Mellody Potter escrita por Gessika Granger


Capítulo 19
Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas II




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Não acredito que fui uma das responsáveis por deixar um dos meus professores preferidos desacordado, porém, ele bem que mereceu.

— Sabe, acho que está história que vocês contaram não é totalmente mentira, mas quero saber de uma coisa. Se não foi o Black que matou meus pais, então quem foi o responsável pela morte deles? — perguntei.

— Me dê o rato Rony, para que eu possa mostrar a vocês. — disse Lupin.

— Nem pensar, como você sabe que justo meu rato é o Pettigrew? E como o Black sabia qual era se estava preso em Azkaban? — Rony disse enquanto se agarrava mais ao rato.

— Ele tem razão. Como você descobriu Sirius? — Lupin perguntou franzindo a testa.

— O vi no ombro do garoto na foto do jornal. O reconheci na mesma hora, afinal havia visto ele se transformar tantas vezes.

Rony continuou dizendo que Perebas não era o Pettigrew, porém Lupin e Black começaram a falar algumas coisas que se encaixavam perfeitamente, por exemplo o fato de o rato estar doente desde o dia que Black fugiu de Azkaban, ou o fato de Pettigrew e Perebas não terem um dos dedos, ou por ele ter vivido mais que os demais ratos, porém tanto Harry quanto Rony não dava o braço a torcer .

Harry voltou a gritar com Black e segurei seu braço para que ele não fizesse nenhuma besteira.

— Harry, se acalme, os deixe contar a versão deles primeiro.

— Me acalmar Mellody? Me acalmar? Será que você não se lembra que foi ele que matou nossos pais? — Harry disse apontando para Sirius Black.

— Harry... — comecei a dizer, porém Lupin me interrompeu.

— Harry, todo este tempo pensamos que quem os havia traído era Sirius e que Pedro o havia perseguido, mas foi exatamente ao contrário quem traiu o James e a Lilian foi Pedro, Sirius o perseguiu.

— ISSO É MENTIRA! ELE QUE ERA FIEL DO SEGREDO! ELE CONFESSOU QUE MATOU MEUS PAIS! — berrou Harry.

— Foi o mesmo que ter matado, pois convenci-os a entregarem o segredo a Pedro, pois ninguém desconfiaria que ele era o fiel do segredo. Na noite em que morreram fui procurar o Pedro, mas não o encontrei, então corri para a casa de seus pais e vi que ela estava destruída. Percebi que Pedro deveria os ter traído.

— Então, ninguém sabia que você não era mais o fiel do segredo? — perguntei baixinho tentando compreender.

— Não Mellody, as únicas pessoas que sabiam sobre isso eram seus pais, eu e Pedro.

— Por isso que todos pensaram que você era o traidor. — conclui.

— Não acredito que você está realmente acreditando nele Mellody. — Harry disse enquanto se soltava da minha mão.

— Basta. — disse Lupin — Rony me dê esse rato para que possamos provar o que aconteceu.

Rony resistiu, porém acabou entregando o rato. Lupin e Black fizeram com que ele voltasse a forma humana, o que foi algo estranho para se ver. Pedro Pettigrew, era pouca coisa maior que meu irmão, percebi que seus olhos observaram rapidamente cada um e que olhava a todo o momento para a porta. Black ergueu a varinha, porém Lupin o censurou.

— Estávamos tendo uma conversinha, Pedro, sobre os acontecimentos da noite em que Lílian e James morreram. Você talvez tenha perdido os detalhes enquanto guinchava na cama... — disse Lupin.

— Remo, você não está acreditando nele, não é? Ele tentou me matar. E vai tentar me matar novamente.

— Ninguém tentará matá-lo até resolvermos tudo. — disse Lupin.

— Resolvermos tudo?

— Você sabia que ele ia fugir de Azkaban?

— Ele tem poderes das trevas com os quais a gente só consegue sonhar! — gritou Pettigrew — De que outro jeito fugiria de lá? Suponho que Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado tenha lhe ensinado alguns truques!

— Voldemort me ensinou alguns truques? — Black disse rindo, fazendo com que Pedro se encolhesse mais.

— Devo admitir, Pedro, que acho difícil compreender por que um homem inocente iria querer passar doze anos sob a forma de um rato. — disse Lupin.

— Estava apavorado! Se os seguidores de Voldemort estivessem atrás de mim, seria porque mandei um dos seus melhores homens para Azkaban, o espião, Sirius Black! — disse Pedro.

— Eu espião? Não sei como não percebi que você era um espião. Afinal vivia atrás de nós, para que o protegêssemos.

— Hum... Sr. Black... Sirius? — disse Hermione. — Como foi que o senhor fugiu de Azkaban, se não usou artes das trevas?

— Não sei como foi que fugi — Sirius disse lentamente. — Acho que a única razão por que nunca perdi o juízo é porque sabia que era inocente. Isto não era um pensamento feliz, então os dementadores não podiam sugá-lo de mim... Mas serviu para me manter lúcido e consciente de quem eu era... Ajudou-me a conservar meus poderes quando tudo se tornava... Excessivo... Eu conseguia me transformar na cela... Virar cachorro. Os dementadores não conseguem enxergar, sabe... Aproximam-se das pessoas se alimentando de suas emoções... Eles percebiam que os meus sentimentos eram menos... Menos humanos, menos complexos quando eu era cachorro... Mas achavam, é claro, que eu estava perdendo o juízo como todos os prisioneiros de lá, por isso não se incomodavam. Mas eu fiquei fraco, muito fraco, e não tinha esperança de afastá-los sem uma varinha... Mas, então, vi Pedro naquela foto... E compreendi que ele estava em Hogwarts com a Mellody e com o Harry... Perfeitamente colocado para agir, se lhe chegasse a menor notícia de que o partido das trevas estava reunindo forças novamente...Pronto para atacar no momento em que se certificasse de que contava com aliados... E para entregar os últimos Potters vivos. Se lhes entregasse os dois, quem se atreveria a dizer que traíra Lord Voldemort? Pedro seria recebido de volta com todas as honras... Então, entendem, eu tinha que fazer alguma coisa. Era o único que sabia que ele continuava vivo... Era como se alguém tivesse acendido uma fogueira na minha cabeça, e os dementadores não pudessem destruí-la... Não era um pensamento feliz... Era uma obsessão... Mas isso me deu forças, clareou minha mente. Então, uma noite quando abriram a porta para me trazer comida, eu passei por eles em forma de cachorro... Para eles é tão difícil perceberem emoções animais que ficaram confusos... Eu estava magro, muito magro... O bastante para passar entre as grades... Ainda como cachorro nadei até a costa... Viajei para o norte e entrei escondido nos terrenos de Hogwarts, como cachorro. Desde então vivi na floresta, exceto nas horas em que saía para assistir ao Quadribol, é claro. Você voa bem como o seu pai, Harry... — Sirius se virou para meu irmão e desta vez ele não evitou seu olhar depois seus olhos pousou em mim. — E bom um dia entrei no castelo para me certificar sobre o que estava acontecendo e bem vi a Mellody esperando alguém no banheiro da murta, espero não ter te assustado aquele dia. — ele disse com um sorriso maroto e senti que fiquei um pouco corada.

Sorte que ele não disse nada sobre a pessoa que encontrei se não meu irmão me mataria mais tarde.

— Então era você? — perguntei e ele assentiu — Bom você me assustou um pouquinho, mas pensei que fosse alguém pregando-me uma peça.

— Era somente eu, quando vi que alguém se aproximava me escondi em um dos Box, só não esperava que fosse você. — ele disse dando um pequeno sorriso, mas logo voltou a ficar sério. — Acreditem, nunca traí James e Lílian. Teria preferido morrer a traí-los.

— Eu acredito, acho que sempre acreditei. Pelo menos desde o momento em que Harry me mostrou o álbum de fotografias. — disse com um pequeno sorriso.

— Na verdade sabia que iria dizer isso Mellody, você é muito parecida com sua mãe, ela acreditava nas pessoas mesmo que ninguém mais acreditasse nelas. — dei um sorriso em resposta e ele virou se para meu irmão. — E você acredita Harry?

Harry apenas assentiu com a cabeça.

— Não! — Pedro gritou e começou a implorar piedade.

— Vamos matá-lo juntos? — disse Black erguendo a varinha.

— Acho que sim — concordou Lupin sombriamente.

— Vocês não podem me matar. — Pedro disse enquanto corria para Rony — Rony eu não fui um bom bichinho? Não vai deixa-los me matar... Fui um bom bicho de estimação.

Rony puxou a perna para se afastar de Pedro, este foi para perto de Hermione que recuou contra a parede. Então ele virou-se para a minha direção.

— Mellody, você parece tanto com sua mãe, ela jamais deixaria que fizessem isso comigo. — ele disse e quando tentou se aproximar peguei minha varinha e apontei para ele.

— Não ouse se aproximar.

Como não conseguiu nada, virou-se para Harry.

— Harry — sussurrou Pettigrew — James não iria querer que eles me matassem... James teria compreendido. Teria tido piedade...

— Como ousa falar com eles depois do que você fez a James e Lilian? — Sirius disse raivoso e com ajuda de Lupin o jogou no chão.

— Você os vendeu para Voldemort — Sirius disse — Você nega isso?

— Sirius, o que é que eu podia ter feito? O Lord das Trevas... Você não faz ideia... Ele tem armas que você não imagina... Tive medo, Sirius, eu nunca fui corajoso como você, Remo e James. Eu nunca desejei que isso acontecesse... Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado me forçou...

— NÃO MINTA! — Sirius gritou — VOCÊ ANDOU PASSANDO INFORMAÇÕES PARA ELE DURANTE UM ANO ANTES DE LILIAN E JAMES MORREREM! VOCÊ ERA ESPIÃO DELE!

— Ele estava assumindo o poder em toda parte! — exclamou Pettigrew — Que é que eu tinha a ganhar recusando o que me pedia?

Meu olhar seguia de um para o outro atentamente, era muita coisa para absorver em uma noite, parecia que fora há tanto tempo a execução de Bicuço.

— Que é que você tinha a ganhar lutando contra o bruxo mais maligno que já existiu? Apenas vidas inocentes, Pedro!

— Você não entende! Ele teria me matado, Sirius!

— ENTÃO VOCÉ DEVIA TER MORRIDO! MORRER EM VEZ DE TRAIR SEUS AMIGOS! COMO TERÍAMOS FEITO POR VOCÊ!

— Você deveria ter percebido que se Voldemort não tivesse te matado na época, nós o mataríamos quando descobríssemos. — Disse Lupin.

Não podia deixar isso acontecer, meus pais jamais iriam querer isso. E não quero que Sirius e Lupin sejam culpados pala morte de alguém, nem mesmo sendo um traidor. Precisava fazer algo para impedir, mas ao ver que ambos erguiam as varinha fiz a primeira coisa que me veio a cabeça.

— NÃO! — Harry e eu gritamos em uníssono e corremos para perto deles.

— Vocês não podem matá-lo. — Harry disse ficando entre eles, me aproximei deles, mas não fiz o mesmo que meu irmão.

— Mellody, Harry, ele é a razão de não terem pais e terem que viver separados. — Sirius disse espantado — Ele teria olhado vocês morrerem, sem levantar um dedo, pois dava mais valor à pele nojenta do que a toda sua família.

— Eu sei — ofegou Harry — Vamos levar Pedro até o castelo. Vamos entregar ele aos dementadores. Ele pode ir para Azkaban... Mas não o matem.

— Concordo com o Harry, se o entregarmos aos dementadores ele pagará e se arrependerá pelo que fez com nossos pais, caso contrario, se o matarem isso nunca irá acontecer e ainda serão culpados por sua morte. E não quero isso, e sei que eles também não queriam.

— Escutou bem? Não estamos fazendo isso por você. E sim porque nosso pai não ia querer que os melhores amigos dele virassem assassinos... Por sua causa. — Harry disse bravo.

— Muito bem. Saia da frente, então. — disse Lupin e completou ao perceber a hesitação de meu irmão — Prometo que só vou amarra-lo.

Puxei Harry pelo braço para que ele saísse do caminho e vi Lupin amarrar Pettigrew. O professor foi até o Rony e o ajudou a se levantar.

— E o Profº. Snape? — perguntou Hermione, o que me fez lembrar do professor de poções.

— Ele está bem? Não causamos nada grave nele, não é? — perguntei me aproximando de Snape.

— Ele não tem nenhum problema sério. Vocês só se entusiasmaram um pouquinho demais. Continua desacordado. Hum... Talvez seja melhor não o reanimarmos até estar a salvo no castelo. Podemos levá-lo assim... — Lupin disse enquanto analisava Snape. Lupin murmurou um feitiço que fez com que ele flutuasse.

— E dois de nós devemos nos acorrentar a essa coisa. Só para garantir. — disse Sirius.

— Eu faço isso — disse Lupin.

— E eu — disse Rony enquanto mancava até o prisioneiro.

Sirius conjurou duas algemas e prendeu Pettigrew a Rony e a Lupin. Bichento descia as escadas nos guiando, Lupin, Pettigrew e Rony vinham a seguir, depois vinha o Profº. Snape flutuando, atrás dele Sirius e Harry, Hermione e eu éramos as últimas.

— Você sabe o que isso significa? — perguntou Black abruptamente a Harry — Entregar Pettigrew?

— Você fica livre... — respondeu Harry e eu fiquei absolutamente atenta ao que diziam.

— É. Mas eu também sou, não sei se alguém lhe disse, eu sou seu padrinho.

— Eu soube — disse Harry.

— Bem... Os seus pais me nomearam seu tutor. Se alguma coisa acontecesse a eles...Naturalmente, eu vou compreender se você quiser ficar com seus tios. Mas... Bem... Pense nisso. Depois que o meu nome estiver limpo... Se você quiser uma... Uma casa diferente...

— Quê, morar com você? Deixar a casa dos Dursley?

— Claro, achei que você não ia querer. Eu compreendo, só pensei que...

— Você ficou maluco? Claro que quero deixar a casa dos Dursley! Você tem casa? Quando é que eu posso me mudar?

Sirius virou-se e encarou meu irmão sem acreditar no que acabara de ouvir.

— Você quer? — perguntou ele — Sério?

— Sério! — respondeu Harry sem conseguir conter o sorriso.

Harry olhou para trás e ao me ver seu sorriso sumiu.

— Mas e a Mel? Ela poderia viver conosco? — ele perguntou preocupado.

— Não sei, se o tutor dela autorizar acho que não haveria problemas.

— Não sabemos quem é que eles nomearam como meu tutor. — disse a Sirius.

— Então creio que não haverá problemas. — Sirius disse sorrindo.

Saímos do túnel e puxei Harry em um canto.

— Não precisava ter pedido isso ao Sirius, ele é seu padrinho e ficarei bem onde estiver.

— Você é mina irmãzinha esqueceu? Nunca vou te deixar sozinha, ainda mais agora. Não vou deixar que te levem pra longe. — ele disse me abraçando.

— Obrigada, Harry. Você é um ótimo irmão sabia?

Harry não disse nada apenas sorriu e bagunçou meus cabelos. Sorri com a ideia de morar com Harry e Sirius, seria legal já que meu tutor era desconhecido.

Então de repente uma nuvem se mexeu e revelou a lua cheia o que nos deixou paralisados

— Ah, não! — exclamou Hermione — Ele não tomou a poção hoje à noite. Ele está perigoso!

— Corram — sussurrou Black — Corram. Agora.

Porém em vez de correr para o castelo fomos para perto de Rony que por sinal estava perto, muito perto de Lupin, porém não podíamos deixá-lo para trás. Só que Lupin já havia começado a se transformar em lobisomem e Sirius em cachorro para tentar contê-lo.

Olhei para o lado e vi o professor Snape caído, também não poderíamos deixá-lo (por mais que isso agradece meu irmão), afinal era um dos meus professores preferidos e sem ele Hogwarts não seria a mesma (se meu irmão me ouvisse falando isso me mataria). Fui até ele e chequei seus batimentos cardíacos, vai saber, às vezes as pancadas que levou enquanto percorríamos o túnel o houvessem machucado, em questão de segundos percebi que não tocava mais o chão e que ia a toda velocidade em direção ao salgueiro lutador, então tudo escureceu.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Mereço reviews? Recomendações?Quem gosta de Percabeth? Eu tenho uma fic deles, que tal dar uma passadinha por lá? http://fanfiction.com.br/historia/275176/Operation_Cupidon



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