Mellody Potter escrita por Gessika Granger


Capítulo 8
Férias!!!




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POV- Harry

Acabei de falar com Fudge e pedi que trouxesse minha irmã, para passar o resto das férias comigo. Ele me disse que de manhã ela estaria aqui no caldeirão furado.

Fiquei sentado na cama durante muito tempo, acariciando, distraído, as penas de Edwiges. O céu visto pela janela foi mudando rapidamente de um azul escuro e aveludado para um cinzento metálico e frio, depois, lentamente, para um rosa salpicado de ouro. Mal conseguia acreditar que havia abandonado a Rua dos Alfeneiros havia apenas algumas horas, que não fui expulso de Hogwarts e que, agora, tenho duas semanas inteirinhas com a minha irmã ao invés dos Dursley.

— Foi uma noite muito estranha, Edwiges — bocejei- Amanhã a Mellody vai estar aqui conosco.

E sem nem ao menos tirar os óculos, me joguei em cima do travesseiro e adormeci.

Acordei animado afinal hoje iria ver minha irmã novamente, me levantei da cama, tomei um banho e fui esperá-la. Não demorou muito para ela aparecer diante da porta, só ao se aproximar percebi que havia algo de errado com ela, Mel parecia ter chorado muito.

— Oi Mel, O que houve? — perguntei.

— Oi Harry, não foi nada — ela disse me abraçando.

— Aconteceu alguma coisa sim, pois você chorou. Me conta, talvez eu possa te ajudar. Lembra, sou teu irmão — disse sincero.

— Você está hospedado aqui? — Ela perguntou em vez de responder.

— Sim.

— Então podemos ir ao seu quarto?

— Claro — disse pegando a mala que ela segurava.

— Obrigada.

Subimos as escadas que levavam ao meu quarto e abri a porta me afastando para que Mel pudesse entrar. Ela entrou e se jogou na cama.

— Me diz o que aconteceu, Mel?

— É que o orfanato em que moro vai fechar e todas as crianças vão ser divididas e mandadas para outros orfanatos. — Mellody suspirou antes de continuar e algumas lagrimas começaram a escorrer — Porém os daqui, da Europa, estão praticamente lotados, então os órfãos serão levados para os estados Unidos, que foi o único local que nos aceitou.

— O que? Então você vai ter que ir para os Estados Unidos? É muito longe Mel.

— Vou ter que ir. A única maneira de eu ficar é se uma família me adotar, o que acho difícil, pois já tenho quase doze anos, ninguém adota crianças dessa idade. Não quero ir pra lá Harry, não quero — ela disse soluçando.

Não sou bom com pessoas chorando, mas era minha irmãzinha e ela precisava de mim, então me sentei ao lado dela.

— Vem aqui — disse abrindo os braços para um abraço, ela veio mais perto e me abraçou — Você é minha irmãzinha e não vou deixar que te levem. Vou falar com Dumbledore e ver se ele pode fazer alguma coisa, ele certamente pode, afinal é o maior bruxo de todos os tempos — disse enquanto acariciava seus cabelos.

— Obrigada Harry — ela disse me abraçando mais forte.

— Não vou deixar que te levem, nem que precise ir morar com os Dursley, algo que em outra ocasião jamais deixaria. Então pare de chorar que tudo vai se resolver — disse secando as lagrimas dela.

— Obrigada Harry, você é o melhor irmão do mundo — ela disse com um sorriso fraco me fazendo sorrir também.

— Ninguém no mundo, seja bruxo ou trouxa, vai separa a gente irmãzinha. — Eu disse enquanto a abraçava mais forte, dei um beijo em sua testa e mudei de assunto. — Já tomou café da manhã?

— Ainda não.

— Então vamos tomar.

HP*HP*HP

POV Mellody.

Agora já estou mais calma, Harry vai me ajudar. Foi muito bom passar esses dias com meu irmão íamos dormir tarde e acordávamos tarde também, depois do café da manhã íamos ao Beco Diagonal onde explorávamos as lojas, amei explorar as livrarias, mas o Harry sempre me tirava de lá quando fazia apenas uma hora que estávamos lá, isso era realmente injusto.

O Harry não havia terminado seus deveres, pois nossos tios não o deixavam então nos sentávamos na calçada da Sorveteria Florean Fortescue, para terminar suas redações e até contar com a ajuda ocasional do Florean e se eu sabia sobre o assunto o ajudava.

Enquanto ele fazia os deveres eu lia diversos livros tanto trouxas, como bruxos e também os livros do Harry do terceiro ano. Florean nos oferecia sundaes de graça a cada meia hora e isso era realmente muito bom.

Fomos ao Gringotes retirar ouro em nossos cofres (cada um tinha seu cofre) para comprar nossos materiais e tive que refrear Harry para que ele não comprasse tudo o que via, ele quase havia comprado uma vassoura super rápida, se eu não o tivesse lembrado que ele tinha uma ótima vassoura e que gastaria praticamente todo seu dinheiro nesta à toa, Harry a teria comprado.

Encontramos várias pessoas de Hogwarts em nossos passeios entre elas Dino, Simas e Neville, até o Malfoy encontramos e tive que ficar entre ele e meu irmão antes que começassem a brigar. Mas, infelizmente nenhum sinal de Gina, Mione e Rony.

Harry me acordou no último dia de férias dizendo que certamente iríamos encontrar com Gina, Rony e Hermione no dia seguinte, no Expresso de Hogwarts. Levantamos e fomos dar nossa última volta no Beco Diagonal, estávamos conversando, quando alguém gritou nossos nomes e nos viramos.

— Harry! Mellody!

Eram Rony e Hermione que estavam sentados na calçada da Sorveteria Florean Fortescue. Os dois acenavam para nós freneticamente.

— Finalmente! — exclamou Rony rindo — Fomos ao Caldeirão Furado, mas disseram que vocês tinham saído, fomos à Floreios e Borrões, à Madame Malkin e...

— Compramos todo o nosso material escolar na semana passada — expliquei a eles.

— Como é que vocês sabiam que estávamos hospedados no Caldeirão Furado?

— Papai — disse Rony com simplicidade.

— É verdade que você transformou a sua tia em um balão? — perguntou Hermione num tom muito sério para meu irmão.

— Eu não tive intenção — disse Harry se defendendo — Simplesmente... Perdi o controle.

— Francamente, fico admirada que Harry não tenha sido expulso — disse Mione.

— Eu também — admitiu Harry. — E nem expulso, pensei que ia ser preso. Rony seu pai não sabe por que Fudge não me castigou, sabe?

— Provavelmente porque era você, não é? — Rony sacudiu os ombros rindo. — O famoso Harry Potter e tudo o mais. Eu nem gostaria de ver o que o Ministério faria comigo se eu transformasse minha tia em balão. Mas não se esqueça, eles teriam que me desenterrar primeiro, porque mamãe já teria me matado antes. Em todo o caso, pode perguntar ao papai hoje à noite. Estamos hospedados no Caldeirão Furado, também! Assim vocês podem ir para a estação de King"s Cross conosco amanhã! Hermione também está lá!

— Mamãe e papai me deixaram lá hoje de manhã com todas as minhas coisas de Hogwarts. — Hermione explicou.

— Que legal Mione — disse sorrindo.

— Fantástico! — exclamou Harry feliz.

— Onde está a Gina? — perguntei.

— Está com a mamãe e o papai na Floreios e Borrões — disse Rony.

— Não me diga que teremos outro professor famoso e maluco este ano. — disse um pouco assustada.

— Bom sobre o famoso acho que não, agora maluco eu não sei. — Rony disse sorrindo.

Mione revirou os olhos com o comentário de Rony e disse:

— Elas só estão comprando o material escolar, Mel.

— Obrigada, Mione. Vou ir procurá-la, até mais.

— Até mais, Mel — disseram juntos.

Não demorei a encontrá-las, estavam saindo da livraria.

— Mel — disse ou melhor gritou Gina.

— Oi Gina — a cumprimentei.

— Vem, vamos avisar aos meus pais que vamos dar uma volta — ela disse me puxando — Mãe, mãe.

— O que foi Gina? — perguntou a Sra. Weasley enquanto procurava algo em sua bolsa, quando me viu acrescentou — Ah oi Mellody.

— Oi Sra. Weasley — disse a ela.

— Mãe, eu e a Mel podemos dar uma volta pelo Beco diagonal? — perguntou Gina.

— É claro que não! — ela disse.

— Por favor, mãe prometo que em menos de uma hora vamos estar novamente no Caldeirão Furado.

— Está bem, mas peça ao seu pai antes, se ele deixar vocês podem ir — disse ela como se tivesse certeza de que o marido diria que não.

— Pai, pai! — gritava Gina me puxando para onde ele estava.

— O que foi Gininha?

— Pai já disse para não me chamar assim. Eu e a Mel podemos dar uma volta pelo Beco Diagonal? — ela perguntou.

— O que sua mãe disse?

— Que se o senhor deixasse podíamos ir. — ela disse sorrindo.

— Então podem ir.

— Legal! — ela disse — Vamos? — ela disse virando para mim.

— Vamos aonde primeiro? — perguntei a ela.

— Que tal na Florean Fortescue?

— Acabei de vir de lá, mas podemos ir tomar um sorvete.

Fomos pra a Sorveteria e enquanto tomávamos um sorvete contei a Gina o que havia acontecido nos últimos dias.

— Harry disse que vai falar com Dumbledore para ver o que ele pode fazer. — dizia enquanto saiamos da sorveteria.

— Vou falar com o meu pai também, às vezes ele pode ajudar em alguma coisa.

— Obrigada Gina.

— Você é minha amiga e não vou te deixar ir pra longe.

— E como foram suas férias? — disse parando por costume em frente à loja de artigos de quadribol.

— Ótimas, o Egito é muito legal, por que parou?

— Costume, o Harry para aqui todo dia para admirar a Firebolt.

— Firebolt?

— Uma nova vassoura, super rápida.

— Sério? Vamos lá ver ela?

— Está bem, vamos, passo aqui todo dia mesmo.

— Olá Srta. Potter, cadê o seu irmão? - disse a atendente.

— Hoje ele resolveu não vir admirar a vassoura. — disse rindo.

— Ela é linda — disse Gina admirando a vassoura.

— Mas em compensação a minha futura cunhada veio. — disse rindo, Gina me olhou com uma expressão ameaçadora.

Depois de um tempo observando a Gina admirar a vassoura saímos da loja e fomos em direção ao Caldeirão Furado.

— Um dia ainda entro no time de quadribol — ela disse confiante.

— Boa sorte pra você, como foi lá no Egito — disse voltando ao assunto.

Ela começou a contar tudo o que aconteceu e como foi à viagem.

Entramos no local logo atrás da Sra. Weasley que estava acompanhada dos gêmeos e Percy.

Pouco tempo depois chegou Harry, Mione e Rony, Gina ao ver meu irmão pareceu ainda mais constrangida do que de costume, talvez porque como ele havia salvado ele durante o ano letivo anterior. Ela ficou muito corada e murmurou um "olá", sem olhar para ele.

— Olá, Mellody.

— Oi, Percy — Percy, estendeu a mão solenemente para mim depois virou-se para o Harry como se jamais tivessem se encontrado e disse:

— Harry. Que prazer em vê-lo.

— Olá, Percy — respondeu Harry, tentando conter o riso.

— Você está bem, espero? — continuou Percy pomposo, durante o aperto de mãos. Parecia até que estava sendo apresentado ao prefeito.

— Muito bem, obrigado...

— Harry! — exclamou Fred, empurrando Percy com os cotovelos e fazendo uma grande reverência, fazendo com que eu e Gina segurarmos uma gargalhada. — É simplesmente esplêndido encontrá-lo, meu caro...

— Maravilhoso — disse Jorge, empurrando Fred para o lado e, por sua vez, apertando a mão de Harry. — Absolutamente maravilhoso.

— Agora chega — interrompeu-os a Sra. Weasley.

— Mãe! — exclamou Fred como se tivesse acabado de avistá-la, apertando-lhe a mão também: — É realmente formidável encontrá-la...

Não aguentei e comecei a rir da imitação que fazia de Percy e os gêmeos pareceram finalmente me ver.

— Ah, Olá Srta. Potter é realmente um prazer revê-la — disse Jorge fazendo uma reverencia.

— Eu já disse que chega — disse a Sra. Weasley, descansando as compras em uma cadeira vazia. — Olá, Harry, querido. Suponho que tenha sabido das nossas eletrizantes novidades? — Ela apontou para o distintivo de prata novinho em folha no peito de Percy. — É o segundo monitor-chefe na família! -exclamou orgulhosa.

— E o último — resmungou Fred para si mesmo.

— Não duvido nada — disse a Sra. Weasley, franzindo a testa de repente. — Estou reparando que até hoje vocês dois não foram promovidos a monitores.

— E para que é que nós queremos ser monitores? — perguntou Jorge, parecendo se indignar até com a própria ideia. — Isso tiraria toda a graça da vida.

Gina abafou o riso.

— Vocês deviam dar um exemplo melhor para sua irmã! — ralhou a Sra. Weasley.

— Gina tem outros irmãos para lhe dar exemplo, mãe — disse Percy com altivez. — Vou mudar de roupa para o jantar...

Ele desapareceu e Jorge deixou escapar um suspiro.

— Bem que a gente tentou trancar ele numa pirâmide — disse para mim e Harry. — Mas a mamãe flagrou a gente no ato.

O jantar àquela noite foi muito agradável. Tom, o dono do bar-hospedaria, juntou três mesas na sala, e os sete Weasley, os dois Potter e Hermione.

— Como vamos para a estação de King"s Cross amanhã, papai? — perguntou Fred quando enfiava a colher em um suntuoso pudim de chocolate.

— O Ministério vai mandar dois carros — disse o Sr. Weasley. Todos ergueram os olhos para ele.

— Por quê? — perguntou Percy, curioso.

— Por sua causa, Percy — disse Jorge, sério. — E vão botar bandeirinhas em cima dos capôs, com as letras TC...

— Significando Tremendo Chefão — completou Fred.

Todos, à exceção de Percy e da Sra. Weasley, deram risadinhas baixando o rosto para os pudins.

— Por que é que o Ministério vai mandar carros, pai? — Percy repetiu a pergunta, num tom muito digno.

— Bem, como não temos mais nenhum — disse o Sr. Weasley —, e como trabalho lá, eles vão me fazer esse favor...

— E ainda bem — disse a Sra. Weasley, animada. — Vocês fazem ideia de quanta bagagem têm juntos? Que bela figura vocês fariam no metrô dos trouxas... Todo mundo já está de mala pronta ou não?

— Rony ainda não guardou todas as coisas novas no malão — disse Percy, com voz de sofredor. — Largou tudo em cima da minha cama.

— É melhor você subir e guardar tudo direito, Rony porque não vamos ter tempo amanhã cedo — disse a Sra. Weasley alto, para o filho sentado mais longe. Rony amarrou a cara para Percy.

Assim que terminamos o jantar a sra. Weasley nos mandou ir para os quartos conferir os malões.

Estava indo para o quarto que dividia com o Harry, mas como Hermione e Gina estavam dividindo um quarto me chamaram para dormir lá com elas.

Enquanto arrumávamos nossas coisas escutávamos Percy gritar do quarto dele:

— Estava aqui, em cima da mesa-de-cabeceira, eu o tirei para polir...

— Eu não peguei, está bem? — berrava Rony em resposta.

— Que está acontecendo? — escutei Harry perguntar.

— Meu distintivo de monitor-chefe sumiu — respondeu Percy

— E o tônico para ratos de Perebas também — falou Rony — Acho que deixei o frasco no bar...

— Você não vai a lugar nenhum até achar o meu distintivo — berrou Percy.

— Eu vou buscar o remédio do Perebas. Já fiz a mala — disse Harry a Rony.

— Meninos — murmuramos juntas balançando negativamente a cabeça.

— Mel, amanhã falarei com meu pai sobre o orfanato, antes de sairmos para a estação — disse Gina.

— O que você vai falar sobre o orfanato? - perguntou Mione sem entender.

Contei a história para Hermione e ela prometeu tentar ajudar no que puder. É bom saber que aqui tenho amigos algo que nunca tive no orfanato. Adormecemos depois de conversarmos bastante sobre nossas férias.


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Notas finais do capítulo

Mereço Reviews? Gente vou demorar um pouquinho para postar o próximo capitulo.



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