Me joguem da ponte! Me joguem da ponte! Nunca tive tanta vontade de desaparecer como agora. Rapidamente saí do meu estado de choque e desesperada, cacei meu sutiã jogado no sofá com as mãos trêmulas, percebi que Edward ainda estava completamente estático, simplesmente parado no meio da sala. Em tempo recorde vesti minha blusa toda atrapalhada.

– B-Bella e-eu... – Edward tentou pronunciar alguma coisa, mas eu não deixei.

– Não! Esquece ok?! – Ainda trêmula arrumei meus cabelos. – Não aconteceu nada...eu...olha só! Meu pai esta me chamando! – Inventei pulando do sofá e correndo para pegar minha mochila.

– Bella espera, eu... – Oh Deus, ele ainda estava sem camisa, tentei não olhar para meu namorado seminu e peguei minha mochila rapidamente.

– Tenho que ir! Nos falamos depois. – disse rápido e saí correndo. Mas ao passar pela porta tropecei no tapete e caí ( obviamente ) de cara no chão. – Ai...! – gemi com a mão na cabeça.

– Bella? – Edward se agachou ao meu lado. – Você está bem? – Ah, caramba, ele ainda está sem camisa.

– Tô! – gritei, mas eu não estava. Minha cabeça dói. Com a mão na cabeça me afastei de Edward rapidamente. – Eu...hã... te ligo depois. – Tentei sair de sua varanda.

– Mas...

– Não me siga! – e saí correndo em direção a minha casa igual a uma doida. Assim que passei pela porta me encostei ofegante nela, de olhos fechados tentei controlar a minha respiração. Eu sou um desastre para a humanidade...

– Bella. – uma voz surgiu do nada e abri os olhos assustada.

– AH! – gritei e vi meu pai parado em frente a mim, com uma xícara em mãos e as sobrancelhas arqueadas. – Caramba pai! – coloquei a mão no coração. – Ta querendo me matar?

– Aconteceu algo?

– Algo?! Aconteceu tudo hoje! Poxa, precisava me dar esse baita susto? Passei o maior mico agora a pouco, porque o Edward viu os meus p... – travei assim que percebi no que ia soltar. Meu pai agora mudou de posição e me encarou mais ainda.

– O quê Bella?

– Hã.... o quê, o quê? – Caramba Isabella, você é um desastre!

– O que disse? – colocou as mãos na cintura.

– Eu?! – me fingi de inocente. – Eu não disse nada pai.

– Isabella...

– Ta ficando doido? Deve ser a falta da Sue que ta fazendo você inventar coisas na sua cabeça.

Ele me encarou por mais alguns segundos e riu.

– Ok, ok. Deve ser, por que... – fez uma cara de desentendido. – Imaginei que você estava me falando que Edward viu os seus... hã... seios?

Parei de respirar.

– Como você sabe??!!

Meu pai arqueou as sobrancelhas novamente e me encarou mais inquisitivo. Oh droga! Esse velho tava jogando verde comigo.

–Oh... então quer dizer que.. Edward está pondo as mãos em você. – ele colocou a xícara em uma mesinha que tinha ali e olhou em volta na sala procurando algo.

– O-o que?? – fiz um riso falso. – Mas é claro que não pai! Ninguém passou a mão em mim, que isso!

Mas ele não me escutava, então pareceu que finalmente achou o que procurava e foi até uma gaveta na estante e pegou uma arma. Arregalei os olhos.

– Pai o que vai fazer??

– Conversar com ele.

Merda!

– Pai, espera, não é o que você ta pensando nós só...

– Só??! Chama isso de só??!! – ele explodiu. – Eu vou matar aquele moleque por ter posto as mãos em você.

– Pai ele é meu namorado! É claro que ele pode me tocar, mas não é isso que você está pensando! Foi um acidente!

Caramba, porque eu fui abrir a boca em primeiro lugar??

– Um acidente?! Então estão me dizendo que quando ele colocou você na cama dele foi um acidente?

Ok, eu não sei o que é pior, se é que seu pai sabe que seu namorado viu seus peitos, ou porque ele está começando a falar sobre Edward fazer sexo comigo.

– Ele não me colocou na cama dele! Estávamos na sala! – PQP! Eu só pioro as coisas, mas que merda!

– Ótimo Isabella! Esplêndido! – ele estava furioso. –Isso melhora muito a minha sanidade! – disse irônico.

– Pai.. – respirei fundo. – Edward e eu não transamos!

– Não?! Tem certeza absoluta disso?

– Mas é claro! Você acha que eu não ia saber quando eu fosse transar com um cara!

– Você disse que ele viu os seus...

– Foi um acidente droga! E nem me peça para falar como foi o acidente porque nem eu quero pensar na vergonha que eu passei.

Na verdade... eu só passo vergonha nessa vida.

Meu pai deu um longo suspiro e passou as mãos no cabelo.

– Eu só...

– Tudo bem! – eu disse rápido. - Não aconteceu nada! Eu vou pro meu quarto! – subi as escadas correndo, e assim que entrei no meu quarto, cai sentada no chão, contra a porta. – Meu Deus... – eu disse passando minhas mãos pelo rosto.

Eu preciso de alguns dias de folga.

[...]

– Bella! – ouvi meu pai gritando do primeiro andar. Eu estava deitada em minha cama, com o rosto afundado no travesseiro já fazia um tempão.

– Pai, eu já disse que não quero conversar! – gritei. Ainda estava muito envergonhada.

– Você tem visita, garota!

– Diz pro Edward que ainda não quero conversar! – não queria mesmo vê-lo agora. Preciso organizar minhas ideias primeiro.

– Não é o Edward, Bella. Desce logo!

– Manda a Alice embora então! – As pessoas não percebem quando eu preciso de espaço pessoal?

– Isabella, se você não descer agora mocinha, vou aí te buscar.

Bufei e me arrastei da cama. Enquanto descia a escada, fui praguejando.

– Que droga! Ninguém me deixa em paz nessa vida...

Assim que cheguei à sala, congelei. Meu pai estava parado na porta, me esperando, mas olhava para a pessoa que estava do outro lado da porta que não era ninguém mais, ninguém menos que John. O que ele estava fazendo em minha casa?

– Ainda bem que veio. – meu pai me olhou com repreensão. – Vou te ensinar bons modos mais tarde.

Ignorei meu pai e me concentrei em John.

– O que está fazendo aqui?

– Oi Bella. Podemos conversar? – John estava diferente. O cabelo loiro estava maior, e tinha um pouco de barba agora. Não o via desde o aniversário da Alice.

– Pai? Pode nos dar licença?

Meu pai ergueu suas sobrancelhas.

– O que vão fazer?

Fechei os olhos já sem paciência.

– Você não devia estar no trabalho?

– Hoje, eu estou de folga.

– Então vá ver sua namorada, ou sei lá, só me dê um pouco de espaço.

Ele bufou e pegou as chaves da viatura.

– Esses adolescentes... Mudam de namorado o tempo inteiro... – saiu resmungando.

Assim que ele foi embora, olhei John.

– Quer entrar? – ele assentiu e dei passagem para ele passar. Fechei a porta e indiquei o sofá da sala com a cabeça para que ele se sentasse. Quando ele se sentou, me sentei ao seu lado a uma distância segura. – Então?

– Bom... eu... é bom de te ver Bella. Já faz um bom tempo desde a última vez...

– É. – assenti.

– Então, hã... como você está indo? Soube que voltou com o Edward não é?

– Sim. Imagino que a sua querida irmã tenha lhe contado. – ele olhou para o chão.

– É... ela meio que chegou lá em casa furiosa e completamente louca dizendo que eu deveria vir aqui e seduzir você, para que você não namore o Edward. – dizendo isso ele levantou seus olhos para mim.

Engoli em seco e comecei a estalar os dedos.

– John...

– Relaxe. Eu não vim para arranjar briga e confusão com ninguém. Eu vim porque sentia a sua falta e queria saber como você está sabe?

– Hmmm... bom, eu estou bem.

Ele respirou fundo e tocou o meu rosto.

– Bella... eu não quero deixar isso como uma ponta solta. O que eu sinto por você. Eu podia simplesmente continuar com a minha vida, ficar na minha e esquecer você, esquecer tudo. Mas... eu não posso, eu precisava vir aqui e ver você, falar com você porque pelo o que eu me lembro, eu precisava reconquistar sua confiança lembra? – deu um meio sorriso e passou o polegar pela minha bochecha. – Mas receio que não vai ser possível. Estou terminando a faculdade e recebi uma proposta de emprego em Nova Jersey irrecusável e estou partindo no mês que vem. Mas não posso ir embora sem resolver as coisas com você.

– Coisas...? – sussurrei.

– Me desculpe Bella. Me perdoa por ter te beijado a força e ter feito você terminar com o Edward, eu fui um idiota e sinto muito mesmo. Não quero que me odeie pra sempre. Pode me perdoar?

Suspirei. Pra quê guardar mágoa?

– Claro que te perdoo John.

– Jura? – sorriu. – Isso é muito legal. Eu devo pedir desculpas a Edward também, mas acho que não sei como falar isso a ele, então será que pode fazer isso por mim?

– Claro.

– Outra coisa, não desista dele Bella. Desde o começo vi o quanto gosta dele, então não importa o que aconteça não desista ok? – Assenti. – Eu gostei muito de quando tocou para mim na praia, e de como conversamos, você é uma pessoa incrível e ele é muito sortudo por ter você. Espero que consiga tudo o que sempre quis na vida ok? Seja feliz Bella. – ele se aproximou e encostou os lábios carinhosamente na minha testa.

John era um cara incrível, fez besteira, me magoou, mas no fundo ele era um grande amigo e uma ótima pessoa. Sem dizer mais nada ele se levantou e vi que ia embora, mas eu não podia o deixar ir assim, sem mais nada. Seria provavelmente a última vez que eu o veria.

– John! – chamei enquanto ele caminhava até a porta. Ele se virou, mas antes que ele falasse alguma coisa fui até ele e o abracei. Ele se assustou, mas passou os braços em volta de mim hesitante. – Eu também gostei muito de quando toquei na praia e de como conversamos, e você era um ótimo amigo naqueles tempos John, escutou o que eu despejava em você e eu me sinto muito grata por isso. E também por não me deixar na chuva e sozinha na rua, no aniversário da Alice. – Me afastei e vi que ele me olhava intensamente. – Boa sorte em Nova Jersey. – Depositei um leve beijo na bochecha dele.

Ele deu um meio sorriso e se afastou.

– Adeus, Bella. – Acenou.

– Adeus, John. – sorri.

Então ele abriu a porta e se foi. Corri e segurei a porta, e fiquei olhando ele entrar em seu carro e partir.

– Mas o que foi que aconteceu aqui? – a voz familiar me trouxe de volta a realidade e me espantei ao ver tia Rose parada a minha frente.

– Hei! Olha só quem voltou do mundo dos desaparecidos hã? – coloquei os baços na cintura. Rose soltou uma risadinha e corou, colocando o cabelo atrás da orelha.

– Eu hmm... estive ocupada.

– Aham. Sei bem o que te deixou ocupada por dois dias. – sorri marota.

Ela bufou e rolou os olhos.

– Bella. Conversamos sobre isso mais tarde. Seu pai está em casa? – perguntou entrando e a segui.

– Não. E não sei aonde ele foi.

Ela me olhou.

– E então o que foi que eu perdi?

– Acho melhor se sentar. – ri.

[...]

– Não brinca! – ela riu. – Sério Bella? Uma barata?

Dei de ombros.

– Odeio baratas.

Ela balançou a cabeça incrédula.

– Ah Bella, você é uma piada.

– Isso... – resmunguei. – Ria da desgraça alheia.

– Bella se precisa de alguma ajuda nessa questão é só me perguntar, qualquer dúvida.

Olhei para as minhas mãos.

– Sabe... eu não tive uma presença materna aqui em casa, eu... não sei como é aquela conversa entre mãe e filha sobre a intimidade. – suspirei. – Minha mãe me deixou antes que eu soubesse contar até quinze! Como eu poderia ter a tal conversa sobre o que sentir, ou que esperar? Só sei as coisas que li na internet, que me foi muito útil nos últimos anos.

Tia Rose suspirou.

– Eu sei Bella. Mas você tem a mim. Pode perguntar, nós conversaremos sobre isso.

– Ok...hmmm... o que vai acontecer? Assim, quando acontecer, o que eu vou sentir? Dor? O que eu devo fazer? Ficar parada? Dizer a ele se eu estou sentindo dor ou...sei lá o que? E se eu ficar tão nervosa que e vomitar nele? Não quero me arrepender.

Ela deu uma risadinha no final das minhas perguntas.

– Bella, eu também era como você. Minha mãe morreu muito cedo antes que me pudesse falar sobre essas coisas, e como eu comecei a morar aqui com você e Charlie, eu nunca teria uma informação útil sobre isso. Sabe como lidei com isso? Eu comecei a perguntar as mães das minhas amigas. – riu.

– Sério?

– Sim. Era muito vergonhoso mas, elas me ajudaram com minhas dúvidas e eu segui em frente com isso. – ela respirou fundo. – Bella, fazer sexo pela primeira vez é um grande passo que uma menina da em sua vida. – ela olhou nos meus olhos. – Você perderá sua virgindade, sua pureza e tem que estar certa de que quer isso, porque depois não tem volta. – Assenti. – Cada menina é de um jeito. Não posso te dizer se você vai sentir dor ou não, mas posso te dizer como foi na minha primeira relação. – esperei ansiosa. – Foi... um pouco doloroso no início, mas nada insuportável, e como eu tinha escolhido a pessoa certa para isso, ele foi paciente comigo e esperou até eu me acostumar, e depois foi incrível. Eu... bem... – ela ficou corada. – Não fiquei exatamente parada, se quer saber, mas foi mais fácil ele conduzir do que eu, já que eu era inexperiente.

Soltei uma risadinha, aquele assunto estava ficando meio embaraçoso. Ela continuou.

– Bella se você sentir dor, ou incomodada, com certeza tem que avisá-lo. Ele precisa saber o que você está sentindo para respeitar isso, te entender e ser paciente com você em um momento tão importante. Se ficar nervosa, respire fundo e se entregue no prazer que ele te fizer sentir. Se escolher a pessoa certa, vai dar certo Bella. Não tem nada com o que se preocupar. Só use preservativo, sabe ainda existem doenças sexualmente transmissíveis.

– Sabe, Edward também é virgem, então acho que ele não tem nada.

– Hmmm, mesmo assim, é mais seguro, não queremos matar seu pai. – rimos.

– Obrigada tia Rose, por me ajudar nessa questão.

– Ah que isso, tias são para isso.

– Falando nisso... – cruzei as pernas – Onde esteve nos últimos dois dias? – arqueei a sobrancelha.

– Com Emmett. Ele... – suspirou. – é tudo o que eu sempre sonhei. Desde criança. Eu estou tão apaixonada por ele.

– Mas precisava desaparecer?

– Desculpa. Ele é insaciável.

– Arg! Não preciso dos detalhes sórdidos. – grunhi. Ela gargalhou.

– Agora, porque não vai se resolver com Edward?

– Porque ainda estou muito envergonhada com o que aconteceu. Não sei se consigo encará-lo agora.

– Ah Bella...

– Tia Rose, ele viu os meus seios! – eu disse ultrajada.

– Mas vocês não iam transar naquela hora?

– Bem... é mas, a aparição da barata estragou tudo. Não sei como agir agora. – coloquei o rosto nas mãos, frustrada.

– Eu acho que você deve ir lá, conversar com ele sobre isso, para que vocês dois estabeleçam o que vão fazer quanto a isso. Se já estão prontos.

Soltei um longo suspiro.

– Ok. – me levantei. – Vou lá.

– Tudo bem, eu vou tomar banho. – ela se levantou também. – Qualquer coisa grite.

– Aham. – concordei e saí.

Apertando as mãos e mordendo os lábios caminhei quase confiante até a casa de Edward. Com o coração batendo rápido, toquei a campainha. Nada. A porta não se abriu. Esperei mais alguns segundos e toquei de novo. Nada de novo. Ele deve estar me ignorando.

– Edward! – gritei e bati na porta. – Precisamos conversar! Me ignorar agora não é a melhor solução sabia?! – Nenhuma resposta. Bufei frustrada e joguei as mãos para o alto. – Sabe, você deveria ser mais compreensivo! Você me disse que não era um daqueles caras loucos por sexo, e iria me esperar, então não precisa ficar chateado comigo por não estar pronta! – Eu sou mesmo muito, muito estranha pois me esqueci da vida e comecei a gritar aos sete ventos, sem nem pensar nas minhas palavras. – Você me disse que também é virgem, então qual é o proble-...

Fui interrompida pela porta da frente que se abriu.

– Bella?! – Esme me encarou assustada. Abri a minha boca e tive vontade realmente de morrer naquele instante. Meu coração parou por alguns segundos e literalmente parei de respirar. Ah, qual é?

– Esme. – soltei em um só fôlego. Comecei a suar. Ah, que vergonha! Ela me encarava completamente assustada. Eu já ia implorar para que ela me desculpasse por isso, mas os olhos dela se concentraram em um ponto atrás de mim e me virei para ver o que era.

Edward estava parado na entrada de sua varanda, boquiaberto, uma sacola de compras estava jogada aos seus pés. Engoli em seco e sorri amarelo.

– Oi...Edward... – disse num fio de voz. – Você não me disse...que não estaria em casa...

Ele pigarreou e pegou a sacola caída.

– Eu... hã, meus pais chegaram e minha mãe pediu para que eu fizesse algumas compras para o jantar.

Ok, eu estava ferrada. Olhei de volta para Esme e ela se recompôs e abriu um meio sorriso.

– Bella, quer se juntar a nós para o jantar? Afinal, acho que temos muitas coisas para conversar, não?

– E-eu a-acho que não v-vou poder...minha tia, ela gosta de fazer o jantar e...

– Oh, eu acho que Rosalie não se importará se você jantar aqui esta noite. – ela piscou, e antes que eu pudesse falar qualquer outra coisa, minha sogra me puxou para dentro de sua casa. Corei ao me ver la dentro novamente. – Eu cozinho muito bem, você sabe.

Assenti ainda, sem palavras.

– Mãe... – Edward tentou se manifestar assim que entrou.

– Edward. – ela disse. – Deixe as compras aí no chão, que assim que seu pai chegar ele leva para a cozinha. Você dois – apontou para nós. – Venham comigo.

Olhei para Edward assustada, mas ele apenas fez o que a mãe lhe pediu. Seguimos Esme pela casa, até que ela nos disse para entrarmos em seu escritório. Ela puxou três cadeiras e nos sentamos com ela na nossa frente. Desconfortável, por ter causado aquela situação eu levemente cocei a cabeça.

–Então – ela se manifestou. – Vocês, hã, querem, ou pretendem, ser íntimos.

Engasguei com a minha saliva.

– O que?

– Mãe, nós só, bem, Bella e eu...

– Eu entendo Edward, acredite, eu entendo. – ela disse. – Eu só quero perguntar a você dois se estão certos disso, e já sabem se prevenir.

Ok pense em alguém na situação mais embaraçosa possível, de toda a história. Se pensou me visualizou.

– Eu e Bella, só estávamos quase chegando à intimidade, mas, não chegamos, e bem ainda não conversamos direito sobre isso.

Esme olhou para nós por alguns segundos e soltou um suspiro.

– Tudo bem, eu só estou preocupada. Afinal, vocês são adolescentes, com os hormônios a flor da pele... e é normal eu checar essa questão.

– Oh.. – coloquei o rosto nas mãos, frustrada.

– Bella?

– Caramba Esme, me desculpe por ter gritado todas aquelas coisas vergonhosas ali na sua varanda, é que eu pensei que Edward estivesse chateado comigo porque acidentalmente eu quebrei nosso clima sexual, e ele viu os meus seios e eu fui super ignorante com ele por causa disso, eu só queria dizer sinto muito.

Prendi minha respiração. Os dois me olharam chocados. Esme pigarreou e se levantou.

– Tudo bem Bella... quem quer jantar? Vou começar a cozinhar agora. – ela disse atrapalhada e saindo do escritório. – Quero porta aberta! – falou antes de sumir.

Edward e eu ficamos sozinhos ali. Olhei de esguelha para o meu namorado, nervosa, comecei a estalar os dedos.

– Me desculpa Edward... – sussurrei.

– Hmmm, pelo o quê exatamente? – me perguntou com cautela.

– Por... ter sido ignorante com você e por ter te envergonhado agora a pouco. Eu sou um desastre.

Ele riu.

– Bella... você é tão... você!

– Hã? – perguntei tentando entender.

Ele apenas riu de novo e pegou meu rosto, e me beijou.

– Eu amo você. – ele falou, sua respiração batendo na minha. – E se você não fosse assim, tão Bella, eu não estaria aqui pensando comigo mesmo, como consegui namorar uma pessoa tão incrível como você.

– Sério? – fiz uma careta.

– Sério. – riu de novo. – Você é única. E minha. – suspirou. – Bella, vamos esperar a hora certa ok? Tentar forçar a isso, a... nossa intimidade, não vai dar certo. Temos que ter paciência um com o outro. O que acha? – deu um meio sorriso.

Meu coração acelerou de tanto amor por esse garoto. Cheguei perto de seu ouvido e sussurrei.

– Paciência é meu segundo nome. – Gargalhamos. Me lembrei de algo. – Ah, e outra coisa, acho melhor não aparecer lá em casa por alguns dias.

– Hã? Porque? Bella o que você fez?

– Bom... digamos que meu pai não está morrendo de amores por você nesse momento. –soltei uma risadinha.

– Bella...! O que você...

– Olha, sua mãe ta chamando! – fugi o mais rápido possível.

– Bella! – ele veio atrás de mim.

Tadinho...quem mandou ter uma namorada tão Bella.