Mellody Potter escrita por Gessika Granger


Capítulo 17
O hipogrifo é condenado.


Notas iniciais do capítulo

Oi, apareci... Demorei para postar por que estava doente e o tratamento me deixava muito cansada, e além do mais tinha que terminar meu portfólio, além das provas e dos trabalhos do fim de trimestre, mas agora finalmente a férias chegaram. Bom vamos parar de enrolação Boa leitura :D



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Estava na biblioteca adiantando meu trabalho de herbologia quando uma Hermione zangada sentou-se ao meu lado.

— O que aconteceu Mione? — perguntei deixando de lado o meu trabalho.

— Acredita que o Harry vai pra Hogsmeade novamente? Será que ele não se da conta do perigo que ele está correndo ao fazer isso? E o Ron...

— Calma Mione, me explica isso direito. O Harry vai para Hogsmeade pela passagem secreta novamente?

— Sim.

— Ele ficou maluco?

— Acho que sim.

— Só que sabe de uma coisa? Por mais que meu irmão tente escapar de encrencas elas acabam o encontrando, e é isso que me deixa mais preocupada com ele. O pior é que ele ainda vai a um lugar sem permissão, e se algo acontecer? — Disse preocupada.

— Eu sei disso, e é justamente por isso que estou assim, eles nem ligaram para o que eu disse.

— Não se preocupe com isso Mione, logo os dois estarão te procurando para pedir desculpas. — disse com um pequeno sorriso o que parece que há acalmou um pouco. — Com licença Mione, mas eu preciso ir falar com o idiota do meu irmão.

Cheguei ao salão comunal e vi meu irmão jogando xadrez bruxo com Rony.

— Harry James Potter, precisamos conversar. — Eu disse brava e ele me olhou assustado, mas logo levantou e me seguiu para o seu dormitório, preferia conversar com ele no meu dormitório, mas como ele não podia entrar lá, o jeito era falar com ele no dormitório masculino mesmo.

Assim que ele entrou fechei a porta e cruzei os braços de forma extremamente séria.

— Que história é essa de que você irá para Hogsmeade mesmo sabendo que não está autorizado? Ainda mais tendo um fugitivo atrás de você? — Fui logo dizendo.

— Se acalme Mellody, eu vou ir sim a Hogsmeade. E você não irá me impedir, afinal não importa aonde eu vá as confusões vão atrás de mim, então tanto faz eu estar no vilarejo ou aqui.

— Mas não acho uma boa ideia você ir. — Eu disse ainda zangada.

— Mellody não importa o que diga, vou a Hogsmeade de qualquer forma. Preciso respirar um pouco.

— Só estou dizendo isso, porque me preocupo com você, Harry. Afinal se você se esqueceu temos somente um ao outro e não quero perder você. — eu disse zangada e um pouco magoada com ele, e acrescentei — Não agora que te encontrei.

— Olha Mellody, fico feliz que se preocupe comigo e não me esqueci de que você é minha irmãzinha, jamais vou me esquecer disto, porém vou ir ao vilarejo. — Quando ele viu que eu parecia estar magoada acrescentou. — Prometo que não vai acontecer nada, vai ficar tudo bem.

— Promete? — perguntei inocentemente.

— Prometer não prometo, mas farei o possível. — Ele disse sorrindo.

MP_MP_MP

— Mel, você terminou de fazer o dever de poções? — Gina me perguntou assim que me encontrou entre as estantes da biblioteca.

— Terminei, por quê?

— É que eu precisava conferir uma coisa, você me empresta o seu?

— Tudo bem, está entre meus livros no dormitório.

— Obrigada. — ela disse me abraçando e logo depois saindo correndo.

Continuei a correr os olhos nos livros em busca de um titulo que me agradasse, a final já havia terminado de fazer todos os deveres.

— Oi Potter. — Alguém disse atrás de mim.

— Ah.. Oi Lerman, como vai? — disse me virando.

— Vou bem e você?

— Tudo bem.

— Potter, você sabe de algum livro que fale sobre feitiços convocatórios? — Ele pediu sem jeito.

— Claro, você está estudando eles?

— Sim, e não consigo encontrar muita coisa sobre eles e o professor Flitwick pediu que fizéssemos um metro de pergaminho.

— Vem comigo. — O chamei levando-o para outra estante — Bom há vários livros que falam sobre eles, mas o que mais fala é este aqui. — disse enquanto retirava o livro da estante.

— Obrigado. — ele disse animado.

— Espero que o tenha ajudado. — disse sorrindo.

— Me ajudou muito Potter. — ele disse sorrindo também.

— Pode me chamar de Mellody ou de Mel se quiser.

— Tudo bem Mel, e você pode me chamar de Jamie. Bem agora vou terminar meu dever.

— Ok, nos vemos por ai. — eu disse voltando para a estante que estava anteriormente.

Não era surpresa um aluno mais velho me pedir ajuda com um livro, afinal todos em Hogwarts sabiam que as pessoas que mais conheciam a biblioteca da escola eram Madame Prince, Hermione e eu.

***

— Ron, não se esqueça de trazer alguns doces para mim. — Gina disse ao irmão enquanto ele se encaminhava para a saída do castelo.

— Vou ver se me lembro Gina. — ele disse brincalhão, enquanto a irmã fazia bico.

— Ei, trás doces pra mim também Ron. — disse a ele.

— Ok, mas vou falar para o Harry fazer isso, afinal você é irmã dele. — Ron disse baixo para que somente eu e Gina o escutássemos.

Reviramos os olhos e despedimos de Ron, enquanto voltávamos para o salão comunal encontramos uma Mione tristonha.

— Vai a Hogsmeade Mione? — Gina perguntou.

— Vou, mas não ficarei por muito tempo, afinal vou ir sozinha. — ela disse com um sorriso triste.

— Então por que não fica conosco? Para não ir sozinha? — Gina perguntou de repente.

— É mesmo, poderíamos ir visitar Hagrid e então saberíamos o resultado do julgamento do Bicuço. — disse animada.

— Não sei, mas pensando bem, acho que é uma boa ideia, não gosto da ideia de visitar o vilarejo sozinha.

— Então vamos primeiro ao salão comunal para que eu possa pegar um casaco. — eu disse animada — Tomara que Hagrid tenha boas noticias sobre o julgamento.

Fomos conversando animadamente até o salão comunal, ao que parece conseguimos animar um pouco nossa amiga. Mione foi conosco ao dormitório e enquanto procurávamos um casaco uma coruja entrou pela janela e pousou no colo da Mione.

— De quem é? — Gina perguntou.

— Acho que é do Hagrid. — Ela disse analisando a carta.

— Então abra deve ser noticias sobre o julgamento. — disse sentando ao seu lado.

— Ah... Não — Mione disse triste. — Eles condenaram o Bicuço. — ela completou me entregando a carta para que eu mesma a lesse.

Na carta dizia o seguinte:

Cara Mione,

Perdemos. Tive permissão de trazer Bicuço de volta a Hogwarts.

A data de execução vai ser marcada.

Bicucinho gostou de Londres.

Não vou esquecer toda a ajuda que você nos deu.

— Não acredito. — disse secando uma lágrima que escorreu. — Como podem ter condenado ele? Como deram mais valor ao Malfoy?

— É simples Mel, os Malfoy são muito influentes no mundo bruxo e certamente devem ter intimidado a Comissão. — disse Hermione.

— Como podem se deixar influenciar? Isso é tão injusto. — Gina disse brava.

— Concordo com você Gina. — disse triste.

— Precisamos encontrar os meninos para avisá-los. — Mione disse enxugando as lágrimas com as costas da mão.

— Mas certamente eles irão demorar. — Gina disse.

— Vamos procurá-los, se os encontrarmos irão conosco ver Hagrid, caso contrário iremos sozinhas. — disse séria.

— Você tem razão Mel, Hagrid precisa de nosso apoio. — Mione disse.

Saímos do dormitório e assim que entramos no salão comunal Percy chamou a irmã.

— Gina, eu bom que te encontrei. Preciso que você faça-me o favor...

— Mas eu... — Gina começou, mas foi interrompida pelo irmão.

— É urgente, depois você faz o que precisa fazer.

— Desculpe meninas, vou ver o que Percy quer depois as encontro na cabana do Hagrid — Gina disse se desculpando.

— Tudo bem Gina. — dissemos em uníssono.

Saímos do salão comunal e começamos a andar pelo castelo em busca deles, não demorou muito para encontrá-los, estavam perto do corredor onde trasgos faziam a segurança e os dois tinham aprontado alguma coisa, pois tinham expressões culpadas estampadas em seus rostos.

— Vieram tripudiar? — Ron perguntou quando paramos em sua frente. — Ou nos denunciou? — disse dirigindo-se a Mione.

— Não — Mione respondeu quase chorando — Só achei que deveriam saber que Hagrid perdeu o caso e Bicuço será executado. Ele me mandou isto.

Harry pegou a carta e os dois a leram.

— Eles não podem fazer isso. Bicuço não é perigoso. — Harry disse.

— Sabemos disso Harry, isso tudo é injusto e tudo é culpa do Malfoy. — disse agora brava, precisava ter uma bela conversa com aquele loiro.

— O pai dele deve ter intimidado a Comissão, para ela fazer isso — disse Hermione, enxugando as lágrimas. — Vocês sabem como ele é. Os outros são um bando de velhos caducos e bobos e ficaram com medo. Mas vai haver recurso, sempre há. Só que não consigo ver nenhuma esperança... Nada vai mudar até lá.

— Vai, sim — disse Rony com ferocidade. — Você não vai ter que fazer o trabalho todo sozinha desta vez, Mione. Eu vou ajudar.

— Ah, Rony! — Hermione disse abraçando Rony e começou a chorar novamente.

Harry e eu nos afastamos um pouco deles e disse a meu irmão.

— Harry o que houve?

— Por que está me perguntando isso? — ele perguntou parecendo culpado.

— Esta sua cara de culpado denuncia tudo. O que você aprontou? — disse simplesmente.

Ele respirou fundo e disse.

— O Malfoy começou a atormentar o Rony, então como estava invisível comecei a jogar lama nele, só que Crabbe tropeçou em mim e acabou se enroscando na capa, fazendo com que minha cabeça ficasse a mostra. Malfoy me viu e veio correndo contar para Snape, voltei o mais rápido que pude para o castelo e quando Snape me achou me fez ir a sala dele e me interrogou, só que ele pediu para que esvaziasse os bolsos e desconfiou do mapa, chamou o Lupin que por sorte nos livrou dele, porém o Lupin confiscou o mapa. Disse que era muito perigoso andar com isso enquanto há um assassino a minha procura. — Harry disse desanimado enquanto andávamos.

— Olha não vou lhe dizer nada sobre isso, já tinha lhe dito para não ir, mas como você é teimoso demais. — disse a ele dando de ombros no momento que Ron e Mione nos alcançavam.

Fomos à cabana de Hagrid, mas não havia ninguém, provavelmente ele deveria estar no Cabeça de Javali se embebedando por causa do resultado do julgamento. Não poderíamos voltar mais tarde por causa da segurança no castelo, então Harry, Ron e Mione falariam com ele durante a aula de Trato das Criaturas Mágicas.

***

Fiquei ansiosa a manhã inteira para saber se Harry, Ron e Mione conseguiram falar com Hagrid, que mal prestei atenção nas aulas. Sorte minha que a Gina me cutucava para que eu voltasse minha atenção para o conteúdo que os professores passavam. Parecia que o tempo estava andando muito lentamente só porque eu estava ansiosa para que a hora do almoço chegasse logo.

Assim que a ultima aula da manhã acabou fui o mais rápido possível para o Salão Principal onde sabia que os encontraria.

Gina e eu nos sentamo-nos à mesa da Grifinória e logo Colin estava sentado ao nosso lado. Quando avistei meu irmão e Rony entrando no Salão Principal os chamei com um aceno de mão para que se sentassem ao nosso lado.

— Vocês viram a Mione? — Ron perguntou.

— Não, por quê? — disse a eles.

— Não a vemos dês de que saímos da aula de Trato das Criaturas Mágicas. — disse Harry.

— Onde será que ela está? — Gina perguntou.

— Não temos a mínima ideia. — Harry disse.

— Harry, o que Hagrid disse? — perguntei não contendo minha curiosidade.

— Ele disse que ficou nervoso acabou se atrapalhando e quando Lúcio Malfoy falou para que executassem o Bicuço a Comissão decidiu exatamente isso. — ele respondeu zangado. — Depois da aula o idiota do Malfoy ficou rindo da cara do Hagrid...

— E vocês tinham que ter visto o soco que a Mione deu na cara dele foi de mais. — Rony disse interrompendo o amigo.

— Soco? No Malfoy? — perguntei sem entender.

— Sim, foi de mais. — disse Harry.

— Preciso parabenizá-la, ele estava precisando mesmo disso. — disse a ele.

Fred e Jorge se aproximaram de nós e começaram a fazer palhaçadas, assim que Harry e Rony terminaram de comer se levantaram e Harry disse:

— Vamos para o Salão Comunal para ver se encontramos a Mione lá. Nos vemos mais tarde.

— Ok, nos vemos depois. — disse a eles.

Ficamos sabendo mais tarde que a Mione estava dormindo no Salão Comunal, então assim que a ultima aula da tarde terminou chamei-a no meu dormitório para conversarmos, afinal minha amiga estava se dedicando muito aos estudos e mal estava dormindo.

Assim que entramos chamei-a para sentar-se ao meu lado na minha cama.

— Mione, preciso ter uma conversa muito séria com você.

— Como assim Mellody?

— Bom, você precisa deixar de fazer algumas matérias, pois está tentando se dedicar ao máximo em cada uma e acaba não tendo tempo nem para descansar.

— Mas eu não posso abandonar nenhuma, todas elas são muito importantes.

— Mas isso está fazendo mal para você. Mione, você mal dorme com tantos deveres que precisa fazer e há essa hora você deve estar batendo o recorde de “garota que mais voltou no tempo em menos de um ano”. — disse fazendo-a rir.

— Está bem vou pensar no seu caso. — ela disse com um pequeno sorriso.

Levantei-me e peguei alguns livros que estava sobre a cômoda, quando encontrei o formulário que a Professora McGonagall havia entregado pela manhã.

— Ei, Mione preciso de sua ajuda para a escolha das matérias opcionais. Quais acha que devo escolher?

— Bom acho que você deveria escolher Trato das Criaturas Mágicas, pois se não Hagrid ficará magoado. Runas uma matéria fascinante. Não recomendo adivinhação, porque em minha opinião é perca de tempo. Aritimancia também é muito legal. Estudos dos Trouxas é legal para ver como os bruxos veem as criações trouxas. Falando nisso já desisti de Adivinhação.

— Desistiu? Quando? — perguntei.

— Hoje, e a professora disse que eu não tinha talento para o talento da clarividência, e como não estava gostando da matéria mesmo, resolvi desistir.

— Bom pelo menos você terá uma matéria a menos agora.

— Verdade.

— Então acho que vou escolher Runas, Aritimancia e Trato das Criaturas Mágicas. — disse mudando de assunto — Obrigada Mione.

Uma menina loira e uma morena entraram conversando animadas no dormitório, eram Dapne Kursawe e Hillary Pettinel minhas outras colegas de quarto.

— Oi, Mellody e Hermione. — disseram.

— Oi meninas. — dissemos juntas.

Elas pegaram algo e saíram, assim que elas passaram pela porta disse:

— Parabéns pelo soco, Mione.

— Os meninos te contaram?

— Sim, e fique sabendo que ele merecia, se você não tivesse feito eu acabaria jogando uma azaração naquele idiota do Malfoy quando o encontrasse. — Disse fazendo com que ela risse.

Saímos do dormitório, Mione foi sentar-se ao lado do Rony e do Harry perto da lareira e eu me juntei a Gina e o Colin perto da janela.

— Como foi à conversa com a Mione? — perguntou a Gina levantando os olhos do pergaminho que estava escrevendo.

— Ela prometeu pensar no que eu disse, tomara que ela decida desistir de algumas matérias será melhor para ela.

***

— Peguem suas varinhas, hoje vocês aprenderão como desarmar o oponente. O feitiço é bem simples, basta dizer Expelliarmus. — disse o Professor Lupin assim que entrou na sala. — Formem duplas e tentem desarmar o oponente.

Todos levantaram e escolheram sua dupla. Gina e eu nos encaminhamos para um dos cantos da sala.

— Prontos? Podem começar. — disse o professor Lupin.

— Expelliarmus. — começou Gina, mas não conseguiu me desarmar.

— Expelliarmus. — disse eu desarmando minha adversária.

— Muito bem Srta. Potter! — o Professor disse enquanto passava pelos alunos avaliando.

Depois de mais algumas tentativas de Gina, ela finalmente conseguiu me desarmar. Muitos na sala não haviam tido muita sorte e não conseguiram desarmar o adversário nenhuma vez. Sem contar que Hillary Petinel quase acertara sua varinha na cabeça do Josh Stiven quanto ficara brava por não conseguir realizar o feitiço corretamente.

***

Logo chegou o dia do jogo contra a Sonserina e os jogadores de ambos os times estavam insuportáveis, principalmente Olivo Wood e Draco Malfoy.

Toda vez que Wood encontrava alguém do time no salão comunal ou no corredor ele repassava as táticas de jogo. E o Malfoy azarava todos os primeiranistas que via pela frente, tive que brigar com ele duas vezes para que ele colocasse os novatos novamente ao chão.

A grifinória precisava de mais de duzentos pontos para ganhar a Taça de quadribol. Então meu irmão teria que cuidar para pegar o pomo na hora certa. Por isso, desejei boa sorte a Harry, pois tinha suspeitas de que se algo de errado acontecesse Wood iria azará-lo.

Foi difícil a partida, mas felizmente a grifinória venceu. Mione, Ron e Gina descemos correndo para cumprimentar os jogadores. Acabei esbarrando no Malfoy enquanto ia para o amontoado de grifinórios. Percebi que ele olhava para os grifinórios com raiva. Ele me ignorou completamente e continuou seu caminho, dei de ombros e corri para abraçar meu irmão.

Todos os jogadores foram para a arquibancada que Dumbledore estava esperando e Harry ficou absolutamente feliz ao erguer a taça no alto.

***

Os alunos do quinto ano e do sétimo não paravam de estudar um minuto para os NOM e NIEM, até os gêmeos Weasley estavam estudando.

Com o passar das semanas passávamos o maior tempo possível fora do castelo, por conta do calor. Gina, Colin e eu ficávamos embaixo de uma árvore perto do lago estudando para os exames de fim de ano.

— Está ficando escuro, acho melhor voltarmos ao castelo. — disse me levantando.

— Vamos dar uma volta pelo castelo? — Propôs Gina — Enquanto não dá a hora do toque de recolher.

— Eu vou voltar para o salão comunal. — disse Colin.

— Acho que é uma boa ideia Gina, está muito quente para ficarmos no salão comunal. — disse a eles.

— Vocês querem que eu leve seus livros? — disse Colin.

— Claro. — dissemos em uníssono enquanto colocávamos nossos livros empilhados em cima dos dele.

— Será que ele vai conseguir levar nossos livros sem derrubar? — perguntei a Gina.

— Não sei, mas foi ele que se ofereceu. — ela disse rindo e tive que concordar.

Fomos andando animadas quando de repente avistamos Fred e Jorge perto de um quadro, fazendo cócegas em uma pera.

— O que vocês estão fazendo? — disse quando nos aproximamos o que fez com que eles levassem um susto.

— Estamos dando um tempo nos estudos. — disse Jorge. — Não acha que estamos estudando muito Fred?

— Claro Jorge, por isso merecemos um descanso.

— Mas onde estão indo dar esse “descanso”? — perguntou Gina.

— Bem ali. — Jorge disse apontando para o quadro.

— O que é o “ali”? — perguntei.

— Isto meninas é um dos nossos lugares preferidos de Hogwarts. — disse Fred.

— A cozinha. — Jorge completou assim que percebeu que não havíamos entendido.

— Então é daí que vocês pegam os alimentos para as festas? —perguntou Gina, começando a compreender.

— Claro Gininha. — disse Fred abrindo a porta.

— Vocês querem alguma coisa? Um suco de abobora para refrescar? — Jorge perguntou enquanto nos empurrava para dentro.

Lá dentro haviam vários elfos domésticos, entre eles um bem conhecido pelo meu irmão.

— Dobby?

— Srta. Potter! Como está Harry Potter? — ele perguntou.

— Está bem, obrigada por perguntar Dobby.

— O que vocês desejam que Dobby lhes sirva?

— Um suco de abóbora para as damas. — Fred disse.

— E um pastelão de rins para nós. — Jorge completou.

Em poucos minutos os elfos nos serviram.

— Faz quanto tempo que vocês descobriram onde fica a cozinha? — perguntei.

— Desde o primeiro ano, depois que encontramos... — disse Jorge.

— O mapa do maroto? — disse interrompendo-o.

— Pelo jeito o Harryzinho já lhe contou sobre ele. — disse Fred.

— Claro que sim. — disse sorrindo.

— Acho melhor voltarmos ao dormitório Mel, já está ficando tarde. — Gina disse olhando para um relógio existente em uma das paredes.

— Concordo Gina, nos vemos mais tarde meninos. — disse enquanto me levantava.

— Certamente. — disse Fred se servindo de mais suco de abóbora.

Saímos da cozinha e rumamos para o salão comunal da grifinória.

— Onde vocês estavam? — perguntou Rony, às vezes parecia que ele também era meu irmão mais velho.

— Estávamos dando uma volta pelo castelo. — disse Gina irritada.

— Aconteceu alguma coisa? — perguntei ao acaso.

— Sim, o recurso do Bicuço foi marcado para o dia seis. Alguém do ministério vai vir e irá trazer o carrasco. — resumiu Mione.

— Eles não podem trazer o carrasco, até parece que não importará o recurso e que já virão prontos para matá-lo. — disse e suspirei antes de acrescentar. — É isso, eles virão para matar sem levar em consideração o que for levantado.

Ninguém disse nada, pois sabíamos que era exatamente isso que ocorreria.

***

Cada dia que se passava e se aproximava dos exames finais, faziam com que a escola inteira ficasse maluca. Principalmente os alunos do quinto e sétimo ano, pois alguns deles vieram me perguntar um dia desses se eu não podia convencer meu irmão a fazer algo tão grande que fizessem com que os exames fossem cancelados, claro que neguei imediatamente.

A semana dos exames chegou e por incrível que pareça não estava nervosa.

O primeiro exame do segundo ano foi de DCAT antes do almoço, o qual me sai muito bem consegui desarmar meu adversário David Winder rapidamente. Depois tivemos exame de Transfiguração onde deveríamos transformar um rato em uma taça de cristal, não tive dificuldades, porém Colin ficou tão nervoso que em vez de transformar seu rato ele fez com que o pobre do bichinho ficasse sem rabo, e por mais que tentasse não conseguiu resultados melhores.

A semana prosseguiu com vários exames durante o decorrer do dia, exceto o de astronomia que era durante a noite. Conforme os exames acabavam os alunos ficavam mais tranquilos.

Na hora do almoço na quinta-feira Harry disse que havia encontrado com Fudge e que o mesmo havia dito que durante a tarde realizariam o recurso do hipogrifo.

Tentei me concentrar minha atenção ao máximo no exame da tarde, assim que terminou corri para o salão comunal onde combinamos de nos encontrar antes de visitar Hagrid. Gina havia ficado para trás junto com o Colin. Acabei trombando com Harry no caminho e ele parecia assustado.

— O que houve Harry? Parece que você viu um bicho papão.

— É que a professora Sibila disse algo estranho quando terminei meu exame.

— Mas pelo que Mione me disse ela vive dizendo coisas estranhas.

— Não desta vez foi diferente ela falou com uma voz estranha.

— O que ela disse?

— Que Voldemort irá ressurgir com ajuda de um servo. O que provavelmente me faz pensar que é Sirius Black o tal servo.

— Calma Harry, talvez ela só estivesse blefando.

— Não sei, me parecia ser verdadeiro.

Mal percebi que já havíamos chegado ao salão comunal. Avistamos Rony e Mione sentados em um canto da sala.

— Gente, a professora Sibila disse que... — ele Harry ia dizendo, mas parou ao perceber a expressão deles.

— Bicuço perdeu. — Rony disse. — Hagrid acabou de nos mandar esse bilhete.

— Isso não é justo! — disse brava — E isso é tudo culpa do Malfoy!

— Vamos visitá-lo. — Harry disse convicto.

— Não tem como Harry. Não podemos sair do castelo. — Rony disse desanimado.

— Se pelo menos tivéssemos a capa. — Harry sussurrou.

— Onde ela está? — perguntou Mione.

— Na passagem secreta, só que se Snape me ver vou entrar numa fria. — ele respondeu.

— Se você fosse buscar. — eu disse sorrindo, Mione me olhou e sorriu cúmplice.

— Como é que se abre a passagem? — ela perguntou.

Mal Harry terminou de dizer como abria e nós duas saímos correndo para a passagem secreta. Não tivemos dificuldade em abri-la muito menos para encontrar a capa. Ao voltarmos ao salão comunal os meninos estavam espantados. Combinamos de ir após a janta, assim Harry levaria a capa e do salão principal iríamos direto para a cabana do Hagrid. Assim que não havia ninguém pelos corredores colocamos a capa de invisibilidade e seguimos para a cabana.

Ao abrir a porta e se assustar por não ver ninguém, pedimos a Hagrid para que nos deixasse entrar, ele ficou murmurando que não devíamos estar lá, como se déssemos ouvidos para isso. Hagrid estava desamparado.

— Querem chá? — ele perguntou já servindo com as mão trêmulas.

— Onde está o Bicuço, Hagrid? — Mione perguntou.

— O levei para fora. Achei que ele devia ver as árvores antes... — Hagrid disse e sua mão tremeu tanto que acabou derrubando a jarra de leite.

Eu e Mione nos levantamos e fomos limpar a sujeira enquanto Harry e Ron tentavam confortá-lo.

Mione estava tendo mais dificuldades do que eu para conter as lágrimas e começou a chorar em silêncio.

— Dumbledore vai descer quando... Quando estiver na hora. Me escreveu hoje de manhã. Disse que quer ficar... Ficar comigo. Grande homem, o Dumbledore...

— Nós vamos ficar com você também, Hagrid — disse Mione.

— Vocês têm que voltar para o castelo. Já disse que não quero que assistam. Aliás, vocês nem deviam estar aqui... Se Fudge e Dumbledore pegarem você fora do castelo sem permissão, Harry, você vai se meter numa grande confusão.

— Não podemos te deixar sozinho Hagrid. — disse lutando internamente para segurar as lágrimas.

— Não estarei sozinho Mellody, Dumbledore estará aqui comigo.

Mione soltou um grito quando foi encher a leiteira novamente.

— Rony!... Eu não acredito... É o Perebas! — disse ela.

O queixo de Rony caiu.

— Do que é que você está falando?

Mione virou a leiteira na mesa e o Perebas deslizou para fora dela, o mesmo estava com uma aparência horrível.

— Perebas! — exclamou Rony sem entender. — Perebas, que é que você está fazendo aqui?

Hagrid se levantou de repente, os olhos fixos na janela.

— Aí vêm eles...

Viramo-nos depressa e avistamos um grupo de homens descendo para a cabana do Hagrid.

— Vocês têm que ir embora. — disse Hagrid. — Eles não podem encontrar vocês aqui... Vão...

Hagrid não nos deixou reclamar, então Rony enfiou Perebas no bolso e Hermione apanhou a capa. Acompanhamos Hagrid até a porta dos fundos.

— Vão. Andem logo. – disse Hagrid, mas não tivemos coragem de nos mover.

— Hagrid podemos contar a eles o que realmente aconteceu e...

— Vão! — disse Hagrid ferozmente. — Já está bastante ruim sem vocês se meterem em confusão!

Não tivemos escolha a não ser entrarmos em baixo da capa e contornamos a cabana silenciosamente. Subimos a encosta cuidadosamente e Rony parou de repente.

— Por favor, Rony. — Mione começou a dizer.

— É que o Perebas não quer parar. – Rony disse se esforçando para segurar o rato. — Perebas, sou eu, seu idiota, o Rony.

Escutamos a porta se fechar.

— Anda Rony, segura esse rato direito. — disse em um fio de voz.

— Por favor, Rony, vão executar o Bicuço, precisamos nos apressar! — murmurou Mione.

Voltamos a andar, mas paramos novamente por que Rony não conseguia segurar Perebas

— Não consigo segurar ele! Perebas, cala a boca, todo mundo vai nos ouvir... — Rony disse mas o rato parecia não lhe dar atenção.

Ouvimos um rumor indistinto de vozes masculinas, um silêncio e então, sem aviso, o som inconfundível de um machado cortando o ar e se abatendo sobre o alvo.

— Executaram Bicuço! — murmurou Hermione. — Eu n... Não acredito... Eles executaram Bicuço!

— Não acredito que eles realmente fizeram isto. – eu disse chorando e sendo abraçada por Harry.




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Notas finais do capítulo

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