Uma Lagrima Especial escrita por Leticia Di Angelo
Notas iniciais do capítulo
Oi gente! Minhas provas acabaram e como prometido aqui está o capitulo! Esse capitulo é dedicado a JuliaMed, Mari Alves e Ana_Barbara pelas lindas recomendações! Espero que gostem!
POV Sarah
Acordei bem irritada e com dor de cabeça. Sinceramente, eu não quero ir a essa missão. A profecia só diz coisas ruins, eu preciso ir até o Mundo Inferior e eu não queria sair do acampamento. Eu estou com um pressentimento horrível.
Eu já tinha arrumado tudo que eu precisava para a missão. Tinha colocado em uma mochila roupas reservas, dinheiro mortal, dracmas, Ambrósia e néctar, uma lanterna e uma escova azul (Percy me obrigou a levar, ele disse que tem certos momentos em que uma escova azul pode me ajudar bastante). Eu quis protestar, mas decidi ficar quieta e levar a escova azul.
Enfim, eu e Percy ficamos em nosso chalé até as 7 da manhã, o horário que tinha que ir até a colina.
–Por que está tão preocupada? – Percy disse sentado em sua cama.
–Só estou com medo.
–Tudo vai dar certo, acredite em mim.
–Você viu o que a profecia disse. E se alguém morrer?
–Olha, as profecias enganam – ele disse como se estivesse lembrando de algo – Talvez seja verdade, ou talvez seja completamente contrario do que você pensa.
–Quando eu vou saber?
–Siga a missão – ele deu de ombros – Quando menos espera a profecia já se realizou e você nem percebeu.
Suspirei e coloquei a mochila nas costas. Fomos até a colina, onde todos já estavam lá. Leo e Liz conversavam animadamente, o que me deixou com um pouco de ciúmes, mas fingi não ligar. Nico estava encostado na arvore escutando alguma musica. Quiron olhava para algum lugar não identificado por mim.
–Vamos? – eu perguntei.
–Vamos! – Liz disse sorrindo, ela estava bem animada para a primeira missão.
–De acordo com a profecia – Quiron disse – Você vão se locomover pelo mar.
–Vamos até a praia, então. – eu disse como se fosse obvio.
–Eu já fui até lá – Quiron disse – Não tem nenhum meio de vocês atravessarem o mar.
–Como vamos? – Liz disse.
–Argos vai levar vocês até o porto mais próximo. De lá vocês se viram.
Que ótimo, eu pensei.
Despedi-me de Percy e Helena e entramos no carro. Até o porto, de acordo com Argos, seriam uma hora e meia.
Nico decidiu sentar na frente, ao lado de Argos, sozinho, o que me deixou um pouco triste, porque ele estava se isolando. Será que a memória dele voltou totalmente?
Tentei tirar Nico da minha cabeça e parei de olhar para ele. Virei o rosto e percebi que Leo estava me olhando, triste. Será que ele viu o jeito que eu estava olhando para Nico?
O que Afrodite está fazendo comigo?
Quando chegamos ao porto, Argos nos largou lá, literalmente. Havia vários turistas entrando em barcos e navios, eu não fazia a menor idéia para onde teríamos que ir, quanto mais que barco entrar.
–E agora? – Nico perguntou colocando um óculos de sol, já que estava um calor horrível.
–Não faço a menor idéia – Liz disse sorrindo por conta do calor.
Fiquei olhando para os barcos, até que um me chamou a atenção. Ele era nem muito grande, nem muito pequeno. Era branco com detalhes em azuis. Não tinha ninguém lá, apenas um homem sentando em frente ao barco, devia ser o capitão do barco. O nome do navio, que eu demorei para ler, era Poseidon.
–Acho que já encontrei nossa carona – eu disse e apontei para o barco, algo me dizia para ir até ele.
Fomos até o barco.
–Com licença – eu disse e o homem levantou o rosto e sorriu. – Para onde esse barco vai?
–O barco? Vai até a Grécia!
–Grécia? – eu quase me engasguei – Quanto tempo demora?
–Eu não sei – o homem deu de ombros.
Olhei para meus amigos, o único lugar onde a caixa poderia estar era na própria Grécia. Como não pensei nisso?
–Quanto custa? – Leo foi direto ao ponto.
–Eu não sei – ele deu de ombros de novo, o que me irritou – O pagamento é quando chegarmos lá.
–Fechado – Liz disse e já começou a entrar no barco.
A seguimos e tenho que admitir: o que o barco é simples por fora, é totalmente contrario por dentro. Ele parecia um barco de luxo. Tinha dois andares e vários cômodos.
O homem disse que iria até a cabine de comando, nos deixando sozinhos. Eu iria dividir um quarto com Liz e os meninos o outro (estou rezando para que eles não se matem).
Decidi ir até a sala de comando, ver quando partiríamos. O homem estava lá, olhando o mar a sua frente.
–Com licença – eu disse – Quando partimos?
O homem olhou para mim e eu reparei no quanto os seus olhos eram lindos. Eram verdes intensos.
–Agora – ele disse e o barco começou a andar.
–Quanto tempo para chegarmos? – eu perguntei de novo. – Acho que meses.
–Acho que menos – ele disse sorrindo. – Boa sorte.
–No que?
–Pode pegar para mim o mapa que está atrás de você?
Virei-me e peguei o mapa, onde tinha uma linha da rota que iríamos fazer. Quando me virei para entregar o mapa, o cara não estava mais lá.
Como ele pode ter sumido nesse tempo minúsculo que eu me virei?
Em cima na mesa tinha um papel, que antes não estava lá. Peguei o papel, estava escrito o seguinte:
Espero que não fique brava pelo meu sumiço
Não posso ficar muito tempo com vocês
Tenho regras que não posso ajudá-los diretamente.
O barco irá até a Grécia sozinho, é mágico. Fique tranqüila, nada vai acontecer. Em alguns dias vocês já estarão lá.
Foi ótimo te conhecer.
Poseidon.
Ótimo! O homem que estava aqui há um minuto era Poseidon, meu suposto pai. E eu nem consegui falar direito com ele! Percebi que o barco andava sozinho, como ele tinha dito. Se eu olhasse para fora tudo passava muito rápido, mais rápido que o normal, mas a sensação era que ele estava andando normalmente.
Desci até a sala, onde tinha alguns sofás e todos estavam sentados.
–O que houve? – Leo perguntou.
Entreguei o bilhete para ele. Ele leu em voz alta e todos ficaram assustados.
–Pensei que os deuses não podiam interferir em missões – eu disse me sentando.
–E não podem – Nico disse.
Eu realmente não entendo os deuses.
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