ombros de novo, o que me irritou – O pagamento é quando chegarmos lá.

–Fechado – Liz disse e já começou a entrar no barco.

A seguimos e tenho que admitir: o que o barco é simples por fora, é totalmente contrario por dentro. Ele parecia um barco de luxo. Tinha dois andares e vários cômodos.

O homem disse que iria até a cabine de comando, nos deixando sozinhos. Eu iria dividir um quarto com Liz e os meninos o outro (estou rezando para que eles não se matem).

Decidi ir até a sala de comando, ver quando partiríamos. O homem estava lá, olhando o mar a sua frente.

–Com licença – eu disse – Quando partimos?

O homem olhou para mim e eu reparei no quanto os seus olhos eram lindos. Eram verdes intensos.

–Agora – ele disse e o barco começou a andar.

–Quanto tempo para chegarmos? – eu perguntei de novo. – Acho que meses.

–Acho que menos – ele disse sorrindo. – Boa sorte.

–No que?

–Pode pegar para mim o mapa que está atrás de você?

Virei-me e peguei o mapa, onde tinha uma linha da rota que iríamos fazer. Quando me virei para entregar o mapa, o cara não estava mais lá.

Como ele pode ter sumido nesse tempo minúsculo que eu me virei?

Em cima na mesa tinha um papel, que antes não estava lá. Peguei o papel, estava escrito o seguinte:


Espero que não fique brava pelo meu sumiço


Não posso ficar muito tempo com vocês

Tenho regras que não posso ajudá-los diretamente.

O barco irá até a Grécia sozinho, é mágico. Fique tranqüila, nada vai acontecer. Em alguns dias vocês já estarão lá.

Foi ótimo te conhecer.

Poseidon.




Ótimo! O homem que estava aqui há um minuto era Poseidon, meu suposto pai. E eu nem consegui falar direito com ele! Percebi que o barco andava sozinho, como ele tinha dito. Se eu olhasse para fora tudo passava muito rápido, mais rápido que o normal, mas a sensação era que ele estava andando normalmente.


Desci até a sala, onde tinha alguns sofás e todos estavam sentados.

–O que houve? – Leo perguntou.

Entreguei o bilhete para ele. Ele leu em voz alta e todos ficaram assustados.

–Pensei que os deuses não podiam interferir em missões – eu disse me sentando.

–E não podem – Nico disse.

Eu realmente não entendo os deuses.





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