Mellody Potter escrita por Gessika Granger


Capítulo 20
Ala hospitalar


Notas iniciais do capítulo

Oi, depois de tanto tempo apareci. Agora comecei a fazer cursinho a noite, e como já estudava de manhã e alguns dias a tarde fica complicado encontrar um tempinho para escrever, mas fiquem sabendo não desisti da fic.Espero que gostem do capitulo. Bjs. Boa leitura.



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Abri os olhos devagar, pois sentia uma enorme dor de cabeça. O que havia acontecido mesmo? Lembro me somente de bater em uma arvore, como foi que bati nela não lembro-me. Percebi que alguém gritava, porém não consegui entender o que dizia e muito menos quem era. Fechei os olhos novamente e contei até dez. Aos poucos comecei a compreender o que se passava e distinguir as vozes. Assim que percebi que Dumbledore saiu, abri totalmente os olhos e tentei me sentar, porém não obtive muitos resultados, pois fiquei tonta e precisei deitar novamente. Madame Pomfrey disse que eu precisava ficar em repouso, quando ela voltou à sua salinha perguntei baixinho para Mione que estava na cama ao lado.

— O que aconteceu?

— Pedigrew conseguiu se soltar, pegou a varinha do Professor Lupin e acabou te acertando com um feitiço, fazendo com que você batesse a cabeça na árvore. — ela me respondeu.

— Quem é que estava gritando? — perguntei após alguns minutos.

— Snape, ele ficou furiosos quando percebeu que... — Mione ia dizendo, mas foi interrompida por um Rony confuso.

— O que... O que aconteceu? Por que estamos aqui? Onde é que foi o Sirius? Onde é que foi o Lupin? O que é que está acontecendo?

— Bom, já que os dois estão acordados acho melhor explicar tudo. — disse Mione.

Mione disse que depois que eu fiquei desacordada, vários dementadores apareceram e tentaram dar o beijo em Sirius e no Harry, porém alguém conjurou um patrono que os expulsou, na hora meu irmão pensará que fosse nosso pai. Todos foram levados para a enfermaria e a pedido de Dumbledore, meu irmão e Mione voltaram no tempo, salvaram Sirius e Bicuço, que fugiram juntos. Por causa desta volta no tempo ficaram sabendo que quem Harry viu realmente fora seu "eu futuro" do outro lado do lago.

Quando todos descobriram que Sirius Black havia conseguido escapar novamente, Snape ficou furioso, por isso que estava gritando, pois acreditava ser o Harry quem o ajudou, o que era verdade, porém ninguém poderia saber disso, pois eles mexeram com o tempo “e coisas horríveis ocorrem com quem mexe no tempo”. Sorte que Dumbledore e Madame Pomfrey o defenderam, se não meu irmão iria estar realmente encrencado.

Dormimos logo, pois estávamos realmente cansados. Assim que acordamos Madame Pomfrey deu uma ótima noticia para os três, eles seriam liberados logo após o almoço, porém ela não me autorizou a sair, pois como havia batido muito forte a cabeça ela precisava ver se não fiquei com nenhuma sequela.

Algumas horas depois que Harry, Mione e Rony saíram da a Ala hospitalar recebi uma visita inesperada: Draco Malfoy.

— O que está fazendo aqui Malfoy? — perguntei curiosa assim que o vi.

— Nada, eu... bom eu vim ver se o santo Potter ainda está vivo, pois ouvi vários boatos dizendo que ele precisou ir ao St. Mungus. — ele disse arrogante.

— Não sabia que se importava tanto com meu irmão Malfoy. — disse rindo, ele me olhou bravo.

— Claro que não. Pensei que havia me livrado finalmente dele, mas infelizmente é mentira.

— Até parece, certamente você já deve tê-lo visto andando pela escola, se não, não estaria aqui. E a propósito ele está super bem.

— Para sua informação não o vi em lugar algum. Por isso vim me certificar sobre os boatos, os quais torcia para serem verdadeiros.

— Para de inventar desculpas, o que você está fazendo aqui? Fale logo! — o pressionei.

— Eu.. Tudo bem! É que eu fiquei sabendo que você havia se machucado e vim ver como a caçula dos Potter estava. Está feliz agora? — ele disse irritado.

— Claro. — disse sorrindo. — Mas por que o interesse em saber sobre minha saúde Malfoy?

— Eu.. Eu preciso ir, olha só a hora tenho aula com o Snape agora. — ele disse fugindo da pergunta.

— Não mude de assunto, porque não quer me responder Malfoy? Ei! Espere ai, você não tem aula agora.

— Tenho sim, aula particular com o Snape, não posso chegar atrasado, nos vemos depois. — ele disse saindo apressado.

— Você vai ter que me responder uma hora Draco Malfoy. — murmurei sozinha.

Minutos depois Gina apareceu contando que o Lupin iria embora e não nos daria mais aulas, pois havia se demitido. Alguém havia espalhado pela escola que ele era um lobisomem. Fiquei realmente brava com esta pessoa, como poderia fazer algo para que Lupin se demitisse, sendo que ele foi o melhor professor de DCART que tivemos? Essa pessoa só poderia ser da sonserina e se for quem estou pensando ele está realmente ferrado.

Pedi para Gina entregar o meu formulário das matérias opcionais que havia escolhido, já que deveriam ser entregues naquela tarde e segundo Madame Pomfrey, precisava ficar um bom tempo em observação.

Colin acabou aparecendo também enquanto ela estava lá. Nós três ficamos conversando por um longo tempo até que Madame Pomfrey os expulsou alegando que eu precisava de repouso.

Antes do jantar Harry, Rony e Mione apareceram para me visitar e trazer alguns doces, o ruivo acabou comendo grande parte. Harry parecia ser o que mais estava triste com a demissão do professor Lupin, tentei animá-lo dizendo que o encontraríamos novamente, mas não surgiu muito efeito, então resolvi falar para ele que agora Sirius não estava mais preso e que talvez logo não precisaria mais morar com nossos tios, e isso sim, o animou um pouquinho. Madame Pomfrey também os expulsou dizendo que se continuassem ali ela colocaria os três em observação também, em menos de um minuto eles estavam fora da enfermaria.

— Esses Potter só trazem problemas. Vivem se machucando. Nunca vi nenhuma família vir tanto aqui quanto eles, primeiro era o pai que vivia aqui, depois o menino e agora que a menina entra está seguindo os mesmos passos... — ela resmungava enquanto voltava para sua sala.

Depois do jantar Dumbledore apareceu para me visitar.

— Olá Mellody. Lembra-se que me pediu no começo do ano para que te ajudasse em um pequeno probleminha? — ele disse indo direto ao assunto.

Precisei de alguns segundos para lembrar que o havia procurado para me ajudar por conta do orfanato. Com tudo o que havia acontecido, me fez esquecer completamente disso.

— Ah! Lembro-me professor. É sobre o orfanato, não é?

— Sim, fique sabendo que fui ao Ministério e ao seu orfanato, e fui informado que uma família bruxa poderia ficar com sua guarda. Depois disso vieram duas famílias me procurar, sei que você não faria distinção alguma, independente da família que fosse, porém achei que seria mais adequado e que você preferiria está de qualquer forma.

— Não estou entendendo professor.

— Uma família bruxa terá sua guarda.

— Sério? Quem? Quando?

— É verdade, e assim que sair da Escola irá direto para a casa deles, creio que irá gostar desta família.

— Quem irá me adotar professor?

— Bom isto não direi agora, mas creio que se a Papoula te liberar poderá conhecê-los. — ele completou com um sorriso enigmático, por mais que estivesse curiosa não consegui evitar sorrir também.

Assim que Dumbledore convenceu Madame Pomfrey a me liberar, pois se eu tivesse alguma sequela já teria apresentado e se tivesse algum problema viria imediatamente para a enfermaria, acompanhei o diretor até seu gabinete.

Estava super nervosa e ansiosa, que família iria me adotar? Fiquei tempo suficiente no orfanato para saber que ninguém gosta de adotar as crianças maiores, principalmente aos 12 anos de idade. Certamente no mundo bruxo haveria mais exigências por causa principalmente do preconceito, e digamos não sou uma bruxa puro sangue, pois minha mãe era nascida trouxa. Então certamente está família não deve ser preconceituosa.

Porém uma coisa me incomodava, por que nenhuma família quis me adotar antes?

— Professor? Por que nenhuma família quis me adotar antes? Quer dizer uma família bruxa? — perguntei de repente.

— Bom, poucas pessoas sabiam de sua existência, a maioria só soube que você existia quando Harry entrou em Hogwarts. E como seu irmão ficou no mundo trouxa achei mais adequado deixá-la com os trouxas também. — ele respondeu e apressou os passos.

Não compreendi o que ele me disse, afinal quem compreende Dumbledore? Apressei os passos para alcançá-lo.

— Talvez o que eu disse não lhe faça sentido, porém logo chegará o momento em que você me compreenderá, e este momento chegará mais rápido do que imagina.

Por acaso ele acabou de ler minha mente? Como assim compreenderá mais rápido do que imagina? Decidi que pensaria nisto mais tarde e que agora me concentraria em seguir o bruxo mais poderoso do mundo. Respirei fundo quando Dumbledore disse a senha e subi devagar os degraus. Assim que ele abriu a porta vi as pessoas que menos esperava que me adotassem.

— Oi querida. Como você está? — disseram enquanto os olhava ainda surpresa.

— São Vo...Vocês que querem ser meus guardiões? — perguntei.

— Sim querida, não gostou da ideia?

— Claro que sim, mas por que resolveram me adotar?

— Bom, você e o Harry são praticamente da família, por que não oficializar? Pelo menos com você, ainda mais agora que precisa de nós. — disse o Sr. Weasley.

— Além do mais a consideramos como uma filha. — disse a Sra. Weasley sorrindo e completou abrindo os braços — Venha já me dar um abraço Mellody.

Dei um pequeno sorriso e deixei algumas lágrimas escaparem, acredito que nunca chorei como durante este ano. Corri em direção a ela e a abracei. Logo após dei um forte abraço no Senhor Weasley.

— Assim que as férias começarem te levaremos para buscar suas coisas no orfanato, para que se mude logo para a Toca. — disse o Sr. Weasley assim que me afastei.

— Não é necessário. Todas as minhas coisas estão dentro do meu malão. — disse secando as lágrimas.

— Então você pode ir para casa assim que terminar as aulas. — A Sra. Weasley disse sorrindo. — A Gina e os meninos irão amar a novidade.

— Eles ainda não sabem? — perguntei curiosa.

— Ainda não, deixamos para contar depois de contássemos para você. A Minerva foi chamá-los, logo depois que Alvo saiu para lhe chamar.

Dumbledore abriu a porta e disse:

— Acabaram de chegar.

— Obrigado, Dumbledore. — disse o Sr. Weasley.

Dumbledore saiu e os Weasley entraram.

— O que vocês fazem aqui? — Rony perguntou.

— Juro que não fizemos nada. — Jorge disse.

— Pelo menos nada tão grave. — Completou Fred.

— Não foi nada do que vocês tenham feito que nos trouxe aqui. — disse a Sr. Weasley.

— Mamãe o que a Mel está fazendo aqui? Aconteceu algo com o Harry? — perguntou Gina preocupada assim que me viu.

— Não aconteceu nada com seu namoradinho Gininha. — disse o Fred.

— O vimos dormindo tranquilamente quando fomos chamar o Roniquinho. — completou Jorge.

Gina mostrou a língua para os irmãos e veio para meu lado.

— Bom, a Mellody é o motivo para que todos vocês estejam aqui. — disse o Sr. Weasley.

— Por quê? — Rony perguntou.

— Porque ela faz parte da nossa família agora, quer dizer oficialmente.

— Como assim? — Gina perguntou tentando entender.

— Nós somos oficialmente os guardiões dela, Gina.

— A adotaram? — Rony perguntou tentando entender.

— Sim.

— Sério? Não acredito! Agora somos irmãs Mel! — Gina disse animada me dando um abraço.

— Seja bem vinda à família Mellodyzinha! Fred disse bagunçando meus cabelos.

***

Acordei feliz, agora teria uma casa, que não fosse Hogwarts é claro, e um lugar onde todos gostavam de mim. Pela primeira vez não via a hora das aulas acabarem para que eu pudesse ir para minha nova casa.

Arrumei-me em poucos minutos e desci para o salão comunal, onde encontrei o Harry olhando pela janela. Aproximei-me devagar.

— É linda a vista daqui, não é? — disse para ele assim que estava ao seu lado.

— Sim, detesto quando as férias chegam e preciso voltar pra casa dos nossos tios, em vez de ficar aqui na escola. — ele disse tristonho.

Nós dois voltamos nosso olhar para o jardim, absorvendo todos os detalhes em nossa memória, pois teríamos as férias todas antes de voltar.

— Sabia que o papai se transformava em um cervo? Assim como meu patrono? — Harry disse após um tempo.

— Não. Como você ficou sabendo?

— Lupin me contou ontem quando fui me despedir.

— Queria ter me despedido dele também, duvido que Dumbledore encontre um professor de DCART a altura dele. — disse fazendo meu irmão dar um leve sorriso.

— Verdade, ele foi o melhor professor que tivemos.

Um silêncio reinou por alguns minutos enquanto olhávamos para a floresta proibida. Respirei fundo, não sabia como contar para meu irmão, mas era melhor dizer agora enquanto não tinha ninguém no salão comunal.

— Harry, você sabe que a única forma para que eu continuasse por aqui seria que alguém me adotasse.

— Sim, havia me esquecido disso, o que vai acontecer com você Mel? — ele perguntou preocupado.

— Bom, ontem a noite Dumbledore foi até a ala hospitalar e me disse que duas famílias bruxas foram atrás dele para serem meus guardiões. E Dumbledore escolheu uma delas.

— Sério? Que família? — Ele disse aliviado e feliz.

— Os Weasley’s. E me disseram que assim que as férias começarem posso ir para a Toca. — Disse com um enorme sorriso.

— Que bom! Assim você não precisa ir para longe. — ele disse sorrindo e me dando um abraço. — Detestaria que minha irmãzinha fosse para longe, ainda mais que faz pouco tempo que nos encontramos. Além do mais os Weasley’s são as melhores pessoas que conheço, fico realmente feliz com esta notícia. — ele disse bagunçando meu cabelo.

Descemos para o café da manhã antes da maioria dos alunos e ficamos conversando sobre o que acontecera no dia da fuga de Sirius. Embora não demonstrasse, Harry estava um pouco desanimado, pois não poderia morar com Sirius por enquanto. Por mais que fizesse menos de dois anos que nos conhecemos percebo sempre quando tem algo o incomodando, gosto de pensar que é uma ligação temos.

Quando os demais alunos chegaram percebemos que comentavam sobre a saída do Lupin e que a maioria não havia gostado.

Gina, Colin e eu passamos grande parte do dia em uma sombra perto do lago, aproveitando os últimos momentos do ano letivo, por mais que amasse Hogwarts queria logo conhecer minha nova casa.

As notas foram divulgadas no fim do dia e tirei excelentes notas, Gina e Colin também tiveram boas notas, segundo eles, maior do que esperavam. Harry, Rony e Mione passaram de ano, Percy teve excelentes notas em seus NIEM’s e os gêmeos passaram raspando nos NOM’s.

A festa de encerramento letivo foi ótima, pois a grifinória ganhou a Taça de Quadribol, e o Campeonato das Casas, pelo terceiro ano consecutivo. Com exceção dos sonserinos todos ficaram super animados e fizeram muito barulho.

No dia seguinte encontramos facilmente uma cabine vazia no Expresso de Hogwarts, Colin começou a contar animado onde seus pais pretendiam passar as férias e Gina fez mil e um planos para quando chegarmos em casa, desde onde ficaria minha cama até onde me sentaria durante as refeições.

Encontrei com Harry assim que chegamos à plataforma e dei um apertado abraço de despedida lhe desejando boas férias. Rony parecia muito animado com uma corujinha que havia ganhado de Sirius. Assim que passamos a barreira dei outro abraço em Harry.

— Boas férias maninho, não se esqueça de me mandar cartas.

— Obrigado, não me esquecerei, desde que você não se esqueça de mandar para mim também.

Fui até onde os Weasley’s estavam reunidos e dei um forte abraço na Sra. Weasley, agora certamente começaria uma fase diferente em minha vida.





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