Uma Lagrima Especial escrita por Leticia Di Angelo


Capítulo 13
Hades tenta de tudo


Notas iniciais do capítulo

Oioi gente. Desculpem a demora, foi por causa de natal e tal. Bom, esse capitulo é dedicado a cataryna AngeloFarro, pela maravilhosa recomendação. Obrigada! Se quiserem um capitulo dedicado já sabem o que fazer. Espero que gostem



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Acordei com muita dor na cabeça. Não lembrava direito o que tinha acontecido. Nico, eu, quase beijo, mãos me puxando, esqueleto, Nico gritando e mais nada. Senti que eu estava deitada no chão frio. Isso já tinha acontecido comigo, legal, agora outro deus resolveu me raptar? Eu sou uma boneca para todos brincarem comigo desse jeito? Não.

Abri os olhos, tudo estava escuro. Apenas a luz de uma janela passava. Percebi que estava em um tipo de sela. E tudo era preto. Quer dizer que eu ainda estou no Mundo Inferior. Onde será que estou? Onde Nico esta?

Está muito frio e eu estou sozinha. Abracei minhas pernas e esperei. Um tempo depois eu ouvi passos, cada hora mais perto de mim. Fiquei com medo, de novo, e me encolhi.

Uma luz foi acesa e eu consegui ver onde eu estava. Não estava errada, estava em uma sela. Presa. No Mundo Inferior. Um esqueleto, muito parecido com os que eu tinha visto segurando o Nico, abriu a minha sela e veio até mim.

–O que você quer? – eu disse, quase gritei.

Ele não disse nada, eu acho que esqueletos não falam.

O esqueleto segurou meus braços, bem forte, e me obrigou a levantar. Ele me empurrava, me levando para algum lugar.

Eu nunca tinha visto aquela parte do castelo ou do Mundo Inferior, não sabia onde eu estava, mas algo me dizia que era no Mundo Inferior.

Ele me levou para uma sala me deixando sozinha.

A sala era preta, isso é meio obvio, e só me fez confirmar onde eu estava. Ouvi um barulho e me virei. Vi Nico deitado no chão, desacordado.

–Nico – eu disse baixo, para ninguém me ouvir e fui até ele.

Ele parecia bem, só estava desacordado. Balancei um pouco ele, para que ele acordasse. Não queria ficar sozinha e eu tinha certeza que ele sabia onde estávamos.

Um tempo depois de balançar ele, ele acordou.

–O que houve? – ele disse baixo e sentou.

Eu o abracei bem forte.

–Eu que te pergunto. – eu disse – O que houve?

Ele olhou em volta.

–Estamos no Mundo Inferior. – ele disse.

–Eu sei disso.

–Eu não me lembro de nada. – ele disse com uma careta.

–Vou te ajudar. – eu disse – Fomos até nosso quarto, houve uma aproximação perigosa entre nós, esqueletos nos separam, você gritou meu nome e eu desmaiei.

Ele arregalou os olhos. Não devia ter falado sobre a aproximação, mas era importante, então disse.



–Isso não é bom – ele disse se levantando – os esqueletos me respeitam, não deviam ter feito aquilo. O único que pode controlá-los, acima de mim, é meu pai.

–Hades mandou os esqueletos fazerem isso? – eu quase gritei.

–Pode ser.

–Por quê? – eu disse.

–Eu não sei. Vamos ter que esperar.

–Me tira daqui – eu disse.

Ele me abraçou. Eu achei estranho, mas retribui.

–Ora, ora, ora. – ouvi uma voz.

Olha: quem que fala ora, ora, ora? Isso é coisa de vilão de desenho animado, ninguém mais diz uma coisa dessas.

Separei-me de Nico. Olhei para trás. Hades estava na sala, não sei como entrou, sentado em uma cadeira.

–Pai? – Nico disse – O que está acontecendo?

Hades estava estranho, não sei como explicar.

–Parece que a garota está gostando de alguém – Hades disse.

Eu engoli um seco, do que ele estava falando.

–Como assim? – eu disse – não gosto de ninguém.

–Eu leio seus pensamentos garota – ele disse.

–A garota tem nome – Nico disse.

–Sarah –Hades disse – Não imaginava que isso aconteceria.

Tentei não olhar para Nico, mas sentia o olhar dele em mim.

–Eu... – eu disse – É... Hum...

–Não diga nada – Hades disse – Eu já entendi tudo.

Hades levantou e veio até mim.

–Uma lagrima – ele disse bem perto de mim – E poderá ter tudo que eu disse, mais o amor que quer.

Ele quer dizer o Nico, nesse caso. As duas vezes que quase nos beijamos, eu quero tanto aquilo. Seria tão bom. Teria amigos, um lugar para viver, saberia quem é minha mãe, sairia do Mundo Inferior e poderia ter Nico para mim. Era uma proposta tentadora.

Olhei para Nico, ele me olhava confuso. Olhei para ele tentando pedir desculpas, mas eu fiz uma promessa para meu pai.

–Não – eu disse olhando para Hades. – Eu não vou dar minha lagrima.

Hades me olhou com raiva.

–Então – ele disse – Terá o que menos quer.

Dois esqueletos, que eu não tinha visto antes, prenderam Nico. Ele tentou se debater para sair, mas não conseguia. Um esqueleto pegou o pescoço de Nico com as duas mãos. Nico gritava apavorado.

–Não! – eu gritei.

O esqueleto virou o pescoço de Nico, com bastante força e deu para ouvir o barulho de onde eu estava. Nico caiu no chão desmaiado, eu espero.

Eu não estava acreditando no que estava acontecendo. Nunca vi uma cena tão horrível quanto essa, nem quando eu vi meu pai morrer. O próprio pai tentou matar o filho, só para conseguir essa lagrima idiota.

Nico não podia estar morto. Os esqueletos tentaram quebrar seu pescoço. E se ele estiver morto? O que será de mim?

Senti minhas pernas fracas e cai de joelhos, com a boca aberta, eu não estava acreditando. Outros esqueletos chegaram perto de mim. Um segurou meu pescoço. Seria igual comigo?

Mas foi diferente. O outro colocou algo em baixo de meus olhos. Um frasco? Sim, era um frasco, para a lagrima cair dentro.

Minha vontade era de chorar. Minha única companhia, meu pai, foi morta na minha frente e depois, o Nico também? O que ele tanto quer com essa lagrima?

Mas eu fui forte, segurei as lagrimas e por incrível que pareça eu não chorei.

Hades deu um grito que todo o Mundo Inferior deve ter ouvido.

–Se isso não adianta – ele disse – Vamos usar o plano B.

Não sabia qual era o plano B, mas os esqueletos sabiam. Eles me levantaram e começaram a me levar para algum lugar, onde seria o plano B, deixando Nico, que eu não sabia se estava morto, naquela sala, sozinho.







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